Estive lá: Ostras e mexilhão de fim de semana
Se há coisas que gosto sempre de fazer quando de vou de fim de semana até à aldeia de Assentiz, a dos meus sogros, de fim de semana, é um passeio matinal a pé desde a zona das piscinas municipais de Rio Maior até às suas salinas. A pista que costumo percorrer é mais feita […]
Se há coisas que gosto sempre de fazer quando de vou de fim de semana até à aldeia de Assentiz, a dos meus sogros, de fim de semana, é um passeio matinal a pé desde a zona das piscinas municipais de Rio Maior até às suas salinas. A pista que costumo percorrer é mais feita para isso e para quem gosta de correr do que para os amantes de ciclismo.
No percurso passo sempre pelos mesmos campos, a maior parte semeados de courgettes no verão, mas também com alguns pinheiros e oliveiras, ou apenas a natureza liberta. E também pela mesma empresa que vende materiais de construção, a mesma casa de campo murada de alguém e, quase no fim, o mesmo riacho, antes de voltar para o caminho que contorna as salinas por cima, para apreciar, uma e outra vez, a mesma vista de canteiros, aqui e ali, também no tempo quente, com um monte de sal bem branco posto sobre tábuas por mão experientes e com algum sentido estético. Tiro sempre mais umas fotos, porque a vista não me cansa e de vez em quando compro mais um pacote de sal, ou de flor de sal, para juntar aos outros, de outras origens que gosto de ter em casa.
Outra coisa que gosto de fazer, e que faço quase sempre, é ir até à vila da Marmeleira, onde o político e comentador José Pacheco Pereira iniciou a sua vasta biblioteca, com mais de 200 mil obras, que pode ser visitada na Ephemera – Associação Cultural, instalada numa antiga escola primária convertida e adaptada para o efeito. Fica na aldeia ao lado de Assentiz e faz parte da mesma freguesia, e vou lá para petiscar na Tasquinha do Lagar. Inicialmente ia porque as imperiais são bem tiradas e havia sempre tremoços para companhia, para além de outras coisas. Mais recentemente vou também porque oferece dos melhores mexilhões à belga que se podem comer no país. A receita foi trazida pelo seu atual proprietário, Paulo Tomaz, e é uma verdadeira gulodice, na companhia de batata bem frita, que fica muito bem com o Fernão Pirão de 2021 da Quinta da Lapa, a sua companhia mais recente. Mas também porque ele sabe escolher, e abrir, muito bem as ostras que serve, que nunca deixo de pedir, e repetir.
Há, também, outros mariscos, e sempre a oferta de um prato do dia, porque a pequena cozinha não dá para mais, que tanto pode ser Dobrada como Alcatra com fricassé de cogumelos ou Tamboril com molho de açafrão e esparregado, e uma oferta alargada de outros petiscos e bifes inspirados, que vale sempre a pena provar. Um pão da região, sempre saboroso, mais umas azeitonas que como sempre até ao fim, são coisas que vêm sempre para a mesa e são sempre apreciadas. Com todo o tempo do mundo, porque estamos na aldeia.
Tasquinha do Lagar
Morada: Rua Zeferino Simões Ferreira, nº 1 – Vila da Marmeleira
Tel.: 937 716 124
E-mail: tijuca.marmeleira@gmail.com
Salinas de Rio Maior
Morada: Estrada das Salinas 47, 2040-133 Rio Maior
Tel.: 243 991 121
Eventos da Ordem da Cabidela começam a 11 de maio
Os eventos da Ordem da Cabidela estão de volta e vão percorrer o país de norte a sul. São momentos para celebrar a gastronomia em ambiente descontraído e informal, onde cada chefe anfitrião é desafiado a convidar um conjunto de outros, para preparar um menu onde se incluem, para além da tradicional cabidela, outros pratos […]
Os eventos da Ordem da Cabidela estão de volta e vão percorrer o país de norte a sul. São momentos para celebrar a gastronomia em ambiente descontraído e informal, onde cada chefe anfitrião é desafiado a convidar um conjunto de outros, para preparar um menu onde se incluem, para além da tradicional cabidela, outros pratos inspirados nela, desde as entradas à sobremesa.
Na Quinta do Monte d’Oiro, onde decorre o primeiro jantar, João Simões, do restaurante Casta 85, irá ter, como convidados, Alexandre Silva, do Loco (uma estrela Michelin) e do Fogo, Carlos Gonçalves, do Kampo e do Akua, Manuel Bóia, do Palácio do Chiado, Gastão Reis, do Do it Gastro, Maria Ramos, do Bairro Alto Hotel, Ana Vinagre, do JNcQUOI, Joana Pires, da Casta 85, Miguel Ribeiro, do Kabuki (uma estrela Michelin) e Ricardo Coutinho, do Cão Raposo. Segue-se, no mês seguinte, a 20 de Junho, um jantar no Restaurante Muralhas, em Leiria, do chefe João Cordeiro.
O terceiro e quarto jantares têm lugar no Restaurante Porinhos, em Fafe, do chefe Diogo Novais Pereira, a 18 de Setembro e no Restaurante Numa, em Portimão, do chefe Nuno Martins, a 11 de Outubro.
A 7 de Novembro, Oeiras recebe o penúltimo jantar da iniciativa no Restaurante Zé Varunca. O derradeiro acontece a 9 de Dezembro, na Casa Chef Victor Felisberto, do chefe Victor Felisberto, em Abrantes.
Adega do Ataíde da Symington Family Estates certificada
A Adega do Ataíde da Symington Family Estates foi certificada pelo Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), sistema de avaliação de mérito ambiental de edifícios com maior reconhecimento internacional, que é aplicado em mais de 150 países dos cinco continentes. A Adega do Ataíde fica na Região Demarcada do Douro e é a nova […]
A Adega do Ataíde da Symington Family Estates foi certificada pelo Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), sistema de avaliação de mérito ambiental de edifícios com maior reconhecimento internacional, que é aplicado em mais de 150 países dos cinco continentes.
A Adega do Ataíde fica na Região Demarcada do Douro e é a nova casa dos vinhos DOC Douro de gama alta da Symington. Além de ser a primeira adega em Portugal a obter a certificação, é também a primeira da Europa a ultrapassar os 60 pontos, e a quarta em todo o mundo com maior pontuação LEED, entre mais de meia centena de adegas já certificadas ou em processo de certificação. Os factores que mais contribuíram para o resultado alcançado foram a sua eficiência hídrica e energética, a inovação e a sustentabilidade do terreno.
Segundo Rupert Symington, CEO da Symington, “a concepção e construcção da Adega do Ataíde materializa e reflecte simultaneamente vários dos grandes objetivos traçados na nossa estratégia Missão 2025”. Entre eles estão “a redução da pegada de carbono, adaptação às alterações climáticas, viticultura, enologia de impacto ambiental reduzido, bem-estar dos colaboradores e o apoio às comunidades locais”, explica o gestor, acrescentando que “é assim, com muito orgulho, que vemos reconhecida, e valorizada, a nossa aposta nesta adega que, para além de cumprir os requisitos do LEED, integra um leque considerável de soluções inovadoras no campo da enologia”.
CONCURSO A ESCOLHA DO MERCADO 2024
De características inéditas, este é um concurso totalmente focado no mercado e para o mercado. E por isso os jurados desta prova são seleccionados entre os compradores profissionais: restaurantes, sommeliers, lojas de vinhos, wine bars, compradores de grandes e médias superfícies e outros responsáveis de compras. O concurso visa apenas os vinhos brancos tranquilos e […]
De características inéditas, este é um concurso totalmente focado no mercado e para o mercado. E por isso os jurados desta prova são seleccionados entre os compradores profissionais: restaurantes, sommeliers, lojas de vinhos, wine bars, compradores de grandes e médias superfícies e outros responsáveis de compras.
O concurso visa apenas os vinhos brancos tranquilos e não fortificados.
Para mais facilmente enquadrar os vinhos concorrentes nos vários segmentos do mercado a que eles se destinam, os brancos em avaliação são divididos em três categorias no qual o preço de venda ao público é o factor distintivo. Assim os vinhos brancos são agrupados em:
– Categoria P.V.P. até 7€
– Categoria P.V.P. superior a 7€ e até 15€
– Categoria P.V.P. superior a 15€
Em cada uma destas três categorias serão atribuídos os Prémios Escolha do Mercado aos vinhos mais pontuados e o Grande Prémio Escolha do Mercado aos 3 vinhos com maior classificação na sua categoria. Todos os vinhos distinguidos serão comunicados a 29 de Maio e divulgados no site, nas redes sociais e na revista Grandes Escolhas.
Conheça AQUI o painel de provadores que vão avaliar os vinhos inscritos. É o maior painel de jurados que houve neste concurso.
Pedro Lemos é o restaurante do ano
A vocação manifestou-se tardiamente, mas de forma clara. A meio da licenciatura em engenharia na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o jovem Pedro Lemos tomou a decisão telúrica de mudar radicalmente o rumo da sua vida, para abraçar a profissão de cozinheiro. Os chefs Miguel Castro e Silva e Hélio Loureiro foram instrumentais […]
A vocação manifestou-se tardiamente, mas de forma clara. A meio da licenciatura em engenharia na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o jovem Pedro Lemos tomou a decisão telúrica de mudar radicalmente o rumo da sua vida, para abraçar a profissão de cozinheiro. Os chefs Miguel Castro e Silva e Hélio Loureiro foram instrumentais na confirmação vocacional e isso levou-o a procurar formação na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, rumando a sul sem olhar para trás. Foi então que travou conhecimento com o chef Aimée Barroyer, vindo a oficiar ao seu lado no Pestana Palace. Ganhou experiência e autonomia junto do genial e sábio cozinheiro, que só deixou para voltar para o Norte, assumindo a instalação do ambicioso projecto duriense da Quinta da Romaneira. A abertura em 2009 do restaurante Pedro Lemos na Foz Velha foi, por isso, o culminar de uma caminhada sustentada no talento e brilho de um criador inexcedível em qualidade e originalidade. Tem desde 2014 uma estrela Michelin e a linha criativa está longe de estar esgotada. A arquitectura da ementa do restaurante Pedro Lemos segue a inconfundível matriz que todos devemos a Barroyer, com declinações culinárias que são inteiramente arte de Pedro Lemos. O racional consiste em apresentar em cada prato o produto/proteína principal seguido de um par de ingredientes ou condimentos que, juntos, montam e explicam o sabor e a intensidade da proposta. Encontramos por exemplo “Lírio, nabos e salsifis”, “Foie Gras de pato, pêra e brioche” ou “Lula, ouriço-do-mar e carbonara”. Simplificar junto do cliente pratos de muitos passos e grande complexidade. A exploração à mesa transforma-se numa aventura de texturas e sabores que não tem par em Portugal e, em simultâneo, é farol e luzeiro para toda a alta cozinha nacional. Um menu de degustação é muito mais do que uma simples sequência de pratos, no Pedro Lemos é uma viagem elegante, profunda e sempre com final feliz de digestibilidade garantida. F.M.
Pedro Lemos (https://www.pedrolemos.net/)
Rua PadreLuís Cabral, Nº 974 | 4150-459 Porto
Telefone: 220115986 info@pedrolemos.net
Enoturismo do Alentejo cresceu 27% em 2023
A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) anunciou que o enoturismo do Alentejo cresceu 27% em 2023. Entre os turistas que mais visitam a região para desfrutar de programas vínicos estão, em primeiro lugar, os portugueses, seguindo-se dos brasileiros e dos norte-americanos. Para além destes, destacam-se os cidadãos de países como a Suíça, Espanha, França, Bélgica […]
A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) anunciou que o enoturismo do Alentejo cresceu 27% em 2023.
Entre os turistas que mais visitam a região para desfrutar de programas vínicos estão, em primeiro lugar, os portugueses, seguindo-se dos brasileiros e dos norte-americanos. Para além destes, destacam-se os cidadãos de países como a Suíça, Espanha, França, Bélgica e Reino Unido. De salientar que o Canadá foi o país que registou o maior crescimento em 2023, na ordem dos 75%.
“O enoturismo é uma referência para o Alentejo, pois potencia a vinda de turistas à região e contribui para a dinamização da sua economia”, salienta Francisco Mateus, presidente da CVRA, acrescentando que “a tradição vitivinícola milenar, os vinhos de qualidade que produz, reconhecidos internacionalmente, e os programas diversificados de atividades ligadas ao enoturismo atraem cada vez mais turistas interessados em conhecer a região, a cultura, a gastronomia e as gentes alentejanas”.
Entre os diferentes programas vínicos destacam-se as visitas guiadas às vinhas, às adegas e às caves, as provas de vinhos, os workshops e cursos vínicos, as sessões de vinoterapia, os passeios a pé, de bicicleta e, até, a cavalo pelas vinhas.
De entre os diferentes itinerários disponíveis nos três distritos do Alentejo – Rota de São Mamede (Distrito de Portalegre), Rota Histórica (Distrito de Évora) e Rota do Guadiana (Distrito de Beja) – a Rota Histórica é a que tem mais enoturistas. No entanto, a Rota do Guadiana foi a que apresentou um maior crescimento (+44%) em 2023, face ao ano anterior.
Graham’s anuncia lançamento do Porto Tawny 50 Anos
A casa de vinho do Porto Graham’s – propriedade da família Symington, acaba de revelar o novo Porto Tawny 50 Anos, que se junta ao Graham’s 40 Anos como parte da exclusiva Aged Tawny Collection da marca. Cuidadosamente monitorizado por Peter Symington e pelo seu filho, Charles Symington, duas gerações de master blenders, o Graham’s […]
A casa de vinho do Porto Graham’s – propriedade da família Symington, acaba de revelar o novo Porto Tawny 50 Anos, que se junta ao Graham’s 40 Anos como parte da exclusiva Aged Tawny Collection da marca. Cuidadosamente monitorizado por Peter Symington e pelo seu filho, Charles Symington, duas gerações de master blenders, o Graham’s Porto Tawny 50 Anos é o testemunho da dedicação e trabalho artesanal investidos no cuidado dos vinhos que compõem esta mistura – alguns deles, os primeiros produzidos pela Symington depois da aquisição da Graham’s, em 1970.
Charles Symington, enólogo principal da Graham’s, seleccionou os dois componentes primários incorporados no 50 Anos. O primeiro corresponde a um vinho de 1969, colocado de parte por Peter Symington para assinalar o nascimento de Charles e conhecido pelas suas iniciais: “CAS Reserve”. O segundo inclui vinhos de 1970 e 1973, misturados em 1982. A evaporação de mais de 50 por cento destes vinhos desde que foram separados para envelhecimento de longa duração resultou numa concentração notável.
A imagem da Aged Tawny Collection encontra inspiração na idade e singularidade dos Porto Tawny 40 e 50 Anos. As ilustrações, da autoria da ilustradora portuguesa Mariana Rodrigues, reflectem alguns dos elementos mais raros da fauna e flora da paisagem do Vale do Douro – património da UNESCO desde 2001. A caixa de madeira que acompanha cada garrafa é forrada com papel de parede no interior e azulejos na parte de trás, procurando recriar a familiaridade do ambiente caseiro e revisitar as tendências do design de interiores britânico desde o século XVI.
O Graham’s Porto Tawny 50 Anos estará disponível brevemente em garrafeiras especializadas, podendo ser adquiridas garrafas de 0,75 e 4,5 litros, com um P.V.P. recomendado de 500 € e 2700€, respetivamente.
Estive lá: À procura dos bons sabores de Serpa
Se há coisa que gosto de fazer no tempo frio, é pegar no carro e dar uma volta de fim de semana prolongado à descoberta de terras de Portugal. Um deles levou-me até Serpa e às Minas de São Domingos, com direito a belos passeios a pé em dias límpidos e frios, que nos permitiram […]
Se há coisa que gosto de fazer no tempo frio, é pegar no carro e dar uma volta de fim de semana prolongado à descoberta de terras de Portugal. Um deles levou-me até Serpa e às Minas de São Domingos, com direito a belos passeios a pé em dias límpidos e frios, que nos permitiram viver um pouco daquilo que o Alentejo tem de melhor.
Serpa é uma das terras onde não me canso de voltar. Para passear nas suas ruelas de casario muitas vezes branco, que parecem ser sempre diferentes quando volto, para dar mais uma olhadela ao seu aqueduto e subir ao castelo para ver de novo as vistas.
Um pouco abaixo fica o restaurante O Alentejano, o destino do nosso almoço desse dia. Gosto de lá ir porque serve boa comida da região, o serviço é simpático e tem uma boa oferta de vinho, sobretudo alentejano, incluindo a de vários produtores locais.
O queijo, os enchidos e as azeitonas que vieram primeiro eram irresistíveis, e foram sendo saboreados na companhia de pão alentejano, como não podia deixar de ser. Como já tinha algumas saudades de uma boa sopa de cação e ali vale mesmo a pena saboreá-la, foi isso que escolhemos, apenas uma dose, que era farta o suficiente para dois. Para companhia foi-me sugerido, por quem estava a servir à mesa, o branco Encostas de Serpa da casta Antão Vaz e da colheita de 2022, de um produtor local, Monge & Filhas, que foi um bom parceiro do repasto. Uma encharcada a dividir por dois e um par de cafés terminaram um almoço bastante satisfatório, que nos reconfortou para o resto do dia.
Depois foi entrar nas mercearias e lojas da terra que vendem aquilo que melhor se faz por ali, desde o seu queijo de ovelha, único de aromas e sabores, ao seu pão e aos seus azeites e enchidos, que me sabem sempre de forma diferente. Entrámos na Casa Paixão e na Queijaria Tradiserpa para comprar um par de queijos para trazer para casa, e foi hora de pegar no carro para ir até às Minas de S. Domingos, um património mineiro histórico que gostei de visitar. Mas isso fica para outra estória.
Restaurante O Alentejano
Morada: Praça da República 15, 7830-389 Serpa
Telefone: + 351 284 544 335
E-mail: rest.oalentejano.serpa@gmail.com
Casa Paixão
Morada: Praça da República s/n, 7830-389 Serpa
Tel.: + 351 069 345 345
E-mail: casapaixaoserpa@gmail.com
Queijaria Tradiserpa
Morada: Rua dos Canos 6, 7830-412 Serpa
Tel.: 284 549 302
E-mail: tradiserpaqueijos@sapo.pt