Adega de Cantanhede faz mudanças na equipa de enologia

Adega de Cantanhede enologia

A Adega Cooperativa de Cantanhede — produtora de reconhecidos vinhos da Bairrada, como Marquês de Marialva ou Foral de Cantanhede — está a fazer grandes mudanças na equipa de enologia. Osvaldo Amado anunciou que deixa agora de ser enólogo consultor da Adega de Cantanhede, posição que será ocupada por outro experiente enólogo, António Ventura, facto […]

A Adega Cooperativa de Cantanhede — produtora de reconhecidos vinhos da Bairrada, como Marquês de Marialva ou Foral de Cantanhede — está a fazer grandes mudanças na equipa de enologia.

Osvaldo Amado anunciou que deixa agora de ser enólogo consultor da Adega de Cantanhede, posição que será ocupada por outro experiente enólogo, António Ventura, facto confirmado hoje, por este, à Grandes Escolhas.

Em comunicado de imprensa, Osvaldo Amado — que trabalhou com a cooperativa durante mais de 12 anos — refere que, entre os vários vinhos da Adega de Cantanhede que assinou, os que mais o marcaram foram rótulos como Marquês de Marialva Confirmado, Foral de Cantanhede, Grande Reserva Baga e Grande Reserva Arinto, Baga Unoaked e Baga Complexo, Espumantes Primitivo Cuvée e Baga Cuvée.

“A Adega de Cantanhede representou um grande desafio, que considero superado”, declarou o enólogo.

António Ventura, 40 vindimas

António Ventura 40 vindima

Nome maior entre a enologia portuguesa, António Ventura comemorou recentemente, num evento/jantar concorrido e emotivo, realizado na Quinta do Gradil, as suas 40 vindimas. Enquanto profissional, António Ventura estreou-se na colheita de 1981 e, de então para cá, tem apoiado os projectos de muitas grandes e pequenas empresas, ao ponto de se tornar num dos […]

Nome maior entre a enologia portuguesa, António Ventura comemorou recentemente, num evento/jantar concorrido e emotivo, realizado na Quinta do Gradil, as suas 40 vindimas. Enquanto profissional, António Ventura estreou-se na colheita de 1981 e, de então para cá, tem apoiado os projectos de muitas grandes e pequenas empresas, ao ponto de se tornar num dos enólogos que mais vinhos tem sob sua responsabilidade. A equipa de enologia que lidera e onde tem como braço direito o também enólogo Rafael Neuparth, vinificou em 2021 nada menos que 64,5 milhões de litros de vinho em diversas regiões do país, sobretudo Lisboa e Tejo, mas também Alentejo ou Douro. No total, António Ventura apoia directamente, com o seu talento e experiência, 22 produtores, o mais pequeno fazendo pouco mais de 30 mil litros, o maior, 27 milhões…

Todos ou quase todos fizeram questão de marcar presença no jantar comemorativo da marca alcançada pelo enólogo: 40 vindimas. Desde casas em que já não trabalha, mas que ajudou a criar e a firmar no mercado (como a Herdade do Rocim, de Catarina Vieira), até gigantes como a Adega Cooperativa de Almeirim ou de S. Mamede da Ventosa, passando própria casa anfitriã, o grupo Parras, de Luís Vieira, empresa que Ventura apoia praticamente desde que começou a exercer a profissão. Sovibor, Herdade da Ajuda, Herdade do Monte Branco, Altas Quintas, Herdade do Gamito, Abegoaria, Quinta do Côro, Quinta Vale de Fornos, Paço das Cortes, Quinta da Badula, Romana Vini, Encostas do Atlântico ou Quinta da Atela, foram algumas das casas vitivinícolas cujos responsáveis quiseram ter ali uma palavra para agradecer e valorizar o trabalho do enólogo.

Mas tanto ou mais do que o profissional, foi a pessoa de António Ventura que foi homenageada no “palácio amarelo” da Quinta do Gradil. Uma pessoa generosa, afável, bondosa, sempre disponível para ensinar (e para aprender, como ele não se cansou de referir!), para ajudar a resolver problemas inesperados ou para aceitar novos desafios dentro da adega. Também na relação com os jornalistas especializados (e foram vários os presentes), António Ventura nunca deixou de ter um comportamento exemplar ao longo da sua carreira, de espírito aberto e transparente, partilhando todo o seu vasto conhecimento, mas, ao mesmo tempo, senhor de uma humildade e desprezo pelo protagonismo que só os verdadeiramente grandes conseguem ter. Pela parte que me cabe, caríssimo António Ventura, o meu muito obrigado.

“Lisboa” elegeu os seus melhores vinhos em concurso

vencedores Concurso dos Vinhos de Lisboa 2019

Os três vinhos mais pontuados do Concurso dos Vinhos de Lisboa de 2019 são mono-varietais: trata-se de um Alvarinho, um colheita tardia de Semillon e um Syrah. Os três vinhos que levaram Medalha de Excelência partilham também outra coincidência: todos eles têm a mão do enólogo António Ventura. O conjunto dos jurados deu ainda pontuação […]

Os três vinhos mais pontuados do Concurso dos Vinhos de Lisboa de 2019 são mono-varietais: trata-se de um Alvarinho, um colheita tardia de Semillon e um Syrah. Os três vinhos que levaram Medalha de Excelência partilham também outra coincidência: todos eles têm a mão do enólogo António Ventura. O conjunto dos jurados deu ainda pontuação suficiente para se atribuírem 40 Medalhas de Ouro e 11 medalhas de Prata. Um resultado muito bom para a qualidade dos vinhos da região, como salientou em discurso Francisco Toscano Rico, presidente da Comissão Vitivinícola Regional. Que anunciou, aliás, que a região está a “bater recordes absolutos todos os meses”. Este ano poderá mesmo chegar a um número equivalente a 60 milhões de garrafas, inédito na região. A grande maioria (80%), note-se, vai para a exportação. Com a produção e as vendas de ‘vento em popa’, Toscano Rico quer agora dedicar-se a um novo desafio. Bom, já não é novo, mas será provavelmente agora a melhor altura para o enfrentar. Falamos da valorização dos vinhos de Lisboa, que têm ainda um preço médio muito baixo.

Francisco Toscano Rico
Francisco Toscano Rico, presidente da CVR de Lisboa.

Recorrendo a dados da Nielsen, empresa de estudos de mercado, Francisco Toscano Rico alertou os muitos produtores presentes que não recorram às usuais promoções das grandes superfícies: “estas promoções, não dão acréscimo de vendas”. Para ajudar à notoriedade da marca Lisboa, a CVR irá continuar com a promoção junto de líderes de opinião e de mercados internacionais. A reestruturação do site e mais trabalho nas redes sociais são outros objectivos da CVR Lisboa. Com tudo isto, e mais algumas coisas, Francisco Toscano Rico quer que a Lisboa seja em 2050 “a região mais competitiva do país”. José Sá Fernandes, que discursou a seguir, exprimiu novamente todo o apoio da Câmara Municipal (a maior do país) à região vitivinícola com que partilha o nome.
Outras iniciativas referidas pelo presidente da CVR Lisboa incluem a continuação de um seguro colectivo para a viticultura da região, que, neste momento, abrange um capital avaliado em 20 milhões de euros. Outro número interessante apresentado foi de que 80% dos viticultores de Lisboa são associados de algumas das várias cooperativas da região.
A entrega de prémios decorreu durante um jantar celebrado na Câmara Municipal de Lisboa.
Presentes estiveram José Sá Fernandes, o vereador mais entusiasta da vinha e do vinho (e dos espaços verdes da cidade), assim como Bernardo Gouvêa, presidente do IVV, entre outras individualidades.
Vamos ver agora os principais premiados, com a medalha de Excelência e de Ouro.

 

 


Medalhas de Excelência
Página Reg. Lisboa Alvarinho Escolha branco 2018 (Romana Vini)
Quinta do Convento de Nossa Senhora da Visitação Reg. Lisboa Semillon Colheita Tardia branco 2015 (Quinta do Convento de Nossa Senhora da Visitação)
Zavial Óbidos Syrah Reserva tinto 2015 (Vidigal Wines)

Medalhas de Ouro
Vinhos tintos
AdegaMãe Touriga Franca 2016 (Adegamãe)
Alteza 2017 (Casa Santos Lima)
Aproximar Syrah, Touriga Nacional 2017 (Adega Coop. de Dois Portos)
Confidencial Reserva 2014 (Casa Santos Lima)
CSL Cabernet Sauvignon 2016 (Casa Santos Lima)
Dory Reserva 2016 (Adegamãe)
Marquês de Olhão 2011 (Sociedade Agrí. Cunha e Folque)
Mundus Reserva 2013 (Adega Coop. da Vermelha)
Puro Caves Rendeiro Escolha Syrah 2015 (Caves Rendeiro)
Quinta da Folgorosa 2012 (Sociedade Agrí. Quinta da Folgorosa)
Quinta da Murnalha Syrah, Aragonez, Alicante Bouschet 2016 (Frutas Nobre)
Quinta de Pancas Reserva Cabernet-Sauvignon, Touriga Nacional, Syrah 2016 (Quinta Pancas Vinhos)
Quinta de São Bartolomeu 2015 (Sociedade Agrí. Cunha e Folque)
Únicos Reserva 2016 (João Pedro Machado Duarte)
Velharia Reserva Syrah 2014 (Adega Coop. da Labrugeira)
Vinhos brancos
5ª Lagar Novo 2017 (Luís Elias Gonçalves de Carvalho)
Capicua Colheita Tardia 2016 (Cerrado da Porta)
Empatia Vital 2017 (Adega Coop. da Labrugeira)
Mirante 2018 (Adega Coop. de Carvoeira)
Montes 2017 (Adega Coop. de Alcobaça)
Mundus Colheita Tardia 2017 (Adega Coop. da Vermelha)
Peripécia Chardonnay 2018 (Cerrado da Porta)
Quinta das Cerejeiras Grande Reserva 2017 (Companhia Agrí. do Sanguinhal)
Quinta de Pancas Arinto, Chardonnay, Vital 2018 (Quinta de Pancas)
Quinta de Vale Mourisco Fernão Pires, Chardonnay, Viognier 2016 (Quinta de Vale Mourisco)
Quinta do Convento de N.ª Sr.ª da Visitação Reserva 2018 (Quinta do Convento da Visitação)
Quinta do Gradil Alvarinho 2018 (Quinta do Gradil)
Quinta do Gradil Chardonnay 2018 (Quinta do Gradil)
Quinta do Monte d’Oiro – Lybra Arinto, Marsanne, Viognier 2018 (José Manuel F. Bento dos Santos)
Quinta do Pinto Reserva Arinto 2017 (Quinta do Pinto)
Quinta do Pinto Reserva Viognier & Chardonnay 2017 (Quinta do Pinto)
Quinta do Rendeiro Colheita Tardia 2017 (Caves Rendeiro)
Reserva dos Amigos Reserva Chardonnay 2017 (Vidigal Wines)
Sanguinhal Arinto & Chardonnay 2018 (Companhia Agrí. do Sanguinhal)
Solar da Marquesa branco leve Moscatel Graúdo 2018 (Casa Agr. Horácio Nicolau)
Velhos Tempos 2018 (Adega Coop. de Carvoeira)
Outros
Página Colheita Selecionada Touriga Nacional rosé 2018 (Romana Vini)
Quinta do Boição Licoroso 2003 (Enoport – produção de Bebidas)
Figurativa XO aguardente Lourinhã (Adega Coop. da Lourinhã)
Quinta do Rol XO aguardente Lourinhã (Sociedade Agr. Quinta do Rol)

Concurso do Tejo elegeu os seus ‘ponta de lança’ de 2019

Vencedores X edição Concurso Vinhos do Tejo 2019

Tal como vem acontecendo há vários anos, a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) celebrou mais uma gala de atribuição dos seus prémios. O evento decorreu a 18 de Maio no Hotel dos Templários, em Tomar, com a presença de cerca de 350 pessoas. Desde logo, a região tem muitas razões para celebrar: no […]

Tal como vem acontecendo há vários anos, a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) celebrou mais uma gala de atribuição dos seus prémios. O evento decorreu a 18 de Maio no Hotel dos Templários, em Tomar, com a presença de cerca de 350 pessoas. Desde logo, a região tem muitas razões para celebrar: no primeiro trimestre de 2019, registou, face ao mesmo período de 2018, um aumento de quase 40% no que toca ao número de vinhos certificados. Foi, aliás, o maior crescimento de sempre!
O segundo motivo de satisfação foi para as personalidades e empresas que se destacaram, especialmente durante 2018. O técnico Bernardo Cabral levou a palma de ‘Enólogo do Ano’. Bernardo é enólogo da Companhia das Lezírias desde 2012 mas faz ainda várias consultorias em diferentes regiões. As Adegas Cooperativas de Benfica do Ribatejo e do Cartaxo ficaram com as distinções ‘Empresa Dinamismo’ e ‘Empresa Excelência’, respectivamente. No que toca ao ‘Prémio Carreira’ coube ao enólogo António Ventura levá-lo para casa. Tanto Bernardo Cabral como António Ventura (certamente o enólogo que mais vinho faz em Portugal), já receberam prémios semelhantes da equipa da Grandes Escolhas.
O terceiro motivo de satisfação esteve na entrega de prémios de 2019, tanto a nível de vinhos, como de gastronomia.

Vinhos, concurso na décima edição
Nos vinhos, a décima edição do Concurso Vinhos do Tejo foi a mais concorrida de sempre, com 183 vinhos em competição. Para além das duas ‘Medalhas de Excelência’, foram atribuídas duas medalhas ‘Grande Ouro’, vinte e nove ‘Ouro’ e vinte e quatro ‘Prata’. A CVR Tejo quis também premiar os branco e rosés da colheita mais recente, a de 2018, sendo que houve seis vencedores, três em cada categoria.
As duas ‘Medalhas de Excelência’ foram para o ‘Quinta da Alorna Alvarinho e Viognier Reserva branco 2017’, da Quinta da Alorna, e para o ‘Tyto Alba Touriga Nacional tinto 2015’, da Companhia das Lezírias. Dois vinhos conseguiram ainda a ‘Medalha Grande Ouro’; ambos tintos: ‘Clavis Aurea Reserva 2017’, da Quinta Casal Monteiro, e o ‘Bridão Reserva 2016’, da Adega do Cartaxo. O desafio, como sempre, está na harmonização de Vinhos do Tejo com uma gastronomia de índole tradicional, de autor e internacional.

Combinar vinhos e comidas no Tejo

O prato do Melhor Restaurante, o WISH, no Porto

‘Tejo Gourmet – Concurso de Iguarias e Vinhos do Tejo’ é outro dos concursos promovidos anualmente pela CVR Tejo. Esta nona edição foi a mais concorrida de sempre, com 58 restaurantes inscritos. O crédito de ‘O Melhor Restaurante’ da competição vai para o Wish, no Porto. O título de ‘Restaurante Revelação’ foi para dois restaurantes: a Casa Chef Victor Felisberto, Abrantes (no Tejo) e o Taxiko Steakhouse, no Funchal, na Ilha da Madeira. O almeirinense Cisco – Cozinha Tradicional voltou a arrecadar, pelo segundo ano consecutivo o galardão de ‘Melhor Cozinha Tradicional’. Cada vez mais em voga estão as casas de petiscos e, neste registo, a eleita foi a Petiscaki, de Montemor-o-Novo. O Quorum, em Lisboa, foi distinguido na categoria de ‘Melhor Cozinha de Autor’. O prémio de ‘Melhor Cozinha Internacional’ foi para o Algarve, estando a caminho das paredes do À Terra, na Vila Monte Farm House, em Moncarapacho, Olhão. A ‘Melhor Carta de Vinhos’ (do Tejo) é a do madeirense Beef & Wines (Funchal). De destacar foi a promoção feita ao Tejo Gourmet pelo Clube Lisboeta e pelo Pão à Mesa, ambos em Lisboa.
Cada restaurante foi desafiado a criar um menu, composto por entrada, prato e sobremesa, elegendo Vinhos do Tejo para casaram com os mesmos. O Espadarte, restaurante do Hotel Sana Sesimbra, e o Rei dos Leitões, na Mealhada, foram os que se destacaram na entrada. O Calça Perra, de Tomar, apresentou a melhor combinação no prato principal e o Viva Lisboa, no Hotel Neya, a melhor prestação na sobremesa.
Os restaurantes À Terra, Beef & Wines, Cisco – Cozinha Tradicional, Espadarte, Quorum, Rei dos Leitões, Taxiko Steakhouse e Wish foram os oito galardoados com ‘Grande Medalha de Ouro’, seguindo-se 28 com ‘Ouro’ e 17 com ‘Prata’.