Quinta dos Murças com nova imagem e primeiros vinhos bio

Murças nova imagem

A duriense Quinta dos Murças, do grupo Esporão, acaba de lançar a colheita de 2021 dos seus vinhos Minas e Margem, dois tintos que marcam o momento da transição total da vinha para o modo de produção biológico, e que, para o assinalar, surgem com uma nova imagem. “Este trabalho começou em 2011, quando a […]

A duriense Quinta dos Murças, do grupo Esporão, acaba de lançar a colheita de 2021 dos seus vinhos Minas e Margem, dois tintos que marcam o momento da transição total da vinha para o modo de produção biológico, e que, para o assinalar, surgem com uma nova imagem.

“Este trabalho começou em 2011, quando a primeira parcela de vinha foi re-estruturada e convertida para modo de produção biológico. Caminho reforçado em 2021, com a conversão total das vinhas e a aposta num caminho menos interventivo, com processos que implicam maior rigor e mais trabalho. Esta transição permitiu a preservação e recuperação dos solos, tornando-os mais vivos e saudáveis, com vinhas mais fortes e resilientes”, explica a empresa.

Lourenço Charters, responsável de enologia e viticultura da Quinta dos Murças, sublinha que “este lançamento confirma o percurso da Quinta dos Murças como produtor de vinhos biológicos e, com isso, o reconhecimento de práticas que conduzem a um maior equilíbrio entre produção e natureza”.

O Quinta dos Murças Minas 2021, assim chamado por as vinhas estarem sobre minas de água, provém de parcelas plantadas entre 1987 e 2011, com exposição sul e altitude entre os 110 e 300 metros. Já o Quinta dos Murças Margem 2021, nome da vinha vertical situada junto à margem do rio Douro, provém de uma vinha plantada entre 1980 e 1987, em solos xistosos e de baixa altitude, com exposição sul e oeste.

Sobre a nova imagem, António Nascimento, Brand & Market Manager da Quinta dos Murças, comenta: “Quisemos reforçar a identidade da marca e alinhá-la com a nossa visão. Optámos, em parceria com o Studio Eduardo Aires, por seguir um design minimalista, disruptivo, moderno e sóbrio, inspirado nas pessoas de Murças. Juntámos parâmetros como a altitude, área de vinha e anos de plantação ao nome dos vinhos para evidenciar o que os distingue, a sua origem. O contra-rótulo ganhou vida com a arte de João Abel Mota, que desenhou a carvão as vinhas correspondentes a cada vinho. A nova imagem surgiu em simultâneo com o lançamento dos nossos primeiros vinhos biológicos que expressam, sem filtros, o lugar de onde vêm. A história, tradição, pessoas e natureza estão, mais que nunca, espelhadas neste rótulo”.

Produção de Cava de Guarda Superior será 100% biológica até 2025

Cava biológica

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Novas regulações da D.O. Cava sairam este ano — a Denominação de Origem espanhola mais exportada, de espumante produzido pelo método tradicional na Catalunha — respeitantes à produção da categoria Guarda Superior, estabelecendo-se que será 100% biológica […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Novas regulações da D.O. Cava sairam este ano — a Denominação de Origem espanhola mais exportada, de espumante produzido pelo método tradicional na Catalunha — respeitantes à produção da categoria Guarda Superior, estabelecendo-se que será 100% biológica até 2025.

Os Cava de Guarda Superior são os que têm maior estágio em cave, incluindo os Reserva (mínimo de 18 meses), Gran Reserva (mínimo de 30 meses) e os Cava de Paraje Calificado (resumidamente, são de uma zona específica e estagiam pelo menos 36 meses).

Com as novas regras, a D.O. Cava reforça também os seus padrões de qualidade, com um mínimo de 10 anos de idade das vinhas, produção limitada a 10 mil quilos de uva por hectare, menção do ano de colheita na garrafa e traçabilidade rigorosa (da vinha ao engarrafamento).

Javier Pagés, presidente do Conselho Regulador da Denominação de Origem Cava, refere que “a D.O: Cava está a evoluir. O número de garrafas produzidas, de Cava biológico, atingiu quase 14 milhões, com 34% a corresponder às categorias Premium. Sabemos que tanto o consumidor como o mercado estão a exigir o biológico, e este tipo de cuidado e preservação do território é algo com que nos identificamos muito”.

A D.O. Cava é protagonizada por 3 castas brancas, Macabeu, Xarel·lo e Parellada (apesar de haver outras autorizadas) e alguns dos seus produtores mais conhecidos são Recaredo, Juvé y Camps, Freixenet, Codorníu, Gramona ou Castellroig.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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IVDP distingue Quinta dos Murças com prémio de sustentabilidade

Quinta Murças sustentabilidade

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A Quinta dos Murças acaba de ser galardoada, pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), com o Prémio Vintage IVDP Ambiente e Sustentabilidade 2020. A propriedade duriense do Esporão —na margem direita do rio […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A Quinta dos Murças acaba de ser galardoada, pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), com o Prémio Vintage IVDP Ambiente e Sustentabilidade 2020. A propriedade duriense do Esporão —na margem direita do rio Douro, entre a Régua e o Pinhão — tem toda a sua área de produção certificada como biológica.

José Luís Moreira da Silva, enólogo da Quinta dos Murças e de outros projectos do Esporão, explica o caminho que tem sido feito na propriedade, neste campo da sustentabilidade: “Iniciámos o projecto ‘PGBE-QM Plano de Gestão de Biodiversidade e Ecossistemas da Quinta dos Murças’ em 2017, juntamente com a ADVID, o centro de Ecologia Funcional CEF da Universidade de Coimbra, a Sociedade Portuguesa de Botânica, o CIBIO-InBio, a FCUL e mais recentemente com a NBI. Centrámo-nos na avaliação de vários grupos indicadores de biodiversidade e do estado ecológico das vinhas e sua área envolvente, de forma a compreendermos o impacto das boas práticas de gestão agro-ecológica na biodiversidade da fauna e flora, e na dinâmica das interacções entre potenciais pragas e fauna auxiliar. Este reconhecimento, por parte do IVDP, dá-nos motivação adicional para continuarmos o trabalho que iniciámos em 2011, contribuindo para um Douro mais ecológico e sustentável”.

Os Prémios Vintage IVDP foram criados com o intuito de incentivar e distinguir pessoas, instituições e projectos que estejam relacionados, directa ou indirectamente, com a Região Demarcada do Douro. Com diversas categorias, pretendem ser um “estimulo à inovação tecnológica, ao desenvolvimento técnico-científico, ao progresso no conhecimento das dinâmicas da sociedade, ao empreendedorismo, à sustentabilidade ambiental, económica e social, o estudo e preservação do património enquanto ativo cultural incontornável, enquanto áreas prioritárias para o progresso da Região Demarcada do Douro, do seu território, das suas gentes, da vinha, do vinho, e dos mercados”. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Já está disponível o novo azeite Esporão Bio Virgem Extra

O terceiro azeite da gama Esporão com certificação biológica está agora no mercado. Produzido no Lagar da Herdade do Esporão, com azeitonas 100% alentejanas, maioritariamente azeitona Galega, este é mais um produto que se insere no grande objectivo actual da empresa, o de aumentar a oferta de referências biológicas. “Este é um azeite com origem […]

O terceiro azeite da gama Esporão com certificação biológica está agora no mercado. Produzido no Lagar da Herdade do Esporão, com azeitonas 100% alentejanas, maioritariamente azeitona Galega, este é mais um produto que se insere no grande objectivo actual da empresa, o de aumentar a oferta de referências biológicas.

“Este é um azeite com origem no Alentejo, proveniente de oliveiras plantadas ao longo dos tempos, oliveiras que tanto nos ensinam e inspiram todos os dias. O sumo que oferecem, repleto de saúde e sabor, traz-nos memória de tantos pratos doces e salgados. E ainda, recorda-nos da simplicidade de alguns momentos como molhar o pão em azeite e saborear”, confessa Ana Carrilho, directora de produção do Esporão.

O Biológico Virgem Extra (p.v.p. €9,49) insere-se, assim, num portefólio já vasto de azeites do grupo, onde também se incluem os Virgem, Virgem Extra, DOP Norte Alentejano VE, Cordovil VE, Galega VE, Selecção VE, Olival dos Arrifes Biológico VE e Quinta dos Murças Biológico Virgem Extra.

E se deseja conhecer mais sobre este azeite, e sobre a sua origem, pode visitar o Lagar da Herdade do Esporão, e até fazer uma prova acompanhada. Basta reservar com o Esporão, através deste e-mail ou do telefone +351266509280.

 

A&D Wines já tem 40 hectares com certificação bio

A A&D Wines, produtora no Vinho Verde, sub-região de Baião, tem apostado na certificação biológica das suas uvas e actualmente dispõe de 40 dos 45 hectares das suas vinhas certificados. A Quinta dos Espinhosos foi a primeira propriedade, com sete hectares, a ser certificada para produção biológica. Com as vinhas da Quinta de Santa Teresa […]

A A&D Wines, produtora no Vinho Verde, sub-região de Baião, tem apostado na certificação biológica das suas uvas e actualmente dispõe de 40 dos 45 hectares das suas vinhas certificados. A Quinta dos Espinhosos foi a primeira propriedade, com sete hectares, a ser certificada para produção biológica. Com as vinhas da Quinta de Santa Teresa (na foto), estão já certificados 40 hectares. O objectivo é que, em 2020, a certificação se estenda aos restantes 5 hectares de vinha, pertencentes à propriedade Casa do Arrabalde.

Como dito em comunicado de imprensa, “as práticas de agricultura e vinificação biológicas são para a A&D Wines uma forma de estar e parte integrante do ADN da empresa, pelo que são transversais a todas as propriedades e a todo o seu portefólio de vinhos”. A empresa produz vinho exclusivamente com as suas uvas e na colheita de 2019 todos os vinhos da A&D Wines são já certificados com produção biológica, com excepção do Casa do Arrabalde, que ganhará a certificação na colheita de 2020. São eles: Espinhosos, Monólogo Avesso, Monólogo Arinto, Monólogo Malvasia Fina, Monólogo Chardonnay, Monólogo Sauvignon Blanc e Singular.

Ser Bio Lógico

Recentemente, em conversa com um viticólogo, este dizia-me, em tom alarmado, que as análises de solo de uma vinha biológica a que prestava consultoria técnica apontavam para uma quantidade de cobre 10 vezes superior ao máximo aconselhado. Literalmente, o solo estava, desde há muito, intoxicado com cobre. TEXTO João Afonso Para quem não está dentro […]

Recentemente, em conversa com um viticólogo, este dizia-me, em tom alarmado, que as análises de solo de uma vinha biológica a que prestava consultoria técnica apontavam para uma quantidade de cobre 10 vezes superior ao máximo aconselhado. Literalmente, o solo estava, desde há muito, intoxicado com cobre.

TEXTO João Afonso

Para quem não está dentro do assunto “tratamentos de vinha”, o cobre é um dos principais produtos usados em Modo de Produção Biológico (MPB) e, juntamente com o enxofre, forma a famosa calda bordalesa (bouille-bordelaise, descoberta por Alexis Millardet ainda no séc. XIX), a primeira mistela ou cura a ser descoberta para as doenças criptogâmicas do oídio e do míldio chegadas à Europa em meados do século XIX.

O cobre é um bactericida, algicida e fungicida com aptidão especial para combater o míldio, um fungo que tem algo de alga, já que necessita de água (e não humidade) para se desenvolver. Mas tal como o enxofre, não tem qualquer poder de penetração na planta, como o têm os químicos de síntese usados na actual viticultura convencional. Uma boa chuvada (mais de 10 l/m2) lava estes produtos arrastando-os para o solo ficando a planta desprotegida à espera de nova e urgente pulverização, em especial se o tempo húmido ou chuvoso se mantêm.

Em anos como o 2016 ou 2018, com primaveras extremamente chuvosas e húmidas, um viticultor Bio, consciencioso e previdente, poderá ter feito até 12 tratamentos preventivos, mas, se este viticultor conhecesse o impacto destes tratamentos na vida do solo da sua vinha, teria feito bastante menos. Mas, claro está, arriscava-se a perder parte ou a totalidade da produção ou teria de intercalar tratamentos preventivos com químicos sistémicos (que penetram na planta e são curativos) e perder assim a chancela de “Modo de Produção Biológico”.

Todos os tratamentos, biológicos, biodinâmicos ou convencionais são moléstia para as videiras. São intrusivos: para a defender, atacam-na também, além de acrescentarem compostos e componentes quase sempre indesejáveis ao mosto e vinho final. O ideal para o viticultor, e para os vinhos na generalidade, seria não haver qualquer necessidade de tratamento nas vinhas. Mas tal não é possível, pelo menos em anos de primavera húmida e chuvosa como 2016 ou 2018.

Com a crescente pressão ambiental criada pelo uso de químicos de síntese nos tratamentos fitossanitários da vinha e pela cada vez maior adesão do consumidor a produtos vindos de agricultura “Biológica” (*), tem havido uma lenta mas consistente transição da viticultura convencional, feita com base em químicos de síntese produzidos por multinacionais gigantescas como a Monsanto, Bayer ou Belchim, para uma viticultura dita Biológica com muito menos impacto ambiental com base nos tradicionais e, à partida inócuos, enxofre e cobre. Mas a verdade poderá ser um pouco diferente…

 

A ameaça cobre
Segundo o número de Abril 2019 da Revue des Vins de France, que transcrevemos aqui em parte, a França da vinha “Biológica” anda de candeias às avessas com a Comunidade Europeia que legislou a partir de 1 de Fevereiro de 2019 a permissão de utilização de um máximo de 4 Kg de cobre por hectare e por ano, com um total de 28 kg em 7 anos. Ou seja, pode usar mais cobre nuns anos do que noutros, mas em 7 anos não pode ultrapassar os 28 kg/hectare. A legislação anterior permitia os 6 kg hectare com um máximo de 30 kg em 5 anos.

Esta significativa redução (feita sem avisar ninguém), vem colocar algumas regiões limítrofes, como o Jura, fora da luta biológica contra fungos em anos como o de 2016 que exigem maior quantidade de cobre do que o agora permitido.

A guerra contra o tradicionalíssimo cobre assume proporções políticas e muitos “vignerons” chegam a acusar a EFSA (European Food Safety Authority) de estar mais pronta a proibir o cobre que o tristemente célebre e cancerígeno herbicida glifosato. Quando os viticultores Bio eram 3% dos vignerons franceses, o cobre nunca foi problema. Mas hoje que são 18% o cobre é um veneno a abater – sublinha Patrick Guiraud, presidente da Sudvinbio. E nos corredores de Bruxelas os lobbys da indústria fitossanitária não param de tentar mexer os cordelinhos para acabar com o cobre na vinha – esta é a acusação feita pela vanguarda Bio francesa. Todos teriam preferido uma redução para os 5 kg/ hectare, mas a legislação europeia foi mais castradora.

Longe vão os tempos, da primeira metade do século passado, em que os viticultores franceses chegavam aos 50 kg por hectare de cobre ao ano. Não fora o surgimento dos novos produtos de síntese e o uso e abuso do cobre poderia ter envenenado todos os solos vitícolas de França. No final dos anos 90 a União Europeia legislou e limitou o seu uso a 8 kg / hectare. Em 2006 baixou para os 6 kg e agora para os 4 kg.

 

Proteger ou envenenar?
Para termos uma ideia do que significam estes  números, segundo o Manual de Fertilização das Culturas do nosso INIAV (Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária), um terreno com valores muito baixos de cobre tem menos de 0,3 mg de cobre por Kg de solo. Com valores baixos, de 0,4 a 0,9 mg, médios de 0,9 a 7 mg, altos de 7,1 a 15 mg e muito altos acima de 15 mg por Kg de solo.

Em França, o organismo publico Groupement d’Interet Scientifique (GIS) SOL, analisou, entre 1998 e 2010, dezenas de milhares de amostra de solos das diversas regiões francesas e concluiu que os solos com mais cobre são os vitícolas e os solos da Bretanha (neste caso por causa do estrume usado na fertilização).

Dos solos vitícolas, os campeões do cobre são Bordéus e o Languedoc-Roussillon, com taxas para lá dos 322 mg/Kg (cerca de 20 vezes acima do máximo aconselhável!). Mas análises mais recentes nos solos da última região, feitas pelo INRA (Institut Nacional de la Recherche Agronomique) de Montpellier, encontraram mais de 1 000 mg/Kg de solo. Muito assustador!

Do cobre que entra no solo, 5 a 10% é absorvido pelos organismos que nele habitam (bactérias, animais, cogumelos, plantas). É o chamado cobre bio disponível. Se a proporção de mg de cobre por quilo de solo é desproporcionada e excessiva, o cobre torna-se tóxico para a vida que ele sustenta.

A natureza do solo também é crucial para a toxicidade do cobre: solos calcários e argilosos têm menos cobre bio disponível pois este liga-se ao mineral, mas nos solos arenosos ou graníticos o cobre solubiliza-se e encontra-se mais bio disponível.

Segundo o INRA, verifica-se uma diminuição da vida microbiana a partir de 30 a 50 mg de cobre bio disponível por quilo de solo ácido e a partir de 50 a 100 mg sobre solos calcários ou argilosos. E é por esta razão que o Biológico pode ser, em anos climáticos extremos, pouco lógico.

Há vários métodos para diminuir a utilização de cobre (tisanas de cavalinha, urtiga e consolda em biodinâmica, ou uso de substâncias que estimulam as defesas da planta) mas nenhum o evita na totalidade. Há que saber gerir o cobre. Ser Bio lógico é ainda mais importante que ser Biológico.

(*) Segundo o último estudo Vinexpo/IWSR, o mercado dos vinhos convencionais terá crescimento próximo do zero a partir de 2022. Pelo contrário o aumento de vendas de vinhos biológicos terá um aumento de vendas de 2 dígitos. Um importador de vinho para EUA prevê que dentro de 20 anos o Bio será a norma (Abril – Revue des Vins de France, B.S.).

Esporão galardoado com “Melhor Azeite do Mercado”

O Azeite Biológico Olival dos Arrifes, produzido pelo Esporão, foi considerado o Melhor Azeite do Mercado, no Concurso Nacional de Azeites de Portugal 2019, pelo segundo ano consecutivo. Este azeite, que tem um p.v.p. de €12,29, foi igualmente premiado com medalha de Ouro no World Olive Oil Competition, que decorreu em Nova Iorque, em conjunto […]

O Azeite Biológico Olival dos Arrifes, produzido pelo Esporão, foi considerado o Melhor Azeite do Mercado, no Concurso Nacional de Azeites de Portugal 2019, pelo segundo ano consecutivo.
Este azeite, que tem um p.v.p. de €12,29, foi igualmente premiado com medalha de Ouro no World Olive Oil Competition, que decorreu em Nova Iorque, em conjunto com o Esporão Cordovil e o Selecção. Este é um dos concursos de azeite mais prestigiados a nível mundial.

Proveniente do Olival dos Arrifes da Herdade do Esporão, e com certificação biológica, este azeite passa por uma selecção cuidada dos seus frutos, com o objectivo de manter o seu sabor autêntico e genuíno. Segundo o produtor, “revela um aroma complexo e ligeiramente picante, com toques florais e um final de boca que lembra frutos secos”.
O lagar de azeite onde é produzido pode ser visitado, no âmbito da oferta de enoturismo da Herdade do Esporão, bem como a participação em provas de azeite “on site”.

Caminhos Cruzados aposta na viticultura biológica

A empresa do Dão sempre investiu na prossecução de um caminho moderno e sustentável para o seu projecto. Agora, é tempo de iniciar o processo de reconversão de vinhas, processo esse que começa com uma parcela de Touriga Nacional. Lígia Santos, administradora da Caminhos Cruzados, declarou: “Este investimento surge naturalmente com o crescimento da empresa, […]

A empresa do Dão sempre investiu na prossecução de um caminho moderno e sustentável para o seu projecto. Agora, é tempo de iniciar o processo de reconversão de vinhas, processo esse que começa com uma parcela de Touriga Nacional.

Lígia Santos, administradora da Caminhos Cruzados, declarou: “Este investimento surge naturalmente com o crescimento da empresa, e escolhemos a vinha de Touriga Nacional por ser também um símbolo do Dão, para dar início a este processo de transformação. Esta é uma mudança muito significativa para nós e apesar de pequena, marca o início de um caminho que queremos percorrer nos próximos anos e preparar para as gerações vindouras. No ano em que nasce o primeiro elemento da próxima geração da Caminhos Cruzados, não há melhor presente do que dar os primeiros passos na preparação de um futuro mais duradouro e sustentável”.

Trata-se de um hectare, localizado em frente à adega em solo granítico, onde foram plantadas 4200 videiras, a uma altitude de 470m, que será reconvertido durante três anos.