Tintos do Tejo: Os vinhos de uma nova era

Grande Prova Tintos do Tejo

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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O Tejo da vinha e do vinho, orientado para a qualidade, moderno e dinâmico, é hoje uma realidade que se confirma em cada garrafa. A evolução da região ao longo das últimas duas décadas tem sido tremenda, solidificando a sua presença junto dos apreciadores nacionais e internacionais. Adegas cooperativas, grandes e pequenas empresas, produtores de quinta, todos contribuem para projectar a imagem de um novo Tejo. Os tintos que aqui provamos mostram uma região diversa, com identidade e garra.

TEXTO: Valéria Zeferino

A história vitivinícola da região começou com as plantações da vinha junto às margens do rio Tejo pelos Tartessos em 2000 a.C. Na Idade Média a cedência de terras a “homens livres” para exploração agrícola impulsionou a plantação de vinha e olival. Séculos mais tarde, a demarcação da região do Douro pelo Marquês de Pombal em 1756 levou ao arranque da vinha no Tejo, seguindo ordem que obrigava a retirar os vinhedos de todos os terrenos aptos a outras culturas.

Mais tarde, a proximidade de Lisboa, a necessidade de abastecer a capital e a plantação de castas produtivas em terras muito férteis, conduziu a rendimentos excessivos, prejudicando qualidade geral e a imagem da região. Como lembra o proprietário e enólogo da Casa da Coelheira, Nuno Falcão Rodrigues, “há 40 anos mais importante era encher a adega, do que fazer um vinho XPTO”. Era o império de tascas e do vinho a granel. Mas, entretanto, o mercado evoluiu e com ele o grau de exigência de consumidores e produtores.

Não esqueçamos que várias regiões no mundo, hoje bem prestigiadas, passaram por este mesmo caminho. Por exemplo, Pfalz, na Alemanha, já foi uma região conhecida pelos vinhos brancos semi-doces feitos de castas muito produtivas, vendidos a granel ou sob marcas de enorme volume (na “famosa” garrafa azul…) e que acabaram por arruinar a imagem do vinho daquele país em diversos mercados. Ou Chianti, outrora fortemente associado aos frascos cobertos de palha, com vinhos baratos e acídulos. Portanto, não se pode (e não se deve) fugir da história da região, mas pode-se (e deve-se) investir no seu futuro.

Foi o que começou a acontecer no Tejo a partir das décadas 80 e 90 do século passado, através da modernização de adegas e da reconversão progressiva da vinha: as castas que só serviam para produzir muito foram substituídas pelas variedades nacionais e internacionais que traziam benefícios qualitativos. O facto de o Tejo não estar demasiado agarrado à tradição, permitiu seguir em frente, procurando a sua nova identidade que passa muitas vezes pelo estilo de cada produtor.

A partir de 2008 a região seguiu o seu caminho como o Tejo, reforçando a sua ligação com o rio, a volta do qual é formada e rompendo definitivamente com o Ribatejo do passado. A alteração do nome, na altura, gerou algumas críticas, mas o tempo e o esforço dos produtores acabou por mostrar que a decisão foi a mais acertada.

Como nota o presidente da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Tejo, Luís de Castro, “hoje, os produtores da região estão nas mãos de uma nova geração de enólogos”, mais competentes, mais interessados, mais abertos para o mundo.

A região do Tejo tem uma área total de vinha a rondar os 12.000 hectares, dos quais, de acordo com os dados da CVR, 2.500 dão origem a vinhos com denominação de origem DO Tejo e 5.000 a vinhos com selo de certificação IG (ou Regional) Tejo. No que toca à produção em litros, são vinificados cerca de 61 milhões de litros, estando a aumentar, de ano para a ano, a quantidade de vinhos certificados: 23,3 milhões em 2019.

Os principais mercados de exportação são Brasil, China, Suécia, França e Polónia. Segundo Luís de Castro, no Brasil assinalou-se um crescimento exponencial de vendas devido ao e-commerce que disparou com a pandemia do Covid. As vendas de vinhos do Tejo no Brasil, até ao final de Julho, já tinham atingido o volume do ano passado. No mercado interno, a situação está mais complicada, apesar do crescimento em vinhos certificados, houve um descréscimo nos vinhos DOC por causa da crise por que está a passar o canal horeca.

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O rio Tejo tem uma influência marcante nas características da região de vinhos a que dá o nome.

Três sub-regiões à volta do rio

A região do Tejo caracteriza-se pelo clima mediterrânico temperado com aproximadamente 2.800 horas de sol por ano e uma precipitação média que varia entre os 500 e 800 mm, com maior incidência na zona de Tomar, Alcanena e Sardoal, a Norte, e em Coruche, a Sul. A continentalidade não é acentuada e, dada a baixa altitude, as amplitudes térmicas diurnas são moderadas.

O rio Tejo atravessa a região na diagonal de nordeste para sudoeste, formando 3 sub-regiões com condições bem distintas.

A faixa junto ao rio chama-se Campo (também conhecida por lezíria) e caracteriza-se pelas planícies, com vinhas instaladas em solos de aluvião mais férteis. É uma zona mais utilizada para a produção de uvas brancas, com Fernão Pires responsável por 66% das castas brancas da região. Mas com adequado controlo de produção, é também aqui possível originar uvas tintas de primeira linha.

Outras duas sub-regiões oferecem condições para produção maioritariamente de vinhos tintos de qualidade.

Na margem direita do Tejo, a Norte e a Oeste e até os sopés da Serra de Aires e Candeeiros estende-se o Bairro. Os solos são menos férteis, com predominância de argilo-calcários e uma pequena zona de xisto perto de Tomar.

Na margem esquerda do rio, a Sul e Sudeste, fica a sub-região da Charneca, já na transição para o Alentejo, dominada pelos solos arenosos pobres e mais secas e mais quente que as outras duas sub-regiões. Na zona de Almeirim, existe uma faixa importante de calhau rolado com efeitos particulares no perfil das uvas.

O enólogo David Ferreira, que trabalhou muitos anos na Casa Cadaval e recentemente assumiu as responsabilidades de enologia na Companhia das Lezírias, teve oportunidade de conhecer bem estas diferentes sub-regiões. Por vezes, 20 km entre vinhas fazem diferença. As mesmas castas no Bairro amadurecem quase 15 dias mais tarde do que na Charneca. Na sua opinião, os vinhos do Bairro, provenientes dos solos calcáreos, são mais encorpados, profundos, com mais textura de boca. Os da Charneca, mostram mais concentração com elegância, não são tão texturados, mas são compridos e complexos.

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A região mostra uma grande diversidade de solos: aluvião, argila, calcário, areia, xisto, calhau rolado…

Grande diversidade de castas

 Das castas plantadas na região do Tejo, 53% são tintas e 47% brancas, numa enorme diversidade, com variedades regionais, nacionais e internacionais. As preferências nas novas plantações inclinam-se para as castas brancas Fernão Pires e Arinto, e as tintas Syrah, Touriga Nacional e Alicante Bouschet.

Actualmente, as exigências regionais em termos de uso de castas, são bastante liberais. No que toca as castas tintas, das 45 autorizadas para DO, 12 são internacionais e das 74 autorizadas para IG, 24 são internacionais. Isto permite ao produtor trabalhar com as variedades que considera mais adequadas ao seu terroir ou ao seu negócio. A casta tinta mais plantada, no entanto, é ainda a bem clássica Castelão que ocupa uma área de 1471ha, representando 23% das castas tintas do Tejo e 12% do total.

Segundo a enóloga e directora-geral da Falua, Antonina Barbosa, de Castelão “espera-se o melhor e o pior”. A casta tem que ser bem trabalhada, diz, exige atenção. Juntamente com a enóloga da Quinta de Alorna, Martta Reis Simões, estão de acordo que no calhau rolado de Almeirim, Castelão fica muito bem e com óptima expressão aromática (futa preta, mentol, eucalipto). Já Diogo Campilho confessa que não escolhe as variedades só por serem típicas. Não gosta de Castelão por ser muito produtiva, e o solo argiloso da Quinta da Lagoalva não é o melhor para esta casta.

O enólogo António Ventura, que trabalha com várias casas no Tejo, Lisboa e Alentejo é um fã de Castelão, mas reconhece que a casta não se dá em qualquer lado, o melhor resultado consegue-se em solos pobres de areia. Em solos ricos pode facilmente chegar a produções de 25 tn/ha, perdendo as suas qualidades.

A Trincadeira ocupa 783 ha e é a segunda casta mais importante em termos de plantação. David Ferreira chama à Trincadeira “a campeã da rusticidade, num bom sentido”, pois aguenta bem o calor. António Ventura acha que Trincadeira depende bastante do ano, com chuvas facilmente apodrece por ter cachos muito compactos. Por isso, Martta Reis Simões entende que a Charneca, por ser mais quente e seca, é a melhor zona para a Trincadeira. Nos anos bons sem chuva, no final da maturação, consegue-se manter a Trincadeira na vinha mais tempo, o que a casta agradece.

Em número de hectares plantados (653) segue-se a Aragonez que, curiosamente (ou talvez não), nenhum dos enólogos com que falámos entendeu destacar, pela positiva ou negativa.

No quarto lugar fica a casta internacional que conseguiu mais popularidade na região, Syrah, com 565 ha. Tal como acontece noutras regiões do país, também no Tejo a Syrah é consensual entre os produtores. David Ferreira comenta que a Syrah se adaptou muito bem às condições do Bairro, onde os ciclos da videira são mais longos. Segundo António Ventura, de um modo geral, a Syrah dá-se muito bem no Tejo, atingindo óptimas maturações fenólicas. Manuel Lobo, responsável de enologia na Quinta do Casal Branco, propriedade de familiares, vai mais longe e afirma que Syrah se porta bem em todo o lado: no Tejo, no Alentejo e até no Douro. Precisa de solos profundos para não desenvolver aromas sobremaduros. Normalmente, é uma das primeiras a ser apanhada.

Relativamente à conceituada Touriga Nacional, que ocupa 465 ha, as opiniões diferem um pouco. António Ventura é de opinião que a Touriga Nacional se dá muito bem no Tejo, produz 7-8 toneladas/ha em solos de areia ou argilo-arenosos. Antonina Barbosa gosta do carácter que a Touriga desenvolve no terreno de calhau rolado. Diogo Campilho afirma que a Touriga Nacional é boa no Tejo, mas não para fazer um vinho varietal, prefere adicioná-la ao lote – “uma pincelada de Touriga eleva logo o aroma”. Já Manuel Lobo acha que Touriga Nacional no Tejo é um desafio. Relaciona isto com padrões altos da qualidade da casta vindos da sua experiência no Douro, onde a Touriga tem dimensão e fruta, enquanto no Tejo há anos em que fica um pouco mais vegetal. Nos solos mais pobres da Charneca, seca demasiado as folhas, o que leva ao desequilíbrio.

Alicante Bouschet, a casta francesa adoptada por Portugal, também é uma das mais populares no Tejo, registando 406 ha, mas está longe de ser consensual. Enquanto a Companhia das Lezírias faz um monocasta de Alicante Bouschet das vinhas velhas para o seu topo “1836”, Nuno Falcão Rodrigues aprecia a casta, mas agora já não a usa para o seu “Mythos”. Embora a Alicante Bouschet tenha entrado nos lotes das suas primeiras colheitas, teve de a retirar por conferir ao vinho “demasiada rusticidade”. António Ventura é de opinião que Alicante Bouschet não é uma das castas mais expressivas no Tejo: complementa lotes, contribui com estrutura e cor, mas não chega a atingir a elegância que ganha no Alentejo. Fica demasiado vegetal, começa a amadurecer a parte fenólica só com 15%, precisa de mais amplitude térmica diária. É interessante a observação de Manuel Lobo que muitas vezes nas vinhas velhas encontra Alicante Bouschet plantado em conjunto com Castelão. E há uma explicação para isto: Alicante Bouschet tem muita personalidade, mas funciona melhor em parceria com Castelão, que o torna mais amigável e polido (um pouco como o efeito do Merlot no Cabernet Sauvignon, em Bordéus).

E por falar de Cabernet Sauvignon, a casta já mostrou que se dá muito bem na região do Tejo, parece ser muito consensual e está a crescer em popularidade, ocupando agora 291 ha. Dá um óptimo resultado no calhau rolado da Falua e da Quinta da Alorna. Mas não só. “Se a Touriga traz elegância, Cabernet Sauvignon traz frescura ao lote”, diz Nuno Falcão Rodrigues. António Ventura também considera que Cabernet Sauvignon no Tejo é muito interessante, sobretudo no Bairro. “É uma casta muito resistente, amadurece bem e perde o carácter vegetal, se esperarmos por ela.”

Algumas outras castas, menos populares na região, assumem protagonismo em algumas casas. A Quinta da Lagoalva de Cima desde os anos 70 apostou no Alfrocheiro que, segundo Diogo Campilho, tem características que particularmente aprecia: concentração, aroma e frescura.

Nuno Falcão Rodrigues gosta da Touriga Franca porque se adapta bem à região. Desde que consiga uma “linha recta” no final de maturação, sem chuva, dá resultados fantásticos, refere.

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No Tejo não faltam adegas modernas e projectos de sucesso. Aqui, na Falua, Almeirim.

Nacionais vs. estrangeiras

As castas estrangeiras, como Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Merlot foram trazidas para a região pelas gerações anteriores com o objectivo de melhorar a qualidade. Isto numa altura em que as castas nacionais eram pouco estudadas e as internacionais tinham resultados comprovados. Quando se percebeu melhor o potencial qualitativo de certas castas portuguesas, também estas começaram a ganhar terreno.

A presença de castas internacionais num lote pode ajudar na exportação. Antonina Barbosa dá o exemplo da marca Tagus Creek, onde se apostou nos duetos de uma casta estrangeira + uma casta nacional (Cabernet Sauvignon + Aragonez, Shiraz + Trincadeira etc.), que chegou a ser a 2ª marca mais vendida no Reino Unido. A Quinta da Alorna também conseguiu excelente resultado comercializando bivarietais nesta base.

Já nos topos de gama, vendidos a 25-30 euros a situação é diferente, repara David Ferreira. A nível internacional não vale a pena competir no Cabernet Sauvignon com Bordéus ou no Pinot Noir com Borgonha. Nesta gama, é melhor apostar nas castas nacionais ou com forte ligação a Portugal (o caso de Alicante Bouschet).  Nuno Falcão Rodrigues partilha a mesma opinião, sobretudo no que toca aos mercados maduros. Mas “se estivermos a falar de mercados como a China ou a Rússia, onde a Touriga Nacional é uma espécie de dinossauro, convém colocar no blend alguma coisa que possa ser entendida pelo consumidor local.”

E como podemos constatar, nos topos de gama tintos, mesmo que as castas internacionais integrem o lote, não são predominantes.

O que deve ser um grande tinto do Tejo?

“Um topo de gama deve ser fiel ao terroir”, diz Antonina Barbosa. As castas podem variar ao longo dos anos, mas o terroir é o mesmo. No caso da Falua, os melhores resultados vêm da vinha do calhau rolado, sem rega e com produções baixas a nivel de 5-6 tn/ha. David Ferreira, num vinho de topo, procura qualidade numa base vitícola, ou seja, de determinadas vinhas. Normalmente, “são as mais velhas que têm maior equilíbrio, maturação mais longa e complexidade aromática”, diz. Por exemplo, na Companhia das Lezírias e na Casa Cadaval isso acontece com as vinhas de Alicante Bouschet.

Já Diogo Campilho, para o seu tinto mais ambicioso procura o que a região oferece: aroma, intensidade, elegância. Presta muita atenção ao nariz e à frescura de boca. “Os vinhos têm de ser frescos, gastronómicos. Assim, podem ter 14,5% e não se sentir o álcool”. Martta Reis Simões, por seu lado, em topos de gama procura a identidade da região. Acha que os vinhos do Tejo, e particularmente, da Charneca, se destacam pela frescura em boca, corpo e elegância. Segundo Nuno Falcão Rodrigues, o Tejo pode não ter uma identidade única, mas tem vários estilos. Um topo de gama tem de expressar, antes de tudo, o seu próprio estilo que inclui a região, a quinta, o terroir e o produtor.

O Tejo e o consumidor

Nas garrafeiras especializadas, onde se vendem os vinhos mais ambiciosos, os vinhos do Tejo representam cerca de 5% da oferta, ainda que a sua presença tenha vindo a crescer. Como o consumidor muitas vezes segue modas e tendências, a procura espontânea pelos vinhos do Tejo ainda é baixa. Vanessa Neves, da garrafeira “Empor Spirits & Wine”, em Lisboa, e Carla Paralta, uma das proprietárias da Garrafeira “5 estrelas”, em Aveiro, dizem que o consumidor poucas vezes pergunta especificamente por vinhos do Tejo, mas há alguns anos nem procuravam de todo. O consumidor está mais bem informado, dizem, sabe o que quer e aceita sugestões. Quando procuram por casta (Syrah, Pinot Noir, Merlot, por exemplo), há boas opções produzidas no Tejo e isto também ajuda. Mas ao mesmo tempo, ainda “confundem muitas vezes os produtores do Tejo e de Lisboa”, conta Vanessa.

Helena Muelle, proprietária da garrafeira “Wines 9297”, em Lisboa, refere que quando organiza provas cegas, onde inclui os melhores vinhos do Tejo, as pessoas gostam muito e depois ficam surpreendidas, quando a região é desvendada.

Como diz Manuel Lobo, “o Tejo é um diamante em bruto, mas ainda tem um longo caminho a percorrer”. Eu acrescentava que a região vai precisar de todo o profissionalismo e dedicação dos produtores para lapidar esse diamante até começar a brilhar. E todos esperamos que o consumidor não se deixe levar pela imagem de um passado longínquo e demonstre uma maior curiosidade em relação ao Tejo da modernidade. Um Tejo que vale muito a pena re(descobrir).

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Para os vinhos de topo, a poda em verde, reduzindo a produção, é bastante comum.

(Artigo publicado em Outubro de 2020)[/vc_column_text][vc_column_text]

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Herdade do Mouchão: Um primeiro entre iguais

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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Mouchão não é apenas um nome incontornável no Alentejo. É uma das maiores referências nacionais, tributário de um terroir muito próprio e de uma casta – Alicante Bouschet – sem dúvida temperamental. Um tinto e uma marca, cuja actual gama tem também brancos, sempre num perfil longevo e intenso, com uma grande e fiel legião de fãs. Numa palavra: deslumbrante.

 

TEXTO: Nuno de Oliveira Garcia              

FOTOS: Ricardo Gomez

Passo por Casa Branca, não longe de Sousel, e a Herdade do Mouchão aproxima-se entre sobreiros, pinheiros e eucaliptos enormes. Este é o momento em que penso sobre o que significam para mim os vinhos do Mouchão.

Da memória surge-me a prova mítica da colheita de 1974 (com o João Paulo Martins e o cineasta João Canijo), do melhor tinto de 1954 (Reserva 1954) que já bebi, e óptimas garrafas de 1963 e 1969, e 1982 (a última com o advogado e amigo Ricardo Reigada Pereira). Recordo, ainda, a minha convicção de que um Mouchão é uma marca de vinho tinto que transpõe as barreiras da região e de gerações.

Comecei a prová-lo, sempre tinto (as actuais versões brancas são nas referências Ponte e Dom Rafael), faz muito tempo, mas Mouchão sempre foi Mouchão, um ‘primus inter-pares’, um daqueles poucos vinhos que faz tremer e temer os melhores tintos das demais regiões portuguesas.

A frescura de um terroir mais nortenho que o habitual na região, em conjunto com notas clássicas alentejanas (em parte fruto do uso de alguma Trincadeira), e uma longevidade lendária, há muito que são atributos da marca procurados por seguidores exigentes.

Rigorosamente, não há nada de vulgar na Herdade do Mouchão, nem sequer os enormes eucaliptos que acima referi e que provém, nada menos nada mais, do que da Nova Zelândia, trazidos por membros da família Reynolds, ali plantados faz mais de um século. No que respeita a história, aliás, o Mouchão é ímpar na região, sendo ainda hoje a adega comercial (não-familiar) mais vetusta do Alentejo, datando de 1901 (o edifício estaria totalmente terminado em 1904).

Mas vamos mais atrás ainda no tempo… pois foi ainda antes da segunda metade do século XIX que família Reynolds funda a companhia ‘Thomas Reynolds & Son’ e se instala no norte de Portugal, comercializando Vinho do Porto, azeite, mel, lã, e cortiça em prancha. A cortiça comercializada provinha de várias herdades a sul, do Montijo ao Alentejo, incluindo a Herdade do Mouchão, e algumas até em Espanha, todas arrendadas pela família. Em 1870, com o desenvolvimento da venda da cortiça como área de negócio, parte da família, então liderada por John Reynolds, instala-se definitivamente no Alentejo, comprando a Herdade do Mouchão e, assim, controlando a cadeia de produção desde o início.

Dez anos volvidos, chegam à herdade dois académicos da Universidade de Montpellier peritos em solos e castas, e uma vinha de Alicante Bouschet é, pela primeira vez, sugerida e aconselhada para solos alentejanos (diz-se que os próprios professores teriam trazido algumas varas da variedade que na altura representava um progresso por ser tintureira). Pouco depois, a casta é efectivamente plantada na herdade e, atualmente, é raro encontrar um topo de gama em todo o Alentejo sem esta uva no lote!

Aliás, os solos de aluvião onde se encontra a Vinha dos Carapetos – de onde provém as uvas para o imponente topo de gama Tonel 3-4 – foram primeiramente plantados com Alicante logo em 1890. Mais uma década volvida, e é construída a adega onde os vinhos começariam a ser produzidos para, em parte serem vendidos a granel (em garrafão ou barrica) sobretudo em Lisboa, e outra parte para consumo da casa e dos trabalhadores da herdade. Sim, por que quando falamos do Mouchão falamos, como noutros lugares do Alentejo, de uma herdade no sentido clássico e enquanto núcleo económico e social, produzindo-se cortiça, azeitona para azeite e, claro, vinho. E ainda aguardente, a partir da destilaria da propriedade datada de 1929, prática que anda hoje se mantém, a par de um tinto generoso de grande qualidade.

Herdade Mouchão nome incontornável Alentejo
João Alabaça, adegueiro e Hamilton Reis, enólogo.

Uma casa com muita história

Por tudo isto, a fama dos tintos do Mouchão não é propriamente recente… O primeiro engarrafamento é de 1949, mas só a partir de 1950 do século passado começaram a ser rotulados e vendidos (se puderem, não deixem de tudo fazer para provar uma garrafa de 1954) e, durante os 25 anos seguintes, são produzidas várias colheitas magníficas – muitas delas a dar ainda óptima prova e a serem comercializadas a preços pouco comedidos –, sempre com um lote a partir de uma maioria de Alicante Bouschet, com alguma Trincadeira.

Este trajecto seria apenas interrompido com a Revolução de Abril (1974) e, mais propriamente, com a expropriação, pouco depois, da propriedade. Algumas colheitas mantiveram o nível alto, como a histórica de 1974, mas também as de 1979 e de 1982, e existe a particularidade de algumas garrafas terem um rótulo com referência à ‘Cooperativa de Produção Agrícola 25 de Abril de Mouchão e Anexos’ a lembrar-nos, precisamente, desse tempos agiutados. A propriedade entraria, todavia, em declínio, e a vinha e adega progressivamente abandonadas.

Em 1985, pela mão de Albert Reynolds, a família recupera o património e rapidamente começa a retomar os negócios. Os tonéis começam a ser recuperados (tarefa que demorou mais de dois anos a terminar), a eletricidade é instalada (imagine-se, apenas em 1991!), e a adega inicia obras de reconstrução que mantiveram a traça e funcionalidades originais. Também a vinha foi parcialmente recuperada e foram plantados 27 hectares entre 1988 e 1995.

Hoje, a vinificação pouco difere das gloriosas décadas de cinquenta a sessenta, com a vindima a começar bem cedo pela manhã. Tirando o cuidado com o uso de caixas de 15 quilos, tudo o resto é praticamente igual desde há décadas. A fórmula é o que sai da vinha: produções naturalmente baixas (nunca superiores a 4,5 ton./ha.), bagos pequenos, película forte, entrada em lagar sem desengace. Claro que existe uma equipa atrás, sendo atualmente liderada por Hamilton Reis na enologia (que transitou do projecto Cortes de Cima). Para o enólogo, é a acidez transversal dos vinhos e a sua textura (até nos mostos, confidencia-nos com um sorriso), que o surpreende a cada dia. João Alabaça, adegueiro há praticamente trinta anos (filho e neto de adegueiros da casa), continua de pedra e cal, e o jovem Joaquim Gomes é o responsável pela viticultura. Paulo Laureano, que anteriormente capitaneou a enologia, mantem-se activo no projeto, agora como consultor, com a missão de manutenção de um estilo que tanto sucesso augurou.

Herdade Mouchão nome incontornável Alentejo

A propriedade é resultado da junção de quatro herdades e compreende cerca de 900 hectares, dos quais 700 de montado, 65 de olival e 43 de vinha, produzindo-se ainda mel. O topo de gama é o já referido Mouchão Tonel 3-4, exclusivamente de Alicante Bouschet, da histórica Vinha dos Carapetos, cujo nome resulta do estágio por três anos em dois tonéis (lá está: n.º 3 e n.º 4) de aduelas de castanho e carvalho com fundos de macacaúba e mogno. O clássico Mouchão mantém-se produzido a partir de uma maioria de Alicante Bouschet e Trincadeira, com algum Aragonez em algumas colheitas. À semelhança do seu irmão, estagia em tonéis antigos, amadurecendo ainda por dois ou mais anos em garrafas (a colheita agora lançada é a de 2014 – ver nota de prova).

A marca Ponte – até agora denominada Ponte das Canas (derivado de outra vinha famosa da herdade) – é criada no final da primeira década no novo século, procurando-se manter o know-how e técnicas típicas da casa, mas conjugado com as castas Touriga Nacional, Touriga Franca e Syrah. Por fim, o Dom Rafael, marca criada ainda nos anos ’80 do século passado, e nascida das vinhas antigas de Aragonez e Castelão, desde há vários anos também com referência em branco assente Antão Vaz, Arinto e Fernão Pires (e algum Perrum em antigas colheitas). São, no total, nove os lagares da adega e pouco mais de 200 mil garrafas por ano. A gestão cabe à sexta geração à frente da Herdade do Mouchão, e é encabeçada por Iain Reynolds Richardson que tem um único desígnio: manter todas as técnicas tradicionais – da apanha a mão, à pisa a pé, passando pelas prensas manuais – e melhorar cada vez mais o vinho final. Se é que é possível melhorar o que já é quase perfeito…

(Artigo publicado na edição de Outubro 2020)

Herdade do Mouchão um nome incontornável no Alentejo[/vc_column_text][vc_column_text]

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Entrevista Leonor Freitas: “O vinho não é para quem o faz, é para o consumidor”

Leonor Freitas

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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Em 23 anos, levou uma empresa familiar vitícola baseada na venda a granel, à dimensão planetária. A Casa Ermelinda Freitas, fundada pela sua bisavó Leonilde, passou também pela avó Germana e pela mãe Ermelinda, que passou a pasta à filha quando se rendeu à sua capacidade para o negócio. Não foi um erro.

Em 2008, o seu Syrah Reserva 2005 foi eleito o melhor vinho tinto do concurso francês Vinalies Internationales. A partir daí, ninguém a parou. Em 2018 comprou uma quinta nos Verdes com 7,6 hectares de vinha, em Póvoa do Lanhoso, e outra no Douro Superior com 20, junto a Foz Côa.

Em 2020, a Casa Ermelinda Freitas produziu 22 milhões de litros e facturou 29 milhões de euros. De seu nome Leonor, é a “Dona Ermelinda”. Embaixadora de Portugal e do mundo rural, a Senhora do Castelão de Palmela.

TEXTO Mariana Lopes
FOTOS Ricardo Gomez

Leonor Freitas, a senhora da Casa Ermelinda Freitas
Leonor Freitas

Um dia, o seu principal cliente deixou de lhe comprar vinho e viu-se com um enorme problema em mãos. Procurou resolvê-lo, e chegou onde chegou. Acha que, como diz o provérbio, há males que vêm por bem?

 Não tenho dúvida disso. Costumo dar, precisamente, o meu exemplo aos jovens. Cheguei à Casa Ermelinda Freitas cheia de força, “sabendo que não sabia”, e quando, em 2002, esse grande cliente que nos comprava o vinho, que ajudou a nossa família ao fazê-lo e pelo qual nós tínhamos uma grande admiração, disse que não comprava porque não precisava… até me ficou na memória, até hoje, o sítio e a hora.

Por momentos, achei que era a nossa insolvência. Já tinha criado a marca Terras do Pó, mas apenas com 7 mil garrafas, e era da venda a granel que dependíamos economicamente. Durante dois dias não pensei noutra coisa. Mas, não há dúvida que aquela dificuldade se transformou numa oportunidade, porque resolvi lançar o bag-in-box M.J. Freitas [o nome do pai, Manuel João de Freitas], que na altura as pessoas não identificavam com grande qualidade, apesar de estar, inclusive, apto a Denominação de Origem. Não posso dizer que não tive receio, mas tinha de arranjar uma forma de vender o vinho que tinha.

Chamei o Jaime Quendera, o nosso enólogo, e disse-lhe que íamos fazer um bag-in-box bom, com bom vinho. E, de facto, foi uma aposta certa. Esse “bag” tomou umas proporções em Portugal e lá fora que ultrapassaram tudo o que eu pudesse imaginar. Era o melhor bag-in-box que as pessoas já tinham encontrado. Hoje, continuamos a vendê-lo imenso e nem alterámos a imagem, por causa disso. Isto para dizer que a grande dificuldade que eu senti, o facto de não ter cruzado os braços e ter ido à procura de soluções, tornou-se numa oportunidade, e também porque aí eu cortei os laços, comecei a pensar em marcas e fomos para a frente. Se não tivesse havido este corte, a Casa Ermelinda Freitas não seria hoje o que é. A minha vida tem sido feita destas lutas, e eu tenho a sorte de ser muito lutadora.

Quando se lançou na comercialização de vinho engarrafado, este negócio na Península de Setúbal estava nas mãos de duas grandes empresas. Alguma vez pensou que viria a tornar-se um dos “grandes” de Setúbal?

 Não, nunca pensei. Nem a minha família pensou. Ainda hoje tenho dificuldade em interiorizar isso, quando vejo números. Primeiro, eu só queria manter os meus 60 hectares, vender vinho a granel e não vender o que era da família. Depois, quando comecei a engarrafar, só queria fazê-lo com a minha produção. Mais tarde, comecei também a comprar vinhas, a familiares e vizinhos.

Tudo isto começou a ser uma bola e eu vou sendo arrastada e enrolada nela [risos] e, de facto, aconteceram coisas que eu nunca esperaria e que as pessoas me conhecessem em todo lado e me chamassem “Dona Ermelinda”, o que é um fenómeno muito engraçado. Quando vim para ajudar a minha mãe, tornei-me no rosto do projecto e por isso as pessoas me chamam assim. Pedem-me para tirar fotografias e eu acho que os consumidores merecem tudo.

Agradeço todos os dias, houve muito trabalho e muita luta, até com a natureza, num sofrimento que nos liga à terra e nos dá vida. Hoje, percebo a minha família, e tenho a sorte de ter um produto de afecto, com que se festeja tudo, um produto de comunicação, e eu gosto muito de comunicar. Encontrei-me, nesse aspecto, e realizei-me muito. Venho de uma família de pessoas honestas e simples, e tenho muito orgulho em dar continuidade ao que é da família, e de ter também aqui os meus filhos, o João na informática e a Joana a assumir muitas partes da gerência.

Sempre sentiu que o seu desígnio de vida passaria pela vinha e pelo vinho?

 Não, embora tenha tido uma infância muito feliz aqui, isto era muito isolado. Estudei com candeeiro a petróleo, só tivemos luz eléctrica em 1979. Só no ensino superior é que fui para Lisboa. Fui muito feliz meio das vinhas, das batatas, do milho, e do feijão, mas sempre pensei que a minha vida seria fora daqui, que queria o Mundo.

Havia uma grande discrepância entre o meio rural e o meio urbano, até do papel da mulher e do homem. O meu pai queria muito que eu estudasse e eu queria muito sair daqui, por isso nunca pensei que a minha vida passaria por isto. Quando saí, tudo o que queria era não voltar. Tive a sorte de, quando o meu pai faleceu, já ter maturidade suficiente, com 40 anos, para querer vir para Fernando Pó.

Senti também que tinha de vir ajudar a minha mãe que, apesar de ser uma mulher de negócio e com grande perspicácia, nunca tinha ido a um banco, porque supostamente lhe ficava mal assumir essas partes. Era o meu pai que ia. Então, faltava-lhe isso e eu vim colmatá-lo. Foi duro para ela, não tinha confiança na menina que tinha vindo da cidade. Eventualmente, reconheceu que eu sabia fazer coisas que ela não sabia.

Leonor Freitas, a senhora da casa Ermelinda Freitas
A bisavó Leonilde, a avó Germana e a mãe Ermelinda.

Os vinhos que produz abarcam diversos segmentos de preço mas são, sobretudo, vinhos democráticos”, vinhos que estão em todo o lado e de que toda a gente gosta. Esse conceito de fazer bom vinho a bom preço e facilmente disponível é algo em que pensava desde o início ou a empresa acabou naturalmente por seguir esse modelo?

 Quem está habituado a vender vinho a granel, está também habituado a mais-valias muito pequenas. Se eu tivesse continuado a fazer vinho a granel, talvez só tivesse criado, por exemplo, um vinho de topo para dar nome à casa. Mas como houve necessidade de expandir o negócio, foi uma opção, desde o início, ir ao encontro do consumidor com bons vinhos a bom preço, colocá-los no máximo de sítios possível. Estar nas feiras todas e ir logo lá para fora vender também foi prioridade. Fui três vezes ao Brasil e não vendi nenhum vinho, por isso é que digo que é muito importante não desistir. No início eu fazia de tudo, e isso também me deu um conhecimento geral do sector.

A Casa Ermelinda Freitas tem também, pelo menos, um vinho de grande ambição, um Castelão de referência posicionado no segmento mais alto, o Leo dHonor. Curiosamente, não é o fácil de encontrar no mercado quanto os seus outros vinhos e o 2013 terá sido o último a ser lançado. Ser também conhecida por fazer grandes vinhos não é tão importante para si?

 Nós também temos o objectivo de fazer vinhos mais emblemáticos. Temos, neste momento, o Leo d’Honor, que fazemos em pequenas quantidades e que queremos que venha a assumir mais importância. As vinhas têm 70 anos e este é um Castelão diferente. Sem dúvida, temos aspirações e está na calha fazer mais vinhos de um nível superior. Estamos satisfeitos mas não estamos conformados, a sociedade está sempre a evoluir e nós temos de ir ao encontro dessa dinâmica.

O número de medalhas e troféus que os seus vinhos têm ganho no mundo inteiro é incontável, absolutamente impressionante. Qual é o segredo? Uma medalha ajuda a vender?

 Já passam dos mil, os prémios que ganhámos desde 1999. Só este ano já passam dos 80. Devo dizer que, antigamente, fazíamos um jantar quando recebíamos um, eu fazia um discurso e lembrava a minha equipa que aquele prémio também era deles. Hoje, sou sincera, pergunto ao Vítor [assessor de administração da Casa] “o que é que ganhámos ontem? Ah, foi isso? Ainda bem, ainda bem”, e pronto.

Não sei qual é o segredo, mas esta é uma grande região, que não é tão reconhecida como deveria ser, e eu tenho uma grande equipa. Nesse aspecto tenho de agradecer especialmente ao Jaime Quendera, que supervisiona os vinhos. Também é o facto de pensarmos que temos de ir ao encontro do consumidor, que não estamos a fazer vinho para o nosso gosto, só para nós bebermos. Acima de tudo, os prémios têm-nos dado a aferição de que estamos no caminho certo. E sim, uma medalha ajuda a vender, cá em Portugal e muito lá fora. Há quem pergunte quais são os vinhos medalhados, e só queira comprar esses. E ajuda também o nosso ego…

 

“Temos aspirações, e está na calha fazer vinhos de um nível superior.”

 

Há um “antes” e um “depois” do Syrah 2005?

 O Syrah 2005 ajudou-nos muito, porque aconteceu numa altura em que estávamos a começar. Principalmente a divulgar a nossa existência. No ano seguinte, o concurso Vinalies, que lhe deu o prémio, enviou o folheto de inscrição para o mundo inteiro e, no final, dizia algo como “Concorra, queira ser como este”, e era a nossa garrafa do Syrah que lá estava. E isso foi um orgulho enorme, daquelas coisas que pensamos que nunca nos acontece. Eram 3800 vinhos, de 36 países. Ao final, chegar um vinho português e esse vinho ser da Casa Ermelinda Freitas… tem de haver uma estrelinha da sorte. Eles devem ter achado que era um vinho francês, é uma das vantagens da prova cega…

O crescimento da casa tem sido tremendo ao longo das últimas duas décadas, numa média de 8 a 10% ao ano, e isso é visível não apenas no mercado mas até no que está à vista, em termos de vinhas, armazéns, adegas. Não é difícil controlar um crescimento tão rápido?

 Têm sido umas dores de crescimento enormes e muitas noites sem dormir. É fazermos uma obra, que eu dizia que era a obra da minha vida, e quando a acabamos ela já estar pequena. É um investir permanente, que não nos dá espaço para parar. E, depois, lutar com tudo, desde não ter licença para alargar instalações e termos de a conseguir, às máquinas que avariam. Mas eu não preciso de dinheiro, preciso de investimento para que o consumidor continue a gostar dos vinhos, porque tudo muda, e para continuar a criar postos de trabalho. Hoje é tudo tão rápido que, se não estivermos atentos, somos ultrapassados. Mas tem sido bom, sobretudo porque tenho quem me acompanhe nisso.

Leonor Freitas, a senhora da casa Ermelinda FreitasCom a pandemia, muitos produtores de vinho começaram a intervir mais ao nível social. Mas isso é algo que a Leonor faz desde há muito, impulsionando e dinamizando diversas obras sociais na região. O facto de ser uma grande empregadora e de si dependerem muitas famílias, sobretudo na agricultura, tem desenvolvido essa sua consciência social?

 Eu compro uva a mais de uma centena de proprietários, tanta quanto a que tenho, e isso também é uma responsabilidade social minha, aqui. É certo que preciso dessas uvas para fazer vinho mas o que é que essas pessoas fariam a este jardim enorme de vinhas se não lhes comprássemos as uvas? Precisamos de ajudar estas pessoas porque há aqui muitos pequenos proprietários. É também o nosso papel, ajudar a região. As empresas têm obrigação de ajudar socialmente. Eu sou privilegiada, porque me tem acontecido muita coisa boa, mas nasci aqui no mundo rural, nem saí para ir para o hospital quando nasci. E os consumidores têm-me ajudado muito ao preferir o meu vinho, por isso tenho a obrigação de devolver à sociedade. É nesse sentido que tenho tido muitos projectos sociais, uns mais organizados e outros menos.

Tenho um que se aproxima mais daquilo que eu acho que deviam ser estas iniciativas. Há um centro em Algeruz que acolhe jovens delinquentes, com vidas muito difíceis, que tinha um hectare de terreno sem nada, onde eu plantei uma vinha de Moscatel, para os motivar para o trabalho e despertá-los. Tratam dela o ano inteiro, vêm cá, vendem as uvas… mas é um trabalho muito difícil, nem todos têm disposição. Não vamos recuperar os 20 que lá estão, mas se conseguirmos um, dois ou três, já é muito bom. Já vamos para a quarta vindima. Mas é o que eu acho que devia ser feito, não dar o peixe, mas ensinar a pescar. Sinto uma grande responsabilidade de valorizar o trabalho do campo, dignificá-lo, porque eu não sou mais do que uma rural. Para estar bem comigo mesma tenho de sentir que estou bem com os outros e que faço o que posso pelos outros. E foi a minha família, que tinha apenas a quarta classe, que me transmitiu isto.

Os projectos assentam em pessoas e Jaime Quendera está consigo desde o início. Que importância tem tido o trabalho e a presença dele no seu negócio?

 Tem tido muita importância. Entre nós há quase uma simbiose, entre o que ele pensa e o que eu penso, entre o que gostamos e o que achamos correcto. Tem sido a pessoa fundamental para a Casa e toda a linha que seguimos. Há aqui uma amizade, ele não é um simples enólogo, é um amigo com quem se partilha alegrias e dificuldades. Formou-se entre nós uma grande família. Temos uma grande confiança um no outro. Se me perguntarem qual a minha pessoa de total confiança além dos membros da minha família, é o Jaime Quendera.

Há muitos negócios de vinho que não passam por ter vinha. Mas o seu começou pela vinha, depois pela produção e venda a granel, a seguir pelo engarrafado. Com 550 hectares só na Península de Setúbal, a vinha continua a ser muito importante para o seu projecto de vida…

É muito importante, eu gosto imenso de comprar vinhas. Tenho de fazer adegas e comprar depósitos porque é necessário para a enologia. Mas do que eu gosto mesmo, é da vinha…

Apesar de ser uma referência na produção de Castelão, até pelo terroir especial de Fernando Pó para esta casta, desde o início que apostou em muitas outras variedades, diversificando muito toda a sua gama de vinhos. Está contente com essa aposta?

 Quando comecei a ir para o mercado externo, comecei a criar as outras castas porque o Castelão não dizia nada às pessoas lá fora. Elas não provavam o nosso Castelão se nós não tivéssemos um bom Cabernet, um bom Sauvignon Blanc, etc. Aproveitámos isso para entrar nos outros países. Dávamos a provar as castas que eles mais conheciam e depois dizíamos “então agora prove o nosso Castelão, que de certeza que vai gostar”. E gostavam, de forma geral.

Foi também para diversificar e fazer pedagogia com o vinho cá em Portugal. E tem resultado muito bem, tenho tido muito sucesso com os monocasta. Apesar de tudo, continuo a dizer que não quero deixar de ser a Senhora do Castelão de Palmela. No entanto, estou muito contente com essa aposta nas castas, que agora são 31 plantadas nas nossas vinhas. No início, só tinha Castelão e apenas 5% de Fernão Pires…

O Moscatel de Setúbal é relativamente recente no seu portfólio. Mas o mercado do Moscatel é ainda muito regional, com pouca expressão nacional e na exportação. O que poderia ser feito para dar outra dimensão a este vinho emblemático de Setúbal?

 Acho que o Moscatel de Setúbal foi, em tempos, mal-tratado. Aparecia em garrafas feias, não havia divulgação. Mesmo hoje, falta comunicação e marketing. Eu estive em Londres, numa feira de clube onde nós vendemos, e havia vinho do Porto mas eu levei, também, Moscatel. Os ingleses chamavam-se uns aos outros e diziam “Vem provar, que é bom, mas não é Porto!”. Eles só conhecem vinho do Porto e não conhecem Moscatel mas, quando provam, gostam muito. Hoje, temos todos bons Moscatéis, com boas imagens, e falta divulgarmos e afirmarmos em conjunto o Moscatel.

É uma responsabilidade de todos nós. Aqui, nas terras de areia, antigamente não se plantava Moscatel porque dizia-se que não se dava. Ele aqui é, de facto, diferente do da Serra da Arrábida, e isso é muito giro, complementam-se. Na edição deste ano do Muscats du Monde, foram várias as adegas daqui que ficaram no Top 10. Nós também lá estamos, mas foi a Venâncio da Costa Lima que ganhou o primeiro lugar, e ainda bem! Porque eu acho que é uma excelente maneira de, pouco a pouco, nos irmos afirmando.

 

“Uma medalha ajuda a vender. Há quem pergunte quais são os vinhos medalhados, e só queira comprar esses.”

 

Tem uma excelente quota de mercado em Portugal mas já exporta 40% da sua produção. A tendência é para crescer lá fora?

 Essa também é a vontade, mas muita é a de crescer cá. Ainda temos mercado para crescer mais um pouco no mercado nacional. Ainda estamos pouco distribuídos no Norte, por exemplo. E no Algarve também há margem. No entanto, sim, sobretudo crescer lá fora. O nosso director do mercado externo anda a viajar muito nesse sentido.

Em anos recentes, o seu mundo vitivinícola alargou-se, estendendo-se da Península de Setúbal para o Douro e para a região dos Vinhos Verdes. O que é que a atrai nestas regiões? São apenas investimentos estratégicos ou é também apreciadora dos vinhos ali produzidos?

Gosto das regiões e dos vinhos que lá são produzidos. Tudo começou por uma paixão que tenho pelo Douro. Quando o visito, fico sempre apaixonada pela dificuldade que é tratar aquelas vinhas, pelo contraste entre o rio e as vinhas. É um amor enorme. Sempre disse “Como eu gostava de ter uma quinta…”, mas pensei que nunca seria possível. Entretanto, quando andava a pensar muito no Douro, apareceu a hipótese do Minho. Nunca tinha pensado nisso, mas como lá fora perguntam muito por Vinho Verde, achei que seria uma oportunidade, pensando que não conseguiria comprar no Douro.

Adquiri a Quinta do Minho, equipada com adega, para complementar o portfólio. Este processo demorou algum tempo e, quando já estava comprometida com a compra da Quinta do Minho, aparece-nos uma no Douro Superior que correspondia ao meu sonho. Ia até ao rio, com margem de mais de um quilómetro, a vinha muito bonita e uma paisagem maravilhosa. Fiquei num dilema. Mas aquela Quinta de Canivães correspondia nitidamente à imagem do meu sonho. Sabia que seria difícil recuperar dois grandes investimentos juntos, mas disse ao Jaime “acho que já tenho direito a ter um sonho”. E comprámos. Dos Verdes já temos vinhos no mercado. Do Douro já vendemos uvas, sendo a maioria de Letra A, e também já temos vinho mas está a estagiar, numa adega alugada.

Está na calha mais algum investimento noutra região?

 Não. Não se pode dizer “nunca”, mas agora temos de sedimentar e consolidar estas regiões. Os vinhos têm de ser conhecidos, temos de os vender… mas estou muito feliz pelas duas regiões. São muito diferentes da Península de Setúbal, e entre si, e complementam o portfólio.

Que importância tem ou pode vir a ter o turismo do vinho na Casa Ermelinda Freitas?

 Pode vir a ter muita importância. Já tem. Estamos perto de Lisboa e também das praias, zonas turísticas como Tróia, Comporta, todos esses polos que se vão desenvolvendo. O enoturismo é um complemento aos outros tipos de turismo. Neste momento temos isso em pausa, por causa da pandemia, mas iremos reabrir. Temos ideia de fazer parcerias com Tróia e Comporta, e estávamos a planear um investimento aqui, nesse sentido. A nossa adega está preparada para mostrar tudo, e o enoturismo é também uma maneira de fidelizar o cliente e valorizar o mundo rural.

Tem dois filhos a trabalhar na empresa que foi fundada pela sua bisavó, há precisamente 100 anos. Em que medida uma casa de vinhos assente numa base familiar é diferente das outras?

 Não sei se é muito diferente, mas a verdade é que quem vem trabalhar para aqui vindo de multinacionais, por exemplo, nota a diferença. Somos muito próximos, das revoluções e dos problemas. Vivemos todos aqui, sabemos tudo o que se passa, os colaboradores são como nossa família. Conhecemos todos os pormenores, temos muita facilidade em resolver problemas no imediato, ou de facilitar uma resolução, de sentirmos o que se está a passar em todos os sectores.

Trabalhamos lado a lado e isso é diferente de uma empresa em que os funcionários mal conhecem o patrão. A porta dos nossos gabinetes está sempre aberta para todos entrarem. Há muita ajuda e sabemos todos que podemos pedir ajuda. Este afecto faz um conjunto harmonioso e forte.

As mulheres sempre tiveram um papel fundamental na empresa, mesmo em épocas remotas em que isso era pouco habitual. Hoje, a Leonor é, provavelmente, a mulher mais influente no sector do vinho em Portugal e é muitas vezes solicitada a contar a sua experiência de vida. Sente que é um exemplo enquanto mulher/empresária ou preferia que a distinguissem pelo seu valor e pelo seu trabalho e por aquilo que atingiu, independentemente do sexo?

 Não há profissões para homens e para mulheres, há as pessoas certas nos sítios certos. É verdade que me pedem muito para falar sobre isso e eu termino sempre a dizer isso. Aqui tenho mulheres e homens a trabalhar, todos escolhidos pelo empenho. Por acaso, tenho grandes mulheres aqui, mas porque se têm mostrado muito lutadoras na hora de tentar entrar num estágio, por exemplo. E como a casa está sempre a crescer e acompanham muito bem esse crescimento, acabam por ficar. Mesmo a nível familiar, é uma pura coincidência.

A minha bisavó ficou viúva muito cedo, conseguindo aguentar uma casa agrícola, a minha avó também e era uma mulher cheia de força, que não queria férias nem descanso, que se impôs pelo seu trabalho. À minha mãe aconteceu o mesmo e eu… foi muito trabalho, muita dedicação e, sobretudo, rodear-me das pessoas certas. Cada vez mais acho que a igualdade no trabalho vai ser afirmada. Antes, as mulheres não faziam mais porque não as deixavam, mas sempre tiveram todas as faculdades.

 

“Sinto uma grande responsabilidade de valorizar o trabalho do campo, dignificá-lo.”

 

Que mensagem gostaria de deixar a um jovem produtor ou produtora que agora inicia os seus passos no mundo do vinho?

 O vinho, neste momento, está muito na moda, é quase lírico. Mas, atenção. Não é fácil começar, há muita concorrência, muito vinho. A pessoa, se gosta, não pode desistir, e a formação é muito, muito importante. Pensar, sobretudo, que o vinho não é para nós, que o fazemos, é para alguém que vai comprar, o consumidor. É um negócio, uma profissão como as outras.

Vender vinho não é fácil, como muita gente pensa. Para mim, basta mudar de região para sentir dificuldades. Tem de se ter amor pela terra, pelo fruto que ela dá, amor pelo próprio vinho e lutar. Quem nos dera que muitos jovens agricultores, ou viticultores, venham dar continuidade a este sector, que precisa deles, com garra, sabedoria e inovação. Tudo para que possamos continuar a ter este grande produto que é o vinho de Portugal.

( Artigo publicado na edição de Setembro 2020)[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Adegga e revista Grandes Escolhas reforçam mercado dos vinhos online com serviço inovador

ADEGGA E REVISTA GRANDES ESCOLHAS REFORÇAM MERCADO DOS VINHOS ONLINE

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Crítica especializada cruza informação de qualidade com plataforma digital O Adegga e a revista Grandes Escolhas acabam de se associar para criar um serviço inovador no mercado dos vinhos, que permite aos produtores mostrar o seu portfólio […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Crítica especializada cruza informação de qualidade com plataforma digital

O Adegga e a revista Grandes Escolhas acabam de se associar para criar um serviço inovador no mercado dos vinhos, que permite aos produtores mostrar o seu portfólio na nova e importante “prateleira digital”. Impulsionada pela pandemia, a parceria combina as pontuações do painel de provadores da revista mais influente do país com o acesso à compra através da plataforma líder de vendas online em Portugal.

Os leitores da revista Grandes Escolhas têm à disposição a informação sobre os vinhos pontuados e mencionados, sendo que o site da Grandes Escolhas conta com uma base de dados actualizada de mais de 9 mil vinhos portugueses listados, o que permite aceder instantaneamente através de um link ao site de compras do Adegga e consultar a disponibilidade. Com a nova parceria, os leitores passam também a dispor de uma maior confiança e eficiência na compra de vinho online. As opiniões dos profissionais da Grandes Escolhas cruzam-se com o serviço do Adegga, que conta já com mais de 220 produtores integrados na plataforma.

Adega Grandes Escolhas
Este botão, presente na página de cada vinho, no site da Grandes Escolhas, redirecciona o cliente para a loja online do Adegga.

A parceria, que junta duas empresas líderes no sector dos vinhos, surge após convite do Adegga à revista Grandes Escolhas para ser parceiro exclusivo: “No universo da crítica especializada em Portugal, a Grandes Escolhas reúne a mais antiga e prestigiada equipa de críticos e jornalistas de vinhos portugueses, considerada por consumidores, produtores e outras entidades do sector como uma referência no mundo dos vinhos”, salienta André Ribeirinho, CEO do Adegga.

Com o objectivo de reforçar a independência editorial da revista, “a nossa equipa encara esta parceria como uma oportunidade para explorar novos modelos de negócio com foco nos canais digitais. Todos os dias somos confrontados com perguntas dos nossos leitores a indagar onde podem comprar determinado vinho cujo comentário viram no site Grandes Escolhas ou na revista. Esta parceria com o Adegga resolve esta dificuldade e é com prazer que disponibilizamos mais esse serviço que completa e valoriza a nossa informação”, destaca Luís Lopes, Diretor da publicação especializada.

Para as duas empresas, a parceria reforça o posicionamento do Adegga enquanto empresa inovadora e de referência no serviço ao consumidor, ao mesmo tempo que a revista Grandes Escolhas fortalece a aposta no canal online através de informação de qualidade. No Adegga estão disponíveis pequenos e grandes produtores de todas as regiões de Portugal, integrando marcas de referência como Casa Ferreirinha, Esporão, Chryseia, Anselmo Mendes, Poças, Casa de Vilacetinho, Rui Roboredo Madeira, Quinta Maria Izabel, Vicentino, Real Companhia Velha, entre muitos outros.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Público e Grandes Escolhas organizam festival Portugal à Prova

festival Portugal à Prova

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text] A decorrer de 23 a 25 de Abril, depois das 17h00, o festival online Portugal à Prova é organizado pelo PÚBLICO e pela GRANDES ESCOLHAS. Com uma panóplia de provas comentadas, pelos maiores especialistas nacionais, este […]

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A decorrer de 23 a 25 de Abril, depois das 17h00, o festival online Portugal à Prova é organizado pelo PÚBLICO e pela GRANDES ESCOLHAS. Com uma panóplia de provas comentadas, pelos maiores especialistas nacionais, este evento destina-se tanto aos que agora se iniciam no mundo do vinho, como aos enófilos mais experientes. Sempre de copo na mão, provando o mesmo vinho que os críticos estão também a provar e a apresentar, e sem sair de casa.

O festival Portugal à Prova, um evento totalmente online, envolve não menos do que 60 vinhos portugueses, de várias regiões do país, dados a provar sob a orientação de nomes como Luís Lopes, João Paulo Martins e Nuno de Oliveira Garcia, da GRANDES ESCOLHAS; ou Edgardo Pacheco, Pedro Garcias e Manuel Carvalho, do PÚBLICO.

As provas são 19 e de dois tipos, as Exclusivas e as Especiais. No caso das provas Exclusivas, é necessário registo e inscrição, já as Especiais são de acesso imediato e gratuito. Haverá também duas conversas/debates sobre Castas de Portugal e sobre Produção Sustentável.

As provas Exclusivas têm o objectivo de proporcionar aos apreciadores, com conhecimentos mais genéricos, um aprofundar de experiências. Temas como Vinho de Talha, o desempenho da casta Touriga Nacional de norte a sul e as diferentes categorias de vinho do Porto fazem parte de um programa variado em temáticas e geografias. Após o acto da inscrição, o participante recebe em casa os quatro vinhos em análise, bem como o código de acesso à plataforma Zoom, onde a prova irá decorrer, e onde os participantes poderão colocar questões em directo, através do chat. O preço de cada prova depende do valor unitário das garrafas, mas sempre abaixo do valor de mercado. Os assinantes da Grandes Escolhas ou do PÚBLICO têm direito a um desconto extra de 20%*.

Quanto às provas Especiais do Portugal à Prova, estas pretendem divulgar vinhos de referência, do sector. Em cima da mesa estarão várias regiões do país, como Lisboa, Tejo ou Dão, e empresas como Quinta do Gradil, Sogrape ou Tapada do Chaves. Uma selecção concebida a pensar tanto nos iniciados como nos mais experientes amantes do vinho português de qualidade. A participação nestas provas é livre e dispensa registo. No entanto, a inscrição, que é opcional, permite receber em casa os três vinhos em análise – de novo, os preços têm um desconto significativo em relação ao preço recomendado de venda o público, acrescendo apenas os custos de transporte. Quem preferir, pode adquirir os vinhos por sua iniciativa numa garrafeira ou supermercado.

Inscreva-se nas provas e consulte o programa do Portugal à Prova AQUI.

*O assinante da Grandes Escolhas que desejar inscrever-se nas provas e adquirir os pacotes dos vinhos — tanto da edição em papel como digital — deverá, para o efeito, enviar um e-mail para geral@grandesescolhas.com comprovando a sua condição de assinante, indicando o seu endereço de e-mail e número de telefone e a(s) prova(s)/pack(s) de vinhos que pretende comprar. A Grandes Escolhas passará essa informação aos serviços do PÚBLICO, que contactarão esse assinante e indicar-lhe-ão o método de pagamento já com o desconto de 20% incluído.

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Online

soluções online encurtam distâncias

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Editorial da revista Nº43, Novembro de 2020

A internet aumentou desmesuradamente o seu peso nas nossas vidas profissionais (e pessoais!) desde março de 2020. No sector do vinho, a verdade é que o online, não resolvendo nada e, muito menos (longe disso), substituindo a interação pessoal, atenua os efeitos que o distanciamento social nos impõe. E em algumas áreas, quando bem usadas, as soluções online são de tal forma eficazes que, acredito, nunca mais voltaremos a trabalhar como antes da pandemia.

Luis Lopes

Reuniões, apresentações, vendas, muito do que fazemos hoje deixou de ser presencial e passou a virtual. No meu caso, nunca acreditei naqueles que, quando o covid-19 dinamitou os negócios, apontaram o e-commerce como solução milagrosa. Hoje, a grande maioria dos produtores de vinho portugueses possui uma loja online ou trabalha com um parceiro nessa área, mas quase todos confessam que as vendas são residuais.

No que respeita à comunicação produtor/líderes de opinião ou produtor/consumidor, também, confesso, desconfiei da eficácia do online. As muitas apresentações de vinhos a que assisti através das habituais plataformas (Zoom, Teams…) reforçaram essa desconfiança. Algumas foram absolutamente patéticas, com produtores calados e estáticos enquanto meia dúzia de jornalistas e sommeliers provavam, igualmente sisudos, o vinho que fora enviado para casa, interrompendo o desconfortável silêncio com uma ou outra pergunta do tipo “que grau tem este vinho?” mostrando que nem a ficha técnica do produto se tinham dado ao trabalho de consultar.

No entanto, no meio de tudo isso, uma ou outra apresentação dinâmica, bem conseguida, interventiva, sugeriu-me que o online poderia funcionar como ponte de comunicação, desde que bem utilizado. Recentemente, dois eventos completamente distintos, derrubaram as minhas dúvidas e revelaram-me o enorme potencial da ferramenta que temos em mãos.

Num deles, participei como convidado na adega de um produtor, enquanto através do Zoom era feita a apresentação de um vinho para um grupo de 20 jornalistas e sommeliers de topo no Brasil. Não foi uma apresentação vulgar. Espalhados pela gigantesca metrópole de São Paulo, esses 20 profissionais receberam, ao mesmo tempo, um kit composto por um prato de bacalhau elaborado por um famoso restaurante de cozinha portuguesa e um frappé selado com garrafa e gelo.

Na adega, um ecrã de grande formato revelava as caras dos participantes, incluindo o importador local. O almoço decorreu como se estivéssemos todos na mesma sala. O produtor, e eu próprio, fomos bombardeados com perguntas interessantes e interessadas, ouvidas e respondidas mais facilmente do que se nos encontrássemos numa comprida mesa. Saí dali a pensar que: primeiro, a acção deve ter saído muito mais barata ao produtor do que se tivesse voado para São Paulo e pago a refeição num restaurante; segundo, muitas daquelas pessoas nem sequer iriam comparecer no restaurante e ali estavam todas, confortavelmente, em suas casas; terceiro, nenhum deles se vai esquecer nem do momento nem do vinho.

O outro evento foi muitíssimo mais ambicioso, na escala e nos meios envolvidos. Nunca, no mundo, se fez algo como o Vinhos de Portugal, realizado nos dias 23, 24 e 25 de outubro e transmitido online para os domicílios de quase 1100 pessoas, que compraram os bilhetes (com a opção de packs de vinhos) no Brasil e em Portugal. O evento dos jornais Público, O Globo e Valor Económico, em parceria com a Viniportugal, e em que tive o privilégio de participar como um dos orientadores das sessões, realizou 62 lives/entrevistas de 25 minutos com produtores e 16 provas temáticas de 60 minutos. A milhares de quilómetros do local da acção, grupos de amigos e famílias abriam as garrafas recebidas, assistiam às provas, questionavam oradores e produtores.

O enorme sucesso desta iniciativa substitui o contacto pessoal e a interacção numa sala de provas? Não, definitivamente. Mas evidenciou-se como um modelo alternativo, agora, e complementar, no futuro. O online é uma ferramenta, como um martelo ou um automóvel. Posso estragar uma parede quando queria pregar um prego ou atropelar alguém quando apenas pretendia levar-me a um local. No fundo, o online não é mais do que o reflexo das pessoas que o usam.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Gaivosa multiplex

Quinta da Gaivosa com novas colheitas mas atentos à tradição.

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Setembro 2020 Marca clássica do Douro, nascida na colheita de 1992, a Quinta da Gaivosa desdobra-se hoje num vasto conjunto de referências, entre brancos e tintos, oriundos de vinhas mais jovens e mais antigas, com parcelas muito […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Setembro 2020

Marca clássica do Douro, nascida na colheita de 1992, a Quinta da Gaivosa desdobra-se hoje num vasto conjunto de referências, entre brancos e tintos, oriundos de vinhas mais jovens e mais antigas, com parcelas muito distintas umas das outras. Mas independentemente da origem e das opções de adega, a verdade é que o carácter Gaivosa está sempre presente, como se comprova nas novas colheitas agora colocadas no mercado.

TEXTO Luís Lopes

Quinta da Gaivosa com novas colheitas mas atentos à tradição.
Domingos Alves de Sousa e Tiago Alves de Sousa

Multiplex, definição: conjunto muito variado de elementos que se cruzam numa relação complexa.

A encosta da Gaivosa é conhecida desde os primórdios da nacionalidade, sendo o monte referido na “Carta de doação e couto da ermida de Santa Comba” assinada por D. Afonso Henriques em 1139. Será de supor que então existisse vinha naquele local, que hoje se situa junto à antiga Estrada Nacional 2, na freguesia da Cumieira, a 4 km de Santa Marta de Penaguião. Garantidamente, a vinha já era ali a cultura dominante à época da demarcação da região do Douro, com as célebres Memórias Paroquiais de 1758 (questionário que o Marquês de Pombal mandou fazer em todas as paróquias do reino) a referirem expressamente o “sítio da Gaivoza, bem conhecido pelos exquesitos vinhos”.

A propriedade situa-se na margem direita do rio Corgo e as vinhas estão plantadas entre os 240 e os 450 metros de altitude em solos de xisto bastante pedregosos. Neste extremo noroeste do Baixo Corgo o clima é mais ameno do que na maior parte da região do Douro, para o que contribui também a proximidade do Marão e a floresta da quinta.

A família Alves de Sousa produz ali uvas e vinhos desde há muitos, muitos anos. Domingos Alves de Sousa representa a quarta geração de viticultores e foi ele que protagonizou a grande mudança na vocação familiar, passando de fornecedor de vinho do Porto a granel às principais casas de Gaia, para produtor de vinho do Douro engarrafado.

A estreia, na vindima de 1992, do Quinta da Gaivosa tinto, faz parte da história do Douro moderno e foi o primeiro passo para a consagração da marca. O Quinta da Gaivosa, resultado da fermentação conjunta das uvas das melhores parcelas da propriedade, com a consultoria enológica de Anselmo Mendes, apareceria apenas nos melhores anos, surgindo depois em 1994, 1995, 1997, 1999 e 2000. Na vindima de 2003 optou-se por uma outra abordagem, com a vinificação separada por parcela, fazendo-se o lote no final. Os Gaivosa que se seguiram (2005, 2008, 2009, 2011, 2013, 2015 e 2017) mantiveram o conceito.

A separação das parcelas possibilitou igualmente o nascer de novas referências, como o Vinha de Lordelo e o Abandonado.  Entretanto, a enologia da casa foi assumida por Tiago Alves de Sousa, com a quinta geração a dar continuidade à saga familiar.

Quinta da Gaivosa com novas colheitas mas atentos à tradição.

Vinhas diferenciadoras

A propriedade onde nascem as várias declinações do Quinta da Gaivosa tem 25 hectares de vinha, com diversas orientações solares (predominando poente nas castas tintas e nascente na brancas), declives (entre os 30 e 45%), sistemas de plantação e condução, e idades. As castas tintas representam 75% e as brancas 25%. Quase metade dos vinhedos é constituído por videiras muito velhas, algumas centenárias, com as castas tradicionais misturadas.

É nestas vinhas mais antigas que têm origem o Quinta da Gaivosa, o Vinha de Lordelo e o Abandonado. Estão ali representadas mais de 50 variedades de uva, 30 tintas e 20 brancas, incluindo nomes que raramente aparecem nos contra-rótulos durienses: Donzelinho Tinto, Tinta Bairrada, Malvasia Preta, Tinta da Barca, Touriga Brasileira, Alicante Bouschet, Ratinho, Chasselas, Avesso, Tamarez, Cerceal, Moscatel de Alexandria…

Mas a quinta tem igualmente uma área de vinha ao alto, uma outra de patamares e ainda, desde 2014, uma parte constituída por “vinhas tradicionais novas”. Esta última é a “menina dos olhos” de Tiago Alves de Sousa. “Temos hoje a possibilidade de comparar os vários modelos adoptados ao longo da história do Douro – vinhas tradicionais, patamares, vinha ao alto”, refere. “Quais as mais bem adaptadas às condições naturais, mais preparadas para os desafios climáticos, mais amigas do ambiente, mais longevas, as que dão vinhos de maior qualidade e maior identidade?”, é a pergunta que deixa, adivinhando-se a resposta.

O futuro, assegura, está nas “novas vinhas velhas”. No fundo, trata-se de recriar a vinha tradicional do Douro, aproveitando as suas melhores características e combinando-as com uma viticultura moderna e de precisão. O que significa a preservação da topografia natural da encosta, mantendo os antigos muros de xisto, com as videiras plantadas segundo as curvas de nível; a opção pelo sistema clássico de condução em Guyot duplo; a alta densidade de plantação (8.000 videiras/hectare); a mistura de castas, mas não de forma aleatória, antes organizadas em linhas ou micro-blocos; e a preservação nestas vinhas do património genético das castas oriundas das vinhas mais velhas da Gaivosa.

A partir de 2014, todas as novas vinhas da Gaivosa foram feitas desta forma e o tinto Gaivosa Primeiros Anos de 2017 que aqui provámos foi o primeiro fruto do actual modelo de plantação.

É, pois, desta amálgama de tradição e modernidade que são feitos os vinhos hoje produzidos na Gaivosa. “Estamos a preparar o futuro, preservando as vinhas do passado, por um lado e, por outro, plantando as vinhas do amanhã para as novas gerações”, diz Tiago. “E essas vinhas assentam na sustentabilidade e na identidade”, conclui.

Quinta da Gaivosa com novas colheitas mas atentos à tradição.[/vc_column_text][vc_column_text]

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Aveleda: O futuro constrói-se na vinha

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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]No ano em que comemora o seu 150º aniversário, a histórica Aveleda reafirma-se como uma das mais dinâmicas e visionárias casas vinícolas de Portugal. Os novos vinhos agora apresentados mostram ao mundo uma outra face da Aveleda e são o fruto mais visível do monumental investimento estratégico que a empresa tem vindo a fazer lá onde tudo começa, na vinha.

 Texto: Luís Lopes                   

Fotos: Aveleda

Aveleda comemora 150 anos e afirma-se como uma das casas mais dinâmicas de Portugal
Martim e António Guedes

Nas últimas duas décadas, a região dos Vinhos Verdes foi certamente uma das que mais desenvolveu qualitativamente os seus vinhos. Globalmente, os Verdes de hoje nada têm a ver com os que chegavam à nossa mesa há apenas alguns anos. Mas apesar do enorme trabalho realizado na vinha, na adega e nas mentalidades, a realidade agrícola regional continua a ser um forte entrave a uma mais rápida evolução.

Falta estratégia no ordenamento territorial, há um êxodo demográfico com progressivo abandono das terras, o minifúndio predomina, subsistem largas franjas de uma cultura vitícola tradicional e pouco aberta à inovação. Vários produtores têm lutado contra estas amarras, mas ninguém o consegue fazer com tanto impacto quanto a maior e mais antiga empresa da região, a Aveleda.

A pouco e pouco, desde 2005, com a plantação de 40 hectares em Celorico de Basto, a Aveleda tem vindo a sair da sua “zona de conforto vitícola” de Penafiel, investindo no estudo aprofundado de solos, climas e castas noutras zonas da vasta região dos Vinhos Verdes, com o objectivo de alargar o seu património vitícola e garantir o máximo de controlo sobre a matéria prima de que necessita. Nos tempos mais recentes, e sobretudo após 2018, com a plantação dos primeiros 70 hectares da vinha de Cabração (Ponte de Lima), ficou claro que a viticultura se assume como um pilar absolutamente fundamental da estratégia da Aveleda.

Os números são bons indicadores do caminho percorrido e da sua progressão: em 1995, a Aveleda controlava pouco mais de 20 hectares de vinhedos; em 2015, eram já 150 hectares; em 2020, na celebração dos seus 150 anos de vida, a empresa pode orgulhar-se de possuir 450 hectares nos Vinhos Verdes, o que corresponde a 45% das suas necessidades de uva na região.

Mas os números não contam tudo. Não basta plantar muito, é preciso plantar com critério, de forma estudada e fundamentada. Numa região como a dos Vinhos Verdes (e em quase todas, na verdade), é essencial produzir qualidade associada a produtividade, de outra forma o negócio não é sustentável. Assim, a empresa evoluiu de uma viticultura tradicional, com cerca de 1.330 plantas/hectare e uma produtividade média de 10.000 Kgs/hectare, para um modelo com maior densidade de plantação, com 5.300 plantas/hectare e produtividades médias de 13.000 kgs/hectare. Ou seja, cada hectare produz mais, mas cada planta produz muito menos (passou-se de 7.5 kg por planta para 2.5 kg por planta). Ganha-se na qualidade sem perder, pelo contrário, produtividade.

Consciência social e ambiental

Aveleda comemora 150 anos e afirma-se como uma das casas mais dinâmicas de Portugal.
Plantação da vinha de Cabração, em Ponte de Lima.

Não é apenas na densidade de plantação que a Aveleda tem promovido inovação: cordões mais baixos e postes mais altos, com maior desenvolvimento da superfície foliar das plantas (mais folhas a trabalhar para menos cachos), zonagem e micro-zonagem de solos (para intervir com nutrientes ou rega apenas onde é necessário), utilização de plástico negro nas plantações (aumentando a temperatura do solo e promovendo maior e mais profundo enraizamento) são apenas alguns dos modelos e práticas seguidos.

À frente da empresa fundada por Manuel Pedro Guedes em 1870, a quinta geração representada pelos primos António e Martim Guedes tem liderado a revolução vitícola sem descurar a consciência social e ambiental. Assim, privilegia a contratação de mão-de-obra local nos diferentes polos onde possuem vinhedos e assegura o equilíbrio do ecossistema vitícola, fomentando a biodiversidade com a instalação de corredores verdes com outras espécies que servem de abrigo e alimento à fauna local.

Além disso o uso de herbicidas tem vindo a ser reduzido, tendo a Aveleda deixado de utilizar químicos residuais há já largos anos, promovendo um coberto vegetal do solo permanente com espécies nativas ou semeadas.

Em resumo, uma viticultura de precisão, sustentável e rentável, que é transmitida igualmente aos viticultores com quem a Aveleda estabelece parcerias, geralmente lavradores com áreas superiores a 5 hectares e a quem é prestado todo o apoio técnico.

Consciência social e ambiental
Pedro Barbosa responsável pela viticultura na Aveleda.
Consciência social e ambiental
Manuel Soares, responsável pela enologia da Aveleda.

 

 

 

Solos, castas, vinhos

As vinhas da Aveleda assentam numa enorme diversidade de terroirs, uma saudável dor de cabeça para Pedro Barbosa, o director de viticultura da casa. Algumas, como a grande vinha de Cabração, que quando totalmente plantada poderá atingir 200 hectares, estão em terra outrora bravia e inculta, coberta de matos.

Os solos são pobres, de xisto com alguma argila, e manchas graníticas nas zonas mais altas. Por contraste, as parcelas da Quinta da Aveleda propriamente dita, em Penafiel, assentam em solos graníticos, profundos e de boa fertilidade. O clima também muda muito, de Celorico de Basto, mais quente, a Santo Tirso, bem mais fresco.

No total, os vinhedos Aveleda espalham-se por sete polos distintos, distribuídos por cinco concelhos: Lousada, Penafiel, Santo Tirso, Ponte de Lima e Celorico de Basto. Se juntarmos aqui as uvas de alguns viticultores com quem são estabelecidas parcerias e que entram na linha “Castas”, a heterogeneidade de matéria prima é enorme.

Por exemplo, o Aveleda Alvarinho resulta habitualmente de um lote de quatro vinhos/origens: uma vinha em Melgaço em parceria com um viticultor local, uma parcela em Celorico de Basto e duas parcelas distintas em Penafiel, uma delas na própria Quinta da Aveleda. Não há muito tempo, tive oportunidade de provar estes quatro vinhos base e não podiam ser mais diversos: mais mineral um, encorpado e tropical outro, fechado e austero outro ainda, muito puro e expressivo o último. A linha “Castas“, formada por três referências, um Loureiro, um Loureiro/Alvarinho e um Alvarinho, assenta assim em bases vínicas de várias proveniências, e o lote final tem como objectivo aproveitar o melhor de cada uma, de forma a que se complementem entre si.

Como sabemos, as castas têm comportamentos diferentes em condições distintas. E, diz Manuel Soares, director de enologia da Aveleda, foi precisamente a diversidade existente nas vinhas da empresa que conduziu às duas novas linhas de vinhos: “Solos” e “Parcelas”. “Temos micro terroirs marcados por solos distintos que nos permitem ter vinhos diferenciados”, refere. “Com estas novas referências, mantêm-se o estilo Aveleda, mas criam-se vinhos produzidos em menor quantidade, com identidade marcada, com personalidade, facilmente identificáveis com a empresa e com o sítio.”

No sete polos vitícolas da Aveleda, três assentam em xisto e quatro em granito. Granito sempre foi o solo tradicional para vinha na região dos Vinhos Verdes, estando as áreas de xisto, mais difíceis de trabalhar, reservadas para matos e floresta. Mas o “crescimento” para o xisto por parte da Aveleda possibilitou novas experiências vitícolas (ali, a vindima ocorre mais tarde do que no granito) e o acesso a vinhos com outro perfil. Os dois Alvarinho da linha “Solos” resultam assim de lotes de vinhos de diferentes origens, mas com o denominador comum “xisto” ou “granito”.

Com os vinhos de “parcela” atinge-se um outro patamar de especificidade. Aqui falamos de terroir no seu sentido mais rigoroso, sem lotes de vinhos, sem mistura de origens. Não é obrigatoriamente melhor, mas é aquela parcela, naquele solo e clima, com aquela casta (Loureiro, num caso, Alvarinho, noutro). Com o vinho de parcela no copo, estamos o mais próximo que podemos estar de uma videira concreta. Bebemos não apenas um vinho, mas também o sol, a chuva, a terra, a uva.

Entre o clássico e omnipresente Casal Garcia e o recente e exclusivo Parcela do Roseiral há todo um percurso e um ciclo que agora se fecha e se completa. E haverá prenda melhor para a Aveleda se oferecer a si própria, no 150º aniversário, do que atingir essa plenitude?

Consciência social e ambiental
A vinha de Celorico de Basto, plantada em 2005 contribui para a grande diversidade de solos e climas presente nas vinhas Aveleda.

 

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Caro leitor, O grave surto desta pandemia que nos caiu em cima virou de repente o nosso mundo de pernas para o ar. Como tantas outras empresas, também na revista Grandes Escolhas fomos forçados a fazer alterações drásticas nas nossas rotinas e ficámos muito limitados no nosso trabalho. Deixamos de poder ir a apresentações e […]

Caro leitor,

O grave surto desta pandemia que nos caiu em cima virou de repente o nosso mundo de pernas para o ar.

Como tantas outras empresas, também na revista Grandes Escolhas fomos forçados a fazer alterações drásticas nas nossas rotinas e ficámos muito limitados no nosso trabalho. Deixamos de poder ir a apresentações e lançamentos que foram cancelados, não podemos visitar produtores ou enoturismos, não faz sentido referenciar restaurantes, bares e garrafeiras que estão fechados por medida de protecção.

Mas apesar destes constrangimentos, não parámos e continuamos a trabalhar com afinco… mas à distancia. Continuamos a receber amostras de vinhos, a provar, a comunicar, a divulgar. Continuamos a falar todos os dias com os produtores por telefone ou videochamada e com milhares de consumidores através do site grandesescolhas.com. E continuamos a publicar a revista impressa. Num tempo em que os próprios produtores estão limitados na sua actividade comercial ou ensaiam novas formas de tentar chegar ao público e manter o contacto possível com os seus clientes, nós somos também a sua voz que se mantém activa e disponível.

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Formação para produtores e Horeca em Monção e Melgaço, 13 de Março

O que faz do Alvarinho uma casta especial? Que tipos de terroir existem na sub-região de Monção e Melgaço? Como devo apresentar a região e estes vinhos aos meus clientes/visitantes? Estas e outras perguntas vão ser alvo de resposta em duas sessões de formação a ocorrerem dia 13 de Março, sexta-feira. A primeira será em […]

O que faz do Alvarinho uma casta especial? Que tipos de terroir existem na sub-região de Monção e Melgaço? Como devo apresentar a região e estes vinhos aos meus clientes/visitantes? Estas e outras perguntas vão ser alvo de resposta em duas sessões de formação a ocorrerem dia 13 de Março, sexta-feira. A primeira será em Monção, no Museu do Alvarinho e tem início às 10 horas, terminando às 13 horas. Da parte da tarde a sessão ocorre em Melgaço, no Solar do Alvarinho, com início às 15 (e termina às 17 horas).
Ambas as formações têm a orientação de Luis Lopes, Director da Grandes Escolhas e são organizadas pela Grandes Escolhas e a CVR dos Vinhos Verdes, no âmbito do Programa de Promoção de Monção e Melgaço. O objectivo é o de, em primeiro lugar, sensibilizar os restaurantes e hotelaria da sub-região para uma correcta promoção e divulgação dos vinhos Alvarinhos, apresentando este território único e os seus principais factores de diferenciação. Depois, pretende-se também que os agentes económicos de Monção e Melgaço possam partilhar as principais mensagens-chave da estratégia de comunicação desta sub-região, de forma a unificar o conjunto de argumentos e o essencial da mensagem na promoção destes vinhos.
Ambas as acções de formação são gratuitas, mas terá de se inscrever antes através deste link: https://forms.gle/1mkgFVp6JRTvEUKp7
A data limite de inscrição é a 10 de Março, terça-feira.