Público e Grandes Escolhas organizam festival Portugal à Prova

festival Portugal à Prova

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text] A decorrer de 23 a 25 de Abril, depois das 17h00, o festival online Portugal à Prova é organizado pelo PÚBLICO e pela GRANDES ESCOLHAS. Com uma panóplia de provas comentadas, pelos maiores especialistas nacionais, este […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

A decorrer de 23 a 25 de Abril, depois das 17h00, o festival online Portugal à Prova é organizado pelo PÚBLICO e pela GRANDES ESCOLHAS. Com uma panóplia de provas comentadas, pelos maiores especialistas nacionais, este evento destina-se tanto aos que agora se iniciam no mundo do vinho, como aos enófilos mais experientes. Sempre de copo na mão, provando o mesmo vinho que os críticos estão também a provar e a apresentar, e sem sair de casa.

O festival Portugal à Prova, um evento totalmente online, envolve não menos do que 60 vinhos portugueses, de várias regiões do país, dados a provar sob a orientação de nomes como Luís Lopes, João Paulo Martins e Nuno de Oliveira Garcia, da GRANDES ESCOLHAS; ou Edgardo Pacheco, Pedro Garcias e Manuel Carvalho, do PÚBLICO.

As provas são 19 e de dois tipos, as Exclusivas e as Especiais. No caso das provas Exclusivas, é necessário registo e inscrição, já as Especiais são de acesso imediato e gratuito. Haverá também duas conversas/debates sobre Castas de Portugal e sobre Produção Sustentável.

As provas Exclusivas têm o objectivo de proporcionar aos apreciadores, com conhecimentos mais genéricos, um aprofundar de experiências. Temas como Vinho de Talha, o desempenho da casta Touriga Nacional de norte a sul e as diferentes categorias de vinho do Porto fazem parte de um programa variado em temáticas e geografias. Após o acto da inscrição, o participante recebe em casa os quatro vinhos em análise, bem como o código de acesso à plataforma Zoom, onde a prova irá decorrer, e onde os participantes poderão colocar questões em directo, através do chat. O preço de cada prova depende do valor unitário das garrafas, mas sempre abaixo do valor de mercado. Os assinantes da Grandes Escolhas ou do PÚBLICO têm direito a um desconto extra de 20%*.

Quanto às provas Especiais do Portugal à Prova, estas pretendem divulgar vinhos de referência, do sector. Em cima da mesa estarão várias regiões do país, como Lisboa, Tejo ou Dão, e empresas como Quinta do Gradil, Sogrape ou Tapada do Chaves. Uma selecção concebida a pensar tanto nos iniciados como nos mais experientes amantes do vinho português de qualidade. A participação nestas provas é livre e dispensa registo. No entanto, a inscrição, que é opcional, permite receber em casa os três vinhos em análise – de novo, os preços têm um desconto significativo em relação ao preço recomendado de venda o público, acrescendo apenas os custos de transporte. Quem preferir, pode adquirir os vinhos por sua iniciativa numa garrafeira ou supermercado.

Inscreva-se nas provas e consulte o programa do Portugal à Prova AQUI.

*O assinante da Grandes Escolhas que desejar inscrever-se nas provas e adquirir os pacotes dos vinhos — tanto da edição em papel como digital — deverá, para o efeito, enviar um e-mail para geral@grandesescolhas.com comprovando a sua condição de assinante, indicando o seu endereço de e-mail e número de telefone e a(s) prova(s)/pack(s) de vinhos que pretende comprar. A Grandes Escolhas passará essa informação aos serviços do PÚBLICO, que contactarão esse assinante e indicar-lhe-ão o método de pagamento já com o desconto de 20% incluído.

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Siga-nos no Instagram

[/vc_column_text][mpc_qrcode preset=”default” url=”url:https%3A%2F%2Fwww.instagram.com%2Fvgrandesescolhas|||” size=”75″ margin_divider=”true” margin_css=”margin-right:55px;margin-left:55px;”][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Siga-nos no Facebook

[/vc_column_text][mpc_qrcode preset=”default” url=”url:https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fvgrandesescolhas|||” size=”75″ margin_divider=”true” margin_css=”margin-right:55px;margin-left:55px;”][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Siga-nos no LinkedIn

[/vc_column_text][mpc_qrcode url=”url:https%3A%2F%2Fwww.linkedin.com%2Fin%2Fvgrandesescolhas%2F|||” size=”75″ margin_divider=”true” margin_css=”margin-right:55px;margin-left:55px;”][/vc_column][/vc_row]

Online

soluções online encurtam distâncias

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text] Editorial da revista Nº43, Novembro de 2020 A internet aumentou desmesuradamente o seu peso nas nossas vidas profissionais (e pessoais!) desde março de 2020. No sector do vinho, a verdade é que o online, não resolvendo […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Editorial da revista Nº43, Novembro de 2020

A internet aumentou desmesuradamente o seu peso nas nossas vidas profissionais (e pessoais!) desde março de 2020. No sector do vinho, a verdade é que o online, não resolvendo nada e, muito menos (longe disso), substituindo a interação pessoal, atenua os efeitos que o distanciamento social nos impõe. E em algumas áreas, quando bem usadas, as soluções online são de tal forma eficazes que, acredito, nunca mais voltaremos a trabalhar como antes da pandemia.

Luis Lopes

Reuniões, apresentações, vendas, muito do que fazemos hoje deixou de ser presencial e passou a virtual. No meu caso, nunca acreditei naqueles que, quando o covid-19 dinamitou os negócios, apontaram o e-commerce como solução milagrosa. Hoje, a grande maioria dos produtores de vinho portugueses possui uma loja online ou trabalha com um parceiro nessa área, mas quase todos confessam que as vendas são residuais.

No que respeita à comunicação produtor/líderes de opinião ou produtor/consumidor, também, confesso, desconfiei da eficácia do online. As muitas apresentações de vinhos a que assisti através das habituais plataformas (Zoom, Teams…) reforçaram essa desconfiança. Algumas foram absolutamente patéticas, com produtores calados e estáticos enquanto meia dúzia de jornalistas e sommeliers provavam, igualmente sisudos, o vinho que fora enviado para casa, interrompendo o desconfortável silêncio com uma ou outra pergunta do tipo “que grau tem este vinho?” mostrando que nem a ficha técnica do produto se tinham dado ao trabalho de consultar.

No entanto, no meio de tudo isso, uma ou outra apresentação dinâmica, bem conseguida, interventiva, sugeriu-me que o online poderia funcionar como ponte de comunicação, desde que bem utilizado. Recentemente, dois eventos completamente distintos, derrubaram as minhas dúvidas e revelaram-me o enorme potencial da ferramenta que temos em mãos.

Num deles, participei como convidado na adega de um produtor, enquanto através do Zoom era feita a apresentação de um vinho para um grupo de 20 jornalistas e sommeliers de topo no Brasil. Não foi uma apresentação vulgar. Espalhados pela gigantesca metrópole de São Paulo, esses 20 profissionais receberam, ao mesmo tempo, um kit composto por um prato de bacalhau elaborado por um famoso restaurante de cozinha portuguesa e um frappé selado com garrafa e gelo.

Na adega, um ecrã de grande formato revelava as caras dos participantes, incluindo o importador local. O almoço decorreu como se estivéssemos todos na mesma sala. O produtor, e eu próprio, fomos bombardeados com perguntas interessantes e interessadas, ouvidas e respondidas mais facilmente do que se nos encontrássemos numa comprida mesa. Saí dali a pensar que: primeiro, a acção deve ter saído muito mais barata ao produtor do que se tivesse voado para São Paulo e pago a refeição num restaurante; segundo, muitas daquelas pessoas nem sequer iriam comparecer no restaurante e ali estavam todas, confortavelmente, em suas casas; terceiro, nenhum deles se vai esquecer nem do momento nem do vinho.

O outro evento foi muitíssimo mais ambicioso, na escala e nos meios envolvidos. Nunca, no mundo, se fez algo como o Vinhos de Portugal, realizado nos dias 23, 24 e 25 de outubro e transmitido online para os domicílios de quase 1100 pessoas, que compraram os bilhetes (com a opção de packs de vinhos) no Brasil e em Portugal. O evento dos jornais Público, O Globo e Valor Económico, em parceria com a Viniportugal, e em que tive o privilégio de participar como um dos orientadores das sessões, realizou 62 lives/entrevistas de 25 minutos com produtores e 16 provas temáticas de 60 minutos. A milhares de quilómetros do local da acção, grupos de amigos e famílias abriam as garrafas recebidas, assistiam às provas, questionavam oradores e produtores.

O enorme sucesso desta iniciativa substitui o contacto pessoal e a interacção numa sala de provas? Não, definitivamente. Mas evidenciou-se como um modelo alternativo, agora, e complementar, no futuro. O online é uma ferramenta, como um martelo ou um automóvel. Posso estragar uma parede quando queria pregar um prego ou atropelar alguém quando apenas pretendia levar-me a um local. No fundo, o online não é mais do que o reflexo das pessoas que o usam.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Siga-nos no Instagram

[/vc_column_text][mpc_qrcode preset=”default” url=”url:https%3A%2F%2Fwww.instagram.com%2Fvgrandesescolhas|||” size=”75″ margin_divider=”true” margin_css=”margin-right:55px;margin-left:55px;”][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Siga-nos no Facebook

[/vc_column_text][mpc_qrcode preset=”default” url=”url:https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fvgrandesescolhas|||” size=”75″ margin_divider=”true” margin_css=”margin-right:55px;margin-left:55px;”][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Siga-nos no LinkedIn

[/vc_column_text][mpc_qrcode url=”url:https%3A%2F%2Fwww.linkedin.com%2Fin%2Fvgrandesescolhas%2F|||” size=”75″ margin_divider=”true” margin_css=”margin-right:55px;margin-left:55px;”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” url=”#” size=”small” open_new_tab=”” button_style=”regular” button_color=”Accent-Color” button_color_2=”Accent-Color” color_override=”” hover_color_override=”” hover_text_color_override=”#ffffff” icon_family=”none” el_class=”” text=”Assine já!” margin_top=”15px” margin_bottom=”25px” css_animation=”” icon_fontawesome=”” icon_iconsmind=”” icon_linecons=”” icon_steadysets=”” margin_right=”” margin_left=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][/vc_column][/vc_row]

Gaivosa multiplex

Quinta da Gaivosa com novas colheitas mas atentos à tradição.

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Setembro 2020 Marca clássica do Douro, nascida na colheita de 1992, a Quinta da Gaivosa desdobra-se hoje num vasto conjunto de referências, entre brancos e tintos, oriundos de vinhas mais jovens e mais antigas, com parcelas muito […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Setembro 2020

Marca clássica do Douro, nascida na colheita de 1992, a Quinta da Gaivosa desdobra-se hoje num vasto conjunto de referências, entre brancos e tintos, oriundos de vinhas mais jovens e mais antigas, com parcelas muito distintas umas das outras. Mas independentemente da origem e das opções de adega, a verdade é que o carácter Gaivosa está sempre presente, como se comprova nas novas colheitas agora colocadas no mercado.

TEXTO Luís Lopes

Quinta da Gaivosa com novas colheitas mas atentos à tradição.
Domingos Alves de Sousa e Tiago Alves de Sousa

Multiplex, definição: conjunto muito variado de elementos que se cruzam numa relação complexa.

A encosta da Gaivosa é conhecida desde os primórdios da nacionalidade, sendo o monte referido na “Carta de doação e couto da ermida de Santa Comba” assinada por D. Afonso Henriques em 1139. Será de supor que então existisse vinha naquele local, que hoje se situa junto à antiga Estrada Nacional 2, na freguesia da Cumieira, a 4 km de Santa Marta de Penaguião. Garantidamente, a vinha já era ali a cultura dominante à época da demarcação da região do Douro, com as célebres Memórias Paroquiais de 1758 (questionário que o Marquês de Pombal mandou fazer em todas as paróquias do reino) a referirem expressamente o “sítio da Gaivoza, bem conhecido pelos exquesitos vinhos”.

A propriedade situa-se na margem direita do rio Corgo e as vinhas estão plantadas entre os 240 e os 450 metros de altitude em solos de xisto bastante pedregosos. Neste extremo noroeste do Baixo Corgo o clima é mais ameno do que na maior parte da região do Douro, para o que contribui também a proximidade do Marão e a floresta da quinta.

A família Alves de Sousa produz ali uvas e vinhos desde há muitos, muitos anos. Domingos Alves de Sousa representa a quarta geração de viticultores e foi ele que protagonizou a grande mudança na vocação familiar, passando de fornecedor de vinho do Porto a granel às principais casas de Gaia, para produtor de vinho do Douro engarrafado.

A estreia, na vindima de 1992, do Quinta da Gaivosa tinto, faz parte da história do Douro moderno e foi o primeiro passo para a consagração da marca. O Quinta da Gaivosa, resultado da fermentação conjunta das uvas das melhores parcelas da propriedade, com a consultoria enológica de Anselmo Mendes, apareceria apenas nos melhores anos, surgindo depois em 1994, 1995, 1997, 1999 e 2000. Na vindima de 2003 optou-se por uma outra abordagem, com a vinificação separada por parcela, fazendo-se o lote no final. Os Gaivosa que se seguiram (2005, 2008, 2009, 2011, 2013, 2015 e 2017) mantiveram o conceito.

A separação das parcelas possibilitou igualmente o nascer de novas referências, como o Vinha de Lordelo e o Abandonado.  Entretanto, a enologia da casa foi assumida por Tiago Alves de Sousa, com a quinta geração a dar continuidade à saga familiar.

Quinta da Gaivosa com novas colheitas mas atentos à tradição.

Vinhas diferenciadoras

A propriedade onde nascem as várias declinações do Quinta da Gaivosa tem 25 hectares de vinha, com diversas orientações solares (predominando poente nas castas tintas e nascente na brancas), declives (entre os 30 e 45%), sistemas de plantação e condução, e idades. As castas tintas representam 75% e as brancas 25%. Quase metade dos vinhedos é constituído por videiras muito velhas, algumas centenárias, com as castas tradicionais misturadas.

É nestas vinhas mais antigas que têm origem o Quinta da Gaivosa, o Vinha de Lordelo e o Abandonado. Estão ali representadas mais de 50 variedades de uva, 30 tintas e 20 brancas, incluindo nomes que raramente aparecem nos contra-rótulos durienses: Donzelinho Tinto, Tinta Bairrada, Malvasia Preta, Tinta da Barca, Touriga Brasileira, Alicante Bouschet, Ratinho, Chasselas, Avesso, Tamarez, Cerceal, Moscatel de Alexandria…

Mas a quinta tem igualmente uma área de vinha ao alto, uma outra de patamares e ainda, desde 2014, uma parte constituída por “vinhas tradicionais novas”. Esta última é a “menina dos olhos” de Tiago Alves de Sousa. “Temos hoje a possibilidade de comparar os vários modelos adoptados ao longo da história do Douro – vinhas tradicionais, patamares, vinha ao alto”, refere. “Quais as mais bem adaptadas às condições naturais, mais preparadas para os desafios climáticos, mais amigas do ambiente, mais longevas, as que dão vinhos de maior qualidade e maior identidade?”, é a pergunta que deixa, adivinhando-se a resposta.

O futuro, assegura, está nas “novas vinhas velhas”. No fundo, trata-se de recriar a vinha tradicional do Douro, aproveitando as suas melhores características e combinando-as com uma viticultura moderna e de precisão. O que significa a preservação da topografia natural da encosta, mantendo os antigos muros de xisto, com as videiras plantadas segundo as curvas de nível; a opção pelo sistema clássico de condução em Guyot duplo; a alta densidade de plantação (8.000 videiras/hectare); a mistura de castas, mas não de forma aleatória, antes organizadas em linhas ou micro-blocos; e a preservação nestas vinhas do património genético das castas oriundas das vinhas mais velhas da Gaivosa.

A partir de 2014, todas as novas vinhas da Gaivosa foram feitas desta forma e o tinto Gaivosa Primeiros Anos de 2017 que aqui provámos foi o primeiro fruto do actual modelo de plantação.

É, pois, desta amálgama de tradição e modernidade que são feitos os vinhos hoje produzidos na Gaivosa. “Estamos a preparar o futuro, preservando as vinhas do passado, por um lado e, por outro, plantando as vinhas do amanhã para as novas gerações”, diz Tiago. “E essas vinhas assentam na sustentabilidade e na identidade”, conclui.

Quinta da Gaivosa com novas colheitas mas atentos à tradição.[/vc_column_text][vc_column_text]

No products were found matching your selection.

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Siga-nos no Instagram

[/vc_column_text][mpc_qrcode preset=”default” url=”url:https%3A%2F%2Fwww.instagram.com%2Fvgrandesescolhas|||” size=”75″ margin_divider=”true” margin_css=”margin-right:55px;margin-left:55px;”][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Siga-nos no Facebook

[/vc_column_text][mpc_qrcode preset=”default” url=”url:https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fvgrandesescolhas|||” size=”75″ margin_divider=”true” margin_css=”margin-right:55px;margin-left:55px;”][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Siga-nos no LinkedIn

[/vc_column_text][mpc_qrcode url=”url:https%3A%2F%2Fwww.linkedin.com%2Fin%2Fvgrandesescolhas%2F|||” size=”75″ margin_divider=”true” margin_css=”margin-right:55px;margin-left:55px;”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” url=”#” size=”small” open_new_tab=”” button_style=”regular” button_color=”Accent-Color” button_color_2=”Accent-Color” color_override=”” hover_color_override=”” hover_text_color_override=”#ffffff” icon_family=”none” el_class=”” text=”Assine já!” margin_top=”15px” margin_bottom=”25px” css_animation=”” icon_fontawesome=”” icon_iconsmind=”” icon_linecons=”” icon_steadysets=”” margin_right=”” margin_left=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][/vc_column][/vc_row]

Aveleda: O futuro constrói-se na vinha

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]No ano em que comemora o seu 150º aniversário, a histórica Aveleda reafirma-se como uma das mais dinâmicas e visionárias casas vinícolas de Portugal. Os novos vinhos agora apresentados mostram ao mundo uma outra face da Aveleda […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]No ano em que comemora o seu 150º aniversário, a histórica Aveleda reafirma-se como uma das mais dinâmicas e visionárias casas vinícolas de Portugal. Os novos vinhos agora apresentados mostram ao mundo uma outra face da Aveleda e são o fruto mais visível do monumental investimento estratégico que a empresa tem vindo a fazer lá onde tudo começa, na vinha.

 Texto: Luís Lopes                   

Fotos: Aveleda

Aveleda comemora 150 anos e afirma-se como uma das casas mais dinâmicas de Portugal
Martim e António Guedes

Nas últimas duas décadas, a região dos Vinhos Verdes foi certamente uma das que mais desenvolveu qualitativamente os seus vinhos. Globalmente, os Verdes de hoje nada têm a ver com os que chegavam à nossa mesa há apenas alguns anos. Mas apesar do enorme trabalho realizado na vinha, na adega e nas mentalidades, a realidade agrícola regional continua a ser um forte entrave a uma mais rápida evolução.

Falta estratégia no ordenamento territorial, há um êxodo demográfico com progressivo abandono das terras, o minifúndio predomina, subsistem largas franjas de uma cultura vitícola tradicional e pouco aberta à inovação. Vários produtores têm lutado contra estas amarras, mas ninguém o consegue fazer com tanto impacto quanto a maior e mais antiga empresa da região, a Aveleda.

A pouco e pouco, desde 2005, com a plantação de 40 hectares em Celorico de Basto, a Aveleda tem vindo a sair da sua “zona de conforto vitícola” de Penafiel, investindo no estudo aprofundado de solos, climas e castas noutras zonas da vasta região dos Vinhos Verdes, com o objectivo de alargar o seu património vitícola e garantir o máximo de controlo sobre a matéria prima de que necessita. Nos tempos mais recentes, e sobretudo após 2018, com a plantação dos primeiros 70 hectares da vinha de Cabração (Ponte de Lima), ficou claro que a viticultura se assume como um pilar absolutamente fundamental da estratégia da Aveleda.

Os números são bons indicadores do caminho percorrido e da sua progressão: em 1995, a Aveleda controlava pouco mais de 20 hectares de vinhedos; em 2015, eram já 150 hectares; em 2020, na celebração dos seus 150 anos de vida, a empresa pode orgulhar-se de possuir 450 hectares nos Vinhos Verdes, o que corresponde a 45% das suas necessidades de uva na região.

Mas os números não contam tudo. Não basta plantar muito, é preciso plantar com critério, de forma estudada e fundamentada. Numa região como a dos Vinhos Verdes (e em quase todas, na verdade), é essencial produzir qualidade associada a produtividade, de outra forma o negócio não é sustentável. Assim, a empresa evoluiu de uma viticultura tradicional, com cerca de 1.330 plantas/hectare e uma produtividade média de 10.000 Kgs/hectare, para um modelo com maior densidade de plantação, com 5.300 plantas/hectare e produtividades médias de 13.000 kgs/hectare. Ou seja, cada hectare produz mais, mas cada planta produz muito menos (passou-se de 7.5 kg por planta para 2.5 kg por planta). Ganha-se na qualidade sem perder, pelo contrário, produtividade.

Consciência social e ambiental

Aveleda comemora 150 anos e afirma-se como uma das casas mais dinâmicas de Portugal.
Plantação da vinha de Cabração, em Ponte de Lima.

Não é apenas na densidade de plantação que a Aveleda tem promovido inovação: cordões mais baixos e postes mais altos, com maior desenvolvimento da superfície foliar das plantas (mais folhas a trabalhar para menos cachos), zonagem e micro-zonagem de solos (para intervir com nutrientes ou rega apenas onde é necessário), utilização de plástico negro nas plantações (aumentando a temperatura do solo e promovendo maior e mais profundo enraizamento) são apenas alguns dos modelos e práticas seguidos.

À frente da empresa fundada por Manuel Pedro Guedes em 1870, a quinta geração representada pelos primos António e Martim Guedes tem liderado a revolução vitícola sem descurar a consciência social e ambiental. Assim, privilegia a contratação de mão-de-obra local nos diferentes polos onde possuem vinhedos e assegura o equilíbrio do ecossistema vitícola, fomentando a biodiversidade com a instalação de corredores verdes com outras espécies que servem de abrigo e alimento à fauna local.

Além disso o uso de herbicidas tem vindo a ser reduzido, tendo a Aveleda deixado de utilizar químicos residuais há já largos anos, promovendo um coberto vegetal do solo permanente com espécies nativas ou semeadas.

Em resumo, uma viticultura de precisão, sustentável e rentável, que é transmitida igualmente aos viticultores com quem a Aveleda estabelece parcerias, geralmente lavradores com áreas superiores a 5 hectares e a quem é prestado todo o apoio técnico.

Consciência social e ambiental
Pedro Barbosa responsável pela viticultura na Aveleda.
Consciência social e ambiental
Manuel Soares, responsável pela enologia da Aveleda.

 

 

 

Solos, castas, vinhos

As vinhas da Aveleda assentam numa enorme diversidade de terroirs, uma saudável dor de cabeça para Pedro Barbosa, o director de viticultura da casa. Algumas, como a grande vinha de Cabração, que quando totalmente plantada poderá atingir 200 hectares, estão em terra outrora bravia e inculta, coberta de matos.

Os solos são pobres, de xisto com alguma argila, e manchas graníticas nas zonas mais altas. Por contraste, as parcelas da Quinta da Aveleda propriamente dita, em Penafiel, assentam em solos graníticos, profundos e de boa fertilidade. O clima também muda muito, de Celorico de Basto, mais quente, a Santo Tirso, bem mais fresco.

No total, os vinhedos Aveleda espalham-se por sete polos distintos, distribuídos por cinco concelhos: Lousada, Penafiel, Santo Tirso, Ponte de Lima e Celorico de Basto. Se juntarmos aqui as uvas de alguns viticultores com quem são estabelecidas parcerias e que entram na linha “Castas”, a heterogeneidade de matéria prima é enorme.

Por exemplo, o Aveleda Alvarinho resulta habitualmente de um lote de quatro vinhos/origens: uma vinha em Melgaço em parceria com um viticultor local, uma parcela em Celorico de Basto e duas parcelas distintas em Penafiel, uma delas na própria Quinta da Aveleda. Não há muito tempo, tive oportunidade de provar estes quatro vinhos base e não podiam ser mais diversos: mais mineral um, encorpado e tropical outro, fechado e austero outro ainda, muito puro e expressivo o último. A linha “Castas“, formada por três referências, um Loureiro, um Loureiro/Alvarinho e um Alvarinho, assenta assim em bases vínicas de várias proveniências, e o lote final tem como objectivo aproveitar o melhor de cada uma, de forma a que se complementem entre si.

Como sabemos, as castas têm comportamentos diferentes em condições distintas. E, diz Manuel Soares, director de enologia da Aveleda, foi precisamente a diversidade existente nas vinhas da empresa que conduziu às duas novas linhas de vinhos: “Solos” e “Parcelas”. “Temos micro terroirs marcados por solos distintos que nos permitem ter vinhos diferenciados”, refere. “Com estas novas referências, mantêm-se o estilo Aveleda, mas criam-se vinhos produzidos em menor quantidade, com identidade marcada, com personalidade, facilmente identificáveis com a empresa e com o sítio.”

No sete polos vitícolas da Aveleda, três assentam em xisto e quatro em granito. Granito sempre foi o solo tradicional para vinha na região dos Vinhos Verdes, estando as áreas de xisto, mais difíceis de trabalhar, reservadas para matos e floresta. Mas o “crescimento” para o xisto por parte da Aveleda possibilitou novas experiências vitícolas (ali, a vindima ocorre mais tarde do que no granito) e o acesso a vinhos com outro perfil. Os dois Alvarinho da linha “Solos” resultam assim de lotes de vinhos de diferentes origens, mas com o denominador comum “xisto” ou “granito”.

Com os vinhos de “parcela” atinge-se um outro patamar de especificidade. Aqui falamos de terroir no seu sentido mais rigoroso, sem lotes de vinhos, sem mistura de origens. Não é obrigatoriamente melhor, mas é aquela parcela, naquele solo e clima, com aquela casta (Loureiro, num caso, Alvarinho, noutro). Com o vinho de parcela no copo, estamos o mais próximo que podemos estar de uma videira concreta. Bebemos não apenas um vinho, mas também o sol, a chuva, a terra, a uva.

Entre o clássico e omnipresente Casal Garcia e o recente e exclusivo Parcela do Roseiral há todo um percurso e um ciclo que agora se fecha e se completa. E haverá prenda melhor para a Aveleda se oferecer a si própria, no 150º aniversário, do que atingir essa plenitude?

Consciência social e ambiental
A vinha de Celorico de Basto, plantada em 2005 contribui para a grande diversidade de solos e climas presente nas vinhas Aveleda.

 

[/vc_column_text][vc_column_text]

No products were found matching your selection.

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Siga-nos no Instagram

[/vc_column_text][mpc_qrcode preset=”default” url=”url:https%3A%2F%2Fwww.instagram.com%2Fvgrandesescolhas|||” size=”75″ margin_divider=”true” margin_css=”margin-right:55px;margin-left:55px;”][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Siga-nos no Facebook

[/vc_column_text][mpc_qrcode preset=”default” url=”url:https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fvgrandesescolhas|||” size=”75″ margin_divider=”true” margin_css=”margin-right:55px;margin-left:55px;”][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Siga-nos no LinkedIn

[/vc_column_text][mpc_qrcode url=”url:https%3A%2F%2Fwww.linkedin.com%2Fin%2Fvgrandesescolhas%2F|||” size=”75″ margin_divider=”true” margin_css=”margin-right:55px;margin-left:55px;”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” url=”#” size=”small” open_new_tab=”” button_style=”regular” button_color=”Accent-Color” button_color_2=”Accent-Color” color_override=”” hover_color_override=”” hover_text_color_override=”#ffffff” icon_family=”none” el_class=”” text=”Assine já!” margin_top=”15px” margin_bottom=”25px” css_animation=”” icon_fontawesome=”” icon_iconsmind=”” icon_linecons=”” icon_steadysets=”” margin_right=”” margin_left=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][/vc_column][/vc_row]

Assine a Grandes Escolhas em formato digital!

Caro leitor, O grave surto desta pandemia que nos caiu em cima virou de repente o nosso mundo de pernas para o ar. Como tantas outras empresas, também na revista Grandes Escolhas fomos forçados a fazer alterações drásticas nas nossas rotinas e ficámos muito limitados no nosso trabalho. Deixamos de poder ir a apresentações e […]

Caro leitor,

O grave surto desta pandemia que nos caiu em cima virou de repente o nosso mundo de pernas para o ar.

Como tantas outras empresas, também na revista Grandes Escolhas fomos forçados a fazer alterações drásticas nas nossas rotinas e ficámos muito limitados no nosso trabalho. Deixamos de poder ir a apresentações e lançamentos que foram cancelados, não podemos visitar produtores ou enoturismos, não faz sentido referenciar restaurantes, bares e garrafeiras que estão fechados por medida de protecção.

Mas apesar destes constrangimentos, não parámos e continuamos a trabalhar com afinco… mas à distancia. Continuamos a receber amostras de vinhos, a provar, a comunicar, a divulgar. Continuamos a falar todos os dias com os produtores por telefone ou videochamada e com milhares de consumidores através do site grandesescolhas.com. E continuamos a publicar a revista impressa. Num tempo em que os próprios produtores estão limitados na sua actividade comercial ou ensaiam novas formas de tentar chegar ao público e manter o contacto possível com os seus clientes, nós somos também a sua voz que se mantém activa e disponível.

Mas precisamente por isso, precisamos do vosso apoio, agora ainda mais do que nunca. Com parte da rede nacional dos pontos de venda encerrada, é provável que o leitor tenha agora mais dificuldade em encontrar a sua revista habitual nos locais habituais. Por isso apelamos que continue ligado connosco, fazendo uma assinatura digital da Grandes Escolhas. É fácil, é mais barato, mais cómodo e não perde nada da edição impressa, folheando a revista no seu computador ou tablet como como se fosse a edição em papel. Estão disponíveis as opções de 1 edição, 6 edições (com oferta de mais 3) e de 12 edições (com oferta de mais 6).

Para que possamos continuar a viver juntos esta paixão pelos vinhos de qualidade, apoie a Grandes Escolhas! Faça já a assinatura da edição digital! Clique aqui para assinar.

Formação para produtores e Horeca em Monção e Melgaço, 13 de Março

O que faz do Alvarinho uma casta especial? Que tipos de terroir existem na sub-região de Monção e Melgaço? Como devo apresentar a região e estes vinhos aos meus clientes/visitantes? Estas e outras perguntas vão ser alvo de resposta em duas sessões de formação a ocorrerem dia 13 de Março, sexta-feira. A primeira será em […]

O que faz do Alvarinho uma casta especial? Que tipos de terroir existem na sub-região de Monção e Melgaço? Como devo apresentar a região e estes vinhos aos meus clientes/visitantes? Estas e outras perguntas vão ser alvo de resposta em duas sessões de formação a ocorrerem dia 13 de Março, sexta-feira. A primeira será em Monção, no Museu do Alvarinho e tem início às 10 horas, terminando às 13 horas. Da parte da tarde a sessão ocorre em Melgaço, no Solar do Alvarinho, com início às 15 (e termina às 17 horas).
Ambas as formações têm a orientação de Luis Lopes, Director da Grandes Escolhas e são organizadas pela Grandes Escolhas e a CVR dos Vinhos Verdes, no âmbito do Programa de Promoção de Monção e Melgaço. O objectivo é o de, em primeiro lugar, sensibilizar os restaurantes e hotelaria da sub-região para uma correcta promoção e divulgação dos vinhos Alvarinhos, apresentando este território único e os seus principais factores de diferenciação. Depois, pretende-se também que os agentes económicos de Monção e Melgaço possam partilhar as principais mensagens-chave da estratégia de comunicação desta sub-região, de forma a unificar o conjunto de argumentos e o essencial da mensagem na promoção destes vinhos.
Ambas as acções de formação são gratuitas, mas terá de se inscrever antes através deste link: https://forms.gle/1mkgFVp6JRTvEUKp7
A data limite de inscrição é a 10 de Março, terça-feira.

Provas Especiais: Doze momentos inesquecíveis

O luxo de Napa Valley Representados em Portugal pela Garcias, os vinhos Opus One têm, na origem, uma bonita história de amizade entre o barão de Rothschild e Robert Mondavi. O primeiro era proprietário do Château Mouton Rothschild, em Pauillac (Bordéus), e o segundo um apaixonado por vinhos que criou um império na Califórnia, sempre […]

O luxo de Napa Valley
Representados em Portugal pela Garcias, os vinhos Opus One têm, na origem, uma bonita história de amizade entre o barão de Rothschild e Robert Mondavi. O primeiro era proprietário do Château Mouton Rothschild, em Pauillac (Bordéus), e o segundo um apaixonado por vinhos que criou um império na Califórnia, sempre com o intuito de conseguir por lá fazer vinhos com a qualidade dos que conhecia em Bordéus. Do cruzamento da amizade com o sentido do negócio nasceu a ideia (em 1978) de se fazer um tinto que fosse uma referência em termos de qualidade e que continuasse o prestígio que cada um já tinha nas suas regiões. Nasceu assim em 1979 o primeiro Opus One, um tinto que chega actualmente às 250.000 garrafas e que por cá se vende a €395, preço Garcias. Um colosso. A prova contemplou quatro vinhos: começou-se pela segunda marca, Overture, que se lançou pela primeira vez em 1993 (€200) – é um tinto sem data, lote de duas a três colheitas (de que se faz um imenso segredo, não sendo comunicado quais são as escolhidas) –, e mais três tintos Opus One. A função foi orientada por Charlie Matthews, responsável pelo mercado europeu, e provaram-se os tintos de 2005, 2010 e 2015. Os vinhos são lançados três anos após a data da colheita e sempre no dia 1 de Setembro. De perfil concentrado, muito rico, escuro e marcado pela madeira, dominado pelo Cabernet Sauvignon em quase 90%, é claramente um tinto do Novo Mundo. E é isso mesmo que deve ser. À Califórnia o que é da Califórnia e a Bordéus o que é de Bordéus!
J.P.M.

A joia dos Vinhos do Douro pelo prisma do tempo
Foi uma prova inédita numa perspectiva vertical que atravessa três decadas. O responsável de enologia da Casa Ferreirinha, Luís Sottomaior, não considera o Reserva Especial uma desclassificação do Barca Velha. A linha que separa um do outro é finíssima. Aliás, alguns Reservas Especiais, se fossem avaliados mais tarde do que o habitual, podiam ter sido Barca Velha, como acontece nos casos do 1986, 1989 ou 2007. A prova evidenciou a evolução de vários aspectos que marcaram a produção do vinho, como a viticultura, o equipamento enológico e a substituição de carvalho português pelo carvalho francês. O perfil do vinho também foi evoluindo, mas preservando sempre os valores fundamentais de um clássico desta grandeza. Comparar estes vinhos é, de facto, como comparar jóias ou obras de arte – todos apresentam um nível estratosférico, a diferença está apenas nos pormenores. O 1986 mostrou uma fantástica evolução; o 1989 – mais potência; o 1990 – está mais reservado; o 1992, feito 100% de Touriga Nacional, evidencia o seu lado mais feminino; o 1994 é mais carnudo; o 1996 apresenta fruta mais fresca; o 1997 alia potência a elegância; o 2001 mostra muita finesse; o 2003 é cheio e redondo; o 2007 está impecável, seguido do mais robusto 2009.
V.Z.

Os vinhos que reflectem de onde vêm
Segundo o enólogo da Casa de Saima, Paulo Nunes, “os vinhos não têm que ser perfeitos, têm que refletir de onde vêm”. E os brancos e tintos desta casa barradina, provenientes dos 20 hectares da vinha maioritariamente velha, cumprem esta missão. Antigamente em Portugal a maior parte dos vinhos eram tintos. Os brancos muitas vezes foram deixados à mercê do destino, sem muito cuidado e sem proteção do oxigénio. Mas não há dúvidas de que a Bairrada possui um terroir perfeito para vinhos brancos e Paulo Nunes não hesitou em afirmar que “de uma forma consistente, a Bairrada ganha a todos em Portugal em termos de longevidade” e que “só uma região com boa matéria-prima pode funcionar desta forma”. Duas belíssimas colheitas brancas – de 1993 e 1997 – foram testemunhas destas afirmações. Eles de certa forma inspiraram a produção de Garrafeira branco, que até agora não era tradição nesta casa. Nos tintos, para além dos fantásticos Garrafeiras da década dos 90 e do início deste século, foram apresentados os vinhos de uma abordagem “menos clássica”. São mais leves e abertos; e não precisam de esperar 20 anos para serem bebidos com prazer. É o caso dos Casa de Saima Baga 2013 e 2017.
V.Z.

Verdes com alma
João Pedro Araújo e a mulher, Teresa, estão à frente dos destinos da Casa de Cello, onde se produz o vinho Quinta de Sanjoanne, em pleno Minho, na zona de Amarante. Ali, em finais dos anos 80, encetaram uma reorganização dos vinhedos, implantados em terrenos graníticos e que beneficiam de micro-clima especial pela disposição orográfica da zona. Esqueceram as recomendações oficiais de plantio de Azal e Pedernã e optaram por Arinto e Avesso e pela menos usada na região Malvasia Fina, além da Alvarinho. Em 2018 completaram a 29ª vindima e a esta prova trouxeram vinhos de três famílias: Terroir Mineral, Escolha e Superior. O primeiro resulta da combinação de Avesso e Loureiro, o segundo de Avesso e Arinto e o terceiro de Alvarinho e Malvasia Fina. Da marca Terroir Mineral provámos o 2016 e o 2006 (este em forma excelente); do Escolha – que é um vinho especialmente gastronómico – provámos quatro colheitas, com o 1998 a mostrar-se muito terpénico e bem interessante, ainda que carecendo de mais corpo. Do Superior, que é o topo de gama da casa e cujo PVP ronda os €25, provámos cinco colheitas, com o 2005 (o mais antigo) a mostrar uma finesse e vivacidade que faziam rapidamente esquecer a idade. Ainda por memória provou-se o primeiro vinho ali feito, o Leiras Mancas 1996, este sim, ainda feito com as castas recomendadas para a região, Azal e Pedernã. Se agora ainda mostrava uma enorme acidez, dá para imaginar o que seria na altura…! Uma bela prova, a mostrar aos incrédulos a valia dos vinhos desta região e a resistência que têm em cave.
J.P.M.

Blandy’s interpretada pelas castas e pelo tempo
Foi uma autêntica viagem virtual até à Ilha da Madeira, conduzida por Francisco Albuquerque, responsável de produção da Madeira Wine Company e uma figura incontornável no que toca a Vinho da Madeira. Atravessámos estilos diferentes, como o seco de Sercial, o meio seco de Verdelho, o meio doce de Bual/Boal e o doce de Malvasia/Malmsey, e ainda o estilo próprio da casta rara Terrantez. Primeiro foram os Colheitas Sercial 2002, Verdelho 2000, Bual 2003 e Malmsey 1999, que, de acordo com o regulamento, envelhecem em madeira pelo menos 5 anos – no caso da Blandy’s este envelhecimento ultrapassa o tempo estabelecido pelo IVBAM (Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira, a entidade reguladora), enriquecendo mais os vinhos e transmitindo-lhes mais complexidade. A seguir recuámos mais no tempo para conhecer as mesmas castas na versão Frasqueira, cujo envelhecimento contínuo deve decorrer no mínimo 20 anos em madeira. E novamente na Blandy’s os Frasqueiras estão sujeitos a um envelhecimento mais longo. Terrantez 1980, Verdelho 1979, Malmsey 1977, Sercial 1968 e Bual 1957 impressionam pela sua expressão, intensidade gustativa e facilidade com que vencem o tempo.
V.Z.

Um mundo mágico de diferença e complexidade
A sala estava a abarrotar e a plateia sabia para o que ia. Ou pensava que sabia. O que Luís Lopes trazia na manga era magia, a Magia das Vinhas Velhas em forma de vinho. “O conceito ‘vinhas velhas’ foi trazido para Portugal por Luís Pato, em 1988”, introduziu, como quem iria começar a contar uma estória. No entanto, a prova não teve nada de contos e fantasias. Mas então, o que é isto de uma vinha velha? O orador expôs a sua visão: “Não há uma lei que defina a idade mínima para a vinha ser velha, mas, na minha opinião, 35 ou 40 anos será a idade aceitável para lhe podermos chamar isso. Além disso, depende de região para região.” Na verdade, quando falamos de um vinho de vinhas velhas não nos estamos a referir apenas à antiguidade das mesmas e, por isso, Luís Lopes explicou outros factores de diferenciação. “Não deve ser uma vinha regada, por exemplo. Uma vinha que está ali há muitos anos já se adaptou à terra, as suas raízes já chegaram a uma grande profundidade.” No Douro e no Dão, e pontualmente noutras regiões, as vinhas velhas têm também a característica de ter várias (por vezes muitas) castas plantadas em field blend, e isso não é por acaso: “Os antigos plantavam as vinhas com castas misturadas para que as uvas estivessem sempre em diferentes estados do ciclo e não serem todas afectadas por adversidades.” E nos vinhos, qual é o efeito das vinhas velhas? “A vinha velha introduz diferença e complexidade, e isso é muito importante”, afirmou Luís Lopes e, perante um público bastante interventivo, mostrou 16 vinhos capazes de enfeitiçar qualquer um, como os brancos Falcoaria Fernão Pires 2016, Procura 2016 ou Quinta da Pellada Primus 2015, e os tintos Quinta dos Termos 2015, Luís Pato Vinha Barrosa 2015, Abandonado 2013 ou Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa 2015, entre outros.
M.L.

380 anos, uma história maior
Uma história maior, pois a Kopke, parte do universo Sogevinus, orgulha-se de ser a primeira casa de Vinho do Porto, fundada em 1638. Depois de uma apresentação completa da Quinta de São Luiz, o berço onde nascem as uvas que irão produzir os vinhos Kopke, foi tempo de uma didática prova centrada nas diferenças de Portos Brancos e Tawny, 10, 20, 30 e 40 Anos, acompanhados ainda por chocolates. Liderou a prova Carlos Alves, enólogo principal da Sogevinus para os Vinhos do Porto e que já conta com significativa experiência no ramo e na empresa. Destaque para o facto de o estilo Kokpe estar presente de forma transversal nos vários estilos e idades, sempre num perfil fresco e por vezes até austero. Em vários momentos, os Brancos tinham mais perceção de acidez do que os Tawny (apesar de a análise laboratorial por vezes indicar o contrário), aspeto que se tornou, todavia, menos evidente ao provarmos os vinhos de lotes mais envelhecidos. Todos os vinhos estiveram ao mais alto nível, como seria de esperar desta casa, sendo de salientar que os 30 Anos se revelaram, uma vez mais, a nossa predileção, pelo equilíbrio entre evolução e vivacidade, se bem que o Branco 40 Anos quase ‘roubou a prova’, pela excelência que mostrou no copo. Grande prova!
N.O.G.

O Dão “entre amigos”
Foi num ambiente de grande descontracção que Carlos Lucas deu início à prova. Através dos seus vinhos, o enólogo do Dão expôs aquilo que é a sua interpretação da região. “Estamos aqui entre amigos, num domingo à tarde”, começou por dizer, antes de avançar com o espumante Ribeiro Santo. Depois foi a vez de provar o Automático branco, que Carlos Lucas indicou como sendo “o nosso vinho mais natural, no sentido em que se faz quase todo sozinho” – “Um Encruzado sem madeira, simples, com leveduras naturais, feito como antigamente.” De seguida, o branco Pedro e Inês, um vinho que a Magnum Vinhos produz para a Quinta das Lágrimas. O Envelope branco, de Encruzado de vinhas velhas, estagia em barricas durante 6 meses e em cave por mais 6 e, assim, “contraria-se a ideia da rapidez cosmopolita e aplica-se uma outra filosofia, lembrando que a carta demora a chegar ao destino”. Seguiram-se o Ribeiro Santo Vinha da Neve branco e o primeiro tinto, o Quinta da Alameda Jaen. Esta quinta é propriedade de um grande amigo seu, para quem Carlos “constrói” os vinhos. Ainda da Quinta da Alameda, surgiu a primeira edição do Pinot Noir. Já o Quinta da Alameda Reserva Especial chamou a atenção por mais do que a qualidade do vinho: “É de vinhas velhas com field blend, onde há uma casta chamada Benfica; para mim representa a classe do Dão, é delicioso!” Os Envelope e Vinha da Neve tintos não ficaram atrás, antes do ícone da casa E.T., de Encruzado e Touriga Nacional. A prova terminou com o vinho Carlos Lucas Família. “A Cristina, a Carolina e o Diogo são muito entusiásticos na hora de abrir garrafas, então convidei-os a fazer um lote comigo.” É uma edição super-limitada, em magnum e dupla magnum.
M.L.

A nova vida de uma marca clássica
O enófilo mais exigente conhece bem o nome Tapada do Chaves. Um grande clássico do Alentejo assente numa propriedade de 60 hectares junto a Portalegre, com 32ha de vinha, alguma dela muito velha (centenária mesmo). Ultimamente, a Tapada do Chaves fazia parte do grupo Murganheira, tendo sido, recentemente, adquirida pela Fundação Eugénio de Almeida (FEA). A prova foi, por isso, conduzida por Pedro Batista, enólogo e administrador da FEA, que não hesitou, para felicidade dos presentes que enchiam a sala, em trazer a Lisboa uma prova vertical de brancos e tintos. O tema foi a transição dos anos 80 até ao novo milénio, pelo que marcaram presença vinhos desde 1978, 1982 e 1985 até aos mais atuais. Todos os vinhos revelaram-se em ótimo momento, o que atesta a longevidade destes néctares do norte do Alentejo. Destaque para o branco Frangoneiro Reserva branco de 1985 e para o tinto Frangoneiro de 1978 (ano que não primou pela qualidade geral dos vinhos), ambos absolutamente gloriosos, vivos e cheios de frescura. Muito bem também estiveram os vinhos mais recentes – de 2002 e 2010, ambos vinhas velhas –, injustiçados pela crítica e pelos consumidores aquando do seu lançamento, mas que, nesta fase, dão uma excelente prova, numa vertente essencialmente gastronómica. Memorável.
N.O.G.

Tradição e classe com muito sabor
“Murganheira” e “espumante” são duas palavras indissociáveis. A primeira não faz sentido sem a segunda e, quando falamos de Portugal, vice-versa. “A Murganheira é uma empresa que começou a ‘champanhizar’ nos anos 40”, começou por dizer o enólogo e administrador Orlando Lourenço, que orientou a prova com Marta Lourenço, também enóloga da casa. Juntos apresentaram 12 espumantes, uns já conhecidos e outros nem por isso. Os dois primeiros foram um Cerceal de 2008 e um rosé Touriga Nacional de 2013, ambos curiosos por uma razão: foram feitos pelo chamado “método ancestral”, o mais antigo, em que ocorre apenas uma fermentação, interrompida pelo frio, e que acaba dentro da garrafa sob acção das leveduras ainda activas do vinho base. Antigamente, isto acontecia até por acaso, durante a produção de um vinho tranquilo. Hoje, com a devida supervisão, estes dois espumantes da Murganheira mostraram-se muito bem, finos e com um final de boca impressionante. Depois veio um Malvasia de 2007, brut nature por “engano” e devido a um erro da máquina. O público agradeceu este engano, porque estava sublime e firme. Logo a seguir a um Touriga Nacional de 2009 e a um Chardonnay de 2008, surgiu uma mini-vertical de Murganheira Vintage (2000, 2004, 2006 e 2007), mas o grand finale ainda estava para vir. Dois Grande Reserva, 1990 e 1999, feitos com Touriga Nacional, Malvasia-Fina e Cerceal, e um rosé Pinot Noir de 1995, para mostrar que a classe e a sofisticação dos espumantes Murganheira não têm só história, mas também longevidade. “Queremos dar uma volta à maneira como se fazem espumantes em Portugal, e até no mundo”, afirmou Orlando Lourenço.
M.L.

Desfile de topos de gama que resistem ao tempo
Como é habitual nos nossos encontros, replicámos a prova dos tintos com 10 anos que a revista publicou no início de 2018. João Paulo Martins (JPM), com nossa colaboração, organizou e deu à prova alguns dos melhores vinhos tintos de 2008. Um ano de excelência, topos de gama de várias regiões, os comentários e lições de JPM… enfim, um festim para todos os presentes (e foram muitos). Numa prova que ultrapassou as duas horas de duração, descreveu-se o ano agrícola, contaram-se estórias menos conhecidas, tudo num clima de cumplicidade e boa disposição, como é habitual em JPM. Do Douro desfilaram os vinhos em maior número, com Quinta do Vale Meão (um dos melhores da prova), Batuta, Poeira, Quinta do Noval. Do Dão chegaram-nos o Quinta da Pellada e o Quinta dos Roques Garrafeira e da vizinha Bairrada provou-se o Quinta das Bageiras Garrafeira (último vinho em prova pela sua jovialidade). O Palácio da Bacalhôa e o Hexagon vieram da Península de Setúbal para provar que também esta região sabe envelhecer, e o Tributo do Tejo não quis ficar atrás (a dar uma prova muito fina e elegante). Do Alentejo chegaram-nos três embaixadores clássicos, o Cortes de Cima Reserva (no seu habitual estilo generoso), o Mouchão Tonel 3/4 e o Marquês de Borba Reserva (ambos a poderem ainda evoluir em garrafa). Um verdadeiro desfile de topos de gama a encerrar da melhor maneira o terceiro dia de evento. De notar que todos os vinhos revelaram ótima evolução, com a sua maioria a poder ainda melhorar em garrafa.
N.O.G.

Bacalhôa em grande forma
Uma prova de moscatéis é sempre um grande momento vínico. Os vinhos generosos têm esse condão de nos motivar pela doçura, pela complexidade, pela riqueza e pela incrível longevidade. Difícil mesmo é não nos deixarmos envolver naquele perfil macio e glicerinado, sustentado depois por boa e cativante acidez. Os moscatéis da Bacalhôa, sobretudo os de referência, têm alguns traços distintivos: têm todos origem nos terrenos argilo-calcários da serra da Arrábida, o que os distingue dos outros das terras arenosas de Palmela, e estagiam em pipas anteriormente usadas para whisky. As pipas (de cerca de 200 litros de capacidade) estão numa estufa sujeita a grandes variações térmicas ao longo do ano. O resultado é brilhante e os vinhos agora apresentados – por Filipa Tomaz da Costa e Vasco Penha Garcia –, quer de Moscatel de Setúbal, nas variantes normal e Superior, quer de Moscatel Roxo de Setúbal, mostraram-se com enorme qualidade e sobretudo os que têm indicação de idade, quer no modelo 10, 20 e 30 Anos, quer com indicação de data de colheita. Vinhos de luxo a preços muito cordatos e facilmente acessíveis em termos de disponibilidade no mercado. Só factores a nosso favor. Há agora que não os esquecer.
J.P.M.

 

Edição Nº20, Dezembro 2018

 

Grandes Escolhas Vinhos & Sabores: Portugal à volta de um copo

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O caminho estava traçado desde o ano passado, com a primeira edição da Grandes Escolhas Vinhos & Sabores, e 2018 reforçou o estatuto desta feira como o maior evento vínico realizado em Portugal. Produtores, público, profissionais das […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O caminho estava traçado desde o ano passado, com a primeira edição da Grandes Escolhas Vinhos & Sabores, e 2018 reforçou o estatuto desta feira como o maior evento vínico realizado em Portugal. Produtores, público, profissionais das áreas ligadas ao vinho e à gastronomia. O país juntou-se de copo na mão e marcou, desde já, encontro para o próximo ano.

TEXTO Luís Francisco
FOTOS João Cutileiro e Ricardo Palma Veiga

Desta vez não houve dúvidas, nem enganos. Muitos milhares de pessoas rumaram diariamente à FIL, no Parque das Nações, Lisboa, para quatro dias de saudável convívio e muitas provas. À sua espera, no Pavilhão 1, estavam quase três centenas de stands (vinhos, sabores, acessórios, enoturismo), dois auditórios, duas salas de provas, praça de alimentação, zona de street food. Ao todo, mais de 400 produtores de vinho estiveram presentes, dando à prova para cima de 3500 vinhos. A segunda edição da Grandes Escolhas Vinhos & Sabores (GEVS) foi um sucesso em toda a linha.
O programa contemplou dezenas de acções de divulgação, entre elas as Provas Especiais, momentos de excelência que reuniram centenas de participantes em sessões realizadas num espaço autónomo da FIL e conduzidas pelos produtores ou pelos especialistas da Grandes Escolhas – mais à frente nestas páginas pode encontrar um relato resumido de cada uma delas. Momento sempre especial foi também a divulgação, logo no dia de abertura do GEVS, sexta-feira, dos resultados do concurso Escolha da Imprensa (lista completa dos premiados em brochura anexa a esta revista), apurados de entre mais de 350 vinhos inscritos com a ajuda de um júri alargado de seis dezenas de críticos, jornalistas, bloggers, escanções e profissionais do sector das bebidas. Os vinhos distinguidos estiveram depois à prova, no sábado, no recinto da feira.
A segunda-feira, dia reservado a profissionais do sector, acolheu ainda a cerimónia de entrega do Concurso de Queijos de Portugal 2018 e uma apresentação Schott Zwiesel. Mas as grandes novidades desta edição da feira estavam centradas em pleno recinto, nos dois anfiteatros desenhados especialmente para o efeito. No auditório Prove Connosco realizaram-se 26 sessões em que os produtores podiam apresentar dois vinhos que simbolizassem o seu terroir e a sua filosofia e que contassem a história da casa. Estas mini-provas comentadas (quatro na 6ª feira, sete no sábado, oito no domingo e mais sete na 2ª feira) foram aproveitadas por produtores, grandes, pequenos e médios, de várias regiões para um contacto directo com o público, que compareceu de forma entusiástica.
Ali ao lado, no Auditório Showcooking, o vinho repartiu protagonismo com a comida. Para além de uma degustação de chocolates, a agenda incluiu seis momentos de cumplicidade entre chefs, sommeliers e público, a propósito da acção Par Perfeito. Com lotação invariavelmente esgotada, um chef apresentou e preparou um prato, para o qual o sommelier convidado escolheu um vinho para harmonizar, tudo coordenado pelo nosso especialista Ricardo Felner. Jesus Lee e Teresa Matos Barbosa foram os mais votados pelos participantes, mas a marca mais forte desta novidade absoluta na feira foi mesmo a naturalidade e o ambiente descontraído com que os profissionais partilharam segredos e dicas preciosas para todos os que gostam de meter as mãos nos tachos. E não só.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_gallery type=”flexslider_style” images=”33172,33179,33177,33167,33175,33176″ onclick=”link_no”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]“Espionagem industrial”
Mas se todo este programa de provas e sessões públicas teve o condão de diversificar a oferta da feira e cativar novos públicos, a verdade é que a Grandes Escolhas Vinhos & Sabores assenta a sua matriz numa verdade inquestionável: não há, em Portugal, outro evento que reúna tantos produtores e um tão elevado número de visitantes. Tirando partido das excelentes instalações da FIL, no Parque das Nações, a feira consegue juntar muita gente sem que isso prejudique a atmosfera de conforto que é condição essencial para a fruição dos muitos e bons vinhos ali dados à prova.
É o verdadeiro encontro da família do vinho. Quem por ali circulasse com alguma atenção, facilmente detectaria cenas de animado convívio entre produtores e enólogos que são concorrentes no mercado, mas cúmplices na paixão pelo vinho. Alguns não se coibiam mesmo de entrar nos stands uns dos outros para se servirem de mais um copito e conversarem um pouco sobre pormenores técnicos ou opções enológicas. Esta há-de ser uma das actividades em que a “espionagem industrial” é, não só tolerada, como bem-vinda…
A temperatura controlada no interior do pavilhão, o espaço disponível nos amplos corredores, a boa dissipação do ruído de fundo e uma iluminação que permite, nas palavras do responsável por um stand, “apreciar a cor de um vinho” permitiram que se vivesse sempre um ambiente descontraído e propício a uma experiência vínica completa. Para mais, como destacava outro produtor, os serviços de apoio “estiveram perfeitos” na sua missão. Ou seja, ambiente de festa e de convívio produtivo.
Mesmo com milhares de pessoas presentes (no sábado à tarde, registe-se, foi praticamente impossível estacionar naquela zona do Parque das Nações), a dimensão do recinto (mais de 6500 metros quadrados) e as suas características permitiram sempre que se circulasse com conforto no recinto da feira. Difícil, difícil, foi convencer as pessoas a sair quando chegava a hora de encerramento…[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_gallery type=”flexslider_style” images=”33180,33169,33170,33173,33171,33178″ onclick=”link_no”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Ambiente perfeito
Por tudo isto, não espanta que as reacções recolhidas pela Grandes Escolhas junto das pessoas por trás dos balcões dos stands sejam unânimes no elogio à forma como a feira decorreu e foi organizada. Na zona reservada aos stands de Enoturismo (outra novidade nesta edição 2018), Mónica Costa, do Soalheiro, destacava uma “experiência muito agradável” e salientava a forte adesão ao sorteio promovido por este produtor de Alvarinho Monção e Melgaço, que estava a sortear uma garrafa duplo magnum.
Para Manuela Carmona, da Adega23, região da Beira Interior, esta foi uma estreia. Não na feira, que já visitara enquanto enófila, mas no papel de produtora, com os primeiros vinhos do seu projecto vitivinícola, situado em Sarnadas de Ródão e com enologia de Rui Reguinga. “É uma marca nova, esta é uma óptima oportunidade para dar a conhecer os vinhos de um projecto recente numa região ainda sem o protagonismo de outras. A feira está muito bem organizada e é bastante participada. Estar deste lado do balcão muda tudo: em vez de andar à procura de novas mensagens, agora sou eu que dou as explicações…”
No stand do produtor transmontano Valle Pradinhos, Mara Lopes não tinha dúvidas de que a feira “correu bem”, embora se queixasse do horário “prolongado”. Pelo seu balcão passou todo o tipo de pessoas: “Gente que não conhecia o produtor, mas também muitos outros que já estavam informados e vinham à procura de coisas específicas.” E esse era também um dos destaques de Rui Reguinga, também presente na qualidade de produtor, que salientava a importância das redes sociais na divulgação das novidades enófilas. “Muita gente já vem focada em marcas ou nas novidades. Existe sempre a tentação (natural, uma vez que há tanta coisa para provar…) de nos pedirem logo os topos de gama, mas cabe-nos a nós fazer com que provem mais qualquer coisa.” Reguinga gosta muito das “instalações e da boa organização dos espaços” e define um calendário muito próprio do evento: “Sábado tem mesmo muita gente, é o dia do consumidor; no domingo é misto, já fui visitado por muitos profissionais.”
António Janeiro, da Adega Cooperativa de Borba, salienta que esta foi a estreia deste produtor alentejano no GEVS e garante que a participação “excedeu as expectativas”. “Há dois pontos muito fortes: é uma feira ampla e bem organizada, e tem entradas a um preço correcto para selecionar as pessoas interessadas”, explica, para depois alinhar mais alguns elogios, como a iluminação e a temperatura do pavilhão, as acessibilidades e o estacionamento. Tudo junto, fica uma certeza: “A minha palavra para a Adega Cooperativa é só uma, a de que esta é a feira a que vale a pena vir.”
E para o ano há mais, entre 25 e 28 de Outubro de 2019. Com muitos vinhos, boa comida e gente que sabe o que é bom na vida.

 

 

Edição nº20, Dezembro 2018

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]