Corticeira Amorim adquire metade do Grupo SACI, líder na produção de muselets

Corticeira Amorim

A Corticeira Amorim acaba de anunciar que adquiriu, através da sua filial Amorim Cork, 50% do capital social do Grupo SACI, por 48,66 milhões de euros. Assim, a Amorim passa a ser parceira da família italiana Getto, tomando o lugar da família alemã Perlich. O Grupo SACI — sedeado em Ivrea, perto de Turim, e […]

A Corticeira Amorim acaba de anunciar que adquiriu, através da sua filial Amorim Cork, 50% do capital social do Grupo SACI, por 48,66 milhões de euros. Assim, a Amorim passa a ser parceira da família italiana Getto, tomando o lugar da família alemã Perlich.

O Grupo SACI — sedeado em Ivrea, perto de Turim, e constituído por 17 empresas de diferentes sectores — tem como principal actividade a produção e comercialização de muselets (os arames que envolvem as rolhas nas garrafas de vinhos espumosos), contando com uma equipa de 340 colaboradores e com presença em mais de 30 países. Em 2020, registou um volume de negócios consolidado de 70 milhões de euros e um EBITDA de 10,5 milhões de euros.

A filial mais relevante do grupo é a ICAS (Industria Canavesana Attrezzature Speciali), fundada em 1956 em Ivrea por Bruno Getto, que definiu como objectivo satisfazer os pedidos específicos dos primeiros produtores italianos de vinho espumante, ao criar e desenvolver uma máquina automática de altíssima precisão para industrializar a produção de muselets, que até à data era feita manualmente. Segundo a Corticeira Amorim, ICAS é, actualmente, o principal produtor mundial deste produto. 

“Na sequência da decisão da família Perlich de vender a sua participação, os accionistas do Grupo SACI procuraram um sócio que pudesse partilhar a sua visão do negócio e que, portanto, fosse capaz de compreender o sector, colaborando no crescimento e sucesso do Grupo. A Corticeira Amorim surgiu como um parceiro natural pelos seus 150 anos de atividade e sucesso ao serviço da indústria vitivinícola mundial, com uma gama de soluções avançadas e de alta qualidade, que favorecem relações duradouras com os seus parceiros”, refere a Amorim, em comunicado.

Vinalda traz para Portugal vinhos da italiana Filipetti

Vinalda Filipetti

A Vinalda está agora a distribuir em Portugal os vermutes e os espumantes do produtor italiano Filipetti, casa prestes a comemorar 100 anos. A Filipetti foi fundada em 1922 por Giovanni Giuseppe Filipetti, enólogo de Piemonte, em Canelli, uma das mais famosas zonas em que a casta Moscato, apta para a produção de Asti DOCG […]

A Vinalda está agora a distribuir em Portugal os vermutes e os espumantes do produtor italiano Filipetti, casa prestes a comemorar 100 anos.

A Filipetti foi fundada em 1922 por Giovanni Giuseppe Filipetti, enólogo de Piemonte, em Canelli, uma das mais famosas zonas em que a casta Moscato, apta para a produção de Asti DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida). Segundo a Vinalda, “a empresa foi uma das primeiras a produzir vermutes na região, mas sobretudo espumantes, que eram, e continuam a ser, a sua principal vocação”. Nos anos 90, a Filipetti foi comprada pela Perlino, e “é líder na produção de vinhos espumantes e vermutes”, diz a Vinalda.

Edoardo Laugieri, CEO do grupo, afirma que “esta nova parceria é muito relevante para a Filipetti. Podemos agora beneficiar da rede comercial e dos conhecimentos especializados da Vinalda para crescer no mercado português”. Por sua vez, José Espírito Santo, director-geral da Vinalda, considera: “Com esta parceria, alargamos o nosso portefólio a espumantes de duas prestigiadas regiões demarcadas, Asti e Prosecco, muito apreciadas pelos consumidores portugueses, e também aos genuínos e tradicionais vermutes de Piemonte”.

O portefólio da Filipetti, distribuído pela Vinalda em Portugal:

Filipetti, Asti DOCG – Asti Dolce, Espumante;
Filipetti, Prosecco DOC – Prosecco Extra Dry, Espumante;
Filipetti – Moscato, Espumante;
Filipetti – Vermouth Bianco, Vermute;
Filipetti – Vermouth Rosso, Vermute;
Filipetti – Vermouth Extra Dry, Vermute.

Os vinhos de Andrea Pirlo, treinador da Juventus

Agora que o craque italiano faz a sua estreia como treinador na Juventus, resta-nos partilhar a segunda paixão do ex-médio-defensivo. Andrea Pirlo é também produtor de vinho, em Castel Mella, na província de Bréscia, na Lombardia. Mariana Lopes   A empresa de Pirlo, Pratum Coller, produz mais de trinta mil garrafas por ano, entre brancos, […]

Agora que o craque italiano faz a sua estreia como treinador na Juventus, resta-nos partilhar a segunda paixão do ex-médio-defensivo. Andrea Pirlo é também produtor de vinho, em Castel Mella, na província de Bréscia, na Lombardia.

Mariana Lopes

 

A empresa de Pirlo, Pratum Coller, produz mais de trinta mil garrafas por ano, entre brancos, tintos, rosés e, mais recentemente, também espumantes. L’Eos foi o primeiro vinho — um rosé de Sangiovese e Merlot — mas também fazem parte do portfólio as marcas Nitor (da casta branca Trebbiano di Lugana), Marzi (da casta tinta Marzemino), Redeo (Marzemino, Pinto Noir, Cabernet Sauvignon, Merlot, Sangiovese e Barbera), Monos (um vinho doce “passito”) e Arduo. Este último — um lote de Sangiovese, Marzemino, Merlot e Cabernet Sauvignon e com estágio em barricas de carvalho francês — reflecte, segundo Andrea, o lema da família “Não se atingem objectivos sem dificuldades”.

Ao site italiano La Repubblica, Andrea Pirlo explica a origem da sua dedicação ao vinho, que é, na verdade, familiar: “Quando o meu irmão e eu éramos pequenos, os meus pais davam-nos um dedal de vinho misturado com água. É esta a minha primeira memória relacionada com o vinho e foi assim que comecei a apreciá-lo. O meu pai e a minha mãe cresceram nas vinhas e morara numa quinta junto ao sítio onde agora está a minha empresa. Colhíamos as uvas todos juntos, com os meus tios e outros familiares, fazíamos tudo em família. Foram momentos e memórias maravilhosos que ficaram no meu coração”. E adianta como isso se tornou em negócio: “Aos poucos fui decidindo comprar vinhas ao lado das da mina família e embarcar nesta nova aventura. Fazer vinho é uma coisa bonita para mim, pois cria um vínculo forte com as minhas lembranças de infância”.

A filosofia da Pratum Coller é o que Pirlo define como “à escala humana”, tendo como conceitos a produção biológica, o baixo impacto ambiental e a biodiversidade. “Agora dedico-me muito mais à empresa e, quando posso, acompanho pessoalmente todas as fases de produção, ainda que a minha parte favorita seja o engarrafamento e a prova”, revela Andrea.

Quanto ao equilíbrio entre o amor pelo vinho e a prestação como jogador que, até 2018, teve de se manter em alto nível, o treinador da Juventus descortina: “Em plena actividade competitiva, bebia alguns copos de vinho depois dos jogos. Durante a semana, um jogador tem de ter muito cuidado, principalmente quando os jogos se aproximam, mas após, podem fazer-se algumas excepções, sobretudo quando se ganha…”.

Foto de capa: sportbible.com

Masi: O império do “Sr. Amarone”

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Uma história secular, métodos de trabalho muito específicos e vinhos de enorme qualidade fazem da Masi um dos nomes incontornáveis do panorama vitivinícola italiano. É aqui que nasce o Amarone, o “gigante gentil” que sublima a técnica […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Uma história secular, métodos de trabalho muito específicos e vinhos de enorme qualidade fazem da Masi um dos nomes incontornáveis do panorama vitivinícola italiano. É aqui que nasce o Amarone, o “gigante gentil” que sublima a técnica conhecida como appassimento.

TEXTO Valéria Zeferino

Sandro Boscaini talvez seja a figura mais idiossincrática em Valpolicella. É tradicionalista ligado à região geracionalmente e modernista com espírito revolucionário. Respeitando a tradição, questiona sempre a existência de uma razão lógica por trás. Não aceita compromissos no que toca à qualidade. Não se satisfaz com o alcançado, procurando os caminhos alternativos em busca da perfeição, mesmo que não sejam os mais fáceis.
A história da Masi começou no século XVIII, quando a família Boscaini comprou um terreno com vinhas num pequeno vale – Vaio dei Masi – no coração da Valpolicella.
Sandro Boscaini juntou-se à empresa do seu pai em 1964 e desde 1978 é o Presidente da Masi. Este ano celebrou 80 anos e continua a trabalhar activamente, já com ajuda dos seus filhos, que representam a sétima geração da família.
O produtor nunca foi apologista de entregar tudo na mão de um enólogo, por muito experiente ou famoso que seja. Nos anos 80 criou uma equipa multidisciplinar chamada Grupo Técnico da Masi, que hoje é orientada pelo filho de Sandro, Raffaele Boscaini, e é composta por 13 especialistas nas áreas de agronomia, enologia, biotecnologia e marketing. Desta forma conseguem reunir o conhecimento mais completo acerca de vinho e tomar decisões fundamentadas com visão sobre todos os aspectos da produção.
Foi apelidado de “Senhor Amarone” no livro da escritora inglesa Kate Singleton sobre a sua carreira e esta alcunha assentou-lhe muito bem. Sendo um perito em appassimento (técnica que consistem em secar as uvas depois da vindima, concentrando açúcares e aromas) e um grande conhecedor dos mercados estrangeiros, impulsionou o reconhecimento do Amarone a nível internacional.
Estando profundamente ligada à Valpolicella, a Masi abre horizontes, estendendo a produção dentro e fora da região e para além-fronteiras, na Argentina. Têm uma forte parceria com a nobre família de Serego Alighieri, descendentes de Dante, o autor da famosa “Comédia Divina”, que no início do século XIV viveu em Verona durante alguns anos.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”34120″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A grandeza do Amarone
Gigante gentil – é a mais concisa descrição do Amarone, que entra no trio dos mais emblemáticos vinhos da Itália, a par do Barolo e Brunello di Montalcino. Para a família Boscaini é mais do que uma técnica, é a filosofia de vida e um objecto de estudo constante que reflete uma grande expertise e uma mestria indiscutível.
Amarone não é o nome da região, nem da casta, como é habitual em Itália. A região chama-se Valpolicella, supostamente do latim “Vallis-polis-cellae” – “Vale de muitas adegas”, e fica no Noroeste da Itália, entre Verona e o lago Garda. Está quase na mesma latitude de Bordeaux (embora isto não signifique a semelhança absoluta do clima) e as condições climatéricas bastante frescas nem sempre permitem a maturação ideal. Isto levou à necessidade de secar as uvas depois da vindima para obter os vinhos mais concentrados do que os típicos Valpolicella. Assim desenvolveu-se o método de appassimento ainda no século IV. Os vinhos resultantes desta técnica eram doces, chamados Recioto della Valpolicella.
O Amarone surgiu já depois da II Guerra Mundial e muito provavelmente foi por acaso. Deixou-se o mosto a fermentar até ao fim, ficando todo o açúcar convertido em álcool. O vinho encorpado, tânico, potente e bastante alcoólico, por contraste com o habitual Recioto pareceu amargo (“amaro” em italiano), sendo batizado “Amarone”.
É um vinho de lote, onde a casta Corvina tem uma presença maioritária e dá estrutura e profundidade ao vinho. Rondinela é a sua maior assistente – confere corpo e cor –, enquanto a mal-amada Molinara é utilizada cada vez menos. Ao contrário dos outros, Boscaini acha que ela tem a sua importância, por adicionar acidez e alguma especiaria extra ao vinho.
Há mais castas autorizadas em percentagens limitadas para produção de Amarone, Valpolicella e Recioto. Sandro descobriu e recuperou uma delas, que estava praticamente extinta. Chama-se Oseleta, o que significa “pequeno pássaro” no dialeto do Veneto. Amplifica taninos e estrutura e contribui com acidez. Também melhora a cor, tendo em conta que a Corvina durante o appassimento perde alguma capacidade corante.
Todos os vinhos da Masi com rótulos pretos contêm Oseleta.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”34121″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Botrytis ou não botrytis?
Esta questão é bastante polémica na produção de Amarone. O desenvolvimento de botrytis (um fungo que quando ataca cachos maduros resulta em podridão nobre) geralmente não é procurado no appassimento. A experiência da Masi mostra que das três castas principais a Corvina é a mais suscetível a botrytis. Quando o tempo de appassimento é superior a três meses, alguns cachos ficam parcialmente afectados. Sandro considera que isto não tem grande impacto a nível olfactivo, mas aumenta o teor de glicerol e consequentemente a viscosidade, conferindo a típica percepção de doçura e textura aveludada.
Depois do appassimento, o mosto fica extremamente rico em açúcar, o que dificulta a vida das leveduras. Demoram mais de 10 meses para convertê-lo em álcool, e a fermentação tão lenta cria problemas com oxidação. Para acelerar o processo os especialistas da Masi isolaram as leveduras específicas que conseguem trabalhar num ambiente com alto teor de álcool, permitindo uma fermentação estável e sem paragens, que fica completa em menos tempo.
Masi Costasera Riserva conta com 70% de Corvina, 15% de Rondinella, 10% de Oseleta e 5% de Molinara. O appassimento é particularmente longo – mais de 120 dias – nas gavetas abertas de bambu e com controlo rigoroso sobre temperatura e humidade. Em Fevereiro os cachos perdem cerca de 40% do seu peso por desidratação e alguns ficam atacados por botrytis (apenas Corvina). Depois de parcialmente desengaçadas e prensadas, as uvas começam a fermentar em barricas grandes (botti) de carvalho eslavo ou em inox. A fermentação demora cerca de 45 dias devido ao açúcar acumulado. Depois o mosto é inoculado com leveduras específicas para aguentar o elevado teor alcoólico e a fermentação continua por mais 35 dias já nos toneis com capacidade de 30-40hl, seguida da fermentação maloláctica. O estágio de 40 meses decorre nas barricas de carvalho francês e eslavo, novas e usadas. Ainda passa pelo menos 6 meses na garrafa antes de ser lançado para o mercado.
O lote de Vaio Armaron é constituído por 70% de Corvina, 20% de Rondinela e 10% de Molinara. É feito da semelhante forma, mas fermenta e estagia em toneis de carvalho eslavo, com uma passagem de 4 meses em cascos de cereja.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”34122″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Ripasso com caráter
Entre o delgado e ácido Valpolicella e o rico e encorpado Amarone existe um outro tipo de vinho – Ripasso. Foi “inventado” por Guido Boscaini, pai de Sandro, que andava à procura de uma forma de fazer um meio-termo entre os dois estilos. Utilizou-se o bagaço não prensado depois de fermentar Amarone ou Recioto para macerar o vinho novo da mesma vindima.
A primeira versão do vinho Campofiorin Ripasso 1964 foi lançado em 1967 e nos anos 80 ficou bem conhecido comercialmente. A Masi registou a palavra “Ripasso” e os outros produtores, mesmo copiando o método, não podiam usá-la nos seus rótulos. Na viragem do século o Ripasso tornou-se num clássico italiano, teve um grande sucesso dentro e fora do país. A Masi acabou por ceder a marca à Câmara do Comércio de Verona para usufruto de todos os produtores.
Entretanto, Sandro não estava satisfeito com o Ripasso, que praticamente era um subproduto do Amarone. O bagaço nesta fase já está muito extraído pela maceração e fermentação prévia. Restam poucos compostos aromáticos e extraem-se taninos agressivos e amargos, presentes principalmente em grainhas, e muitas vezes com notas evolutivas pronunciadas.
Por isso, nos anos 80, substituiu bagaço por uma parte de cachos com um ligeiro appassimento. Para Boscaini isto foi uma evolução do Ripasso e na Masi praticam este método até os dias de hoje. Mas como não é reconhecido pelo Consorzio de Valpolicella, o vinho é certificado como IGT Rosso del Veronese. É uma espécie de Super Veneto, portanto.
No lote para o Brolo Campofiorin Oro, 80% são de Corvina, 10% Rondinella e 10% Oseleta As uvas são divididas na vindima: 70% vinificam imediatamente e 30% (apenas Corvina e Rondinella) são deixadas a secar, embora não até ao mesmo grau do Amarone, apenas cerca de um mês e meio. Depois são desengaçadas, prensadas e colocadas na cuba de fermentação, onde logo a seguir é adicionado o vinho novo já fermentado. Graças ao açúcar que concentrou durante o appassimento, começa uma segunda fermentação. Segue-se o estágio de 24 meses, 70% em barricas de carvalho francês de tosta média e 30% em barricas de carvalho eslavo. O vinho ganha mais estrutura e mais aromas devido ao appassimento, mantendo a simplicidade e a frescura do vinho base.
O vinho Poderi BellOvile é o fruto da colaboração com a família Serego Alighieri em Toscana. Lote de 80% Sangiovese, 15% Canaiolo e 5% Ciliegiolo de agricultura biológica. Estagiou 12 meses em barricas de 600 litros – 50% novas, 25% de segundo ano e 25% de terceiro ano.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Accent-Color” text=”Em prova”][vc_column_text]

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Edição Nº21, Janeiro 2019

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Vinhos estrangeiros: Eles estão entre nós

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Não faz mal proclamar que os nossos vinhos são os melhores do mundo, desde que essa convicção seja baseada num conhecimento mínimo do que se faz por outras paragens. Numa breve viagem pelo planeta-vinho, deixamos algumas sugestões […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Não faz mal proclamar que os nossos vinhos são os melhores do mundo, desde que essa convicção seja baseada num conhecimento mínimo do que se faz por outras paragens. Numa breve viagem pelo planeta-vinho, deixamos algumas sugestões de vinhos estrangeiros a preços razoáveis que se podem encontrar em Portugal.

TEXTO Valeria Zeferino
FOTOS Ricardo Palma Veiga

Quando há 17 anos cheguei a Portugal, encontrar algum vinho estrangeiro nas prateleiras era quase uma missão impossível. E há razões óbvias para isto. Historicamente, qualquer país produtor de vinhos tem uma oferta limitada de vinhos estrangeiros. É claro que os vinhos cá produzidos estão-nos mais próximos, as castas e as regiões são mais conhecidas e os sabores mais familiares.
Mas num mundo cada vez mais global é difícil continuar isolado em qualquer área que seja. Os consumidores e enófilos adquirem mais conhecimento, viajam mais e tornam-se mais informados e curiosos em relação aos vinhos produzidos lá fora. E o mercado responde.
Hoje podemos constatar que os vinhos estrangeiros estão melhor representados, quer nas grandes superfícies e garrafeiras, quer na restauração. Quem preferir vinhos do Velho Mundo pode escolher entre várias regiões dos países mais clássicos, como a França, Espanha, Itália, Alemanha e até Áustria. Do Novo Mundo também é possível encontrar vinhos praticamente de todos os cantos: Chile, Argentina, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e Califórnia.
Vinhos estrangeiros? Eles estão entre nós!
Esta selecção é apenas uma pequena parte de vinhos estrangeiros que podem ser comprados em Portugal. Evitámos propositadamente os vinhos básicos e os vinhos de gamas altas, propondo uma escolha de vinhos acessíveis, mas de alguma forma representativos dos seus países de origem.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Velho Mundo vs. Novo Mundo
Estes são dois termos que dividem globalmente o mundo da produção de vinho. O Velho Mundo integra todos os países da Europa, da bacia mediterrânica e Norte de África. O Novo Mundo refere-se aos países para onde os imigrantes europeus levaram as videiras e a tradição de fazer vinho.
O Velho Mundo baseava-se mais na tradição em termos de viticultura e vinificação, enquanto o Novo Mundo apostou na ciência. No Velho Mundo mandava o terroir, enquanto no Novo Mundo as castas assumiram a liderança. O Velho Mundo inventou o tão complexo quanto complicado sistema de classificações e designações, enquanto o Novo Mundo não se debruçou tanto sobre a estrutura regional, que é muito mais simples.
Entretanto, hoje em dia esta fronteira está cada vez mais ténue: os países do Velho Mundo abriram as portas à tecnologia e inovação na produção de vinhos, fizeram grandes investimentos e renovaram-se, e muitas vezes comunicam os seus Cabernet e Chardonnay no rótulo. Os países do Novo Mundo descobriram os seus terroirs, começaram a falar nos seus solos, a trabalhar pequenas vinhas separadamente, e às vezes fazem vinificações a lembrar o Velho Mundo. As castas internacionais ganham terreno nas regiões mais tradicionais ao lado de castas autóctones e no Novo Mundo experimentam-se castas pouco conhecidas.
Estes são os países e regiões cujos vinhos selecionámos para este trabalho.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”França”][image_with_animation image_url=”30619″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Bordéus
Até quem não bebe vinho sabe que em Bordéus e Borgonha produzem-se dos mais aclamados e caros vinhos do mundo. Não na região toda, apenas em zonas específicas com uma grande estrutura hierárquica. Mas nem todo o Bordéus é Médoc e nem toda a Borgonha é Côte d’Or. Há muitos vinhos correntes e banais nestas duas regiões.
Os vinhos tintos de Bordéus baseiam-se no lote de Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Petit Verdot e algumas outras castas em proporções diferentes em função da localização geográfica (na margem esquerda do estuário do Gironda predomina Cabernet Sauvignon e na margem direita predomina Merlot) e condições do ano. Os vinhos brancos também representam um blend de Sauvignon Blanc, Semillon e Muscadelle.
Os grandes chateaux de Bordéus produzem vinhos de qualidade excepcional e preços astronómicos, mas também têm vinhos bem mais acessíveis. Château Mouton-Rothschild é um bom exemplo. Por um lado, faz parte da famosa classificação de vinhos de Bordéus criada em 1855, embora só tenha sido promovido a 1er Cru em 1973, com vinhos dos mais caros do mundo; por outro lado, todos os anos lança cerca de 12 milhões de garrafas de Mouton Cadet, das quais 70% são vendidas fora de França.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Borgonha
Os vinhos de Borgonha, salvo poucas exceções, são feitos das duas castas clássicas: Pinot Noir, para os tintos; e Chardonnay, para os brancos.
É terra de vinhas de pequenas dimensões e de grande fama, mas também de grandes negociantes, como por exemplo a Louis Latour. É um dos maiores players do mercado e também um dos mais antigos (fundada em 1797). Começou por adquirir terrenos e plantar vinhas, bem como comprar uma das casas “negociants” em Beaune e também o Château Corton-Grancey, na comuna Aloxe Corton. Tem vinhas em toda a Côte d’Or, mas também em Chablis e fora da Borgonha e é o maior proprietário de vinhas classificadas como Grand Cru na Borgonha. E ainda produz barricas na sua própria tanoaria.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Rosés da Provence
Embora em França existam várias regiões especializadas em vinhos rosés (como é o caso de Rosé d’Anjou, Rosé de Loire ou intensos rosés de Tavel, por exemplo), as Côtes de Provence produzem os rosés mais admirados internacionalmente. A sua característica cor desmaiada, as garrafas estilosas e a proximidade da Riviera Francesa criaram-lhes a imagem chique junto dos consumidores.
Os rosés reinam em Côtes de Provence, correspondendo a 90% da sua produção. É o maior produtor de rosés em França (42%) e é responsável por 6% dos rosés a nível mundial. Feitos maioritariamente das castas Grenache e Cinsault por prensagem direta, são muito clarinhos (com tonalidades de pêssego, pêtalas de rosa, casca de cebola), secos, frescos, leves, quase neutros.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”Itália”][image_with_animation image_url=”30631″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Chianti e Chianti Classico
Chianti fica na parte central da Itália na região de Toscana. É uma das regiões demarcadas mais antigas do mundo, rivalizando com o nosso Alto Douro Vinhateiro. As fronteiras da zona de produção de Chianti foram definidas em 1716 pelo Grão-Duque da Toscana Cosme III de Médici (entretanto, a nossa região demarcada, para além dos limites geográficos, tinha regras de produção associadas e um orgão de controlo).
No início do século XX, com a crescente fama da região, a zona de produção estendeu-se muito para além da sua área inicial, o que fomentou o movimento em defesa da originalidade e qualidade do Chianti. Assim, em 1932, por via legislativa o vinho produzido dentro da zona original passou a ser designado como Chianti Classico, embora só tenha obtido o estatuto superior – DOCG (Denominazione di origine controllata e garantita) – em 1984. O Chianti Classico é um DOCG separado e não faz parte do Chianti DOCG. As regras de produção são mais restritas, obrigando a utilização de pelo menos 80% da casta Sangiovese (70% para Chianti). A designação Reserva obriga a um estágio mínimo de 24 meses, das quais pelo menos três em garrafa.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Valpolicella
Valpolicella é outra zona histórica de produção de vinhos na Itália. Fica no nordeste do país, perto de Verona. Depois da promoção ao DOC em 1968 também sofreu uma grande extensão de área de produção, o que levou à necessidade de limitar a zona histórica com a respectiva denominação Valpolicella Classico e que hoje corresponde a 40% da produção.
Podemos falar do blend típico de Valpolicella – um trio de Corvina, Molinara e Rondinella. Das três, Corvina tem o papel principal, é considerada a casta mais completa e mais tradicional, tem aroma de ginja ácida e especiaria e acidez pronunciada. Rondinella é bastante produtiva, adiciona cor, algum corpo e notas de ervas e especiarias ao lote. Molinara, que tem pouca cor e acidez em excesso, está em franco declínio. A casta Corvinone, que era considerada um clone de Corvina, está a ganhar terreno.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Gavi
Gavi é uma pequena DOCG (pouco mais de 1000 hectares) na região Italiana do Piemonte que produz vinhos brancos por excelência. Aqui a casta autóctone Cortese encontra a sua expressão máxima em vinhos muito secos com acidez pronunciada, aromáticos com notas de maçã verde, fruta citrina, algumas flores, nuances de amêndoa e mineralidade.
Nos anos 60 e 70 do século passado, Gavi era conhecido e reconhecido como a fonte importante de vinho branco italiano seco e fresco. Praticamente, Gavi e Cortese mostraram ao mundo o que é o vinho branco italiano. O grande sucesso comercial levou ao aumento da produção e ao inevitável aparecimento no mercado de vinhos vulgares. Entretanto, existem produtores que se preocupam com a qualidade dos seus vinhos, como é o caso da La Escolca, Pio Cesare ou Fontanafredda.
Se no rótulo encontrar Gavi di Gavi, isto significa que o as uvas foram provenientes das vinhas localizadas na comuna de Gavi.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text][/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”Chile”][image_with_animation image_url=”30630″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”full_width_content” full_screen_row_position=”middle” vertically_center_columns=”true” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Carménère
A viticultura e produção de vinho no Chile foram iniciados pelos conquistadores espanhóis no século XVI, mas as castas e as tradições francesas tiveram mais influência no perfil de vinhos. O isolamento geográfico e a rigorosa quarentena ajudaram a proteger as vinhas da devastação causada pela filoxera na velha Europa. Os verões secos e soalheiros facilitam o amadurecimento da uva sã. As principais castas são Cabernet Sauvignon, Sauvignon Blanc, Carménère, Chardonnay, Merlot e Pinot Noir.
Especial atenção merece a casta Carménère, de origem francesa (um cruzamento espontâneo de Cabernet Franc e Gros Cabernet) e largamente plantada em Bordéus no início do século XVIII. Viajou para o Chile em meados do século passado, misturada com Merlot e foi tomada como tal. Só em 1994 descobriram que afinal era outra casta. As análises de ADN confirmaram a suspeita e em 1998 o Carménère foi oficialmente reconhecido pelas autoridades do Chile e assumiu o seu papel como casta-bandeira do país.
Sendo mais tardia do que Merlot e Cabernet Sauvignon, tem no Chile melhores condições para amadurecer do que na sua terra de origem. No seu melhor, e se a produtividade for controlada, dá vinhos com macieza e charme de Merlot e estrutura do Cabernet Sauvignon, sem aromas vegetais em excesso.[/vc_column_text][vc_column_text]

 


[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”Argentina”][image_with_animation image_url=”30632″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Malbec
Argentina é o maior produtor de vinhos na América do Sul. Na maior parte do país a viticultura só é possível graças à altitude (até 1500 metros acima do mar), senão seria demasiado quente. A maioria das vinhas (três quartos) está situada em Mendoza no sopé dos Andes, onde goza muita luz solar, enquanto as amplitudes térmicas diárias permitam prolongar o período de maturação equilibrada. O ar é sem poluição atmosférica e muito seco, ajudando manter a uva num perfeito estado sanitário.
De longe a casta mais plantada e mais conhecida da Argentina é Malbec, que não alcançou a mesma popularidade na sua terra natal em Cahor na França, onde responde pelo nome Cot. De um modo geral o Malbec em França tende ser mais rústico, tânico e carnudo, enquanto na Argentina fica mais redondo, maduro e suculento.[/vc_column_text][vc_column_text]

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”Nova Zelândia”][image_with_animation image_url=”30646″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Sauvignon Blanc
O Sauvignon Blanc da Nova Zelândia é inconfundível pelo seu perfil e exuberância aromática, que praticamente se tornou numa marca em si. 75% dos vinhos da Nova Zelândia são produzidos na região de Marlborough, onde Sauvignon Blanc é responsável por 85% da produção. Portanto, para o resto do mundo, Sauvignon Blanc e Nova Zelândia são inseparáveis.
Tudo começou quando em 1985 surgiu no palco vínico internacional o Sauvignon Blanc da Cloudy Bay, com o seu característico sabor de maracujá, espargos, groselha. Rapidamente tornou-se uma moda, promovida pela facilidade com que se reconhecia o estilo em qualquer canto do mundo.[/vc_column_text][vc_column_text]

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”Austrália”][image_with_animation image_url=”30645″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Shiraz
Shiraz é a antípoda australiana da casta francesa Syrah. A diferença do nome reflete a diferença de estilos. Há 20-30 anos o Shiraz australiano era mais extraído, com corpo cheio, tanino muito maduro, acidez mais contida e fruta preta abundante, acompanhada pelo chocolate e especiaria. Hoje em dia é produzido em estilos diferentes e alguns vinhos fazem lembrar o estilo da Syrah elegante e especiada do norte do Rhône.
Absolutamente impensável para a França, o blend de Syrah com Cabernet Sauvignon na Austrália não só é possível, como muito popular. Outro blend da Shiraz com a casta branca Viognier foi copiado da tradição existente na região mediática francesa Côte-Rôtie, onde se adicionava até 20% de Viognier para acrescentar a complexidade aromática e fixar a cor da Syrah.
Barossa Valley é uma das regiões típicas para Shiraz na Austrália. Embora outras castas tintas e brancas também estejam lá plantadas, Shiraz continua a ser o seu ex-líbris, sobretudo das vinhas velhas não regadas.[/vc_column_text][vc_column_text]

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Edição Nº17, Setembro 2018

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