vinho da casa #21 – Conde Vimioso Sommelier Edition branco 2019

Falua abraça novo desafio e entra em Monção e Melgaço

A Falua, renomada empresa produtora de vinho na região do Tejo, já tinha sido adquirida em 2017 pelo grupo francês Roullier, que a escolheu para o arranque do seu projecto de vinhos em Portugal. Na verdade, a Falua, com mais de 25 anos de idade, é o primeiro investimento do grupo no sector do vinho, […]

A Falua, renomada empresa produtora de vinho na região do Tejo, já tinha sido adquirida em 2017 pelo grupo francês Roullier, que a escolheu para o arranque do seu projecto de vinhos em Portugal.

Na verdade, a Falua, com mais de 25 anos de idade, é o primeiro investimento do grupo no sector do vinho, grupo este que está presente noutras áreas de actividade em 131 países, e que conta com mais de 8 mil colaboradores em todo o mundo e um volume de negócios superior a 2 mil milhões de euros.

Agora, a Falua incursa num novo desafio, com a entrada em Monção e Melgaço, sub-região dos Vinhos Verdes. A compra de uma adega aí sediada, confirma a fama e o proveito do berço da casta Alvarinho como origem de vinhos brancos de qualidade superior.

“Uma aposta séria e ambiciosa no sector dos vinhos em Portugal levou o Grupo Roullier a formar uma nova equipa de gestão, com a missão de criar e desenvolver um projecto de vinhos sólido e de sucesso em Portugal e no Mundo: Rui Rosa, Administrador da filial do Grupo Roullier em Portugal há mais de 20 anos, acumula desde 2017 a Administração do Grupo para o sector vitivinícola”, é explicado em comunicado. Antonina Barbosa, ligada ao sector dos vinhos há 20 anos e à Falua desde 2004, assumiu em 2019 a Direção Geral do projecto de vinhos, acumulando com a Direção de Enologia.

Adega do Cartaxo: um caminho de revoluções até ao sucesso

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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]É curioso ver como evoluem algumas empresas produtoras de vinho ao longo das décadas. No caso das cooperativas, quem não tinha especiais valores acrescentados – caso de Monção, com o Alvarinho, e o Moscatel, com Favaios, por exemplo – só sobreviveu quem soube adaptar-se à evolução do mercado. Foi exactamente o que aconteceu com a Adega do Cartaxo, a fazer quase 66 anos de idade.

TEXTO António Falcão
NOTAS DE PROVA Luís Lopes e Nuno de Oliveira Garcia
FOTOS Ricardo Gomez

Cartaxo é um caso à parte dentro da região Tejo. Desde logo pelo seu antiquíssimo histórico vitícola, havendo vestígios que remontam ao século X. E depois pela concentração da vinha e do vinho. Só para se fazer uma ideia, há muitas décadas atrás, uma aldeia do concelho tinha mais de 200 adegas!
A sua adega cooperativa é também um caso extraordinário, e não só na região. Foi fundada em 1954 por 22 associados, mas, desde essa data até à actualidade, muita coisa foi acontecendo, a maioria de cariz positivo. O que mais nos interessa tem a ver com a evolução dos vinhos. E aqui, muito há para dizer, e escrever. A história conta-se depressa. Há 30, 40, 50 anos corria pelo povo vinícola um mito de que o vinho do Cartaxo era “carrascão”. O adjectivo poderia ser entendido de forma negativa, como designando um vinho difícil de beber, verdasco, de taninos amargos. Mas também havia quem considerasse carrascão um sinónimo de vinho concentrado, vivo, de taninos vigorosos, mas puros. Será mais esta a tradição nesta sub-região da região Tejo e tem razão de ser. Antes dos anos 70 do século passado, mais ou menos, a maioria do vinho produzido no Cartaxo ia de barco, Tejo abaixo, até Lisboa. Depois, ou era enviado para outros destinos, como as antigas colónias, ou era consumido na capital, nas tabernas e tascas, que abundavam. Ora, reza a história que “o vinho do Cartaxo era vendido um pouco mais caro que os outros, porque era considerado de melhor qualidade”. Quem conta esta história é Fausto Silva, director executivo da Adega do Cartaxo, gestor de formação e funcionário da empresa desde 1994. Depois, começaram os problemas. Por volta dos anos 70, operadores pouco escrupulosos traziam vinhos de outros lados para fazer lotes que diziam ser apenas do Cartaxo. E depois, ocorreu uma mudança nefasta na viticultura da região, provavelmente para ‘navegar a onda’ de sucesso das décadas atrás: muitos viticultores iniciaram a plantação de castas híbridas, com enorme potencial produtivo, boa cor e corpo, mas que davam vinhos de fraca qualidade. Fausto calcula que foi a partir daqui que começou a fase negativa do termo ‘carrascão’.

O sucesso da Adega do Cartaxo começa na vinha e é um trabalho de equipa: Pedro Gil (enologia), Jorge Antunes (presidente), José Barroso (direcção) e Fausto Silva (Director Executivo).

Começa o declínio

Nos anos 80, a adega vê-se confrontada com um cenário onde o granel cada vez valia menos porque os paradigmas de consumo estavam em mudança; nos grandes centros bebia-se cada vez menos, mas bebia-se melhor. É nessa altura que começam a desaparecer tascas e tabernas um pouco por todo o lado. E desapareceu também, em 1994, o maior cliente da adega, responsável por assimilar mais de 50% das vendas de todo o vinho engarrafado.
“A Adega do Cartaxo vivia na altura muito virada para si própria”, diz-nos Fausto. Finais dos anos 80 até meados dos anos 90, a casa só fazia reservas de vez em quando. E não tinha frio para as fermentações, nem muita da tecnologia que já existia no domínio da recepção, fermentação, estágio e engarrafamento. E a enologia era feita em part time (o enólogo dava suporte a outra adega da região). A falta de tecnologia implicava um quadro de pessoal exagerado para a capacidade/necessidade da empresa, prejudicando a sua rentabilidade e, por consequência, a sua capacidade de investimento.
Ao mesmo tempo, a região que na altura se chamava Ribatejo mostrava dificuldades em se organizar. De tal maneira que vários produtores do Cartaxo decidem criar a sua própria Comissão Vitivinícola, no início dos anos 90. A CVR (Riba)Tejo só seria criada alguns anos mais tarde (1998), acabando por absorver a operação Cartaxo. Contudo, durante anos faltou uma organização forte, que desse orientações aos produtores e promovesse os vinhos da região. Tempo perdido…
Era por isso urgente mudar de rumo e evitar um caminho que iria certamente levar a empresa à ruína, mais tarde ou mais cedo. Foi, aliás, o que aconteceu com muitas cooperativas, que não reagiram a tempo e desapareceram. De tal maneira que hoje, estarão apenas 2 ou 3 em funcionamento (em sistema cooperativo). Eram muitas mais na região…

A revolução no campo

O maior problema, porventura, residia nas vinhas. O caminho para a modernização passava necessariamente pela viticultura e o primeiro passo era substituir os híbridos ultra-produtivos. Esta mudança implica o arranque da vinha existente e a plantação de nova; ou seja, investimentos pesados para os viticultores associados. Assim sendo, como se consegue esta mudança quase radical? Por um lado, os subsídios estatais ao arranque de vinha vieram dar uma ajuda. Mas, por outro, entra o papel de uma direcção forte e esclarecida. A resolução passou por um forte e claro sistema de incentivos às uvas de melhor qualidade. Ou seja, apelar à carteira dos associados. À carteira e ao coração: como nos disse um dos maiores associados da adega e actual membro da direcção, “eu, se tivesse castas híbridas, até podia continuar e ganhar dinheiro. As elevadíssimas produções assim o permitem”. José Barroso acrescenta: “Mas não queria. Não era esse o caminho certo para o futuro”. Ou seja, houve aqui também uma componente de social que não pode ser descurada.
De uma forma ou outra, a mensagem passou e a revolução silenciosa começou. Num espaço de tempo de pouco mais de uma década, a região do Cartaxo mudou substancialmente de encepamento. Onde antes existia Boal Alicante ou Carignan passou a existir Fernão Pires, Arinto, Touriga Nacional, Alicante Bouschet e por aí fora. As produções baixaram em média, é verdade, mas Fausto Silva não tem hesitações e diz que “a qualidade das uvas subiu exponencialmente”. Pedro Gil, o enólogo da casa, vai mais longe: “temos as uvas mais equilibradas de Portugal”. Cortesia de um clima não tão quente nem tão atlântico como em outras regiões.

A revolução na adega

Pedro Gil entra em 1995 e vai dar assistência ao enólogo Azóia Bento e, depois, a Pita Grós. Mais tarde acaba por assumir toda a produção. A adega, preparada para fazer volume e granel, tem de levar obras para se adaptar à nova filosofia de qualidade. Em 1998 é feito um projecto, mas só arranca em 2004. Entram finalmente novas cubas, equipamentos e a enologia funciona a tempo inteiro com orientação para o mercado. São construídas novas alas. Os enormes depósitos de cimento foram revestidos a epoxy e a maior parte dos postigos de madeira foram substituídos por versões de inox. São excelentes para estagiar vinhos. Tudo está agora climatizado. E aumenta brutalmente o investimento em barricas. Todos os melhores vinhos da casa passam por aqui, até ao Terras do Cartaxo. É quase tudo carvalho francês à excepção dos Bridão Private Collection, que só usam carvalho nacional. No total estão aqui cerca de 1.100 barricas!
A partir de agora é muito mais fácil melhorar a qualidade média dos vinhos e, ao mesmo tempo, aumentar a consistência. Dois anos mais tarde, em 2006, a Adega do Cartaxo tinha consolidado a mudança na viticultura e enologia. A estratégia comercial e de exportação, assim como maiores cuidados com a imagem e marketing foram também alvo dos esforços da direcção. Aumentou o número de referências (incluindo varietais) e a exportação arrancou em força. Hoje ocupa cerca de 25% do volume produzido. “Só não temos mais exportação porque a nossa quota de mercado nacional também tem crescido”, declara Fausto. E explica: “havia muito ainda a fazer aqui”. Fausto sabe bem do que fala porque correu (e corre) Portugal e o mundo a promover e vender os vinhos da casa.
O preço médio do vinho, entretanto, também foi crescendo, mas lentamente: não só por precaução, mas também porque, diz Fausto, “queremos dar uma imagem de confiança e consistência ao mercado”.
Desde essa altura os investimentos nunca mais pararam. Jorge Antunes, presidente da Adega do Cartaxo, diz-nos, com orgulho: “nos últimos anos, já investimos 12 milhões de euros”.
Uma parte foi para a mudança cosmética no exterior da adega e para o novo edifício que alberga a área administrativa, moderno e funcional, que inclui uma loja de belíssimo recorte.

Rumo a novos patamares

A ambição da direcção não fica por aqui. Há muito ainda para fazer e melhorar. O grosso da produção vai ainda para vinhos de baixo preço, o Encostas do Bairro (um regional Tejo a cerca de 2,25 euros a garrafa). Seria bom conseguir desviar cada vez mais o volume para a gama Bridão (a começar nos €3,30). Para isso, o Cartaxo terá de melhorar na viticultura e privilegiar ainda mais a qualidade.
Foi assim que nasceu uma das mais radicais iniciativas desta direcção: a criação de um sistema de incentivos aos associados. O objectivo é o de receber uvas cada vez melhores, avaliadas através de uma série de parâmetros conhecidos. A maior parte tem a ver com a parcela de onde vêm as uvas, um pouco à imagem do sistema de benefício do Douro. Aqui falamos dos três grandes tipos de solos do Tejo: os de areia (Charneca) e os argilo-calcáreos (Bairro), que são solos de menor fertilidade; e depois os solos de aluvião, o chamado Campo, extremamente fértil, ao lado do Tejo. Ora, são atribuídas diferentes majorações consoante não só o sítio onde estão as parcelas, mas também elementos como produtividade, pedregosidade, exposição solar e casta. E, na altura da vindima, a sanidade das uvas, claro. Pedro Gil usa um sistema de pontuação e, por exemplo, para o topo de gama da casa, o Desalmado, só entram uvas com 900 pontos: estas uvas podem valer 60 ou mais por cento que umas ‘normais’. O sistema, apoiado num cadastro informatizado, ainda não está totalmente implementado, mas o histórico das parcelas já existe. Este é, sem dúvida, um sofisticado e completo sistema de valorização das uvas.
Melhor ainda, estes novos passos podem ser afinados em qualquer altura, em resposta, por exemplo, a estratégias da empresa. Em assembleia geral, tudo isto foi explicado aos sócios. Pedro Gil registou com agrado que a ideia foi muito bem aceite. O panorama da viticultura não fica finalizado sem dizermos que a adega trabalha com a associação de viticultores local (VitiCartaxo) mas está prevista a contratação de um técnico a tempo inteiro. Para além da assistência aos associados, este técnico ajudará a fazer a recolha de dados para um histórico de viticultura das vinhas, com máquinas e ferramentas sofisticadas, ainda em projecto de investimento. O técnico vai dar ainda uma ajuda preciosa num factor fulcral: a data de vindima para cada parcela. Pedro Gil explica: “passamos a escolher a data consoante o perfil de vinho que pretendemos fazer com aquelas uvas”. Na verdade, já o fazem parcialmente para os vinhos de topo, quase sempre oriundos das mesmas parcelas, controladas pela adega.

Criar cada vez maior valor

Em década e meia, a Adega do Cartaxo completou uma pequena revolução. Isto não passou despercebido à agricultura local. Existem muitos viticultores interessados em entrar para a empresa. No entanto, o presidente Jorge Antunes é claro neste aspecto: “damos prioridade aos associados já existentes e alguns estão a aumentar área, com nossa autorização. Não estamos, portanto, a aceitar sócios novos”. No fundo, aumentar a capacidade de uva implicaria investimentos substanciais em vários departamentos, em especial no armazenamento de produto acabado. Com cerca de 400.000 garrafas em estágio, já se luta com falta de espaço…
Para o futuro, Jorge Antunes acha que a adega não quer crescer em volume, quer antes manter o tamanho, mas manter-se estável e, se possível, crescer em facturação. Isto é, ser ainda mais rentável, criar notoriedade, entrar no coração e mente dos enófilos. Isto passará também por promover esta sub-região, de que a adega é o principal operador. Fausto Silva não hesita em considerar que “o Cartaxo tem todas as condições para atingir a excelência”. Mas, aconteça o que acontecer na próxima década ou duas, esta equipa está orgulhosa do que conseguiu até agora. “Sabíamos que tínhamos potencial e nunca virámos as costas aos desafios”, diz Fausto. E acrescenta: “levou vários anos, mas o mercado olha hoje para a adega (e região) com outros olhos”. Considerando o que vimos, ouvimos e provámos, a história dar-lhe-á certamente razão.

A ADEGA DO CARTAXO EM NÚMEROS

A casa ribatejana produz hoje cerca de 10 milhões de litros, mas tem espaço para armazenar 18 milhões (com a ajuda de alguns balões no exterior). Pedro Gil tira partido disto para fazer os lotes: “à excepção do Encostas do Bairro tinto (lote com 5 milhões de litros), todos os nossos vinhos têm um só lote”. Ou seja, mantêm a consistência ao longo do tempo.
Três quartos da produção vem de uvas tintas. Esta casa é a maior cliente da CVR Tejo, o produtor que mais compra selos de certificação.
Actualmente, os 205 associados activos da adega exploram uma área de vinha a rondar os 760 hectares. Isto dá cerca de 3,7 hectares por sócio. Nada mau… Neste momento trabalham aqui um pouco mais de 40 pessoas e no ano passado, a Adega do Cartaxo facturou cerca de 10 milhões de euros.

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Edição nº 35, Março de 2020

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Vinhos do Tejo certificam mais 76% no primeiro quadrimestre de 2020

O primeiro quadrimestre deste ano dá conta de um aumento de 76,26% na certificação de Vinhos do Tejo, face ao período homólogo de 2019. De Janeiro a Abril de 2020, a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo certificou quase 10,4 milhões de litros. Este crescimento deve-se, entre outros factores, à chegada de novos “players” à região […]

O primeiro quadrimestre deste ano dá conta de um aumento de 76,26% na certificação de Vinhos do Tejo, face ao período homólogo de 2019. De Janeiro a Abril de 2020, a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo certificou quase 10,4 milhões de litros. Este crescimento deve-se, entre outros factores, à chegada de novos “players” à região e ao maior comprometimento por parte de produtores de grande dimensão, tanto de privados como das três maiores adegas cooperativas do Tejo. No total, a região produz 61 milhões de litros por ano, por isso é expectável que estes números de certificação continuem a subir.

É ainda de realçar que, mesmo com a pandemia de covid-19, as vendas dos vinhos do Tejo têm aumentado, e também se verificou uma subida nos números da exportação na ordem dos 39%. Os principais mercados-destino são a França, Brasil, Suécia, China, Estados Unidos da América, Reino Unido, Polónia e Angola.

Foto: Gonçalo Villaverde

Mercado virtual de Vinhos do Tejo tem 13 produtores à disposição

Mercado virtual dos vinhos do Tejo

Já perdemos a conta ao número de anúncios de produtores de vinho que avançaram com lojas online próprias para venda directa ao público. Com o encerramento de restaurantes, bares, hotéis e cafés, muitos produtores querem escoar os seus vinhos por outros canais, mas nem sempre sabem como os criar e gerir. O portal de compras […]

Já perdemos a conta ao número de anúncios de produtores de vinho que avançaram com lojas online próprias para venda directa ao público. Com o encerramento de restaurantes, bares, hotéis e cafés, muitos produtores querem escoar os seus vinhos por outros canais, mas nem sempre sabem como os criar e gerir. O portal de compras VivaoVinho tem servido assim para agregar vários produtores. Por lá estão vários produtores do Alentejo, Beira Interior, Douro, Dão e Vinho Verde. E ainda do estrangeiro, com vinhos franceses e da Moldávia. Mas o maior contingente é sem dúvida do Tejo, onde, com o apoio da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo), foi criado um mercado especial (ou Marketplace) de vinhos do Tejo. O mercado virtual foi desenvolvido pela empresa MakeAll Digital. No endereço, já estão cerca de 150 Vinhos do Tejo (alguns vendidos em conjuntos). Pode pagar com cartão de crédito ou através de Multibanco. Os preços por garrafa vão de €2,48 até €45, mas existe, por exemplo, um conjunto de 12 vinhos a €103,80. Alguns conjuntos têm envio grátis até sua casa.

São 13 os produtores que já se inscreveram no Vinhos do Tejo Marketplace: Adega Casal Martins, Adega do Cartaxo, Casal da Coelheira, Casal das Freiras, Casa Paciência, Falua (Conde Vimioso), João M. Barbosa, Quinta da Lagoalva, Quinta da Lapa, Casal Branco, Quinta do Côro, SIVAC e Vinhos Franco. Os organizadores já indicaram que outros produtores da região se irão juntar a este mercado.

Esta é uma iniciativa que complementa as acções que a CVR Tejo tem vindo a desenvolver no âmbito da campanha ‘Vinhos do Tejo Estamos On’, pensada para dinamizar a promoção dos Vinhos do Tejo em tempo de pandemia. Junta-se assim aos directos no Instagram dos Vinhos do Tejo, que começaram no dia 07 de Abril e que às terças, quintas e sábados, às 19h, reúnem produtores de vinhos da região para uma conversa com o sommelier Rodolfo Tristão em torno de dois vinhos; e à divulgação feita no site www.vinhosdotejo.pt das lojas on-line próprias e de outras plataformas digitais onde os produtores dos Vinhos do Tejo têm os seus vinhos à venda. António Falcão

Abegoaria tem cabazes que entrega em casa

selecções Abegoaria

A Abegoaria, empresa ligada a produtores de vinho (Encostas do Alqueva) e de produtos da terra (azeites, queijos e enchidos/presuntos de Barrancos) está a promover três cabazes, com preços entre os €49,90 e os €119,90. Todos os cabazes envolvem vinhos, azeite, queijos, enchidos e/ou presunto. As marcas de vinho envolvidas são a Abelharuco e José […]

A Abegoaria, empresa ligada a produtores de vinho (Encostas do Alqueva) e de produtos da terra (azeites, queijos e enchidos/presuntos de Barrancos) está a promover três cabazes, com preços entre os €49,90 e os €119,90. Todos os cabazes envolvem vinhos, azeite, queijos, enchidos e/ou presunto. As marcas de vinho envolvidas são a Abelharuco e José Piteira (Alentejo), Quinta Vale de Fornos (Tejo) e Moscatel de Alijó (Douro).

As selecções proporcionam ao comprador entre 15 e 33% de desconto face ao preço individual de todos os produtos. Pode ver os produtos no site da Abegoaria.

As encomendas podem ser realizadas por e-mail (entregaemcasa@abegoaria.pt) ou por telefone (967 234 536, entre as 9 e 18 horas). As entregas estão limitadas, contudo, aos concelhos de Lisboa, Setúbal, Évora e Beja.

Os frescos vinhos da Quinta da Lapa

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TEXTO António Falcão
FOTOS Ricardo Gomez

Manique do Intendente é uma povoação que tem de ser visitada pelo menos uma vez na vida. O seu ex-libris é a sumptuosa frontaria do palácio inacabado de Pina Manique, Intendente Geral da Polícia durante o reinado de D. Maria I e durante a vigência do Marquês de Pombal. Homem de confiança da realeza, Pina Manique acumulou cargos, terras e riquezas, mas, aparentemente, não o suficiente para terminar o seu palácio, em terras doadas por D. Maria I. Será que os fundos de que dispôs foram, entretanto, para a fundação da Casa Pia? Não o sabemos. Sabemos, isso sim, que esta zona produz vinhos brancos e tintos desde, pelo menos, 1744, certamente para abastecer algum mercado local e a cidade de Lisboa, com vinhos a granel enviados de carroça para a capital. Provavelmente por isso, Manique nunca foi muito conhecida pelo seu vinho. Isto, claro, até à entrada na região de um dos protagonistas da nossa história, José Guilherme da Costa, que adquire em 1989, a Quinta de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, mais conhecida como Quinta da Lapa. Na altura tinha cerca de 90 hectares, mas reza a história que já tinha sido bem maior, quando estava nas mãos de uma cooperativa. Esta entrou em dificuldades e acabou por dividir o acervo em quatro, para venda. A parte da Quinta da Lapa, onde estavam as edificações, foi a última a ser vendida.

José Guilherme põe imediatamente mãos à obra. O homem forte da Tecnovia, uma grande empresa nacional do ramo da construção civil e obras públicas, cedo apontou a quinta para a agricultura, uma área de negócio que a sua família conhecia bem, desde há gerações.

A propriedade já tinha videiras, mas, verdade seja dita, foram todas arrancadas, dando lugar a novas castas, mais apropriadas para fazer vinhos ao gosto do consumidor moderno. A adega foi preparada a seguir e os vinhos foram aparecendo, mais para consumo e distribuição local que para o mercado global. No entanto, a qualidade ia criando consumidores fiéis e suscitando bastantes elogios. De tal maneira que o empresário começou a cismar em levantar a fasquia do investimento para uma ainda maior qualidade. Em 2007 entra assim Jaime Quendera para a enologia da casa, como enólogo consultor. Coincidência ou não, José Guilherme decide enviar vinhos para o Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados. Entre as medalhas conseguidas, o Quinta da Lapa Reserva tinto 2008 obteve o prémio “Melhor Vinho” e medalha “Prestígio”. Este terá sido o factor decisivo que levou José Guilherme a investir mais tempo e dinheiro no vinho e numa gestão mais profissional na Quinta da Lapa.

Vem aí ajuda

O outro grande protagonista da história é Sílvia Canas da Costa, filha de José Guilherme, que entra em 2011 para a Quinta da Lapa, mas para supervisionar a reconversão dos edifícios rústicos. Arquitecta de profissão, Sílvia não teve aqui falta de trabalho: havia muita coisa para recuperar e diversos edifícios para reconstruir e/ou criar de raiz. Descobriram-se coisas curiosos, como as pinturas de dois altares, escondidas por tinta castanha. A figura de Santa Teresa d’Ávila emergiu como porta-estandarte da casa, por causa do seu poema de fé, inscrito em pedra sobre a porta de entrada. Santa Teresa acabou por dar lugar a vinhos especiais em sua homenagem, na altura dos 500 anos do seu nascimento.
O resultado de tantas modificações foi magnífico e no meio surgiu, para além dos imóveis agrícolas e adega, um espectacular enoturismo com onze quartos. No geral, o acervo imobiliário da quinta é substancial, muito maior do que uma quinta com 100 hectares poderia fazer prever. Este ano, a implantação arquitectónica do conjunto cresceu ainda mais com a construção da nova adega, imprescindível pelo aumento que foi acontecendo na área de vinha.

Sílvia entra para a gestão do projecto num momento em que o pai decide profissionalizar mais a exploração. “Estava um pouco cansada da arquitectura e decidi mudar para o vinho”, diz-nos a gestora enquanto caminha connosco pela estrada de terra que separa duas parcelas de vinha da quinta. Sílvia gosta de ir até ao topo do moinho próximo da casa e admirar as redondezas. Deste local alto, avista-se a quinta toda, ou quase. O facto de estar quase completamente murada facilita a identificação dos limites. No total serão alguns quilómetros de muros e redes, um número que impressiona, mas que, verdade seja dita, empalidece se o compararmos com o da vizinha Torre Bela, uma das maiores propriedades muradas da Europa, com 18 quilómetros de muros! Ali ao pé, a aldeia de Arrifana, com os seus típicos casarios brancos. A quinta encosta à aldeia pelo cemitério e, curiosamente, é dali que vêm consistentemente das melhores uvas da Quinta da Lapa. Mais ao fundo, a uma dezena de quilómetros, a imponente serra de Montejunto.

Jaime Quendera e Sílvia Canas da Costa.

A vista é magnifica e permite ver bem o terreno suavemente colinoso da quinta. Predominam os solos argilo-calcáreos, mas, como é típico na região do Tejo, existem muitas manchas. Falamos de solos fortes, com boa fertilidade, embora a produção média raramente ultrapasse as 7 toneladas por hectare. Jaime Quendera diz-nos que se procura “sobretudo o equilíbrio da produção e por isso somos cuidadosos com adubos e água”. O resto é o clima que faz.

Um clima especial

A nível climático, a Serra de Montejunto faz alguma barreira aos ventos marítimos, condicionando o clima desta região. Jaime continua espantado, ano após ano, com as amplitudes térmicas, que contribuem para a criação de vinhos com belos teores de acidez. “Chegamos a ter aqui dias com 40 graus, mas à noite corre quase sempre um vento fresco”, diz Jaime. Sílvia confirma e conta-nos uma história que elucida bem esta característica climatérica: “Numa festa que fiz aqui em Março, começamos com 25 graus na hora de almoço e terminamos, já noite dentro, com zero graus! Mesmo em Agosto, é raro haver condições para as pessoas estarem cá fora à noite”.

A frescura adicional é benéfica para os brancos, espumantes, rosés e, claro, para os tintos. Contudo, estes ficam um pouco duros no início e é por esta razão que Sílvia e Jaime não têm pressa em os lançar para o mercado. Mesmo os colheita costumam ter dois ou três anos de garrafa. Este ano, Sílvia está a (re)lançar o Reserva 2011, de uma pequena quantidade que guardou. É uma nova experiência que acabou por demonstrar que, apesar dos seus oito anos, o vinho exibe ainda muita juventude, com bastante fruta, e se mostra muito distante da decadência.

“Parecem quase vinhos de montanha, como os do Douro ou do Dão”, declara Jaime. A altitude nem sequer é elevada: estamos aqui a cerca de 100 metros acima do nível do mar, que, em linha recta, dista apenas 40 quilómetros.

A região de Lisboa é vizinha e muito perto, mas, diz-nos Jaime, “os vinhos não têm nada a ver com estes”. Jaime não faz juízos de valor, apenas constata a diferença, provocada sobretudo pelo calor, que proporciona maturações mais rápidas e dá “vinhos maduros, mas com acidez”.

A vinha a crescer

A primeira plantação de vinha começou logo em 1990 e o total terá ficado pelos 30 hectares. Ao longo dos anos, foram ocorrendo várias mudanças: castas que não provaram bem deram lugar a outras que já tinham pergaminhos confirmados. E a área de vinha foi crescendo, até chegar hoje aos 72 hectares, uma área considerável que gera cerca umas centenas de milhar de litros de vinho. “Já não temos mais espaço para plantar vinha; agora para crescer temos que ir comprando terra aos nossos vizinhos”, diz-nos Sílvia. E assim tem acontecendo: nos últimos anos a família adquiriu 10 hectares. A vinha (e adega) está cargo de Jorge Ventura, jovem viticultor e enólogo residente. Aqui está-se em regime de Produção Integrada, e existe (e sempre existirá) arrelvamento na entrelinha: “não pode ser de outra maneira, porque sem o coberto vegetal, poderia haver erosão em altura de chuvas fortes”, explica Jaime. Aqui usa-se muito o estrume como fertilizante, que vem de outra quinta da família, onde se cria gado de leite. Não resisto e pergunto a Sílvia: “o negócio do vinho é capaz de ser melhor…” Sou respondido com uma sonora gargalhada.

Uma adega bem folgada

Passamos à cozinha do enoturismo e fazemos uma degustação de alguns vinhos. Jaime e Sílvia conduzem a prova, que, se ocorresse dentro de dois meses, seria realizada na nova sala de provas da nova adega. Esta já funcionou em 2019, mas alguns pormenores estão a ser ultimados, como a espectacular sala de provas, no piso mais alto dos 3 existentes. De resto, a adega tem tudo o que é necessário para fazer vinhos de topo, incluindo muito espaço. O piso inferior, para estágio de vinho e barricas, está subterrâneo.

Voltamos aos vinhos e um dos que mais impressiona é o Homenagem Reserva 2015. Diz Jaime: “este tinto passou 24 meses em barrica nova, 12 + 12”. “12+12”? pergunto. “Sim, ao fim de um ano saiu de barricas novas para entrar em outras barricas novas”. O vinho está excessivamente amadeirado? Nada disso. Teve estrutura para aguentar dois anos em dupla madeira nova sem ficar demasiado marcado. O tempo, é verdade, ajudou a suavizar tudo. Saber estas coisas da enologia é uma das facetas de Jaime, que faz muitos milhões de litros de vinho todos os anos, em vários produtores. E tanto faz vinho abaixo dos 2 euros a garrafa como assina néctares com preços muito elevados. Mas talvez a sua maior mais valia seja a compreensão do gosto dos consumidores, que ele avalia nos múltiplos eventos a que vai pelo mundo inteiro.

Aqui dá a sua opinião, claro, mas tem a ajuda preciosa de Sílvia, que também viaja com frequência por todo o mundo e ausculta as opiniões dos enófilos. A casa já tem clientes por esse mundo fora, embora a quota da exportação ainda não tenha chegado a metade do total. China, Alemanha e Bélgica são os maiores mercados. Curiosamente, no mercado nacional e por regiões, é a Madeira que leva a dianteira. E logo a seguir vem os Açores e depois o Algarve. Nenhuma garrafa vai para a moderna distribuição. O resto do país é feito com distribuição própria, mas Sílvia acha que este modelo terá de sofrer ajustamentos para acomodar os crescimentos previstos com as novas vinhas em produção. Ou seja, as quantidades envolvidas não só crescem todos os anos como também o portefólio, que hoje comporta mais de 20 referências, incluindo quatro espumantes e sete monocastas. Para breve serão lançados projectos especiais, como um branco especial ‘Fernão Pirão’ (com curtimenta), um clarete (mistura de tinto e branco), e um varietal de Castelão, feito à antiga. Projectos não faltam, e Sílvia nem nos revelou alguns que não chegaram a ver comercialmente a luz do dia. “Só engarrafamos o que vale a pena”, revela a gestora. O resto fica no segredo dos deuses.

A visita aproxima-se do fim e disparamos a última pergunta a Sílvia: valeu a pena largar a arquitectura para vir para o mundo do vinho? Sílvia nem hesita: “foi muito difícil ao início, especialmente na área comercial, até porque vinha de outra área. Mas é um mundo muito giro e não me arrependo de aqui ter entrado”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Edição nº 33, Janeiro 2020

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Tejo aumenta em 71,8% a certificação dos seus vinhos

Em 2019, a região Tejo certificou mais 71.8% de vinhos face ao ano anterior. Passou assim de 13.5 milhões de litros para 23.3 milhões de litros de vinho certificado, o que corresponde a 38% do volume total de vinho produzido na Região, ou seja, 61 milhões de litros. Se olharmos para o ano de 2019, […]

Em 2019, a região Tejo certificou mais 71.8% de vinhos face ao ano anterior. Passou assim de 13.5 milhões de litros para 23.3 milhões de litros de vinho certificado, o que corresponde a 38% do volume total de vinho produzido na Região, ou seja, 61 milhões de litros. Se olharmos para o ano de 2019, no primeiro trimestre registou-se um aumento de quase 40%, tendo sido o maior de sempre. Número que subiu mais de 30% em todo esse ano.

Importa salientar que a certificação dos vinhos é uma forma de se valorizar o território, as suas uvas e, consequentemente, os vinhos, potenciando a economia local e o desenvolvimento e fixação das populações, na medida em que estamos assim a garantir que o investimento é feito na região, sendo estes produtos feitos com uvas cultivadas e transformadas na região.

Segundo Luís de Castro, Presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo, “este crescimento exponencial deve-se ao esforço de toda a região e não de apenas alguns agentes económicos e, por isso, estamos todos de parabéns. No entanto, ainda estamos longe do grau de certificação das maiores regiões vitivinícolas portuguesas, que chegam a certificar a quase totalidade do vinho que produzem”.

Na foto: vinhas da Casa Cadaval (por Ricardo Gomez)