A Rega da Vinha

É Verão. As plantas têm sede, a vinha é regada. Até há poucos anos a vinha era uma cultura de sequeiro. Hoje, podemos considerar que é uma cultura de regadio. Stress Hídrico A falta de água provoca na videira um stress hídrico que, em casos extremos, pode dificultar o correcto amadurecimento das uvas, provocando mostos […]

É Verão. As plantas têm sede, a vinha é regada. Até há poucos anos a vinha era uma cultura de sequeiro. Hoje, podemos considerar que é uma cultura de regadio.

Stress Hídrico
A falta de água provoca na videira um stress hídrico que, em casos extremos, pode dificultar o correcto amadurecimento das uvas, provocando mostos desequilibrados que requerem maior ou menor correcção antes de iniciarem o processo fermentativo. Para uvas de grande qualidade procura-se que a videira passe por algumas horas diárias de stress hídrico moderado durante a fase de maturação. É nas horas de maior calor que a videira estará sujeita a este stress hídrico.

Rega de Precisão
O desenvolvimento das técnicas de irrigação modernas permite aos viticultores monitorizar com grande rigor a dotação de água à cultura da vinha. Procura-se facilitar o ciclo vegetativo nas suas várias fases. Hoje, podemos quase afirmar que existem técnicas de irrigação para as várias gamas e preços de vinho. Têm em conta a superfície foliar da sebe, as castas, o tipo de solo, o débito do gotejador etc, etc.

Câmara de Pressão de Sholander
Uma das técnicas mais eficazes para avaliar o stress hídrico das videiras é medir a pressão estomática nas folhas, através da Câmara de Pressão Sholander. Esta medição é feita a horas pré-determinadas do dia. Estes resultados, interligados com os vários factores que geram stress hídrico (evapotranspiração, potencial de base etc.), permitem disponibilizar dotações de água muito próximas do que a planta precisa para gerir um stress hídrico de acordo com os objectivos de qualidade do produtor.

Os Puristas e o Terroir
Contudo, conseguimos ainda encontrar produtores de vinho que renegam a rega da vinha, uma cultura milenar que até há poucos anos nunca necessitou de qualquer dotação humana de água para produzir todos os vinhos que fizeram a história da nossa civilização.

Utilização de cobre na vinha pode ser sujeita a restrições

Não é segredo para ninguém que os produtos à base de cobre são largamente utilizados na agricultura biológica, em especial na vinha e para o tratamento do míldio. O cobre como protector é conhecido desde os finais do século XIX. Ora, investigações recentes sobre o teor de cobre nas vinhas fizeram soar o alerta: esses […]

Não é segredo para ninguém que os produtos à base de cobre são largamente utilizados na agricultura biológica, em especial na vinha e para o tratamento do míldio. O cobre como protector é conhecido desde os finais do século XIX. Ora, investigações recentes sobre o teor de cobre nas vinhas fizeram soar o alerta: esses teores são demasiado elevados e, segundo disse a um site francês a especialista Maxime Davy, “este elemento pode gerar efeitos negativos sobre os auxiliares ou as culturas, porque é fitotóxico”.

Como todos os produtos para a protecção de plantas, o cobre deve submeter-se a uma inscrição ao nível europeu, ao que se segue uma homologação ao nível de cada país. Neste momento o cobre está classificado como substância candidata à substituição; ou seja, se aparecerem outras soluções alternativas, o cobre pode ser proibido.

No início do ano, o cobre sujeitou-se a uma nova aprovação, mas a decisão foi adiada a pedido da França e da Alemanha. A partir de agora, existem três possibilidades: as soluções à base de cobre são reprovadas; ou são aprovadas com restrições (dose anual, período de utilização, etc); ou ainda, finalmente, a Europa pode deixar as condições de aprovação a cada um dos estados, o que iria certamente provocar diferenças concorrenciais.

Ora, o problema é que não existe neste momento uma boa alternativa para o cobre na agricultura biológica. Maxime Davy fala então de “combinar soluções de efeito parcial”. Ou ainda recorrer a novas formulações, a programas de ajuda à decisão, ao bio controlo ou aos ‘bio estimulantes’. Para ver uma comunicação sobre o correcto uso de formulações com cobre aponte para o site http://www.advid.pt/imagens/comunicacoes/13639703968280.pdf, realizado por J.R. Ribeiro. (AF)