Pianista Vasco Dantas compõe peça musical para os Vinhos Piano

Os Vinhos Piano, da empresa Carlos Alonso Douro Wine Company, acabam de lançar um vídeo de apresentação da peça musical “A Folia”, composta pelo pianista Vasco Dantas para ser o “hino” da marca. O dia escolhido para o lançamento, 29 de Março de 2023, é o World Piano Day, celebrado sempre no 88º dia do […]
Os Vinhos Piano, da empresa Carlos Alonso Douro Wine Company, acabam de lançar um vídeo de apresentação da peça musical “A Folia”, composta pelo pianista Vasco Dantas para ser o “hino” da marca. O dia escolhido para o lançamento, 29 de Março de 2023, é o World Piano Day, celebrado sempre no 88º dia do ano, em homenagem às 88 teclas do instrumento.
“No passado dia 24 de Agosto de 2022 (Dia do Artista), convidámos o pianista Vasco Dantas para uma actuação ao piano na nossa Quinta do Vale da Cabra, em Alijó, no coração do Douro. Foi uma verdadeira viagem sensorial, elevando a música aos vinhedos do Douro, juntando o melhor de dois mundos”, comenta o produtor.
“Com ‘A Folia’, falamos da marca Piano, associando-a à cultura e à música, tendo como protagonista a matéria-prima (as uvas) que não existiria sem o trabalho árduo dos nossos agricultores. É uma homenagem que lhes fazemos, uma vez que desempenham um papel fundamental no processo da produção de vinho”, explica.
Vasco Dantas, por sua vez, descortina o processo artístico que levou à composição da peça: “Para compor esta peça original para os Vinhos Piano, inspirei-me no tema popular português renascentista ‘A Folia’, um tema cantado e dançado por camponeses em ocasiões festivas, cujo primeiro registo escrito remonta a Gil Vicente. A simbiose entre o povo e o vinho está sempre presente, nascendo do fruto do seu engenho e dedicação, alimentando o sonho e simbolizando a celebração da vida”.
Restaurante Casa dos Ecos reabre na Quinta do Bomfim

É já no dia 31 de Março, sexta-feira, que reabre o restaurante sazonal Casa dos Ecos, inserido na Quinta do Bomfim, propriedade da Symington Family Estates no Douro. Este é um projecto do chef Pedro Lemos, em parceria com a família Symington, que, juntamente com o restaurante Bomfim 1896 with Pedro Lemos, complementa a oferta […]
É já no dia 31 de Março, sexta-feira, que reabre o restaurante sazonal Casa dos Ecos, inserido na Quinta do Bomfim, propriedade da Symington Family Estates no Douro. Este é um projecto do chef Pedro Lemos, em parceria com a família Symington, que, juntamente com o restaurante Bomfim 1896 with Pedro Lemos, complementa a oferta gastronómica da quinta e do Pinhão.
Para esta nova temporada da Casa dos Ecos, o chef Pedro Lemos apresenta pratos de entrada como sopa fria de tomate coração-de-boi, carapau de escabeche ou tripas e feijocas. Já os pratos principais, todos confeccionados em forno de lenha, passam por exemplos como bacalhau com migas soltas, arroz de pato, milhos com costelas em vinha d’alhos ou cabrito com arroz de forno, a estrela da casa.
Para terminar a refeição, há leite-creme queimado, pudim da Casa dos Ecos, tarte de maçã, torta e infusão de laranjas da Quinta do Bomfim. O menu harmoniza com os vinhos Douro e Porto da Symington Family Estates.
O restaurante Casa dos Ecos estará, a partir do dia 31 de Março de 2023, aberto ao almoço em período alargado, aceitando reservas entre as 12h30 e as 17h00. A equipa da Casa dos Ecos recomenda reservar mesa antecipadamente, através do endereço www.casa-dos-ecos.com ou do número de telefone 935452975.
Milhares de garrafas de espumante apreendidas na Bairrada pela ASAE

Para ser comercializado com certificação “Vinho Espumante de Qualidade”, o espumante tem, obrigatoriamente, de cumprir com determinadas regras plasmadas na legislação específica em vigor, como a duração mínima das fermentações e dos estágios, por exemplo, consoante o processo de produção. Segundo comunicou a ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica), em comunicado lançado ontem, foram […]
Para ser comercializado com certificação “Vinho Espumante de Qualidade”, o espumante tem, obrigatoriamente, de cumprir com determinadas regras plasmadas na legislação específica em vigor, como a duração mínima das fermentações e dos estágios, por exemplo, consoante o processo de produção.
Segundo comunicou a ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica), em comunicado lançado ontem, foram apreendidas por esta entidade 10854 garrafas de espumante na região da Bairrada, prontas a entrar no mercado e rotuladas falsamente como “Vinho Espumante de Qualidade”, nas instalações de um agente económico especializado que, alegadamente, não cumpriu as regras de produção adequadas à certificação em causa, nomeadamente “sem que o processo de elaboração do vinho tivesse sido superior a 90 dias, tal como determina a legislação em vigor”, escreve a ASAE. O valor destas garrafas totalizava 25940 euros.
Ainda de acordo com a ASAE, “em consequência, foi instaurado o respectivo processo de contra-ordenação por ter engarrafado e rotulado vinho como se tratasse de vinho espumante de qualidade e foi ainda notificado para retirar do circuito comercial o vinho espumante que já havia comercializado naquelas circunstâncias, sob pena de incorrer em crime de desobediência”.
Ainda não foi possível, à Grandes Escolhas, apurar o agente económico visado.
Ribeiro & Moser: Pedro Ribeiro e Lenz Moser criam projecto de vinhos inédito

Com foco nos vinhos brancos portugueses, dois enólogos de origens muito diferentes — Pedro Ribeiro, da Herdade do Rocim (à direita na foto), e Lenz Moser, da quinta geração da dinastia vinícola austríaca com o mesmo nome — acabam de lançar o projecto Ribeiro & Moser. A estreia desta aventura, com, segundo os próprios, uma […]
Com foco nos vinhos brancos portugueses, dois enólogos de origens muito diferentes — Pedro Ribeiro, da Herdade do Rocim (à direita na foto), e Lenz Moser, da quinta geração da dinastia vinícola austríaca com o mesmo nome — acabam de lançar o projecto Ribeiro & Moser.
A estreia desta aventura, com, segundo os próprios, uma grande componente ecológica e de preocupação ambiental, faz-se com um Arinto, vindo da Herdade do Rocim, na sub-região alentejana da Vidigueira. O Ribeiro & Moser Arinto 2022 é, de acordo com o comunicado de lançamento, “um vinho naturalmente ácido, mas cuja vinificação e estágio equilibrou todo o conjunto, um blend perfeito que exprime o estilo individual de cada um dos enólogos e a visão que têm da casta”.
Pedro Ribeiro, enólogo e administrador do Rocim, comenta: “Portugal é reconhecido pelos extraordinários vinhos tintos, mas no nosso país há excepcionais brancos, muito procurados pela comunidade internacional da área dos vinhos. Arinto é a casta que tem ajudado a que Portugal se distinga nos vinhos brancos, com um grande potencial para colocar os brancos portugueses no mapa internacional e merece, por isso, ser conhecida e apreciada por todos os wine lovers dos vários cantos Mundo. Decidimos, com este projecto, dar o nosso contributo para que esse trabalho aconteça”.
A garrafa “ao contrário da maioria disponível no mercado”, diz a dupla, pesa 420 gramas, um número que os mentores da Ribeiro & Moser consideram importante para “economizar energia e reduzir as emissões”. “A diferença entre uma garrafa de 400 gramas e uma de 570 pode parecer insignificante, mas traz benefícios ambientais significativos. Economizamos energia e matérias-primas, reduzimos as emissões e causamos um impacto positivo no meio ambiente com cada garrafa leve”, explicam os dois enólogos.
O vinho Ribeiro & Moser Arinto branco 2022 está disponível para compra em ribeiro-moser.com.
Concurso Escolha do Mercado: Estão abertas as inscrições

A revista Grandes Escolhas organiza no próximo mês de MAIO (dia 15) a 4ª edição de um concurso exclusivamente dedicado aos vinhos brancos de Portugal. De características inéditas, este é um concurso totalmente focado no mercado e para o mercado. E por isso os jurados desta prova são seleccionados entre os compradores profissionais: restaurantes, sommeliers, […]
A revista Grandes Escolhas organiza no próximo mês de MAIO (dia 15) a 4ª edição de um concurso exclusivamente dedicado aos vinhos brancos de Portugal.
De características inéditas, este é um concurso totalmente focado no mercado e para o mercado. E por isso os jurados desta prova são seleccionados entre os compradores profissionais: restaurantes, sommeliers, lojas de vinhos, wine bars, compradores de grandes e médias superfícies e outros responsáveis de compras.
Um concurso com as regras do mercado.
Saiba todas as informações e inscreva-se AQUI.
Quinta do Casal Branco: Uma fábula para gente crescida

De todos os recantos e pormenores que caracterizam a Quinta do Casal Branco em Almeirim, o mais impressionante são as vinhas centenárias. Ao dar o primeiro passo para dentro de uma delas — neste caso, a Vinha do Tojal, a primeira da visita — senti-me como a Ofélia a descobrir, pé ante pé, o Labirinto […]
De todos os recantos e pormenores que caracterizam a Quinta do Casal Branco em Almeirim, o mais impressionante são as vinhas centenárias. Ao dar o primeiro passo para dentro de uma delas — neste caso, a Vinha do Tojal, a primeira da visita — senti-me como a Ofélia a descobrir, pé ante pé, o Labirinto do Fauno. É certo que a movimentada estrada está mesmo junto à vinha, mas as videiras com mais de cem anos são aqui tão imponentes no tamanho, e surreais nas formas, que o ruído sonoro e visual que de lá advém é por elas abafado, como se o labirinto se fechasse atrás de nós após a entrada. Com 3,20 hectares, a Vinha do Tojal foi plantada ainda na primeira década do século XX, por D. Manuel Braamcamp Sobral. As cepas velhas (hoje bem afastadas em compasso), que desenham curvas e contracurvas retorcidas em todas as direcções, como que feitas com magia, escondem Castelão e Alicante Bouschet. Os maiores e mais largos braços, da maioria das videiras, acusam a passagem do tempo pela vontade que mostram em descansar no solo. Em comprimento, algumas devem aproximar-se dos dois metros, e as oliveiras presentes, também elas centenárias, parecem gostar da companhia. Tanto que há pelo menos uma cepa e uma oliveira que se abraçam, a primeira em jeito de trepadeira e a segunda firme e altiva, sem vacilar.
Plantada na mesma altura, e com características semelhantes, foi a Vinha Velha do Castelão, só desta casta tinta, com 2,70 hectares. Vinhas velhas há muitas, mas poucas são as que nos mesmerizam assim. E o resultado dentro da garrafa não é difícil de adivinhar, também tendo em conta que a enologia é chefiada por Manuel Lobo de Vasconcellos — reconhecido enólogo de projectos como Quinta do Crasto ou Roquette & Cazes, e agora no próprio, Lobo de Vasconcellos Wines — membro da família proprietária. Manuel Lobo entrou com esta função no Casal Branco, juntamente com a agora enóloga residente Joana Silva Lopes, em 2014.
História
Fundada em 1755, a propriedade conhecida como Quinta do Casal Branco — que foi coutada real durante quatro séculos — totaliza 1100 hectares e, como é tradicional nas propriedades da região desta dimensão, sempre foi local de várias culturas agrícolas e de dedicação ao cavalo, com a Coudelaria do Casal Branco a remontar ao século XIX e ao 2º Conde de Sobral, D. Luis de Mello Breyner, cujo trabalho foi continuado pelos seus sucessores, até hoje. Através de várias gerações Braamcamp Sobral e Lobo de Vasconcelos, o Casal Branco manteve-se sempre na mesma família, que acabou por se dedicar de forma mais afincada à vinha e ao vinho, face aos outros projectos agrícolas, tendo já celebrado 200 anos de produção vitivinícola. Muito recentemente, como resultado de um processo de partilhas do património agrícola familiar, o negócio de vinhos da empresa “Casal Branco, Sociedade de Vinhos” passou a ser unicamente detido por José Lobo de Vasconcelos, neto de D. Manuel Braamcamp Sobral, que já geria esta parte, traduzida em cerca de 400 hectares, 118 dos quais de vinha. Na verdade, o Casal Branco foi, de acordo com José Lobo de Vasconcelos, o primeiro produtor do Tejo a certificar um vinho, da colheita 1989 e marca Falcoaria, em 1990, ano que marca o nascimento do projecto de vinho engarrafado. Esta marca, que hoje representa o segmento dos topos de gama no portefólio da casa, é inspirada na prática da falcoaria, cujo único testemunho actual na propriedade é um pombal secular, destinado outrora ao treino dos falcões.
A primeira adega do Casal Branco data de 1817 e já sofreu algumas intervenções, uma das mais importantes e profundas no século XX, por parte de D. Manuel Braamcamp Sobral, transformando-se na primeira adega industrial a vapor da região. A vinificação é ainda realizada nesta adega, que teve uma remodelação total em 2004, e a produção anual bate sensivelmente nos 900 mil litros de vinho, 90% da qual é exportada para mais de 20 mercados. Para José Lobo de Vasconcelos, a região do Tejo ainda sofre de muito preconceito em Portugal, uma das razões para um peso tão grande da percentagem de exportação.
Vinhas e terroir
Estamos na zona da Charneca (um dos três grandes terroirs da região, juntamente com o Bairro e o Campo) — na margem esquerda do Tejo, a Sul e Sudeste — com solos pobres franco-arenosos e, segundo Manuel Lobo, “quatro zonas de transição com barro e calhau rolado”. É uma zona mais seca e quente do que as outras duas, o que, juntamente com a componente arenosa e a pobreza geral dos solos, gera condições de rendimento controlado que favorecem especialmente o Castelão. Isto em oposição, sobretudo, à zona do Campo, de solo bem fértil e hidratado, pela proximidade ao rio. A Charneca é, assim, uma zona que acaba por ser ideal para a generalidade dos tintos e óptima para alguns brancos, com destaque para a Fernão Pires, casta bandeira da região, ao lado da tinta Castelão.
A área de vinha do Casal Branco passou, em grosso modo, por três fases determinantes. A primeira foi a plantação das vinhas centenárias já referidas, do Tojal e a Velha do Castelão. Depois, nos anos 50/60 do século XX, o pai de José Lobo de Vasconcelos, o engenheiro agrónomo Francisco Xavier Lobo de Vasconcellos, foi responsável pela plantação da também já bem velha Vinha do Tanxual, 7,5 hectares de Fernão Pires agora com 70 anos. É esta que origina o branco Falcoaria Vinhas Velhas. Este plantou, ainda, a Vinha dos Sertões, com 15,3 hectares de Fernão Pires e 11 de Castelão, tendo importado também Cabernet Sauvignon e Merlot de França (onde estudou), que representam a Vinha do Bico, com dois hectares.
Já na actual geração, entre 1999 e 2000, apostou-se nas castas tintas Syrah, Petit Verdot, Alicante Bouschet e Touriga Nacional, e mais tarde nas brancas Gouveio, Viognier, Alvarinho e Sauvignon Blanc. Em 2018, já com a presença da dupla actual de enólogos, iniciou-se a restruturação da Vinha dos Sertões, tendo sido arrancado parte do Castelão e plantado Moscatel, Touriga Franca e Sousão. Em 2022, plantou-se mais Touriga Franca, Touriga Nacional e Syrah, na mesma vinha. “Para 2023 está planeado continuar a fase de expansão da vinha, com a plantação total de 11 ha das castas Arinto, Sousão e Alicante Bouschet. “O plano estratégico passará sempre por manter as vinhas centenárias e potenciar ao máximo a sua qualidade, também reconverter parcelas cujo resultado é menos interessante do ponto de vista qualitativo, e introduzir castas que aportem aos nossos vinhos características melhoradoras, adaptadas ao terroir e à realidade das alterações climáticas”, explica Joana Silva Lopes.
Vinhos e espumantes
A Quinta do Casal Branco completou agora 30 anos de produção do seu espumante Monge, de Castelão, “o primeiro espumante com certificação na região”, marco que celebrou com o lançamento do Monge Blanc de Noirs Castelão Reserva 2015. Ambos produzidos pelo método clássico, de segunda fermentação em garrafa, distinguem-se pela utilização de leveduras encapsuladas no Monge Colheita, e livres no Reserva, que “trabalharam” na garrafa durante os cinco anos de estágio em cave. Ambos foram provados nesta reportagem. Em prova estão também os “entrada de gama” Terras de Lobos — branco, rosé e tinto — Quinta do Casal Branco — nas edições Alvarinho, Sauvignon Blanc, Syrah e Red Blend — e os “topos” Falcoaria Vinhas Velhas branco, tinto e Grande Reserva tinto. Em jeito de micro-vertical, provaram-se também duas colheitas anteriores do Falcoaria Vinhas Velhas branco e outra do Grande Reserva tinto. O Vinhas Velhas branco 2018 já mostra bem a excelente capacidade de evolução em garrafa deste vinho, com muita pólvora no nariz e alguma redução mas a revelar toda a sua finesse, elegância e complexidade na boca (18,5). O 2016, por sua vez, confirma mesmo isso, a trazer uma amplitude excelente, gigante complexidade e frescura natural de luxo (19). O Falcoaria Grande Reserva tinto 2015, tal como a edição que está no mercado, invoca fruta madura, componente mentolada e resinoso, resultando exótico, com cedro, sândalo, cera de abelha e tabaco tipo cigarrilha. Com muito “para andar” (18,5). Mas todos estes vinhos vêm reforçar sobretudo uma coisa: que o preconceito (sobretudo nacional, como desabafou José Lobo de Vasconcelos) sobre o Tejo já é só mesmo isso, e está na altura de ser largado.
(Artigo publicado na edição de Fevereiro de 2023)
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Falcoaria
Tinto - 2018 -
Falcoaria
Tinto - 2020 -
Quinta do Casal Branco
Tinto - 2021 -
Quinta do Casal Branco Red Blend
Tinto - 2018 -
Terra de Lobos
Tinto - 2021 -
Terra de Lobos
Rosé - 2022 -
Falcoaria Vinhas Velhas
Branco - 2020 -
Quinta do Casal Branco
Branco - 2021 -
Quinta do Casal Branco
Branco - 2021 -
Terra de Lobos
Branco - 2021 -
Monge
Espumante - 2015 -
Monge
Espumante - 2015
Lisbon Bar Show regressa em Maio

A oitava edição do Lisbon Bar Show — marcada para 16 e 17 de Maio, na Sala Tejo da Altice Arena — já foi apresentada à imprensa e ao sector, e as novidades para 2023 foram desvendadas, bem como a lista de finalistas dos prémios Lisbon Bar Show. Segundo Alberto Pires, fundador deste que é […]
A oitava edição do Lisbon Bar Show — marcada para 16 e 17 de Maio, na Sala Tejo da Altice Arena — já foi apresentada à imprensa e ao sector, e as novidades para 2023 foram desvendadas, bem como a lista de finalistas dos prémios Lisbon Bar Show.
Segundo Alberto Pires, fundador deste que é um dos maiores eventos de Bar e Hospitalidade da Península Ibérica, o Lisbon Bar Show é “a plataforma de partilha de conhecimento, das tendências da indústria dos Bares, que conta com alguns dos mais importantes nomes do sector. É também o local certo para troca de experiências e para conhecer o que de melhor se faz, tanto a nível nacional como internacional”.
As novidades do Lisbon Bar Show 2023 são muitas, começando pela alteração de horário, que passa para o período das 12h00 às 20h00; e pelo país convidado, o Brasil.
Pela primeira vez, o evento promove o Congresso Ibérico de Bartenders que, de acordo com a organização, “abrirá a porta a uma nova dimensão no território e nas relações bilaterais entre os países”. O 1º Congresso Ibérico de Bartenders terá palestras, mesas redondas e debates, bem como troca de ideias sobre as principais tendências dos dois mercados, e tem já confirmados nomes como Fernando Brito, Presidente do Conselho Técnico da Associação Barmen de Portugal; Marc Alvarez do SIPS Bar, em Barcelona; François Monti, escritor de Madrid; Pablo Melian, do Bartenders.news, Espanha; Sergio Estevez, consultor, também do país vizinho; e,Daniel Nevsky, Cortesia Martin Miller’s (Barcelona).
O programa completo está ainda por anunciar, no final do mês de Março, mas já há bastantes participações confirmadas, ao nível nacional e internacional. A lista de oradores está disponível aqui.
A oitava edição do Lisbon Bar Show será ainda palco da disputa da final do Concurso Nacional Rabo de Galo, que este ano se estreia fora do Brasil. Quanto aos finalistas dos Prémios Lisbon Bar Show, podem ser consultados na respectiva página do website do evento, dividindo-se por 11 categorias. A cerimónia da entrega de prémios, por sua vez, acontecerá dia 17 de Maio, encerrando assim o Lisbon Bar Show 2023.
Os bilhetes, já à venda, custam €27 até 10 de Maio, e €30 nos dias do evento, na bilheteira do local, e são válidos para os dois dias.
Bairrada à Mesa e no Copo: Menus especiais entre Aveiro e Coimbra

Começou a Primavera e são muitos os motivos para aproveitar e viajar. A Comissão Vitivinícola da Bairrada e a Associação Rota da Bairrada desafiaram os restaurantes da Região (entre Aveiro e Coimbra) para criarem um motivo adicional de visita à Bairrada. De 24 de Março a 6 de Abril várias são as hipóteses para que […]
Começou a Primavera e são muitos os motivos para aproveitar e viajar. A Comissão Vitivinícola da Bairrada e a Associação Rota da Bairrada desafiaram os restaurantes da Região (entre Aveiro e Coimbra) para criarem um motivo adicional de visita à Bairrada.
De 24 de Março a 6 de Abril várias são as hipóteses para que venha provar as iguarias da região acompanhadas de um copo de vinho (ou espumante) Bairrada ou Beira Atlântico. Leitão à Bairrada, Chanfana, Cabrito ou uma boa Caldeirada de Enguias fazem parte das propostas com que se vai poder deliciar.
É possível descarregar a lista de restaurantes e ementas em www.bairrada.pt, verificar datas e horários, fazer a(s) sua(s) escolha(s), reservar (preferencialmente) e apreciar o que de bom existe para oferecer nestas “Terras de Bem-Viver”. Aproveite e visite a Região, as suas belezas naturais e os seus produtores.
Bairrada à Mesa – Menus Especiais – 2023
Menus de 20€e 35€ em 46 restaurantes da Região.
Data: de 24 de Março a 6 de Abril
Horário: informação disponível em www.bairrada.pt
Provocação de Sabores: Barreiro organiza evento em torno do Bastardinho

“Provocação de Sabores” é o nome do evento que celebra a casta Bastardinho, agora na sua segunda edição, organizado pelo Município do Barreiro e marcado para os dias 6 e 7 de Maio de 2023, no Mercado 1º de Maio. Segundo o organizador, o Provocação de Sabores acontece por inspiração na tradição do Bastardinho na […]
“Provocação de Sabores” é o nome do evento que celebra a casta Bastardinho, agora na sua segunda edição, organizado pelo Município do Barreiro e marcado para os dias 6 e 7 de Maio de 2023, no Mercado 1º de Maio.
Segundo o organizador, o Provocação de Sabores acontece por inspiração na tradição do Bastardinho na região: “Na primeira metade do século XIX, mais de um terço do solo do concelho do Barreiro estava cultivado com vinhas, sendo que o destaque da produção vínica foi dado, ao longo dos tempos, pelo vinho Bastardinho, que era bebido nas melhores casas de Lisboa e exportado para muitas cortes europeias”.
A proposta do Município do Barreiro “é provocar os sentidos dos participantes, explorando os produtos apresentados por pequenos produtores de todo o país, que conversarão com os participantes sobre o processo de produção e as peculiaridades de cada vinho”. Haverá, ainda, música, provas comentadas, e outras ofertas gastronómicas.
Susana Esteban Tira o Véu do Vinyle Sem Vergonha… e Procura a vinha Centenária

Na procura por vinhas alentejanas que mostrassem potencial para reflectir os vinhos que pretendia fazer, Susana Esteban encontrou em Portalegre, concretamente na Serra de São Mamede, o “match” perfeito. Foi em 2011 — depois de já ter passado, enquanto enóloga, por vários produtores do Douro e do Alentejo — que assim iniciou o projecto em […]
Na procura por vinhas alentejanas que mostrassem potencial para reflectir os vinhos que pretendia fazer, Susana Esteban encontrou em Portalegre, concretamente na Serra de São Mamede, o “match” perfeito. Foi em 2011 — depois de já ter passado, enquanto enóloga, por vários produtores do Douro e do Alentejo — que assim iniciou o projecto em nome próprio, com base em duas vinhas: uma velha, em Salão Frio, com muitas castas misturadas e baixa produção, e outra com 25 anos (na altura), de Alicante Bouschet. Ao primeiro vinho, e em homenagem a este caminho, Susana Esteban chamou-lhe Procura.
Depois, veio o Aventura e, entretanto, surgiram também os Sem Vergonha, Cabriolet, Sidecar (vinho que a produtora faz sempre em parceria com um amigo convidado, na sua adega) e Tira o Véu. Hoje, Susana é reconhecida como uma das impulsionadoras desta “nova” Portalegre vínica, sub-região alentejana hoje muito valorizada, pela qualidade dos vinhos que lá nascem e carácter único dos terroirs nela inseridos, que se reflectem no líquido engarrafado.
Em Janeiro deste ano, Susana apresentou ao mercado novas colheitas dos já conhecidos Tira o Véu branco, Procura branco e tinto e Sem Vergonha tinto e, adicionalmente, as referências inéditas Vinyle, em branco, e os tintos A Centenária e Special Edition, todos sob a marca “umbrella” Susana Esteban. Quanto a estreias absolutas, o Susana Esteban Vinyle branco 2021 (1800 garrafas) vem de uma vinha centenária na serra e com mistura de castas tradicionais. Um terço dele fermentou e estagiou em duas barricas de 500 litros, onde já tinha vinificado o Sidecar 2020, que Susana fez com Emmanuel Lassaigne, produtor de Champagne. Emmanuel, “apaixonado por música e discos vinil” (inspiração para o nome do vinho) utilizava estas mesmas barricas para vinificar bases para os seus Champagne. O Susana Esteban A Centenária 2021, por sua vez, é o primeiro tinto da produtora feito exclusivamente de vinha velha, sem o “extra” de Alicante Bouschet. Tendo originado 2500 garrafas, estagiou em barricas de carvalho francês e resultou num vinho completamente luxuoso.
Já o Special Edition 2018 — com 60% de Alicante Bouschet, 20% de Touriga Nacional e o resto de “field blend” — é considerado por Susana como o “tinto mais especial” que produziu até hoje, com as suas “melhores uvas de Alicante Bouschet, de sempre”. Para o conseguir, seleccionou as 5 barricas que mais se destacaram, “pela enorme complexidade e capacidade de guarda”, diz. Antes do estágio de 3 anos em barricas usadas, o mosto vinificou em lagares. Depois, estagiou mais um ano em garrafa. Segundo Susana, não se sabe se o Special Edition voltará a existir. É, por isso, um vinho muito exclusivo. Além disso, originalmente existiam 1470 garrafas, e sobraram apenas 1300 de um “desgraçado acidente”, revela a produtora nascida em Tui.
Entre as referências já conhecidas de Susana Esteban, merece também destaque o branco Tira o Véu 2021 (2615 garrafas), aqui na sua segunda edição, feito com 30% de contacto com as películas (mantidas no vinho apenas até Dezembro), em ânforas revestidas a epoxy “com o objectivo de preservar a identidade da vinha”, diz Susana, que adianta ainda que “o contacto pelicular faz polimento do tanino”. O primeiro Tira o Véu foi de 2019, e chamou-se assim porque o vinho criou, acidentalmente, véu de flor na Primavera, daí o nome. O fenómeno passou a acontecer propositadamente, para se manter o conceito, e o branco estagia em ânfora até Julho. A vinha onde tem origem, por sua vez, tem cerca de 85 anos e várias castas misturadas, e está a 700 metros de altitude.
(Artigo publicado na edição de Fevereiro de 2023)