Faleceu José Mateus Ginó, da Fundação Eugénio de Almeida

Texto: António Falcão Foto: Jerónimo Heitor Coelho A notícia apanhou-nos de chofre, de forma atordoante. José Mateus Ginó, responsável máximo da Fundação Eugénio de Almeida (FEA), faleceu hoje, depois de doença prolongada. Homem de fácil trato, de perfil, discreto, José congregava simpatia por onde passava. Vai certamente deixar muitas saudades a todos que com ele […]

Texto: António Falcão

Foto: Jerónimo Heitor Coelho

A notícia apanhou-nos de chofre, de forma atordoante. José Mateus Ginó, responsável máximo da Fundação Eugénio de Almeida (FEA), faleceu hoje, depois de doença prolongada. Homem de fácil trato, de perfil, discreto, José congregava simpatia por onde passava. Vai certamente deixar muitas saudades a todos que com ele privaram.

Tinha formação em agricultura que, mais tarde, ampliou para gestão. Antes de estar à cabeça da Fundação, um dos maiores produtores de vinho do Alentejo, José Ginó era director comercial. Em 2017, foi eleito Presidente do Conselho Executivo da FEA, casa onde estava há mais de 20 anos. Por inerência, era ainda administrador da Viborel Distribuição, de que a FEA é sócia. Numa nota mais pessoal, era um fã de corrida e, para os que o conheciam melhor, tinha um apreço especial pelo Sport Lisboa e Benfica.

À família, aos muitos amigos de José e a toda a equipa da Fundação Eugénio de Almeida, a Grandes Escolhas apresenta as mais sinceras condolências.

Encosta do Sobral muda de mãos

A Encosta do Sobral, produtora de vinhos da região de Tomar, até há pouco na posse da família Sereno, foi parar às mãos de outro produtor de vinho, a Santos & Seixo. O negócio envolveu todos os activos da Encosta do Sobral, da terra às marcas, passando por todos os imóveis da casa. As marcas […]

A Encosta do Sobral, produtora de vinhos da região de Tomar, até há pouco na posse da família Sereno, foi parar às mãos de outro produtor de vinho, a Santos & Seixo. O negócio envolveu todos os activos da Encosta do Sobral, da terra às marcas, passando por todos os imóveis da casa. As marcas actuais incluem Cabeço da Pedra, Encosta do Sobral e Different.
Pedro Sereno vai continuar à frente da enologia e viticultura, ele que conhece como ninguém os 60 hectares de vinhas da propriedade e a adega, que tem capacidade para vinificar mais de 1 milhão de litros. Pedro Seixo, da Santos e Seixo, disse-nos ainda que as infra-estruturas desta propriedade vão ser altamente vantajosas para a operação da sua empresa, especialmente no engarrafamento. Recorde-se que a Santos & Seixo produz vinho em várias regiões do país (Douro, Alentejo e Vinhos Verdes) e é detentora de marcas como Santos da Casa e Rotas de Portugal. Pedro Seixo confirmou-nos que irá manter as marcas da Encosta do Sobral. Não foi divulgado o montante investido.
Recorde-se que a vinha situa-se em terrenos pobres, de meia encosta, com orientações diversas e tipos de solo diferenciados, com o xisto a surgir com alguma frequência, fazendo lembrar os terrenos do Douro. Nas zonas dos vinhos brancos dominam os solos argilo-calcários. Estamos nas freguesias da Junceira e da Serra, a escassos quilómetros de Tomar. Recorde-se que os primeiros vinhos desta casa saíram da colheita de 2002. (texto de António Falcão)

Alentejo deverá produzir mais vinho este ano

Vindima no Alentejo

Quem o diz é a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), que calcula que a subida oscile entre 5 e 10% mais do que em 2018. Ou seja, em valores totais, o Alentejo poderá produzir entre 115 a 120 milhões de litros em 2019, volume superior à média dos últimos 5 anos, que foi de 110 […]

Quem o diz é a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), que calcula que a subida oscile entre 5 e 10% mais do que em 2018. Ou seja, em valores totais, o Alentejo poderá produzir entre 115 a 120 milhões de litros em 2019, volume superior à média dos últimos 5 anos, que foi de 110 milhões.
Para chegar a estes valores, a CVRA recorre, desde há 20 anos, à previsão pelo método polínico (recolha de pólen na fase de floração) através de parceria com a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, que aponta nas suas previsões para a subida na produção. Francisco Mateus, presidente da CVRA, assinala que “a previsão é um instrumento essencial para calcular o nível de stocks e a capacidade de resposta às necessidades do mercado”, mas adianta que “serão as condições climatéricas a ditar a quantidade de uvas que se vai produzir no Alentejo”.
A região, com cerca de 22.500 hectares de vinha, já tem produtores a vindimar ainda antes de Agosto, antevendo-se que as operações de vindima possam decorrer até ao final do mês de Setembro.

Mélange à 3, um tinto de Carvalhais para um público jovem

Carvalhais Mélange à 3

O nome pode ser estranho, até para o estilo sóbrio da Sogrape Vinhos, mas é mesmo assim. Esta nova marca tem a chancela da Quinta dos Carvalhais, onde está a operação Dão da Sogrape. O vinho chama-se Mélange à 3 e é um tinto de 2018. O nome vem das três castas – Touriga Nacional, […]

O nome pode ser estranho, até para o estilo sóbrio da Sogrape Vinhos, mas é mesmo assim.
Esta nova marca tem a chancela da Quinta dos Carvalhais, onde está a operação Dão da Sogrape. O vinho chama-se Mélange à 3 e é um tinto de 2018. O nome vem das três castas – Touriga Nacional, a Tinta Roriz e o Alfrocheiro – que o compõem. A Sogrape já anunciou que as colheitas futuras irão manter três castas mas não é garantido que sejam estas três.
O nome é irreverente e mesmo divertido, e marca a entrada da maior empresa portuguesa de vinhos nos néctares com um conceito inovador e dinâmico. Em comunicado de imprensa, a Sogrape fala de “uma opção fácil, descontraída e de qualidade, que procura atrair novos consumidores”.
Para Beatriz Cabral de Almeida, enóloga que assina os vinhos da marca, Mélange à 3 “é um vinho fácil, expressivo e com a forte personalidade do Dão. A Touriga Nacional traz-lhe a intensidade aromática, enquanto a Tinta Roriz lhe confere estrutura de boca e o Alfrocheiro contribui para a sua elegância e complexidade”.
O vinho já está no mercado e no retalho deverá custar na ordem dos €5,99.

Tomate Coração de Boi vai ser rei no Douro, durante Agosto

Tomate Coração de Boi do Douro

O Tomate Coração de Boi do Douro regressa à mesa de prova, no próximo dia 23 de Agosto, na Quinta de Ventozelo, em Ervedosa do Douro. Na sua IV edição, o concurso que veio para mostrar as qualidades superiores do Tomate Coração de Boi do Douro volta a reunir especialistas para elegerem o melhor tomate […]

O Tomate Coração de Boi do Douro regressa à mesa de prova, no próximo dia 23 de Agosto, na Quinta de Ventozelo, em Ervedosa do Douro. Na sua IV edição, o concurso que veio para mostrar as qualidades superiores do Tomate Coração de Boi do Douro volta a reunir especialistas para elegerem o melhor tomate da temporada, integrando o júri chefes de cozinha de referência, enólogos, jornalistas e outros actores na área da gastronomia. Maria de Lourdes Modesto é a convidada de honra desta edição.
A par da prova, mantém-se o espírito festivo do concurso: terminado o apuramento do vencedor, pelas 18h30, tem lugar o jantar volante que é já um ponto de encontro entre produtores de vinhos do Douro, visitantes e turistas, animado por uma mesa de sabores locais e vinhos das quintas concorrentes.
Estrela de Verão, o Tomate Coração de Boi merece um concurso que lhe dê fama, até porque tem, no Douro, argumentos para tal vaidade. Muita luz e grandes amplitudes térmicas típicas da região reforçam as qualidades de textura, sabor e suculência deste fruto carnudo e com poucas sementes. São estas virtudes naturais que os organizadores da iniciativa, Celeste Pereira, proprietária da empresa de comunicação Greengrape, e Abílio Tavares da Silva, produtor de vinhos Foz Torto e apaixonado hortelão, motivando os produtores de vinhos a manterem vivas as hortas de quinta e a produção do tomate, ainda que numa escala familiar e de produção local. É este também um modo de promover o território, a sua diversidade de produto e originalidade.
A participação no concurso é gratuita, sendo a inscrição no jantar volante de 25 euros. Convidam-se os participantes a trazer uma garrafa de vinho para partilhar (preferencialmente, branco, rosé ou espumante, dada a época estival). As inscrições para o jantar são limitadas e requerem reserva e pagamento prévios via e-mail (greengrape@greengrape.pt).

Tomate nos restaurantes por todo o Agosto
A par do concurso, e até ao final de Agosto, os restaurantes de referência da região aderem à Festa do Tomate Coração de Boi, incluindo nas suas ementas pratos inspirados no tomate. Entre os restaurantes aderentes está o DOC (Folgosa), o Pickles do hotel Six Senses Douro Valley (Lamego), Cais da Villa (Vila Real), Casa de Pasto Chaxoila (Vila Real), o Tim’s Terrace da Quinta de La Rosa (Pinhão), a Toca da Raposa (Ervedosa do Douro), o Cais da Ferradosa (São João da Pesqueira), o Cêpa Torta (Alijó), o Aneto & Table (Peso da Régua) e Flor de Sal (Mirandela). Em todos, vai ser possível degustar o Tomate Coração de Boi em saladas ou em pratos especiais concebidos para esta quinzena. No DOC, por exemplo, o chefe Rui Paula propõe Burrata com Tomate Coração de Boi, azeite de manjericão e favo de mel. No Aneto & Table, o Tomate Coração de Boi apresenta-se recheado com pesto e queijo fresco. A dona Graça, da Toca da Raposa, propõe uns milhos com Tomate Coração de Boi e pataniscas de bacalhau, sendo igualmente tentador o queijo de ovelha com doce de tomate que ali se serve em Agosto. Menu completo de tomate pode igualmente ser saboreado no restaurante Cais da Ferrosa: Tomate Coração de Boi confitado e pão em tosta, Tomate Coração de Boi em salada poveira e fritura de peixe do rio Douro, queijo de cabra tostado ou cheesecake com doce de Tomate Coração de Boi.

Tomate Coração de Boi do Douro no tomateiro
foto de Paulo Pereira

Festa na aldeia de Arroios
Em parceria com o Projeto Capella, a prova de tomate regressa, no dia 24 de agosto, a partir das 17h30, desta vez na capela barroca da aldeia de Arroios, Vila Real, onde vai ser possível também comprar Tomate Coração de Boi local. Aberta a todos e sem júri, nem pontuações, a prova irá explorar a combinação do tomate com diferentes perfis de azeite e será coordenada pelo presidente do júri do concurso, Francisco Pavão, nome amplamente conhecido no sector do azeite e dos vinhos. Em modo de tempero, participa ainda nesta degustação Jorge Raiado, da Salmarim, empresa algarvia de sal marinho. Terminada a prova, os participantes são convidados a participar, no largo da aldeia, na XI edição do Mercadinho da Capella, um misto de festa, com animação e petiscos, e venda de produtos das hortas locais, com destaque para o Tomate Coração de Boi do Douro, e outros.
A participação nesta prova é gratuita, mas aconselha-se reserva para greengrape@greengrape.pt.
A ideia da iniciativa surgiu entre três amigos: o produtor de vinhos Abílio Tavares da Silva, da Quinta de Foz Torto, o jornalista Edgardo Pacheco e a ex-jornalista, Celeste Pereira, directora da Greengrape, empresa de comunicação que desenvolve o projecto de animação turística alltodouro.com. “Agosto já é o mês do Tomate no Douro. Esta época, que antecede o período forte da região, que são as vindimas, está a transformar-se numa verdadeira festa do tomate. A adesão a esta iniciativa, por parte dos restaurantes e do consumidor, tem sido tão extraordinária que estamos a conseguir concretizar o nosso objectivo de aumentar a atractividade do Douro, valorizando outros produtos de excelência para além do vinho, mais rapidamente do que alguma vez imaginaríamos. E o Douro já é reconhecido como um dos melhores terroirs para a produção do Tomate Coração de Boi”, sublinham os organizadores.
O concurso é itinerante, realizando-se todos os anos numa quinta produtora de vinhos diferente. Iniciou na Quinta Dona Matilde, passou pelas quintas de la Rosa e Vallado e este ano, tem a virtude de revelar em primeira mão, numa espécie de pré-inauguração, um dos projectos mais ambiciosos do Douro actual, a Quinta de Ventozelo, da Gran Cruz. Inserida num recanto sobranceiro ao rio Douro, a Quinta de Ventozelo é uma das maiores e mais antigas propriedades da Região Demarcada do Douro (600 hectares). Em breve, a Gran Cruz vai abrir nesta quinta um hotel rural de 4 estrelas, com 29 quartos, cantina-restaurante e programas de enoturismo.

Syngenta e Fertiprado reforçam colaboração na polinização

Operation Pollinator - produtos ensacados

A polinização é uma das mais importantes operações naturais que ocorrem na vinha (e em muitas outras culturas). Sem a polinização não existe a criação do fruto, porque não há fecundação do gameta feminino da planta. Ora, esta operação é sobretudo conduzida por insectos voadores. Num mundo ideal, existem suficientes insectos para transportarem o gameta […]

A polinização é uma das mais importantes operações naturais que ocorrem na vinha (e em muitas outras culturas). Sem a polinização não existe a criação do fruto, porque não há fecundação do gameta feminino da planta. Ora, esta operação é sobretudo conduzida por insectos voadores. Num mundo ideal, existem suficientes insectos para transportarem o gameta masculino de planta em planta. No entanto, raramente no campo as situações são as ideais. Por isso convém, junto a culturas como a vinha, ter uma boa presença de abelhas, vespas ou moscas. Uma das maneiras de o fazer é usar espécies vegetais que atraiam os insectos. E é precisamente aqui que entra a parceria entre a Syngenta e a Fertiprado. A empresa de produtos para a agricultura e a especialista em sementes de plantas já tinham criado uma parceria, desde 2016, no âmbito do programa “Operation Pollinator”, da Syngenta. No fundo trata-se de um programa que visa incrementar a Biodiversidade na Agricultura, incrementando as populações de insectos polinizadores. Desde essa altura, tornou-se possível o desenvolvimento de 6 tipos de misturas de sementes de plantas aromáticas e herbáceas, ajustadas às características edafoclimáticas das diferentes regiões da Península Ibérica. Trata-se de plantas para sementeira nas bordaduras dos campos agrícolas, criando, nas palavras da Syngenta, “margens multifuncionais floridas, que atraem insectos e outros polinizadores e servem como fonte de alimento (pólen e néctar) e local de refúgio para estes auxiliares benéficos”. A Syngenta garante ainda que “os polinizadores contribuem para um maior equilíbrio das pragas e melhoram a produção e qualidade das culturas agrícolas que dependem da polinização”. As margens multifuncionais são também utilizadas como revestimento em zonas tampão para proteger os solos da erosão e de eventuais contaminações.

O reforço da parceria tem agora a ver mais com a instalação de revestimentos biodiversos na entrelinha das culturas permanentes (olival, amendoal e vinha) para atrair e fixar insectos polinizadores, melhorar a saúde do solo e sequestrar gases com efeito de estufa. Nesta nova vertente do programa “Operation Pollinator”, diz a Syngenta que “serão usadas espécies de plantas anuais, de ciclo mais curto, com sementes duras que asseguram uma re-sementeira natural no ano seguinte. O ciclo de desenvolvimento destas espécies não colide com o ciclo da cultura agrícola, anulando a competição pelos recursos (água e nutrientes)”. “Estas plantas fixam azoto atmosférico no solo e estimulam a sua actividade microbiana (rizóbio), aumentando a fertilidade e saúde do solo”, garante ainda a empresa. Que acrescenta: «O feedback dos agricultores e empresas que aderiram nestes 10 anos ao “Operation Pollinator” tem sido muito positivo. O aumento da biodiversidade nas explorações agrícolas envolvidas está comprovado, o número de insectos polinizadores aumenta com as margens multifuncionais e inclusive foram descobertas em Portugal e Espanha novas espécies de insectos benéficos nestas margens», garantiu Felisbela Campos, responsável de assuntos corporativos da Syngenta em Portugal. Este programa está a ser alargado a novas realidades agrícolas e urbanas. De facto, um novo objectivo da Syngenta é contribuir “para que autarquias e cidadãos tenham também um papel activo no aumento da biodiversidade em espaço urbano, instalando margens multifuncionais com sementes “Operation Pollinator” em jardins e espaços verdes públicos e domésticos”. Lisboa é uma das cidades que servirá como “tubo de ensaio” para esta nova vertente do programa.
A Fertiprado perfila-se como um parceiro de futuro para a Syngenta a nível internacional, tendo sido indicada como um dos prováveis fornecedores destas novas misturas de sementes para o OP na vertente espaços verdes e jardins. A Fertiprado é uma empresa portuguesa especializada na investigação, desenvolvimento e multiplicação de misturas de sementes biodiversas ricas em leguminosas. A ela vai caber o desenvolvimento e produção das misturas de sementes “Operation Pollinator” usadas na Península Ibérica, um programa da Syngenta que já beneficiou mais de 16.000 hectares de campos agrícolas em Portugal e Espanha.
Refira-se ainda que a “Operation Pollinator faz parte do The Good Growth Plan, o plano de 6 compromissos da Syngenta para com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Ajudar ao crescimento da biodiversidade é um dos compromissos que a Syngenta assumiu em 2014, tendo desde essa data beneficiado 6,4 milhões de hectares de terras agrícolas, através de parcerias em 39 países.

A qualidade dos vinhos e os produtos biológicos da Bayer

O tema da Sustentabilidade Ambiental está na ordem do dia e vai ganhando cada vez mais força. A Bayer CropScience (cropscience.bayer.pt) não está de todo alheada de tudo isto, muito pelo contrário. Pelo menos é a sensação com que ficamos depois de ouvirmos cientistas europeus a falar de dois novos produtos da Bayer CropScience. Falamos […]

O tema da Sustentabilidade Ambiental está na ordem do dia e vai ganhando cada vez mais força. A Bayer CropScience (cropscience.bayer.pt) não está de todo alheada de tudo isto, muito pelo contrário. Pelo menos é a sensação com que ficamos depois de ouvirmos cientistas europeus a falar de dois novos produtos da Bayer CropScience. Falamos do Sonata, um anti-oídio, e do Serenade, um anti-Botrytis. Ambos são biológicos e estão considerados para uma agricultura amiga do ambiente.
O Serenade Max é um fungicida com acção bacteriostática para podridão cinzenta dos cachos da vinha e a sua formulação é feita com base num organismo, em vez de produtos químicos. O Sonata é um fungicida biológico destinado ao Oídio e actua no metabolismo celular, levando destruição das células e à morte do patógeno. Ambos os produtos, usados como prevenção, não têm intervalo de segurança e não deixam resíduos.
Para ampliar a informação para os viticultores, a Bayer CropScience preparou um evento nas instalações da Real Companhia Velha, no Porto, que reuniu muitos dos principais técnicos nacionais (enologia e viticultura) e também alguns investigadores. Ao invés de ouvirem sobre os produtos ou a sua aplicação, o responsável Ibérico da empresa nos sectores da vinha e olival, Avelino Balsinhas, preparou um ciclo de intervenções em que o tema fulcral foi a qualidade do vinho. Ou melhor, a potencial influência destes dois produtos para a qualidade do vinho. As palestras que se seguiram foram ministradas por cientistas de várias instituições de investigação e ensino; todas elas têm protocolos de investigação com a Bayer CropScience, e estão longe de ser as únicas. Rosa López Martín & Pilar Santamaría Aquilué (ICVV – Instituto de Ciencias de La Vid y del Vino, La Rioja, Espanha) falaram da influência do tratamento da uva com os dois produtos (Sonata e serenade Max) no “desenvolvimento da fermentação e qualidade da uva e do vinho”. De seguida, Paolo Viglione (do SAGEA Centro di Saggio – Integrated Solutions for Sustainable Agriculture, Itália) elaborou sobre a “avaliação do impacto das aplicações de Sonata no processo de vinificação e nos parâmetros qualitativos do vinho”. Sem entrarmos em questões técnicas, podemos dizer que os primeiros dados destas investigações são fortemente encorajadores no sentido da qualidade do vinho, e não existem quaisquer registos que a afectem negativamente. Para ter uma ideia mais completa, veja este vídeo da Bayer CropScience.
São boas notícias para estes produtos biológicos, que Avelino Balsinhas considera serem cada vez mais importantes para um mundo que prefere uma agricultura sustentável. A Bayer está, aliás, a apostar forte em I&D nesta área. Para além de já ter adquirido várias empresas especializadas na área, a empresa usa os seus monumentais recursos para ampliar conhecimento e desenvolver produtos cada vez mais amigos do ambiente, sem perderem eficácia. De facto, os números são impressionantes: 8.500 pessoas em investigação e desenvolvimento (de 88 nacionalidades diferentes), uma área em que a empresa investe 2,4 mil milhões de euros por ano!
Avelino Balsinhas não tem dúvidas de que a Bayer CropSciente é neste momento “a líder mundial nos produtos biológicos para a agricultura”. Esta liderança vai conjugar-se também com a ambição de ser uma empresa com alto grau de responsabilidade social. (texto de António Falcão)

OIV mostrou estado da vinha e vinho em 2018

A apresentação do relatório anual decorreu na cidade suíça de Genebra, e ficou a cargo do Director Geral da Organização Internacional do Vinho (OIV), o espanhol Pau Roca. Genebra acolheu o 42º Congresso Anual da OIV, que reuniu mais de 750 participantes, entre cientistas, profissionais do sector, académicos e estudantes de 50 países. O director […]

A apresentação do relatório anual decorreu na cidade suíça de Genebra, e ficou a cargo do Director Geral da Organização Internacional do Vinho (OIV), o espanhol Pau Roca. Genebra acolheu o 42º Congresso Anual da OIV, que reuniu mais de 750 participantes, entre cientistas, profissionais do sector, académicos e estudantes de 50 países. O director geral fez o balanço do ano passado e, dos números apresentados, não detectamos grandes novidades face a 2017. No geral, o mundo está a ver um ligeiro decréscimo na área de vinha desde 2014, mesmo considerando que a área aumentou 0,3% de 2017 para 2018. Em termos de produção, o mundo produziu, em 2018, 292 milhões de hectolitros de vinho, a segunda maior quantidade de sempre, apenas ultrapassada em 2000. É caso para dizer que São Pedro ajudou a viticultura em 2018…
Em termos de países, Portugal continua a ser o 11º maior produtor, atrás da China e à frente da Rússia. O pódio da quantidade por país pertenceu, em 2018, à Itália, depois França e Espanha. Mas com poucas diferenças entre eles. Quanto ao consumo, e depois da crise de 2008, parece haver uma subida gradual do consumo mundial, mas a OIV detectou que está a estabilizar nos 246 milhões de hectolitros.
A nível mundial e em absoluto, Estados Unidos, França e Itália continuam a ser os três maiores consumidores de vinho. Portugal é o 11º país, entalado entre a Austrália e o Canadá.
Quanto ao consumo per capita, Portugal não tem um único concorrente à altura. Pelos números da OIV, cada português consome 62 litros de vinho por ano! O segundo país, a França, está bem atrás, com 50 litros. Na verdade, os números respeitantes a Portugal não denotam certamente qualquer aumento brusco de consumo de vinho do povo português. Os valores extremos terão certamente a ver com o grande influxo de turistas ao nosso país e ao facto de muitos deles aproveitarem para provar os nossos vinhos e mesmo adquiri-los para os levar para os países de origem.
Um número curioso é ainda a quantidade de vinho produzido que é destinado à indústria. Segundo a OIV, 13,4% de todo o vinho produzido no mundo vai para destilados de vinho (como aguardentes), vinhos aromatizados ou bebidas à base de vinhos, vinagres ou ainda outros destinos.
Este e outros dados podem ser consultados no relatório da OIV, disponível no site da organização.
(texto de António Falcão)

Os melhores vinhos de Lisboa, edição 2019

Foram dois dias de provas no hotel Dolce Campo Real. Um conjunto de provadores teve hipótese de avaliar 180 vinhos nesse período de tempo. Do conjunto estiveram presentes três articulistas da Grandes Escolhas, outros jornalistas da especialidade, enólogos e mesmo alguns enófilos. Para os copos foram brancos, rosés, tintos, espumantes e aguardentes. No final da […]

Foram dois dias de provas no hotel Dolce Campo Real. Um conjunto de provadores teve hipótese de avaliar 180 vinhos nesse período de tempo. Do conjunto estiveram presentes três articulistas da Grandes Escolhas, outros jornalistas da especialidade, enólogos e mesmo alguns enófilos.
Para os copos foram brancos, rosés, tintos, espumantes e aguardentes. No final da prova, os resultados foram contabilizados e eis os resultados finais: 3 medalhas de Excelência, 40 medalhas de Ouro e 11 medalhas de Prata.
As ‘Excelências’ foram atribuídas a um branco de colheita tardia, um branco de Alvarinho e a um tinto de Syrah. Do total das medalhas de Ouros, 15 foram para vinhos tintos, 1 para rosés, 22 para vinhos brancos (incluindo um licoroso e um vinho leve) e 2 para aguardentes. Foram ainda atribuídas 11 medalhas de Prata. Pode ver os resultados completos num ficheiros pdf que pode puxar neste endereço.
O “Concurso de Vinhos de Lisboa 2019” foi organizado pela Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa e pela Confraria dos Enófilos da Estremadura – Vinhos de Lisboa.
“Mais uma vez confirmou-se a ‘qualidade na diversidade’ que é cada vez mais a imagem de marca da Região dos Vinhos de Lisboa, e é exactamente isso que o mercado e os consumidores estão a procurar e a valorizar”, afirmou Francisco Toscano Rico. O Presidente da Direcção da CVR Lisboa referiu ainda que na região “as vendas continuam a crescer acima dos 20% ao ano e a exportação já representar mais de 80% da produção.
Melhor ainda: as projecções, para este ano, é que o volume de vinho certificado vá muito além do recorde alcançado em 2018 e que as exportações aumentem mais de 50% em 2019.

AS MEDALHAS DE EXCELÊNCIA
Zavial Syrah Reserva tinto 2015 (Vidigal Wines)
Página Alvarinho Escolha branco 2018 (Romana Vini)
Quinta do Convento de N.ª Sr.ª da Visitação Colheita Tardia 2015 (Quinta do Convento da Visitação)

Cabriz Escolha tinto 2016: apenas para a restauração

Vinhos exclusivos para a restauração não são inéditos, mas tampouco são comuns. Um dos novos é o Cabriz Escolha tinto 2016 e já está no mercado. Diz o produtor que “este vinho foi pensado e desenhado para combinar bem com a riqueza e diversidade gastronómica do nosso país”. Com a assinatura do experiente enólogo Osvaldo […]

Vinhos exclusivos para a restauração não são inéditos, mas tampouco são comuns. Um dos novos é o Cabriz Escolha tinto 2016 e já está no mercado. Diz o produtor que “este vinho foi pensado e desenhado para combinar bem com a riqueza e diversidade gastronómica do nosso país”.
Com a assinatura do experiente enólogo Osvaldo Amado, o Cabriz Escolha estagiou 18 meses em cubas de inox e um mínimo de três meses em garrafa. É um tinto que tem como base as castas Touriga Nacional e Aragonês e foram para o mercado cerca de 50 mil garrafas.
O produtor aconselha o vinho para “pratos à base de queijo maturado, cozinha mediterrânica, gastronomia indiana, chinesa ou africana”. O Cabriz Escolha Tinto 2016 é distribuído pela Vinalda.