Vinhos portugueses brilharam no Mundus Vini 2019

sala do concurso Mundus Vini Summer 2019

A 25ª edição do Concurso Mundus Vini teve lugar de 29 de Agosto a 1 de Setembro, em Neustadt, Alemanha. A edição de Verão do concurso englobou 4.409 vinhos de 40 países diferentes, que foram avaliados por 164 provadores de 45 países (incluindo três portugueses). Portugal obteve um excelente desempenho, conseguindo, por exemplo, 4 das […]

A 25ª edição do Concurso Mundus Vini teve lugar de 29 de Agosto a 1 de Setembro, em Neustadt, Alemanha. A edição de Verão do concurso englobou 4.409 vinhos de 40 países diferentes, que foram avaliados por 164 provadores de 45 países (incluindo três portugueses). Portugal obteve um excelente desempenho, conseguindo, por exemplo, 4 das 14 medalhas Grande Ouro atribuídas, o único país a conseguir este número. E foram todas para vinhos tintos, três deles de 2016. Todos eles conseguiram ainda o selo Best of Show, indicando que foram os melhores de todos os vinhos da respectiva região. Melhor ainda: ao contrário do que acontece normalmente, em que a organização não divulga os números por países, desta vez podemos fazer contas parciais, graças a Jorge Ricardo da Silva, um dos provadores portugueses (e professor do Instituto Superior de Agronomia). Sabemos assim que Portugal foi o país que teve maior percentagem de vinhos premiados, mais concretamente 46%. A seguir ficou a França (43%), Espanha (41%), (Itália, 39%) e a Alemanha (36%).
Mas vejamos aos números de presenças por país e as respectivas medalhas: Alemanha, 1.257 vinhos (307 medalhas); Itália, 851 vinhos (487 medalhas); Espanha, 691 vinhos (283 medalhas); Portugal, 284 vinhos (132 medalhas) e, finalmente, França, com 281 vinhos (122 medalhas). Finalmente, podemos dizer que, para além das 4 Grande Medalha de Ouro, os vinhos portugueses conseguiram 67 medalhas de Ouro e 61 de Prata. Pode consultar todos os resultados no site do concurso.
(texto de António Falcão. Foto cortesia Mundus Vini)
vencedores PT no concurso Mundus Vini Summer 2019
Vinhos portugueses com Grande Medalha de Ouro e…
Best of Show Douro
Quinta do Portal Douro Reserva tinto 2016 (Quinta do Portal)
Best of Show Dão
Quinta dos Carvalhais Dão Reserva tinto 2016 (Sogrape Vinhos)
Best of Show Tejo
Reserva do Paul Tejo Grande Reserva tinto 2014 (Quinta Monteiro de Matos)
Best of Show Alentejo
Esporão Alentejo Reserva tinto 2016 (Esporão)

O jantar mais exclusivo do país, a 3 de Outubro no Ritz

Sala Secret Room Ritz

Uma sala no 10º andar especialmente escolhida para o evento, a Secret Room, num dos hotéis mais exclusivos do país, o Ritz. Pratos feitos à medida e confeccionados por dois dos chefes mais conceituados de Portugal, Henrique Sá Pessoa (restaurante Alma) e José Avillez (do Belcanto). Que contam com a cozinha e o staff de […]

Uma sala no 10º andar especialmente escolhida para o evento, a Secret Room, num dos hotéis mais exclusivos do país, o Ritz. Pratos feitos à medida e confeccionados por dois dos chefes mais conceituados de Portugal, Henrique Sá Pessoa (restaurante Alma) e José Avillez (do Belcanto). Que contam com a cozinha e o staff de Pascal Maynard, o chef do Ritz. E não esquecer um conjunto de vinhos a fazer harmonia com as iguarias (ainda em segredo). O remate final da refeição ficará a cargo de Diogo Lopes, sous chef de pastelaria do Ritz. Não há grandes limites à exclusividade e, como tal, o preço é também exclusivo para cada um dos 20 lugares disponíveis: 350 euros.
Esta é a terceira edição do que aquilo que a Amuse Bouche, agência responsável pela comunicação do Ritz’s Secret Room e do festival Sangue na Guelra, considera serem “os jantares mais confidenciais da cidade”. As duas anteriores edições incluíram Eneko Atxa (Azurmendi, Espanha) e Alex Atala (D.O.M, Brasil). As reservas podem ser efectuadas para o e-mail reservas@sanguenaguelra.pt

Portuguesa descobre forma de fazer vinhos com menos grau

Alda João Sousa Rodrigues

Até agora, a produção de vinho com baixo teor alcoólico implicava quase sempre a remoção de álcool já depois de o vinho estar feito. Conseguia-se assim, por exemplo, baixar um vinho de 13 graus para os 9, ou mesmo mais. Ora, é relativamente consensual na indústria que todos os sistemas conhecidos para remoção de álcool […]

Até agora, a produção de vinho com baixo teor alcoólico implicava quase sempre a remoção de álcool já depois de o vinho estar feito. Conseguia-se assim, por exemplo, baixar um vinho de 13 graus para os 9, ou mesmo mais. Ora, é relativamente consensual na indústria que todos os sistemas conhecidos para remoção de álcool (podemos chamar-lhe desalcoolização) acabam por retirar outras coisas ao vinho, degradando a sua qualidade. Será talvez por isso que todos os casos conhecidos – ou quase – de vinhos ‘desalcoolizados’ são de baixo preço. Contudo, os números da indústria não mentem: existe um bom mercado desejoso de vinhos com menos álcool, mas é necessário que tenham boa qualidade (se tal for mesmo possível, diremos nós).
A solução poderá ter chegado através das investigações da cientista portuguesa Alda Sousa Rodrigues, a fazer o seu doutoramento na Universidade da Rioja, em Espanha. Integrada no Grupo de Investigação MicroWine do Instituto de Ciencias de la Vid y del Vino, Alda descobriu leveduras alternativas (às Saccharomyces cerevisiae) para conseguir realizar a fermentação em condições aeróbicas com redução do álcool presente no vinho. A notícia vem do site tecnovino.com, que informa que a investigadora “conseguiu encontrar a combinação do uso de leveduras seleccionadas, do arejamento do mosto nas primeiras etapas de fermentação e do controlo de factores ambientais (temperatura, a contribuição de azoto, etc.)”; com estas técnicas, a investigadora conseguiu reduzir em 3 ou 4 graus o álcool no vinho (em laboratório) e entre 1 e 2 graus em vinificações piloto). Ora, essa fermentação é realizada sem que diminuam as características sensoriais do vinho.
O estudo foi dirigido pelas investigadoras do grupo MicroWine, María Pilar Morales Calvo e Ramón González García. Este último disse à Tecnovino.com que o trabalho realizado por Alda Sousa Rodrigues é uma “etapa numa linha de investigação que tem a sua rota e vamos continuar a segui-la. Interessa-nos o problema do grau alcoólico porque é uma grande preocupação do sector nos últimos anos. Os departamentos de marketing dos produtores de vinho têm pedido aos técnicos que reduzam o grau, mas, por outro lado, que mantenham a qualidade aromática e o corpo dos vinhos, o que é incompatível sem conseguirmos que exista menos açúcar na uva ou que esse açúcar se transforme em menos álcool”. E continua o técnico:
“Que estamos nós a fazer? Estamos a trabalhar com as condições de fermentação e as leveduras que a realizam, tentando que tomem outras direcções metabólicas e em concreto apostámos pela respiração. Quando as leveduras respiram, fazem como nós e vão converter o açúcar em dióxido de carbono e água; ou seja, não produzem etanol. Todo o açúcar que consumam por esta outra via permitirá reduzir nessa mesma percentagem o álcool que vamos encontrar depois no vinho”.
O trabalho de Alda, especialista em técnicas de biologia computacional, focou ainda em outra componente importante: conseguiu também que as novas leveduras (geneticamente modificadas por ela) consigam reduzir significativamente a produção de ácido acético em presença de oxigénio, algo que seria um problema grave com as novas metodologias de fermentação.
Ramón González García disse que a tecnologia não está já pronta para amanhã, mas promete que na vindima de 2020 vão fazer ensaios em maiores escalas e “ir identificando os problemas que forem surgindo”. Toda a equipa está confiante que o processo vai ter pernas para andar. E se assim for, poderá ser uma pequena revolução no futuro próximo de algumas zonas de produção de vinho, ameaçado por ondas de calor que acabam por produzir uvas desequilibradas, com maior grau alcoólico, mas dando vinhos com menos cor e mais adstringentes, porque as maturações (alcoólica e fenólica) estão desfasadas. Até agora, em muitas zonas quentes, para terem maturações fenólicas completas, os viticultores tinham que deixar as maturações alcoólicas avançar até limites muito altos (15, 16 ou mais graus de álcool).
Pode ver aqui um vídeo (em espanhol), da própria Universidade da Rioja sobre este assunto.
(texto de António Falcão; foto cortesia da Universidade da Rioja)

Região de Lisboa está a bater recordes em 2019

Paisagem vínica da região de Lisboa

Face a 2018, a região vitivinícola de Lisboa está a crescer cerca de 20% no número de vinhos certificados e uma percentagem semelhante nos números de garrafas vendidas (mais cerca de 7 milhões). A abertura de 10 novos mercados de exportação teve certamente a ver com estes valores tão positivos, mas, diz a Comissão Vitivinícola […]

Face a 2018, a região vitivinícola de Lisboa está a crescer cerca de 20% no número de vinhos certificados e uma percentagem semelhante nos números de garrafas vendidas (mais cerca de 7 milhões). A abertura de 10 novos mercados de exportação teve certamente a ver com estes valores tão positivos, mas, diz a Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR) em comunicado de imprensa, também tem a ver com o “crescimento sustentado das vendas em mercados estratégicos”. Por outro lado, metade dos produtores de Lisboa já exportam para fora da União Europeia. No total, as exportações ameaçam ultrapassar os 50% da produção em 2019.
Num outro registo, a CVR de Lisboa congratula-se também pelo sucesso na apólice colectiva de seguros de colheita, que neste primeiro ano abrangeu cerca de 5.000 hectares, mais de 50% das vinhas certificadas da região, e com um capital seguro de 20 milhões de euros (valor das uvas seguradas).
“Apesar da previsão de quebra de produção de cerca de 10%, reina o optimismo e estamos seguros de que mais uma vez se confirmará a qualidade na diversidade que a região permite, algo que o mercado e os consumidores estão a procurar e a valorizar”, frisou Francisco Toscano Rico, presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa.
Refira-se ainda que, nos últimos 10 anos, muitos produtores de Lisboa têm apostado na reestruturação das suas vinhas, com uma escolha de castas e de novos modelos de plantação direccionadas para a qualidade, sustentabilidade e competitividade.

Fatacil teve o seu “Dia dos Vinhos do Algarve”

Prova comentada Vinhos do Algarve

A convite do Município de Lagoa, a Comissão Vitivinícola do Algarve (CVA) promoveu um programa de actividades ligados ao sector vitivinícola integrado no Dia dos Vinhos do Algarve na Fatacil, uma grande feira organizada pelo Município de Lagoa. As actividades tiveram lugar no espaço Lounge dos Vinhos do Algarve, dinamizado pela Algarve Views, empresa de […]

A convite do Município de Lagoa, a Comissão Vitivinícola do Algarve (CVA) promoveu um programa de actividades ligados ao sector vitivinícola integrado no Dia dos Vinhos do Algarve na Fatacil, uma grande feira organizada pelo Município de Lagoa. As actividades tiveram lugar no espaço Lounge dos Vinhos do Algarve, dinamizado pela Algarve Views, empresa de enoturismo da região.
Sara Silva, presidente da direcção da Comissão Vitivinícola do Algarve, apresentou a associação que dirige e quem 2019 celebra 25 anos de actividade.
Seguiu-se uma “Masterclasse das Castas da Região Vitivinícola do Algarve – Negra Mole e Crato Branco”. Vários interessados puderam saber mais sobre estas duas castas tão típicas do Algarve e provaram vários exemplos práticos de diversas quintas da região.
O programa terminou com a apresentação do livro “Vinhos do Algarve – O Renascer de uma Região”. Esta publicação da iniciativa da Comissão Vitivinícola do Algarve foi produzida pela IDTour, contando com a coordenação técnica de José Mendes e execução técnica de Teresa Colaço do Rosário. Foram produzidos um total de 1.000 exemplares englobados no Projeto SIAC 2020 Algarve Wines & Spirits desenvolvido pela CVA nos anos de 2017 e 2018. O livro resulta de uma compilação de um estudo que teve como principais objectivos fazer uma análise das características da região, na vertente da vitivinicultura e contribuir para o aumento da notoriedade dos vinhos do Algarve. Um dos exemplares foi para às mãos de António Costa, o primeiro ministro português, que passou por lá e chegou mesmo a brindar com um vinho licoroso algarvio.

Tawny 10 anos da Quinta da Silveira venceu VinDuero/VinDouro 2019

VinDuero-VinDouro 2021

Este é um concurso que se celebra desde há 15 anos e que este ano se disputou em Trabanca, um município espanhol da província de Salamanca. Entraram mais de 900 vinhos (e outros produtos, como vermutes), de mais de 80 regiões de Espanha e Portugal, avaliados por 60 provadores, dividido equitativamente por homens e mulheres. […]

Este é um concurso que se celebra desde há 15 anos e que este ano se disputou em Trabanca, um município espanhol da província de Salamanca. Entraram mais de 900 vinhos (e outros produtos, como vermutes), de mais de 80 regiões de Espanha e Portugal, avaliados por 60 provadores, dividido equitativamente por homens e mulheres. O vinho mais pontuado foi português, o Quinta da Silveira Porto Tawny 10 Anos, da Sociedade Agrícola do Vale de Vilariça – Quinta da Silveira, que obteve 95,38 pontos. Este tawny levou assim o único Gran Arribe de Oro de todo o concurso, mas o produtor levou ainda um Arribe de Ouro com o Quinta da Silveira Grande Escolha tinto 2011. Da mesma forma, a região vitivinícola mais medalhada foi a DOC Douro-Porto, conseguindo 51 medalhas, das quais 16 ouros e 35 pratas. No total, foram premiados 268 vinhos de Espanha e Portugal, 95 destes com Arribe de Ouro e 173 com o Arribe de Prata. O júri foi composto por enólogos, comunicadores, escanções, importadores/exportadores entre outros, provenientes de 7 países diferentes (Espanha, Portugal, Hungria, China, França, Itália e Uruguai). A entrega de prémios ocorrerá numa gala a celebrar em Pinhel, na Feira Beira Interior: Vinhos e Sabores, no dia 16 de Novembro.
Pode consultar todos os premiados neste ficheiro PDF que pode puxar do site do concurso.

4ª edição do concurso Tomate Coração de Boi do Douro

concurso Tomate Coração de Boi do Douro

Qual é o melhor tomate Coração de Boi do Douro? A resposta a esta pergunta serviu para que um punhado de amigos fizessem o primeiro concurso que avaliasse várias propostas. Foi há quatro anos atrás. Num registo mais informal, a iniciativa foi ganhando mais adeptos, especialmente das quintas durienses, mas não restem dúvidas de que […]

Qual é o melhor tomate Coração de Boi do Douro? A resposta a esta pergunta serviu para que um punhado de amigos fizessem o primeiro concurso que avaliasse várias propostas. Foi há quatro anos atrás. Num registo mais informal, a iniciativa foi ganhando mais adeptos, especialmente das quintas durienses, mas não restem dúvidas de que o concurso é sério e feito com vários jurados de qualidade. Este ano entraram 25 produtores da região e os jurados, reunidos na Quinta do Ventozelo, elegeram Quinta do Romeu, localizada no Douro Superior, como a que apresentou os melhores tomates. Melhores, já se sabe, no capítulo do sabor. O segundo lugar foi para a Quinta de Santa Comba; a Quinta da Boavista, no Cima Corgo, ficou em terceiro lugar.
No final da prova, todo o júri foi unânime a sublinhar a excelência do tomate em concurso. “Foi de todos o melhor ano”, sublinhava Francisco Pavão, presidente do júri.

O júri 2019 do concurso Tomate Coração de Boi do Douro. Foto de Paulo Pereira.

Esta iniciativa de valorização das hortas do Douro e, em especial, do tomate coração de boi, continua com a Festa do Tomate, até ao final de Agosto, em vários restaurantes da região: DOC (Folgosa), restaurante Pickles (Hotel Six Senses Douro Valley, Lamego), Cais da Villa (Vila Real), Chaxoila (Vila Real), Cozinha da Clara (Quinta de La Rosa, Pinhão), Toca da Raposa (Ervedosa do Douro), Cais da Ferradosa (São João da Pesqueira), Flor de Sal (Mirandela), Cêpa Torta (Alijó) e Aneto & Table (Peso da Régua). Em todos, é possível degustar este tomate em saladas ou em pratos especiais concebidos para esta iniciativa.

Caves da Cockburn’s inaugurou prova de três Vintage (2015, 2016 e 2017)

As Caves da Cockburn’s, da família Symington, estão a apresentar uma nova prova de vinhos do Porto. Nada mais nada menos que três vinhos Vintages: Cockburn’s 2015 Bicentenary, Cockburn’s 2016 e 2017. A prova custa 43 euros por pessoa e requer reserva prévia, através do e-mail cockburnslodge@cockburns.com ou via telefone 913 007 950. A “Prova […]

As Caves da Cockburn’s, da família Symington, estão a apresentar uma nova prova de vinhos do Porto. Nada mais nada menos que três vinhos Vintages: Cockburn’s 2015 Bicentenary, Cockburn’s 2016 e 2017. A prova custa 43 euros por pessoa e requer reserva prévia, através do e-mail cockburnslodge@cockburns.com ou via telefone 913 007 950.
A “Prova Vertical Cockburn’s Vintage 15, 16 e 17” tem uma história por trás: Em 2015, os melhores lotes produzidos na colheita desse ano deram origem a um Porto Vintage de celebração do bicentenário da Cockburn’s. Este ano, a Symington Family Estates fez a primeira declaração geral de dois anos Vintage consecutivos, desde a chegada de Andrew James Symington ao Porto, em 1882.
A prova decorre na Sala John Smithes, nas Caves da Cockburn’s, em Vila Nova de Gaia. Com esta novidade, estas caves passam a contar com sete provas de vinhos da Symington.

A sala John Smithes, onde decorre a prova dos Vintage 15 a 17. Foto: João Margalha

As provas no lodge estão incluídas na visita guiada ao espaço onde se pode conhecer o museu, bem como a última tanoaria em operação nas Caves de vinho do Porto. Os visitantes têm a oportunidade de ver o trabalho desenvolvido pelos mestres tanoeiros, que empregam as mesmas técnicas e as mesmas ferramentas que os seus antepassados. As Caves da Cockburn’s comportam 6.518 pipas de vinho do Porto em estágio, para além do equivalente a 10.056 pipas em balseiros, que permitem manter o tradicional envelhecimento deste néctar em cascaria de carvalho avinhada.

Noval compra Quinta do Passadouro

Quinta do Passadouro

A notícia caiu nas redacções, através de um comunicado de imprensa da AXA Millésimes, a empresa detentora da Quinta do Noval. Christian Seely, Diretor Geral da AXA Millésimes e da Quinta do Noval escreve que “É com muito prazer que anuncio que adquirimos a Quinta do Passadouro à família Bohrmann, nossos vizinhos e amigos há […]

A notícia caiu nas redacções, através de um comunicado de imprensa da AXA Millésimes, a empresa detentora da Quinta do Noval. Christian Seely, Diretor Geral da AXA Millésimes e da Quinta do Noval escreve que “É com muito prazer que anuncio que adquirimos a Quinta do Passadouro à família Bohrmann, nossos vizinhos e amigos há muitos anos”.
A vinha do Passadouro é composta por duas parcelas principais, ambas semelhantes às parcelas da Quinta do Noval. Uma parcela no vale do Pinhão, onde se encontra a maioria da vinha da Noval, e que é considerado um dos melhores terroirs de vinha do Douro. E outra parcela no Roncão, onde a Noval também tem uma área de vinha importante. Diz ainda o comunicado que “os Vintages da Quinta do Noval são produzidos com uvas dos vales do Pinhão e do Roncão, e conhecemos a qualidade das vinhas vizinhas do Passadouro”.
A equipa do Passadouro vai continuar na Quinta e vai-se juntar à equipa dedicada da Quinta do Noval. “Desejamos manter a marca Quinta do Passadouro, que tem vindo a produzir vinhos impressionantes – vinhos do Porto e vinhos tintos do Douro – sob a gerência da família Bohrmann”, diz ainda o comunicado. Os 36 hectares da Quinta do Passadouro juntam-se aos 145 hectares da Noval, perfazendo uma área de vinha total de 181 hectares.
Christian Seely referiu ainda que “o Passadouro foi cuidado com carinho pela família Bohrmann durante muitos anos, e estamos muito felizes por adquirir esta fantástica propriedade, e de poder continuar o excelente trabalho iniciado quando a vinha foi comprada por Dieter Bohrmann em 1991. As vinhas do Passadouro vão ser tratadas pela Quinta do Noval com a mesma devoção e estamos ansiosos por produzir muitos grandes vinhos neste lugar tão especial”.
Ans Bohrmann, administradora & co-proprietária da Quinta do Passadouro comenta:“Estamos encantados por ter encontrado um novo e forte proprietário para a Quinta do Passadouro, que subscreve a nossa filosofia de vinhos e que, a longo prazo, garantirá o futuro desta magnifica propriedade”.

Novo dispositivo detecta doenças na vinha

máquina para detectar doenças na vinha

Texto: António Falcão Foto: Radio Télévision Suisse Estamos em plena Primavera e esteve a chover durante algumas horas. Os viticultores mais avançados podem ter instalado um sistema de alerta baseado em estações meteorológicas. Mas nunca há a certeza se o míldio ou oídio vão atacar e, caso haja ataque, quando vai acontecer. O ‘quando’ é […]

Texto: António Falcão

Foto: Radio Télévision Suisse

Estamos em plena Primavera e esteve a chover durante algumas horas. Os viticultores mais avançados podem ter instalado um sistema de alerta baseado em estações meteorológicas. Mas nunca há a certeza se o míldio ou oídio vão atacar e, caso haja ataque, quando vai acontecer. O ‘quando’ é extremamente importante porque evita que o viticultor faça o tratamento demasiado cedo ou demasiado tarde. O timing aqui pode aumentar ao máximo a eficácia e evitar o uso desnecessário de produtos químicos. Além de que sai mais barato…

Para ter a certeza, o viticultor, até agora, tinha de ir à vinha pessoalmente e verificar se começavam a aparecer os primeiros indícios de doença. Um ou dois dias podem fazer muita diferença…

Tudo isto para dizer que o departamento de física aplicada da Universidade de Genève (Suíça) inventou um dispositivo que, graças a sensores laser, consegue detectar os esporos das doenças no ar. O aparelho é colocado junto à vinha e, quando detecta as doenças, avisa imediatamente o viticultor.

Jérôme Kasparian, professor, diz que o sistema é capaz de “dizer ao viticultor que começam a aparecer esporos e que está na altura de tratar”. Jean-Pierre Wolf, outro professor, afirma que “a instalação está numa fase de avaliação, mas os primeiros testes foram muito conclusivos”. O aparelho foi apresentado recentemente no 42º congresso internacional da vinha e do vinho, que decorreu em Genève e a notícia foi veiculada pelo canal suíço de TV, Radio Télévision Suisse.