Beber moderadamente não afecta a mente dos idosos

Idoso a beber vinho

Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association analisou dados de um inquérito já anteriormente realizado, que abarcava mais de 3.000 americanos. O inquérito – chamado de Ginkgo Evaluation of Memory Study – considerou apenas pessoas com 72 anos ou mais de idade e decorreu durante 9 anos. Um dos elementos deste inquérito […]

Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association analisou dados de um inquérito já anteriormente realizado, que abarcava mais de 3.000 americanos. O inquérito – chamado de Ginkgo Evaluation of Memory Study – considerou apenas pessoas com 72 anos ou mais de idade e decorreu durante 9 anos. Um dos elementos deste inquérito estava relacionado com os hábitos de consumo de álcool e foi com base nestes dados que uma equipa da Harvard’s School of Public Health descobriu que as pessoas que bebiam com moderação demonstravam menor taxa de declínio cognitivo (que leva à demência) que as pessoas que bebiam muito. Os consumidores moderados de bebidas alcoólicas (como o vinho) não mostraram ainda ter maior risco de declínio cognitivo que os abstémios. Infelizmente o estudo não menciona as reacções aos diferentes álcoois (vinho, cerveja, destilados), pois poderiam existir diferenças quanto ao declínio cognitivo. (texto de António Falcão. Foto de arquivo)

Quinta da Foz Gourmet inaugura loja digital

Quinta da Foz Gourmet

A Quinta da Foz Gourmet é uma loja do Porto com mais de uma década de vida. Passou por várias etapas, algumas nem por isso boas, mas desde há cerca de três anos que está nas mãos da Garrafeira Tio Pepe e, claro, sob a alçada de Luis Cândido da Silva. Os primeiros tempos foram […]

A Quinta da Foz Gourmet é uma loja do Porto com mais de uma década de vida. Passou por várias etapas, algumas nem por isso boas, mas desde há cerca de três anos que está nas mãos da Garrafeira Tio Pepe e, claro, sob a alçada de Luis Cândido da Silva. Os primeiros tempos foram de recuperação e reestruturação a vários níveis e, segundo nos disse o proprietário, “as vendas têm vindo sempre a subir nestes 3 anos e em 2019 estamos com um crescimento de 20% face a 2018”. Ora, chegou agora a altura de inaugurar a loja digital, sedeada em quintadafozgourmet.com 

No momento em que escrevemos isto, a loja on-line possui um bom portefólio, juntando por exemplo, 120 tintos, 76 brancos, 38 generosos (Porto, Madeira & Moscatel) portugueses e 39 vinhos estrangeiros. A parte Gourmet inclui 76 produtos, de azeite e vinagres até biscoitos, passando por chocolates, conservas, compotas, etc, etc. Todos os produtos possuem imagem e alguma descrição, mas existem vinhos que detalham o método de fermentação e estágio, por exemplo. Gostaríamos de ver, contudo, que todos os produtos, ou quase, tivessem também o respectivo volume de líquido ou peso líquido. A excepção está num capítulo dedicado às garrafas de grandes formatos, de magnum (1,5 litros) até ao gigante Melchior (18 litros).

Todo o portefólio, diga-se de passagem, está em constante mutação e certamente vai crescer muito nos próximos tempos. A responsabilidade cabe a João Pedro Cândido da Silva, filho de Luis Cândido, que acumula com o marketing digital. A gestão da loja continua com Hélder Patela, presente no espaço desde a fundação da Quinta da Foz Gourmet, em 2008.
A área da esplanada e tapas é responsabilidade de Beatriz Silva, profissional que vem do turismo das caves de vinho do Porto.
Luis Cândido da Silva define melhor, no fundo, o que quer com esta loja: “O conceito é, e foi sempre, ser uma loja super especializada quer em bebidas quer em gourmet; (…) ter os melhores vinhos de todas as regiões, os melhores champagnes, os melhores Bordeaux e Bourgogne, os melhores vinhos do Porto, o melhor fois gras e caviar… este é o caminho! Estamos a fidelizar o nosso cliente com um serviço de excelência e que está a ser reconhecido”. (texto de António Falcão)

Aí estão os 100 Best Buys 2019 da Wine Enthusiast

É sempre com alguma antecipação que os consumidores americanos aguardam pelas tabelas dos rankings de vinhos das publicações americanas. Já saiu o Top 100 dos Best Buys da revista Wine Enthusiast, que compreende os vinhos com melhor relação preço/qualidade provados durante este ano pela equipa de provas da revista. Esta selecção compreende apenas vinhos com […]

É sempre com alguma antecipação que os consumidores americanos aguardam pelas tabelas dos rankings de vinhos das publicações americanas. Já saiu o Top 100 dos Best Buys da revista Wine Enthusiast, que compreende os vinhos com melhor relação preço/qualidade provados durante este ano pela equipa de provas da revista. Esta selecção compreende apenas vinhos com preço de prateleira até 15 dólares (cerca de 13,70 euros) e que levaram o selo Best Buy. No total, estamos a falar de um total de mais de 1.300 vinhos de todo o mundo.
Os 100 melhores vêm de 17 países, sete dos quais de Portugal. O vinho branco Aveleda Alvarinho 2018 conseguiu um meritório quarto lugar nesta lista mas, diga-se de passagem, os vinhos da Aveleda já são habituais presenças neste top 100. A maioria dos outros produtores portugueses também são visitantes assíduos, mas existem aqui produtores mais pequenos, como a alentejana Casa Agrícola Santos Jorge e a minhota Quinta de Curvos. No final, um belo resultado dos vinhos lusos, a batalhar todos os anos para conseguir maior notoriedade nos mercados internacionais.
Refiram-se dois factos interessantes: o primeiro é que em segundo lugar da lista está um espumante californiano, o Dark Horse Brut Bubbles; o surpreendente aqui é que este vinho vem em latas de 375 ml, que custam 6 dólares cada no mercado americano. A segunda surpresa tem a ver com o país de origem: da lista constam dois vinhos israelitas e um indiano!
Refira-se ainda que Portugal foi a nação em quarto lugar: à nossa frente ficaram apenas países com muito maiores produções e muito mais notoriedade: a jogar em casa, os Estados Unidos, claro (29 entradas), seguido de França (12), Itália (10) e Espanha (8). Pode ver a lista completa no site da Wine Enthusiast.

Esta é a lista dos vinhos portugueses e a respectiva posição na lista Top 100, a classificação e o preço no mercado americano:
4 Aveleda Vinho Verde Alvarinho branco 2018 (Aveleda, 90 pontos, $12)
16 Castelo do Sulco Seleção dos Enólogos Lisboa Reserva tinto 2016 (Parras Vinhos, 90 Pontos
$12)
22 Patamar Lisboa Reserva tinto 2015 (DFJ Vinhos, 90 Pontos, $12)
28 Herdade de São Miguel Colheita Seleccionada tinto 2017 (Casa Relvas, 91 Pontos, $15)
47 Toutalga Reg. Alentejano tinto 2018 (Casa Agrícola Santos Jorge, 87 Pontos, $7)
63 Curvos Reg. Minho Alvarinho branco 2018 (Quinta de Curvos, 90 Pontos, $15)
91 Lab Lisboa branco 2018 (Casa Santos Lima, 87 Pontos, $10)

De 25 a 28 de Outubro: mais de 3.000 vinhos à prova na FIL

O ‘Grandes Escolhas Vinhos & Sabores’ (GEVS), o maior evento vínico em Portugal, está de volta. Os números falam por si: cerca de 400 produtores, entre vinhos, sabores e acessórios; mais de 3.000 néctares em prova livre (por €15); em 7.000 m2 de área de evento. A edição deste ano acontece de 25 a 28 […]

O ‘Grandes Escolhas Vinhos & Sabores’ (GEVS), o maior evento vínico em Portugal, está de volta. Os números falam por si: cerca de 400 produtores, entre vinhos, sabores e acessórios; mais de 3.000 néctares em prova livre (por €15); em 7.000 m2 de área de evento. A edição deste ano acontece de 25 a 28 de Outubro no Pavilhão 1 da FIL; Parque das Nações e é mais uma vez uma organização da Grandes Escolhas. Renovada a cada ano, a edição de 2019 tem novidades: vai ter um espaço próprio dedicado aos vinhos Bio(lógicos) e uma zona de apresentação de propostas de Enoturismo.
Este é um evento a não perder e que move apreciadores, enófilos e profissionais do sector. É ali que grande parte dos produtores apresenta os seus mais recentes lançamentos no mercado, sobretudo os vinhos de topo de gama que fazem as delícias dos consumidores mais exigente e que marcam as vendas nas festas de final do ano e anunciam tendências para o ano 2020.

Espaço Organic
Na edição deste ano a Grandes Escolhas destaca duas áreas específicas, ambas com imagem e identidade próprias. Falamos do espaço Organic, inteiramente dedicado aos vinhos de origem Bio e que vem dar resposta a uma procura crescente por parte de muitos consumidores. Ligada intimamente ao negócio, está o desenvolvimento do Enoturismo, temática já incluída na edição de 2018 e que este ano vai ocupar um espaço de maior visibilidade.

‘Par perfeito’ e queijos
Para além dos vinhos, os sabores são também uma presença indispensável desde sempre nesta feira. Duas iniciativas vão marcar a edição deste ano do Vinhos & Sabores e atrair por certo a atenção de muitos visitantes. Falamos da 2ª edição do “Par Perfeito”, o concurso que tanto êxito alcançou no ano anterior, onde 6 chefes e outros tantos sommeliers procuram a melhor combinação entre os pratos feitos na hora e os vinhos surpresa colocados à sua disposição. O vencedor resulta da escolha do publico que os provará. Mas são os queijos artesanais portugueses uma das grandes novidades desta feira. Numa iniciativa denominada “A Grande Tábua de Queijos” a organização convidou um conjunto das melhores queijarias artesanais portugueses para disponibilizarem uma grande degustação. Por um valor de 5€, o visitante adquire um prato especial que pode encher com amostras de todos os excelentes queijos em exposição e harmonizá-los com uma lista de vinhos seleccionados.

“A Escolha da Imprensa”: centenas de vinhos a concurso
O que não pode faltar, é o já consagrado Concurso de Vinhos “Escolha da Imprensa’ Este ano com um número de inscritos que superou os 370 (mais 10% que na edição anterior) os vinhos são provados por um painel de 60 jurados reunindo profissionais da imprensa, rádio, televisão, redes sociais especializadas e também dezenas de profissionais ligados às compras e sommeliers. O objectivo desta grande prova cega é eleger os melhores vinhos da feira, informação que será anunciada publicamente na cerimónia de distribuição dos prémios no dia 25, no próprio recinto do evento.

Três dias de ‘Provas (muito) Especiais’
Partilha, aprendizagem e degustação. São estes os três objectivos das ‘Provas Especiais’ orientadas e comentadas por críticos aclamados e ilustres produtores vitivinícolas. Na Sexta-feira, dia 25 de Outubro, são dados a conhecer “Os tesouros de D. Antónia Ferreira: Vintage Porto de 1847 a 2017” numa prova única e imperdível, repleta dos mais excepcionais vinhos do Porto minuciosamente guardados nas caves de uma das mais incontornáveis figuras do Douro Vinhateiro.
Para Sábado, dia 26, estão desenhadas cinco ‘Provas Especiais’, com as seguintes temáticas: “Três décadas de espumantes Murganheira com espumantes muito raros e inacessíveis para o comum dos consumidores”; “A colheita de 2009: grandes tintos de Portugal”, pelo prestigiado crítico de vinhos Luís Lopes; “Quinta do Crasto: brilhante jóia do Douro”; “Os vinhos da vida de António Saramago”, reconhecido enólogo da Região Demarcada da Península de Setúbal; e “Vinhos Barbeito: uma referência na Madeira”.
No Domingo, dia 27, são três as provas: “Açores, vinhos únicos de um terroir singular”, pelo crítico da especialidade Nuno de Oliveira Garcia; “Expressões por Aveleda: a riqueza de terroirs na região dos Vinhos Verdes”; e “Vintage 2017: um Porto para a História”, pelo conhecido critico João Paulo Martins.

Bilhete de Identidade do Evento
Nome: Grandes Escolhas Vinhos & Eventos 2018
Local: FIL – Feira Internacional de Lisboa (Pavilhão 1). Parque das Nações
Data: 25 a 28 de Outubro de 2019
Horários: Sexta-feira, 17h-22h // Sábado e Domingo, 15h-21h // Segunda-feira, 11h-18h
Bilhetes: À venda através dos site do evento, em www.vinhosesabores.com/bilhetes, e na Ticketline, em www.ticketline.sapo.pt ou à entrada do Pavilhão. Os valores incluem IVA à taxa em vigor e oferta de copo Schott Zwiezel.
Bilhete de 1 Dia: €15
Passe de 3 Dias: €20 (inclui copo + pulseira, a levantar na bilheteira)
Provas Especiais: De €40 a €100, com acesso ao evento, no dia da prova
Pack Provas Especiais: €72 (exclui a prova de €100, já esgotada)

Ian Symington, 1929-2019

Ian Symington

“É com profundo pesar que a família Symington anuncia o falecimento de Ian Symington, que tinha 90 anos”. É assim que começa a nota de impresa da Symington Family Estates, a poderosa empresa familiar do Douro onde Ian trabalhou durante muitos anos. A restante notícia é quase uma transcrição da nota de imprensa. Ian nasceu […]

“É com profundo pesar que a família Symington anuncia o falecimento de Ian Symington, que tinha 90 anos”. É assim que começa a nota de impresa da Symington Family Estates, a poderosa empresa familiar do Douro onde Ian trabalhou durante muitos anos. A restante notícia é quase uma transcrição da nota de imprensa.
Ian nasceu no Porto em 1929 e foi educado no Oporto British School (Colégio Inglês do Porto), antes de seguir para o Colégio Downside, em Inglaterra. Terminados os estudos, alistou-se no exército, servindo no Regimento Seaforth Highlanders na Escócia. Após concluir o serviço militar, regressou a Portugal para se juntar ao seu pai, John, e aos tios Maurice e Ron na empresa de Vinho do Porto familiar, à qual dedicou toda a sua carreira.
Nas duas décadas que se seguiram ao final da Segunda Guerra Mundial, o setor do Vinho do Porto estava numa situação muito frágil. Historicamente, o Vinho do Porto tinha dependido quase exclusivamente da exportação e com a Europa devastada pela guerra, as vendas eram mínimas.Durante este período, muitas das históricas casas produtoras familiares foram vendidas, ou simplesmente cessaram a sua atividade. Ian, em conjunto com o seu primo Michael, e mais tarde com a ajuda do primo James e dos seus irmãos Peter e Amyas, batalharam para manter vivo o Vinho do Porto e para desenvolver novos mercados. Viajando sem descanso pela Europa e pelo mundo, Ian e os seus primos e irmãos voltaram a suscitar o interesse dos consumidores no Vinho do Porto nos principais mercados. O seu trabalho foi recompensado quando na década de 1960, as vendas de Porto começaram a recuperar pelo mundo fora. Juntos, construíram uma empresa de Vinho do Porto florescente e próspera. Ian era respeitado pela sua meticulosa preparação, determinação e capacidade de negociação. Ian e a sua mulher, Cynthia, eram ainda muito conhecidos pela sua
hospitalidade generosa, recebendo inúmeros jornalistas e clientes, quer na sua casa no Porto, quer no vale do Douro. Por esta via, forjaram amizades duradouras e relações fortes com clientes à volta do mundo.
Em 1983, foi nomeado Presidente da Wine & Spirit Benevolent Society, uma instituição de beneficência que apoia aqueles menos favorecidos no setor dos vinhos. No final da sua presidência, o Chairman desta instituição salientou: “Tive a sorte de ter tido o presidente certo, uma pessoa que é olhada com muita estima pelo setor.”
Ian era um apaixonado pelo Douro e, perto da altura de se reformar, reconstruiu uma antiga casa de lavoura, sobre o Rio Douro, perto da Quinta da Senhora da Ribeira, uma das vinhas da família Symington mais bonitas e isoladas. Ali, com a sua mulher Cynthia, passaram muitos momentos felizes com familiares e amigos.
Ian foi uma figura de relevo do Vinho do Porto durante quase 50 anos e o seu trabalho alicerçou o êxito do Vinho do Porto e do Douro de hoje.
Ian casou com Cynthia em 1954. Tiveram duas filhas, Susie e Nicky, e um filho, Johnny, que se juntou à empresa em 1985. Deixou também oito netos e um bisneto. A sua neta, Vicky, é um dos membros da 5ª geração da família que trabalham agora na empresa familiar.

Alltech lança inquérito mundial sobre mulheres na Agricultura

mulher nas Vindimas

A Alltech, empresa multinacional na área dos produtos para a agricultura (plantas e animais), lançou um inquérito que pretende reunir informação a nível mundial sobre as barreiras à igualdade de género na Agricultura e os meios necessários para promover condições de trabalho equitativas. O inquérito é anónimo e pode ser respondido até 14 de Outubro […]

A Alltech, empresa multinacional na área dos produtos para a agricultura (plantas e animais), lançou um inquérito que pretende reunir informação a nível mundial sobre as barreiras à igualdade de género na Agricultura e os meios necessários para promover condições de trabalho equitativas.
O inquérito é anónimo e pode ser respondido até 14 de Outubro por homens e mulheres de todas as áreas de actividade do sector agropecuário, neste link: https://www.surveymonkey.co.uk/r/WFA19survey
Os resultados serão revelados na conferência Women in Food & Agriculture, a 3 e 4 de Dezembro, em Amesterdão, na Holanda.
«Através deste estudo alargado esperamos ficar a conhecer melhor os desafios que as mulheres enfrentam no sector agropecuário e identificar oportunidades de melhoria», afirmou Mark Lyons, presidente e CEO da Alltech.
Esta iniciativa está em linha com a visão da Alltech para ajudar a alcançar um Planeta de Abundância (Planet of Plenty).

IVDP distingue projectos Douro + Sustentável

Os vencedores Prémios Douro Sustentável

(na foto, os vencedores Prémios Douro Sustentável (da esquerda para a direita): Pedro Silva Reis, pela Real Companhia Velha (Viticultura); João Álvares Ribeiro, pela Quinta do Vallado (Enoturismo); Gilberto Igrejas (Presidente do IVDP); Luísa Borges, Vieira de Sousa (Revelação) e Mateus Nicolau de Almeida (Enologia). Integradas nas comemorações da 6ª edição do Port Wine Day, […]

(na foto, os vencedores Prémios Douro Sustentável (da esquerda para a direita): Pedro Silva Reis, pela Real Companhia Velha (Viticultura); João Álvares Ribeiro, pela Quinta do Vallado (Enoturismo); Gilberto Igrejas (Presidente do IVDP); Luísa Borges, Vieira de Sousa (Revelação) e Mateus Nicolau de Almeida (Enologia).

Integradas nas comemorações da 6ª edição do Port Wine Day, o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) atribui distinções a quatro empresas durienses que se destacaram no campo da preservação do território.
Foi num jantar no Museu de Lamego, no dia 10 de Setembro, em que se celebra a constituição da mais antiga Região Demarcada, e perante dezenas de convidados, que Gilberto Igrejas, presidente do IVDP anunciou os quatro vencedores da noite. Antes de anunciar os premiados, Igrejas teve ocasião de explicar as linhas de orientação do projecto Douro + Sustentável que passará a ser um dos eixos da comunicação da região do Douro e do Porto.
Na categoria de Viticultura, a distinção coube à Real Companhia Velha, reconhecendo o trabalho meritório na recuperação das castas autóctones do Douro, algumas das quais desconhecidas e outras quase em vias de extinção, tudo isto integrado num projecto mais vasto e ambicioso que tem sempre a preocupação da sustentabilidade como factor determinantes nas intervenções na vinha.
Se na viticultura o premiado foi a mais antiga empresa do Douro, já no prémio de Enologia a distinção assentou num dos mais jovens e irreverentes enólogo e agora produtor, Mateus Nicolau de Almeida. Continuando uma tradição familiar que lhe serve de esteio, Mateus tem procurado, no entanto, caminhos alternativos, com praticas agrícolas e enológicas menos convencionais. Isso foi bem visível na prova de dois dos seus vinhos que foram servidos durante o jantar em Lamego, como foi o caso do tinto “Trans Douro Express” e do branco “Eremita”, qualquer deles desafiante e pleno de carácter.
No prémio Enoturismo o vendedor foi a Quinta do Vallado. Como explicou João Alvares Ribeiro, a preocupação na produção de grandes vinhos do Douro e do Porto por parte da sexta geração da família Ferreira, andou sempre a par com a ambição de construir um projecto turístico de grande qualidade que potencie os seus vinhos e lhes sirva suporte na sua divulgação. Hoje, esse projecto materializa-se em duas unidades que são já referência: um hotel vínico dentro do perímetro da quinta, perto da Régua, no Baixo Corgo, e mais recentemente a Casa do Rio, em Vila Nova de Foz Côa, no Douro Superior, integrada na propriedade Quinta do Orgal. Em ambos os casos se observa um rigoroso respeito pela natureza.
O prémio Revelação distinguiu a jovem enóloga Luísa Borges que aos 23 anos passou a liderar o projecto familiar Vieira de Sousa. Sendo produtores de vinho do Porto há cinco gerações, embora não tendo anteriormente apostado numa marca própria, a chegada ao Douro da jovem Luísa em 2008, vinda do Instituto Superior de Agronomia de Lisboa com o curso de Viticultura e Enologia, permitiu lançar as bases de um projecto que rapidamente se impôs pela qualidade dos seus vinhos, sejam os tawnies de idade, como foi o excelente 20 anos que foi servido no jantar, como nos LBV’s e Vintages que estão sistematicamente entre os melhores na apreciação da crítica especializada. (texto de João Geirinhas)

CARMIM muda imagem do Reguengos

nova imagem Reguengos

Se for às prateleiras de vinhos de muitas superfícies comerciais vai verificar que a face do vinho Reguengos mudou de aspecto. De facto, a “a maior cooperativa portuguesa”, como se autoproclama a CARMIM, apostou por “uma imagem mais sóbria, com a aposta no branco, preto e dourado, com tipografia directa”, diz a empresa em comunicado […]

Se for às prateleiras de vinhos de muitas superfícies comerciais vai verificar que a face do vinho Reguengos mudou de aspecto. De facto, a “a maior cooperativa portuguesa”, como se autoproclama a CARMIM, apostou por “uma imagem mais sóbria, com a aposta no branco, preto e dourado, com tipografia directa”, diz a empresa em comunicado de imprensa. A nova imagem, diz ainda o comunicado, afirma que “aquilo que os consumidores pretendem saber está mais explicito e visível”. A nova imagem já está nos colheitas branco e tinto, ambos do ano de 2018.

O Reguengos, um vinho com denominação de Origem (DOC) é “a marca mais icónica” da CARMIM, produtora de vinhos com sede em Reguengos de Monsaraz. Outras marcas da casa são, por exemplo, Monsaraz, Régia Colheita ou Garrafeira dos Sócios. A cooperativa conta com cerca de 900 associados, que exploram 3.600 hectares de vinha.

Novo produtor madeirense lança 4 vinhos e enoturismo

Garrafas Terra Bona 2018

Terra Bona é a marca do vinho, mas também o nome do projecto da família Velosa Noronha, na Madeira. Ao invés de trabalhar com vinho generoso, vulgo Vinho da Madeira, a família Velosa Noronha apostou em vinhos brancos, cuja primeira colheita ocorreu em 2017 e foi lançada no ano passado. Com bastante sucesso, diga-se de […]

Terra Bona é a marca do vinho, mas também o nome do projecto da família Velosa Noronha, na Madeira. Ao invés de trabalhar com vinho generoso, vulgo Vinho da Madeira, a família Velosa Noronha apostou em vinhos brancos, cuja primeira colheita ocorreu em 2017 e foi lançada no ano passado. Com bastante sucesso, diga-se de passagem, conquistando algumas medalhas e boas pontuações a nível internacional.
As uvas vêm da propriedade da família na costa norte da Madeira, ao pé de uma povoação chamada (Terras de) Boaventura (em latim, Terra Bona). A área é pequena e tem apenas plantada a casta Arnsburger, um cruzamento de dois clones de Riesling. A morfologia do terreno é montanhosa, com a vinha a bordejar a famosa floresta Laurissilva, considerada Património da Humanidade pela UNESCO, e um ecossistema com 25 milhões de anos. A altitude da vinha não ultrapassa os 100 metros e está instalada em socalcos, na base de um vale que vai em direcção ao mar, que fica a menos de um quilómetro de distância.
Recentemente, a empresa lançou novos vinhos, da colheita de 2018. Para além da segunda edição do Family Harvest (com 2.400 garrafas), o sucessor do primeiro vinho da casa, existe agora uma edição especial, que estagiará em garrafa durante os próximos 3 anos, antes de ir para o mercado. E vão existir dois outros brancos, de uma nova gama, chamada de “Heritage Terra Bona”. Os vinhos base são iguais, mas têm estágios diferenciados: um em barrica de carvalho francês e outro em barrica de terracota. Estas novidades não ultrapassam as 500 garrafas cada. Todos os vinhos são vinificados na Adega São Vicente, pertença do Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM), onde as operações são asseguradas pelo enólogo João Pedro Machado. Recorde-se que os vinhos Ilha, de Diana Silva, são também aqui produzidos.

Esta fotografia foi tirada durante a cerimónia de reconhecimento público pelos resultados internacionais obtidos com a colheita do Terra Bona branco 2017.
Da esquerda para a direita: Presidente do Município de São Vicente, José António Garcês, o enólogo João Pedro Machado, Maria João Velosa, mulher de Marco Noronha Jardim e a filha mais pequena, Maria, a presidente do IVBAM, Paula Duarte, Humberto Vasconcelos, Secretário Regional da Agricultura e Pescas e Marco Noronha Jardim, o produtor.

Mas as novidades não acabam nos vinhos e na vinha: este ano a família está a lançar as bases para o seu projecto de Turismo e Enoturismo, sob a marca, Terra Bona Nature & Vineyards, a edificar na Boaventura. Por lá vai aparecer um espaço de provas e de adega, com 6 unidades de alojamento e de outras pequenas valências. A implantação é feita em socalcos e, segundo Marco Noronha Jardim (da família proprietária) pretendeu-se minimizar o impacto arquitectónico na Natureza.
Mais informações em www.terrabonawine.com
(texto de António Falcão. Fotografias cortesia Terra Bona)

Port Wine Day é já a 7, 8 e 10 de Setembro

Port Wine day

Esta já é a 6.ª edição da iniciativa Port Wine Day, uma iniciativa do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), em articulação com o sector do Vinho do Porto. A intenção é festejar os 263 anos da Região Demarcada do Douro que, e para além dos socalcos, das vinhas e do rio, […]

Esta já é a 6.ª edição da iniciativa Port Wine Day, uma iniciativa do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), em articulação com o sector do Vinho do Porto. A intenção é festejar os 263 anos da Região Demarcada do Douro que, e para além dos socalcos, das vinhas e do rio, abarca também o vasto património arquitectónico, monumental e escultural.
As acções a realizar vão-se estender ao longo do Vale do Douro e incluem provas, jantares vínicos, o evento da declaração de Ano Vintage (2017), festas ao pôr-do-sol e cerimónias de entrega de prémios. Mas vamos por partes:
As celebrações terão início no dia 7 de Setembro, Sábado, no Palácio da Bolsa, no Porto, com uma Grande Prova Porto Vintage 2017 (16h), com 50 marcas presentes. Seguir-se-á um dos momentos altos do Port Wine Day 2019: a declaração de Ano Vintage 2017 pela Confraria do Vinho do Porto.
No dia seguinte, 8 de Setembro, Domingo, no Jardim das Oliveiras, no Porto, haverá uma Sunset Party, com 29 marcas presentes. A decorrer entre as 17h e as 22h, e aberta ao público, o sucesso da iniciativa em anos anteriores transformou-a num clássico do Port Wine Day. Novidade da edição 2019 será a atribuição de quatro prémios – Enoturismo, Viticultura, Enologia e Revelação – a projectos que conseguiram destacar-se na região. A entrega de prémios será efectuada no decorrer do Jantar “Douro Sustentável”, a ter lugar no Museu de Lamego no dia 10 de Setembro (20h), terça-feira. Uma oportunidade para sobretudo “brindarmos às pessoas”, sublinha Gilberto Igrejas, presidente do IVDP. E continuou: “o objectivo do Port Wine Day é atrair os apaixonados, mas paralelamente todos os outros que ainda ignoram a sua arrebatada paixão pelo vinho”.
Recorde-se que a Região Demarcada do Douro é a mais antiga região vitivinícola delimitada e regulamentada do mundo. Foi instituída pelo Marquês de Pombal em 1756 e estende-se da Vila de Barqueiros, no distrito de Vila Real, até Barca D’Alva, no distrito da Guarda. Abrange uma área de cerca de 250 mil hectares e inclui o Alto Douro Vinhateiro, classificado Património Mundial da UNESCO desde 2001.