Mundus Vini Summer Tasting deu boas medalhas para Portugal

Mundus Vini 2017

O concurso alemão decorre sem interrupções há 16 anos e este ano reuniu quase 4.300 vinhos, provenientes de 42 zonas de vinho de todo o mundo. Os vinhos foram avaliados por um conjunto de 164 jurados, oriundos de 41 países. Portugal trouxe duas medalhas Grande Ouro, 69 de Ouro e 80 de Prata. Os Grande […]

O concurso alemão decorre sem interrupções há 16 anos e este ano reuniu quase 4.300 vinhos, provenientes de 42 zonas de vinho de todo o mundo. Os vinhos foram avaliados por um conjunto de 164 jurados, oriundos de 41 países.
Portugal trouxe duas medalhas Grande Ouro, 69 de Ouro e 80 de Prata. Os Grande Ouro foram para o branco alentejano Conde d’ Ervideira Reserva 2016 e para o tinto duriense Quinta do Cume Grande Reserva 2014. Estes dois vinhos levaram ainda o título de “Best of Show”, indicando que foram os melhores portugueses nas categorias de branco e tinto, respectivamente.
Os vinhos portugueses, já agora, trouxeram um conjunto de medalhas invejável, especialmente se considerarmos que os produtores de vinho da Itália (que inscreveram 1.200 vinhos), Alemanha (800) e Espanha (750) enviaram muito mais amostras que os produtores portugueses (325). O único país que ombreou connosco foi a França, mas os gauleses, contudo, trouxeram muito menos medalhas: 5 Grande Ouro, 41 de Ouro e 60 de Prata (contra, relembramos, 2, 69 e 80 para os néctares portugueses). Os países com mais medalhas foram Itália (411), Alemanha, (341) e Espanha (340).
O título de “Melhor produtor português” foi para a Sogrape Vinhos, que trouxe 5 medalhas de Ouro e 7 de Prata.
Nota de realce ainda para os vinhos de alguns países que podemos considerar como ‘exóticos’ no mundo do vinho. Brunei e Taiwan, por exemplo; mas também a Dinamarca e a Bélgica, que conseguiram, inclusive, algumas medalhas.
A competição decorreu em Neustadt an der Weinstrasse e foi organizada pela editora Meininger Verlag, especialista em órgão de comunicação social para a indústria do vinho.
Pode consultar os resultados completos no site do concurso.

Vote para podermos seguir o estudo das castas portuguesas

Projecto 671 - Castas desconhecidas, Castas de uva desconhecidas para novos vinhos

Será que existe uma casta em Portugal potencialmente melhor do que todas as outras até agora usadas? Ou que gera aromas e sabores completamente diferentes? Ou que tem condições para aguentar como nenhuma outra os tempos de seca e calor? Ou ainda com componentes que podem ajudar a combater um cancro? Esta e outras perguntas […]

Será que existe uma casta em Portugal potencialmente melhor do que todas as outras até agora usadas? Ou que gera aromas e sabores completamente diferentes? Ou que tem condições para aguentar como nenhuma outra os tempos de seca e calor? Ou ainda com componentes que podem ajudar a combater um cancro?
Esta e outras perguntas podem ficar sem resposta se acabarem os estudos que estão a ser feitos sobre as castas portuguesas. Por falta de verba, que não por falta de interesse ou de conhecimento para os fazer… Pois bem, está em apreciação um projecto no governo, dirigido ao estudo e conservação das castas portuguesas? Para o projecto ser aprovado, precisa do nosso apoio, do nosso voto. Vá até ao site https://opp.gov.pt/projetos/todos/671-castas-de-uva-desconhecidas-para-novos-vinhos e clique no rectângulo “Votar”. Depois basta inserir o número do seu cartão de cidadão e finalizar o voto. Simples e rápido.
Vai votar em quê? Pois bem, vota no projecto 671, que tem por título “Castas de uva desconhecidas para novos vinhos”. O projecto foi redigido pelo técnico António Graça, conhecido pelo trabalho que tem desenvolvido em prol do maior conhecimento das castas nacionais e da sua evolução ao longo dos anos. António Graça não é, felizmente, o único cientista português interessado nesta matéria, mas, neste caso, foi quem “deu a cara”. O projecto tem um orçamento de 200.000 euros (uma pechincha, diremos nós, para a valia do estudo), e terá a duração de 18 meses. Na redacção do projecto, à qual fizemos dois destaques a negrito, pode ler-se em mais detalhe todo o contexto. Ora leia:

EM DEMANDA DOS SEGREDOS DA EVOLUÇÃO NATURAL DA VIDEIRA PORTUGUESA
Portugal é o país da União Europeia que apresenta o maior número de castas de uva autóctones quando comparado à área do seu território. É a multiplicidade de castas nas vinhas portuguesas que confere distinção aos vinhos portugueses e os tornam apreciados dentro e fora de fronteiras por todos os gostos e preferências. São elas que tornam os vinhos de Portugal uma experiência divertida de descoberta e surpresa, suportando a mensagem para os apreciadores: Portugal, um Mundo de Diferença! Sinal inquestionável de um centro de diversidade, verificou-se recentemente que o processo de criação natural de novas castas continua nos nossos dias em Portugal. Ou seja, o processo de diversificação não parou; antes está em curso como sempre aconteceu no nosso território desde tempos ancestrais e, potencialmente, podem existir dezenas de castas desconhecidas por entre as mais antigas vinhas que ainda subsistem em Portugal. As novidades que essas castas desconhecidas podem trazer são um mundo novo por descobrir… podem trazer novos aromas e sabores para novos vinhos, podem ajudar na adaptação às alterações climáticas, podem ser fonte de substâncias importantes para farmacêutica, cosmética ou nutrição…
Em Portugal existe uma rede de vinhas de conservação e estudo que foram multiplicadas a partir de cerca de 30.000 videiras identificadas maioritariamente em vinhas antigas, de todas as regiões vitivinícolas do Continente, Açores e Madeira, onde a diversidade ancestral se encontrava intocada no momento da recolha. É nessa coleção de videiras onde, potencialmente, existe a maior probabilidade de se encontrarem castas desconhecidas, oriundas de cruzamentos naturais. Portugal é, por isso, uma verdadeira Arca de Noé da videira, onde uma viticultura moderna, desenvolvida e eficiente soube não parar o processo natural de evolução da espécie.
A nossa proposta consiste em analisar o ADN de 5.000 a 7.000 daquelas videiras, usando os meios disponíveis em instituições científicas de todo o país e compará-lo com o das castas conhecidas. Sempre que não se encontrar uma correspondência, estar-se-á na presença de uma desconhecida potencial e essas videiras serão multiplicadas e estudadas para confirmar a sua identidade, estabelecer os seus progenitores e caracterizá-las do ponto de vista agronómico e enológico para avaliar a existência de um potencial interesse económico para o setor vitivinícola nacional. Existe aqui uma rara janela de oportunidade para afirmar Portugal na liderança mundial do conhecimento e conservação da diversidade da videira, uma fonte de resiliência e sustentabilidade em tempos de instabilidade e grandes desafios, climáticos e outros, que muitos países procuram, mas que apenas Portugal tem condições para materializar no curto prazo.

Escola de Lamego vai realizar Curso de Escanção

Curso de Escanção, Escola de Hotelaria e Turismo do Douro

O curso vai começar a 16 de Outubro e prolonga-se até ao dia 5 de Junho de 2018. Serão 300 horas de formação, com horário, de 2ª e 3ª feira, das 15h às 20h. O curso será realizado na Escola de Hotelaria e Turismo do Douro – Lamego e tem como objectivo “dotar os formandos […]

O curso vai começar a 16 de Outubro e prolonga-se até ao dia 5 de Junho de 2018. Serão 300 horas de formação, com horário, de 2ª e 3ª feira, das 15h às 20h. O curso será realizado na Escola de Hotelaria e Turismo do Douro – Lamego e tem como objectivo “dotar os formandos de um conjunto de conhecimentos e competências, de forma a que no final estejam aptos a desempenhar as funções de Escanção”. As matérias a abordar são vastas e abrangem desde o conhecer os diversos vinhos produzidos em Portugal como fazer inventários, apurar consumos e calcular custos e rácios.
O custo total é de 750 euros (inclui dossier do curso e certificado) mas existem descontos para várias situações profissionais e/ou pessoais. Os desempregados, por exemplo, só pagam metade. Mais informações podem ser pedidas para o e-mail joaquim.pereira@turismodeportugal.pt ou através do telefone 254 001 234. Esteja atento também ao grupo de facebook
www.facebook.com/groups/escolasdoturismodeportugalporto/

Prémios para Portugal no China Wine & Spirits Awards

China Wine & Spirits Awards 2017

O vinho tinto Gáudio Clássico 2014 foi o maior vencedor da delegação portuguesa ao concurso China Wine & Spirits Awards (CWSA). Este vinho do produtor Ribafreixo (da Vidigueira) ganhou não só uma Dupla Medalha de Ouro (Double Gold) como o troféu CWSA Portuguese Wine of the Year, indicando que foi o mais pontuado entre os […]

O vinho tinto Gáudio Clássico 2014 foi o maior vencedor da delegação portuguesa ao concurso China Wine & Spirits Awards (CWSA). Este vinho do produtor Ribafreixo (da Vidigueira) ganhou não só uma Dupla Medalha de Ouro (Double Gold) como o troféu CWSA Portuguese Wine of the Year, indicando que foi o mais pontuado entre os vinhos portugueses. O Gáudio sucede assim ao vencedor do ano passado, o Grand ‘Arte Alvarinho 2015, da DFJ Vinhos.
Gáudio Clássico tinto 2014
Infelizmente, este ano a organização não outorgou mais nenhum troféu a vinhos portugueses (em 2016 foram 6 ao todo, a maioria para os melhores de várias regiões), provavelmente porque a pontuação obtida pelos vinhos não foi suficiente para lá chegar.
Na edição de 2017, o júri deu ainda pontuações para 8 outras Dupla Medalha de Ouro. Os vinhos portugueses obtiveram ainda 57 medalhas de Ouro, 11 de Prata e 8 de Bronze.
A organização não divulgou quantos vinhos entraram, nem a sua divisão por nacionalidades e prémios, mas foram certamente alguns milhares de amostras. A maioria de vinho, mas o concurso também inclui toda a espécie de bebidas, incluindo licores e destilados.
A organização do concurso estima que este evento, que teve lugar recentemente em Hong Kong, é “o maior e mais prestigiado concurso de vinhos & bebidas da China”. A maior diferença face a concursos internacionais (especialmente os europeus) é que o júri será seleccionado entre especialistas que conhecem bem o mercado chinês e os seus consumidores. Falamos de compradores, importadores, retalhistas e escanções.
De seguida pode ver as mais importantes medalhas para os vinhos portugueses. (AF)

CWSA Portuguese Wine of the Year e Double Gold
Gáudio Clássico 2014 (Ribafreixo Wines)
Double Gold
Casa Ermelinda Freitas Cabernet Sauvignon Reserva tinto 2013 (Casa Ermelinda Freitas)
Dona Ermelinda branco 2015 (Casa Ermelinda Freitas)
Vila Santa Reserva tinto 2014 (J. Portugal Ramos)
Pouca Roupa tinto 2015 (J. Portugal Ramos)
Convés tinto 2012 (Enolea – Sociedade Agrícola)
Maynard’s Porto LBV 2013 (Barão de Vilar)
Maynard’s Tawny 40 anos (Barão de Vilar)
Barão de Vilar Tawny 20 anos (Barão de Vilar)

Berliner Wein Trophy dá prémios a vinhos portugueses

Berliner Wine Trophy 2017

O vinho tinto Quinta do Carmo 2011 (da Bacalhôa Vinhos de Portugal) foi o único representante português nas Grandes Medalhas de Ouro no concurso alemão Berliner Wein Trophy, realizado em Julho de 2017. No total foram atribuídas 24 destas medalhas. Os produtores portugueses levaram ainda 46 Medalhas de Ouro (1.374 no total) e 12 de […]

O vinho tinto Quinta do Carmo 2011 (da Bacalhôa Vinhos de Portugal) foi o único representante português nas Grandes Medalhas de Ouro no concurso alemão Berliner Wein Trophy, realizado em Julho de 2017. No total foram atribuídas 24 destas medalhas. Os produtores portugueses levaram ainda 46 Medalhas de Ouro (1.374 no total) e 12 de Prata (1.609 no total). Se no ano passado os produtores portugueses conseguiram menos medalhas no total (54 contra 59 deste ano), em 2016 Portugal trouxe duas Grandes Medalhas de Ouro. Mas levou mais de Ouro (mais 3) e de Prata (mais 3).
A prova decorreu em Berlim e juntou um grupo de jurados internacional que avaliou mais de 5.000 vinhos. As pontuações conseguidas permitiam que existissem mais medalhas, mas, segundo as regras do concurso (inspiradas da OIV), apenas 30% dos vinhos podem receber medalhas. Assim, nenhum vinho até aos 83 pontos conseguiu qualquer medalha, quando a fórmula estipula que chegam 82 pontos.
Só por curiosidade, Portugal ficou em sexto lugar no número de medalhas, atrás da Alemanha, Itália, Espanha, França e Áustria.
Resultados completos no site do concurso.