Vinhos de Setúbal reforçam presença nos voos da TAP

No âmbito do projeto TAP Wine Experience, foi desenvolvida uma parceria entre a Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal, a TAP Air Portugal e quatro empresas da Região. Durante o último trimestre de 2019 e o início de 2020, a TAP apresenta aos seus passageiros uma oferta alargada de vinhos da Península de Setúbal. […]

No âmbito do projeto TAP Wine Experience, foi desenvolvida uma parceria entre a Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal, a TAP Air Portugal e quatro empresas da Região. Durante o último trimestre de 2019 e o início de 2020, a TAP apresenta aos seus passageiros uma oferta alargada de vinhos da Península de Setúbal. A bordo estarão disponíveis para prova os vinhos da Adega de Palmela, Casa Ermelinda Freitas, Quinta da Bacalhôa e Quinta Brejinho da Costa.

Para quem costuma viajar em classe Económica nas rotas de Angola, EUA e Brasil, poderá acompanhar as suas refeições a bordo com os vinhos da Casa Ermelinda Freitas: O Dona Ermelinda Tinto e o Dona Ermelinda Branco.

Se estiver a planear a sua próxima viagem ao Rio de Janeiro ou a São Paulo em classe Executiva, terá disponíveis três propostas da Quinta Brejinho da Costa: Quinta Brejinho da Costa Selection Rosé, Quinta Brejinho da Costa Selection Branco e Quinta Brejinho da Costa Reserva Tinto.

A Quinta da Bacalhôa apresentará na classe Executiva das rotas de Angola, Brasil e Portugal, para a Madeira e os Açores, o seu Quinta da Bacalhôa Tinto e, na classe Económica da Bélgica, Holanda e Portugal para a Madeira e os Açores, os vinhos Serras de Azeitão Tinto e Serras de Azeitão Branco.

Se voar pelas rotas da Finlândia e Suécia, poderá provar os vinhos selecionados pela Adega de Palmela que se encontram divididos entre a classe Económica e a classe Executiva: Villa Palma Reserva Tinto, Villa Palma Reserva Branco, Chafariz Dona Maria Tinto e Villa Palma Branco.

“Lisboa” elegeu os seus melhores vinhos em concurso

vencedores Concurso dos Vinhos de Lisboa 2019

Os três vinhos mais pontuados do Concurso dos Vinhos de Lisboa de 2019 são mono-varietais: trata-se de um Alvarinho, um colheita tardia de Semillon e um Syrah. Os três vinhos que levaram Medalha de Excelência partilham também outra coincidência: todos eles têm a mão do enólogo António Ventura. O conjunto dos jurados deu ainda pontuação […]

Os três vinhos mais pontuados do Concurso dos Vinhos de Lisboa de 2019 são mono-varietais: trata-se de um Alvarinho, um colheita tardia de Semillon e um Syrah. Os três vinhos que levaram Medalha de Excelência partilham também outra coincidência: todos eles têm a mão do enólogo António Ventura. O conjunto dos jurados deu ainda pontuação suficiente para se atribuírem 40 Medalhas de Ouro e 11 medalhas de Prata. Um resultado muito bom para a qualidade dos vinhos da região, como salientou em discurso Francisco Toscano Rico, presidente da Comissão Vitivinícola Regional. Que anunciou, aliás, que a região está a “bater recordes absolutos todos os meses”. Este ano poderá mesmo chegar a um número equivalente a 60 milhões de garrafas, inédito na região. A grande maioria (80%), note-se, vai para a exportação. Com a produção e as vendas de ‘vento em popa’, Toscano Rico quer agora dedicar-se a um novo desafio. Bom, já não é novo, mas será provavelmente agora a melhor altura para o enfrentar. Falamos da valorização dos vinhos de Lisboa, que têm ainda um preço médio muito baixo.

Francisco Toscano Rico
Francisco Toscano Rico, presidente da CVR de Lisboa.

Recorrendo a dados da Nielsen, empresa de estudos de mercado, Francisco Toscano Rico alertou os muitos produtores presentes que não recorram às usuais promoções das grandes superfícies: “estas promoções, não dão acréscimo de vendas”. Para ajudar à notoriedade da marca Lisboa, a CVR irá continuar com a promoção junto de líderes de opinião e de mercados internacionais. A reestruturação do site e mais trabalho nas redes sociais são outros objectivos da CVR Lisboa. Com tudo isto, e mais algumas coisas, Francisco Toscano Rico quer que a Lisboa seja em 2050 “a região mais competitiva do país”. José Sá Fernandes, que discursou a seguir, exprimiu novamente todo o apoio da Câmara Municipal (a maior do país) à região vitivinícola com que partilha o nome.
Outras iniciativas referidas pelo presidente da CVR Lisboa incluem a continuação de um seguro colectivo para a viticultura da região, que, neste momento, abrange um capital avaliado em 20 milhões de euros. Outro número interessante apresentado foi de que 80% dos viticultores de Lisboa são associados de algumas das várias cooperativas da região.
A entrega de prémios decorreu durante um jantar celebrado na Câmara Municipal de Lisboa.
Presentes estiveram José Sá Fernandes, o vereador mais entusiasta da vinha e do vinho (e dos espaços verdes da cidade), assim como Bernardo Gouvêa, presidente do IVV, entre outras individualidades.
Vamos ver agora os principais premiados, com a medalha de Excelência e de Ouro.

 

 


Medalhas de Excelência
Página Reg. Lisboa Alvarinho Escolha branco 2018 (Romana Vini)
Quinta do Convento de Nossa Senhora da Visitação Reg. Lisboa Semillon Colheita Tardia branco 2015 (Quinta do Convento de Nossa Senhora da Visitação)
Zavial Óbidos Syrah Reserva tinto 2015 (Vidigal Wines)

Medalhas de Ouro
Vinhos tintos
AdegaMãe Touriga Franca 2016 (Adegamãe)
Alteza 2017 (Casa Santos Lima)
Aproximar Syrah, Touriga Nacional 2017 (Adega Coop. de Dois Portos)
Confidencial Reserva 2014 (Casa Santos Lima)
CSL Cabernet Sauvignon 2016 (Casa Santos Lima)
Dory Reserva 2016 (Adegamãe)
Marquês de Olhão 2011 (Sociedade Agrí. Cunha e Folque)
Mundus Reserva 2013 (Adega Coop. da Vermelha)
Puro Caves Rendeiro Escolha Syrah 2015 (Caves Rendeiro)
Quinta da Folgorosa 2012 (Sociedade Agrí. Quinta da Folgorosa)
Quinta da Murnalha Syrah, Aragonez, Alicante Bouschet 2016 (Frutas Nobre)
Quinta de Pancas Reserva Cabernet-Sauvignon, Touriga Nacional, Syrah 2016 (Quinta Pancas Vinhos)
Quinta de São Bartolomeu 2015 (Sociedade Agrí. Cunha e Folque)
Únicos Reserva 2016 (João Pedro Machado Duarte)
Velharia Reserva Syrah 2014 (Adega Coop. da Labrugeira)
Vinhos brancos
5ª Lagar Novo 2017 (Luís Elias Gonçalves de Carvalho)
Capicua Colheita Tardia 2016 (Cerrado da Porta)
Empatia Vital 2017 (Adega Coop. da Labrugeira)
Mirante 2018 (Adega Coop. de Carvoeira)
Montes 2017 (Adega Coop. de Alcobaça)
Mundus Colheita Tardia 2017 (Adega Coop. da Vermelha)
Peripécia Chardonnay 2018 (Cerrado da Porta)
Quinta das Cerejeiras Grande Reserva 2017 (Companhia Agrí. do Sanguinhal)
Quinta de Pancas Arinto, Chardonnay, Vital 2018 (Quinta de Pancas)
Quinta de Vale Mourisco Fernão Pires, Chardonnay, Viognier 2016 (Quinta de Vale Mourisco)
Quinta do Convento de N.ª Sr.ª da Visitação Reserva 2018 (Quinta do Convento da Visitação)
Quinta do Gradil Alvarinho 2018 (Quinta do Gradil)
Quinta do Gradil Chardonnay 2018 (Quinta do Gradil)
Quinta do Monte d’Oiro – Lybra Arinto, Marsanne, Viognier 2018 (José Manuel F. Bento dos Santos)
Quinta do Pinto Reserva Arinto 2017 (Quinta do Pinto)
Quinta do Pinto Reserva Viognier & Chardonnay 2017 (Quinta do Pinto)
Quinta do Rendeiro Colheita Tardia 2017 (Caves Rendeiro)
Reserva dos Amigos Reserva Chardonnay 2017 (Vidigal Wines)
Sanguinhal Arinto & Chardonnay 2018 (Companhia Agrí. do Sanguinhal)
Solar da Marquesa branco leve Moscatel Graúdo 2018 (Casa Agr. Horácio Nicolau)
Velhos Tempos 2018 (Adega Coop. de Carvoeira)
Outros
Página Colheita Selecionada Touriga Nacional rosé 2018 (Romana Vini)
Quinta do Boição Licoroso 2003 (Enoport – produção de Bebidas)
Figurativa XO aguardente Lourinhã (Adega Coop. da Lourinhã)
Quinta do Rol XO aguardente Lourinhã (Sociedade Agr. Quinta do Rol)

Quinta da Pacheca brilha nos prémios Best of Wine Tourism

O complexo enoturístico da Quinta da Pacheca, em pleno Douro vinhateiro, é o vencedor absoluto português dos prémios «Best of Wine Tourism 2020», uma competição a nível mundial promovida pela “Rede de Capitais de Grandes Vinhedos – Great Wine Capitals Global Network”. O prémio foi atribuído pelo júri internacional, numa cerimónia que teve lugar na […]

O complexo enoturístico da Quinta da Pacheca, em pleno Douro vinhateiro, é o vencedor absoluto português dos prémios «Best of Wine Tourism 2020», uma competição a nível mundial promovida pela “Rede de Capitais de Grandes Vinhedos – Great Wine Capitals Global Network”.

O prémio foi atribuído pelo júri internacional, numa cerimónia que teve lugar na cidade francesa de Bordéus, seguindo-se agora a etapa da eleição do preferido do público, cuja votação termina a 21 de Novembro.

O projecto enoturístico da empresa conheceu um impulso maior em 2018, com a inauguração dos wine barrels, suites em forma de pipos gigantes, que são já um ex-libris na oferta de estadia na região. Dentro de poucos meses, a Quinta da Pacheca estará equipada com uma nova ala do actual The Wine House Hotel, dotada de mais 24 quartos. Completarão a oferta um spa com tratamentos de vinoterapia, uma piscina exterior, um novo restaurante e uma nova sala de provas, com maior capacidade de lotação.

Revolução mecânica no Douro?

Máquina de vindimar no Douro, na Symington Family Estates

Já não é segredo para ninguém que o Douro está a viver gravíssimos problemas de mão-de-obra, especialmente na altura da vindima. Aos nossos ouvidos têm chegado toda a espécie de histórias dramáticas de produtores que adiantam ou atrasam a vindima porque não têm outra solução, afectando assim a potencial qualidade das uvas e do vinho […]

Já não é segredo para ninguém que o Douro está a viver gravíssimos problemas de mão-de-obra, especialmente na altura da vindima. Aos nossos ouvidos têm chegado toda a espécie de histórias dramáticas de produtores que adiantam ou atrasam a vindima porque não têm outra solução, afectando assim a potencial qualidade das uvas e do vinho daí resultante. Apesar de ter tido uma produção bem superior aos anos de 2017 e 2018, o ano de 2019 até que nem foi muito madrasto neste sentido, porque correu seco e com menos calor do que o normal. Em muitos casos, uma diferença de uma semana na vindima podia até nem ser dramática, mesmo considerando a desidratação dos cachos. Mas basta que existam nesta altura calores anormais ou chuvas ininterruptas e o cenário muda drasticamente: ou se colhem uvas em passa ou podres. Nenhuma faz bons vinhos.
Cada vez há menos mão-de-obra local, que coincide com uma redução significativa da população activa no Douro. Por isso, muito se tem falado em soluções alternativas, como trazer pessoal estrangeiro em grande quantidade, incluindo de países fora da Europa. Mas não é a solução mais fácil, nem será a mais barata. E tem outras complicações, sociais e políticas, por exemplo.
A outra alternativa está na mecanização da vindima, um projecto até há pouco impossível pela morfologia do terreno do Douro, com enormes inclinações equipadas de socalcos ou patamares, e, nos dois casos, bardos estreitos. Mesmo nas vinhas ao alto, as inclinações são enormes.

A máquina Hoffmann, com e sem o acessório de vindimar.
A máquina Hoffmann, com e sem o acessório de vindimar.

Iniciativa portuguesa, engenharia alemã
Pois bem, a situação está a mudar, pelas mãos do maior proprietário de vinhas no Douro, a Symington Family Estates. Com mais de dois mil hectares de terra e mais de mil hectares de videiras, a Symington cedo acreditou que a solução teria de passar pela mecanização. Iniciou assim um projecto apoiado pelo programa comunitário ProDeR, em conjunto com mais instituições, como a Universidade de Trás-os-Montes e, como parceiro tecnológico, a empresa alemã CH Engineering. Esta última foi a responsável pelo desenvolvimento do acessório de vindima para uma máquina-base já existente. A máquina base é da empresa alemã Hoffmann Landmaschinen e daí ao máquina ser considerada até agora com o nome Symington-Hoffmann.
A máquina tem lagartas, assegurando assim boa tracção e muita estabilidade, estando garantida para operar em vinhas ao alto com grandes inclinações, até aos 75%! O projecto para a criação do acessório para vindimar nasceu há sete anos. A máquina daí resultante teve depois quatro anos de desenvolvimento e testes. Os últimos resultados são muito bons, como nos disse Charles Symington, o director de produção da casa duriense: “a máquina de vindimar (…) teve um bom desempenho nos patamares em várias das nossas quintas e excedeu mesmo as nossas expectativas”.
Em 2017, por exemplo, a máquina colheu em pouco mais de 4 horas, 4,2 toneladas de uvas. O que dará um rendimento aproximado de 10 toneladas por 8 horas de trabalho. Nada mau, considerando que pode trabalhar a qualquer altura, incluindo à noite. Contudo, não foi ainda testada nestas circunstâncias. A máquina só colhe os cachos, deixando na videira o engaço e as uvas verdes e desidratadas. O depósito para as uvas leva 660 litros.

Muitas perguntas na viticultura duriense?
Muitos viticultores durienses preparam já certamente um rol de perguntas. Neste sentido, Charles disse-nos que a Symington irá “partilhar os resultados dos nossos ensaios e daremos apoio a todas as instituições envolvidas na procura de soluções para a região”. Um primeiro estudo foi já apresentado num simpósio, em 2018. Para além do custo, a maior desvantagem desta máquina vai para a impossibilidade de trabalhar com as vinhas velhas, especialmente porque a idade das plantas condiciona, disse-nos Pedro Leal da Costa (da viticultura da Symington) “a forma de condução e resistências dos materiais lenhosos”. Por outro lado, mesmo as vinhas mais novas precisam de alguma adaptação para se conseguir maximizar a eficácia da máquina; falamos não só da condução das videiras como no acessos aos bardos. A largura mínima na entrelinha, por exemplo, não pode ser inferior a 2 metros.
Finalmente, há a questão do preço. Algumas casas terão capacidade para adquirir estas máquinas, como a Symington já fez, por exemplo, mas, estamos em crer, a maioria irá parar às mãos de empresas de prestação de serviços, que formarão o seu próprio pessoal para as manobrar. Como acontece, aliás, pelo resto do país.
Não conseguimos saber preços, mas a máquina está já em produção na Alemanha. Em Portugal, é a Jopauto a comercializar e dar assistência.
Máquina de vindimar Symington-Hoffmann

E a qualidade do vinho vai ser afectada?
Para o consumidor enófilo, a maior preocupação vai para a qualidade do vinho. Ora, neste aspecto, a máquina também pode ter vantagens. Em primeiro lugar, diz ainda Charles Symington, “provas cegas comparativas de vinhos produzidos a partir de uvas vindimadas à mão e vindimadas mecanicamente revelam que a qualidade é idêntica”. Mas onde a máquina pode fazer toda a diferença é na disponibilidade de vindima: “a máquina de vindimar permite uma maior flexibilidade em colher as uvas no momento mais indicado, sem estar dependente da logística cada vez mais complexa de reunir grupos de vindimadores, cada vez mais escassos. A capacidade de respondermos rapidamente às condições na vinha permite-nos correr mais riscos no sentido de elevar ainda mais a fasquia da qualidade”, revela ainda Charles Symington. E termina: “acreditamos ter encontrado uma solução viável para uma das grandes questões que confrontam o futuro da nossa região”. (texto de António Falcão. Fotos cortesia Symington Family Estates)

Vinhos de Portugal marcam presença em Munique

De 8 a 10 de Novembro, a ViniPortugal lidera a comitiva nacional que vai participar na Forum Vini, uma feira vínica internacional que tem lugar em Munique. O objectivo é dar a conhecer vinhos portugueses de qualidade junto dos 9500 visitantes esperados no evento, onde se incluem profissionais do sector e comunicação social. A Alemanha […]

De 8 a 10 de Novembro, a ViniPortugal lidera a comitiva nacional que vai participar na Forum Vini, uma feira vínica internacional que tem lugar em Munique. O objectivo é dar a conhecer vinhos portugueses de qualidade junto dos 9500 visitantes esperados no evento, onde se incluem profissionais do sector e comunicação social. A Alemanha é um dos principais mercados tradicionais de vinhos tranquilos e um dos destinos prioritários na estratégia de promoção da marca “Wines of Portugal”.

Adega Ponte Lima, Casa Santos Lima, Esporão, Filipe Palhoça Wines, Juliana Kelman Wines, Quinta do Paral, Casa Romana Vini, Monte da Ravasqueira e Wines and Winemakers by Saven formam a representação portuguesa no evento.

Os visitantes poderão saber mais sobre a realidade vitivinícola nacional participando em dois seminários, conduzidos por David Schwarzwalder, jornalista e especialista em vinhos: “Lisbon and the surrounding wine regions”, no dia 8, e “Portugal’s complex white wine world”, no dia 9 de Novembro.

AdegaMãe lança projecto de valorização para jovens reclusos

A AdegaMãe e o EPL – Estabelecimento Prisional de Leiria (Jovens) – estabeleceram uma parceria de valorização de competências profissionais para jovens reclusos, na área da viticultura e da produção de vinho, que se traduz igualmente no lançamento de uma nova marca de vinhos no mercado. Os vinhos Inclusus, colheitas Tinto e Branco, já estão […]

A AdegaMãe e o EPL – Estabelecimento Prisional de Leiria (Jovens) – estabeleceram uma parceria de valorização de competências profissionais para jovens reclusos, na área da viticultura e da produção de vinho, que se traduz igualmente no lançamento de uma nova marca de vinhos no mercado. Os vinhos Inclusus, colheitas Tinto e Branco, já estão disponíveis para os consumidores e são o resultado deste projecto que visa potenciar ferramentas de reinserção social. Desde a viticultura e vindima até ao trabalho final de adega, o processo produtivo destes vinhos conta com o empenho dos jovens reclusos.

O Projecto Inclusus arrancou com a vindima de 2018, quando foram colhidas as uvas que deram origem aos primeiros vinhos agora colocados no mercado. A vindima 2019 também já foi realizada, precisamente na Quinta Lagar D’El Rei, uma área sob administração do EPL, onde se encontram 3,6 hectares de vinha em produção. Das cerca de 17 toneladas de uvas colhidas, 9 destinam-se à vinificação na AdegaMãe, em Torres Vedras, dando origem a 8 mil garrafas. Numa primeira fase, os vinhos estão disponíveis para venda nas lojas da AdegaMãe, no Estabelecimento Prisional de Leiria (Jovens), bem como nas lojas Boa Vizinhança, no Rato, e na loja CVR Lisboa, no Mercado da Ribeira, em Lisboa.

“Este é um projecto de grande valor simbólico para nós. É um orgulho para a AdegaMãe estar associada ao EPL e contribuir para o sucesso de todo o trabalho de reinserção social que tem vindo a ser desenvolvido. Para além de toda a colaboração no processo produtivo, o lançamento desta nova marca de vinhos, Inclusus, é, por si só, um importante alerta para todas as questões relacionadas com as boas práticas de reinserção social e com o futuro destes jovens”, afirma Bernardo Alves, director-geral da AdegaMãe.

Joana Patuleia, directora deste Estabelecimento Prisional refere que se trata de “uma parceria muito importante para o Estabelecimento Prisional de Leiria (Jovens), considerando como pontos fortes a formação profissional na área da vitivinicultura e o aumento dos postos de trabalho, tendo como foco a valorização dos jovens através do trabalho, contribuindo assim para o êxito da sua reinserção social”.

Os vinhos, já no mercado, têm um preço de €3,99, sendo o tinto feito de Castelão e Aragonez e o branco de Fernão Pires e Arinto.

Comissão Europeia criou um Observatório do Mercado do Vinho

site do Observatório do Mercado do Vinho da CEE

Já existem vários observatórios na Comissão Europeia para produtos agrícolas (como horto frutícolas, açúcar, carne e leite, entre outros). Pois bem, agora chegou a vez do vinho, oficialmente inaugurado dia 4 de Novembro. O início do Observatório do Mercado do Vinho foi marcado por uma reunião que definiu quais os objectivos deste organismo, que começa […]

Já existem vários observatórios na Comissão Europeia para produtos agrícolas (como horto frutícolas, açúcar, carne e leite, entre outros). Pois bem, agora chegou a vez do vinho, oficialmente inaugurado dia 4 de Novembro.
O início do Observatório do Mercado do Vinho foi marcado por uma reunião que definiu quais os objectivos deste organismo, que começa por proporcionar relatórios de curto prazo e trazer mais transparência a um sector muito importante para a agricultura da União Europeia. De facto, a EU é de longe o maior produtor de vinho do mundo, sendo responsável por 65% da produção mundial e 70% das exportações.
O Observatório do Mercado do Vinho ficará responsável por fornecer um conjunto de dados de mercado, incluindo produções, preços, e dados do comércio. E fá-lo-á com regularidade, tal como será regular nos relatórios de mercado e de expectativas a curto e médio prazo. Outra das suas funções será a realização de reuniões regulares com peritos, para discutir a situação do mercado.
O Observatório irá trabalhar com todos os tipos de vinho e com todos os tipos de indicação geográfica protegidas.
A Comissão Europeia tem criado estes observatórios para ajudar o sector agrícola a fazer frente com maior eficácia à volatilidade dos mercados. E, ao mesmo tempo, garante uma maior transparência em cada sector agrícola.

Novas provas de que o vinho protege contra a doença de Alzheimer

O grupo de investigação de Neuroquímica da Universidade de Castilla-La Mancha (UCLM) demonstrou que o resveratrol, molécula existente em alguns alimentos como a uva tinta, poderá ter um efeito neuroprotector face a doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. A notícia veio do site espanhol Mercados del Vino y de la Distribución e refere que o resveratrol […]

O grupo de investigação de Neuroquímica da Universidade de Castilla-La Mancha (UCLM) demonstrou que o resveratrol, molécula existente em alguns alimentos como a uva tinta, poderá ter um efeito neuroprotector face a doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. A notícia veio do site espanhol Mercados del Vino y de la Distribución e refere que o resveratrol actua sobre os receptores celulares que recolhem a mensagem dessas moléculas, incluindo a adenosina, que dizem ao cérebro o que ele tem que fazer para executar funções como pensar, falar, compreender, aprender ou memorizar.
Uma das autoras do estudo, Mairena Martín, professora de Bioquímica e Biologia Molecular, explica que “o resveratrol é capaz de actuar no cérebro de forma semelhante às moléculas mensageiras naturais da célula”, e acredita que ele pode “contribuir para aliviar o efeito da degeneração celular e morte que ocorre em neurónios cerebrais de pessoas com doença de Alzheimer”.
Um primeiro estudo de amostras de cérebro pós-morte de pacientes que morreram com a doença de Alzheimer mostrou deficiências na adenosina e os seus receptores celulares. Actualmente, no estudo elaborado com a colaboração das universidades Pompeu Fabra e Autonome de Barcelona, observou-se que o resveratrol poderia prevenir tal alteração e, portanto, contribuir para o não desenvolvimento da doença de Alzheimer. Este estudo foi publicado na revista científica Free Radical Biology & Medicine.
Mairena Martín afirma que “o vinho tinto é rico em moléculas com efeito antioxidante, entre eles polifenóis, de que faz parte o resveratrol”. Além disso, a investigadora explica que estas moléculas “diminuem, e até bloqueiam, o stress oxidativo que está relacionado com muitas patologias, incluindo cardiovasculares, neurodegenerativas ou cancro. Por tudo isso, um consumo moderado de vinho tem sido considerado saudável e faz parte da chamada Dieta Mediterrânica”.
Existem inúmeros estudos publicados sobre os efeitoos do resveratrol, mostrando o papel do vinho tinto contra as doenças coronárias. Neste aspecto, afirma o estudo, “o resveratrol confirmou-se como cardioprotector, quimiopreventivo e quimioterapêutico, bem como um composto neuroprotector”, afirma também o estudo. (texto de António Falcão)