Quinta de La Rosa abre espaço de pizzas e snacks

Depois da abertura do restaurante Cozinha da Clara, em 2017, a Quinta de La Rosa, localizada no Pinhão, Douro, cria agora um espaço com o nome Tim’s Terrace, em homenagem ao pai da proprietária Sophia Bergqvist. Apaixonado pelo Douro e pela sua Quinta, Tim Bergqvist gostava especialmente de fazer as suas refeições ao ar livre. […]

Depois da abertura do restaurante Cozinha da Clara, em 2017, a Quinta de La Rosa, localizada no Pinhão, Douro, cria agora um espaço com o nome Tim’s Terrace, em homenagem ao pai da proprietária Sophia Bergqvist. Apaixonado pelo Douro e pela sua Quinta, Tim Bergqvist gostava especialmente de fazer as suas refeições ao ar livre. Num registo mais informal e descontraído, o “Terraço do Tim” nasce para alargar a oferta gastronómica da Quinta de La Rosa, que agora conta com pizzas e snacks ao almoço (Terça-feira a Sábado) e barbecue ao jantar (Terças e Sábados; ou sob marcação). Também as cervejas La Rosa têm aqui um lugar de destaque. Na verdade, fazer pizzas é um dos talentos de Kit Weaver, um dos três filhos de Sophia que, para ajudar a implementar o novo projecto, fez formação específica em Inglaterra. Cabe a Kit idealizar as pizzas, tentando ao máximo exaltar o Douro nos seus ingredientes, sem esquecer o uso do Quinta de La Rosa Azeite Virgem Extra.

A estreia faz-se com quatro pizzas. Destaque para a Pizza de Tomate Coração-de-Boi (€10), disponível durante o mês de Agosto, por ser a época dele. Kit criou uma original pizza de queijo da Serra, figos e cebola caramelizada (€12,75), não esqueceu a universal ‘Margherita’ (€10) e acrescentou uma de pimento, cogumelos e chourição (€12,20).

Às pizzas juntam-se o Prego do Tim (€15), uma das iguarias favoritas do pai de Sophia, em que o ovo estrelado não falta e ao qual se juntam batatas fritas; e o hambúrguer com cebolada de vinho do Porto, alface, tomate e batata brava a acompanhar (€18). Para abrir o apetite, salada fresca (€5), bolinhos de bacalhau (€7) e esferas de alheira recheadas com queijo da Serra (€7,50).

No final, uma selecção de gelados caseiros: baunilha, o favorito de Tim (€3), cremoso gelado de chocolate a 70% (€3,80) e o delicioso gelado de morango (€3).

Já o Barbecue, nos jantares de Terça-feira e Sábado, foi um desafio de Pedro Cardoso, chefe-executivo do Cozinha da Clara e apreciador de um churrasco bem elaborado. Nas entradas estão o pão com chouriço, caseiro e feito em forno de lenha, azeitonas & azeite Quinta de La Rosa e gaspacho de tomate. Mini frangos, picanha, cachaço de porco e alheiras são as quatros opções das carnes. Nos acompanhamentos constam as saladas de alface, tomate e cenoura; laranja; quinoa com maçã; batata; pickles de beterraba e abacaxi grelhado. Na lista de molhos estão os aioli, chimichurri, barbecue, vinagrete e a mostarda Dijon. A refeição é finalizada com uma sobremesa, chocolate & frutos vermelhos com gelado de baunilha. Tudo isto por €35 por pessoa.

Novo dispositivo detecta doenças na vinha

máquina para detectar doenças na vinha

Texto: António Falcão Foto: Radio Télévision Suisse Estamos em plena Primavera e esteve a chover durante algumas horas. Os viticultores mais avançados podem ter instalado um sistema de alerta baseado em estações meteorológicas. Mas nunca há a certeza se o míldio ou oídio vão atacar e, caso haja ataque, quando vai acontecer. O ‘quando’ é […]

Texto: António Falcão

Foto: Radio Télévision Suisse

Estamos em plena Primavera e esteve a chover durante algumas horas. Os viticultores mais avançados podem ter instalado um sistema de alerta baseado em estações meteorológicas. Mas nunca há a certeza se o míldio ou oídio vão atacar e, caso haja ataque, quando vai acontecer. O ‘quando’ é extremamente importante porque evita que o viticultor faça o tratamento demasiado cedo ou demasiado tarde. O timing aqui pode aumentar ao máximo a eficácia e evitar o uso desnecessário de produtos químicos. Além de que sai mais barato…

Para ter a certeza, o viticultor, até agora, tinha de ir à vinha pessoalmente e verificar se começavam a aparecer os primeiros indícios de doença. Um ou dois dias podem fazer muita diferença…

Tudo isto para dizer que o departamento de física aplicada da Universidade de Genève (Suíça) inventou um dispositivo que, graças a sensores laser, consegue detectar os esporos das doenças no ar. O aparelho é colocado junto à vinha e, quando detecta as doenças, avisa imediatamente o viticultor.

Jérôme Kasparian, professor, diz que o sistema é capaz de “dizer ao viticultor que começam a aparecer esporos e que está na altura de tratar”. Jean-Pierre Wolf, outro professor, afirma que “a instalação está numa fase de avaliação, mas os primeiros testes foram muito conclusivos”. O aparelho foi apresentado recentemente no 42º congresso internacional da vinha e do vinho, que decorreu em Genève e a notícia foi veiculada pelo canal suíço de TV, Radio Télévision Suisse.

Faleceu José Mateus Ginó, da Fundação Eugénio de Almeida

Texto: António Falcão Foto: Jerónimo Heitor Coelho A notícia apanhou-nos de chofre, de forma atordoante. José Mateus Ginó, responsável máximo da Fundação Eugénio de Almeida (FEA), faleceu hoje, depois de doença prolongada. Homem de fácil trato, de perfil, discreto, José congregava simpatia por onde passava. Vai certamente deixar muitas saudades a todos que com ele […]

Texto: António Falcão

Foto: Jerónimo Heitor Coelho

A notícia apanhou-nos de chofre, de forma atordoante. José Mateus Ginó, responsável máximo da Fundação Eugénio de Almeida (FEA), faleceu hoje, depois de doença prolongada. Homem de fácil trato, de perfil, discreto, José congregava simpatia por onde passava. Vai certamente deixar muitas saudades a todos que com ele privaram.

Tinha formação em agricultura que, mais tarde, ampliou para gestão. Antes de estar à cabeça da Fundação, um dos maiores produtores de vinho do Alentejo, José Ginó era director comercial. Em 2017, foi eleito Presidente do Conselho Executivo da FEA, casa onde estava há mais de 20 anos. Por inerência, era ainda administrador da Viborel Distribuição, de que a FEA é sócia. Numa nota mais pessoal, era um fã de corrida e, para os que o conheciam melhor, tinha um apreço especial pelo Sport Lisboa e Benfica.

À família, aos muitos amigos de José e a toda a equipa da Fundação Eugénio de Almeida, a Grandes Escolhas apresenta as mais sinceras condolências.

Verallia optimiza ferramenta de criação virtual de embalagens

A Virtual Glass é uma ferramenta digital que já existia, mas a Verallia lançou agora uma versão optimizada. Basicamente, permite aos clientes criar e visualizar, com grande realismo, embalagens de vidro cheias, rotuladas e com cápsulas. Na ponta das tecnologias de realidade virtual e de cálculo 3D, a Virtual Glass cria, rapidamente, renderizações com uma […]

A Virtual Glass é uma ferramenta digital que já existia, mas a Verallia lançou agora uma versão optimizada. Basicamente, permite aos clientes criar e visualizar, com grande realismo, embalagens de vidro cheias, rotuladas e com cápsulas. Na ponta das tecnologias de realidade virtual e de cálculo 3D, a Virtual Glass cria, rapidamente, renderizações com uma qualidade inédita em termos de definição das imagens. Estas renderizações reúnem até seis modelos e podem ser utilizadas para fins de comunicação (catálogo online, visuais de divulgação…). Depois de ter escolhido uma garrafa pelo catálogo, o cliente acrescenta o conteúdo e/ou uma cápsula à sua escolha, e pode colocar os seus próprios rótulos. Visualiza assim o projecto do seu produto, pode colocá-lo numa cena neutra ou realista, e pode compará-lo com outro projecto ou produto existente.

“Facilidade, rapidez, qualidade: estas são as características do Virtual Glass! Em apenas alguns minutos, a ferramenta permite testar produtos, rótulos e cápsulas antes de os colocar em cena e obter renderizações tão qualitativas como uma fotografia de alta definição. É uma ferramenta de trabalho colaborativo de concepção. Bem mais do que uma ajuda à decisão, também é uma ajuda à comercialização!”, explica Karim Boussabah, Director de Marketing do Grupo Verallia.

Esta ferramenta digital está disponível através do portal de clientes online da Verallia, MyVerallia. O vídeo elucida:

Encosta do Sobral muda de mãos

A Encosta do Sobral, produtora de vinhos da região de Tomar, até há pouco na posse da família Sereno, foi parar às mãos de outro produtor de vinho, a Santos & Seixo. O negócio envolveu todos os activos da Encosta do Sobral, da terra às marcas, passando por todos os imóveis da casa. As marcas […]

A Encosta do Sobral, produtora de vinhos da região de Tomar, até há pouco na posse da família Sereno, foi parar às mãos de outro produtor de vinho, a Santos & Seixo. O negócio envolveu todos os activos da Encosta do Sobral, da terra às marcas, passando por todos os imóveis da casa. As marcas actuais incluem Cabeço da Pedra, Encosta do Sobral e Different.
Pedro Sereno vai continuar à frente da enologia e viticultura, ele que conhece como ninguém os 60 hectares de vinhas da propriedade e a adega, que tem capacidade para vinificar mais de 1 milhão de litros. Pedro Seixo, da Santos e Seixo, disse-nos ainda que as infra-estruturas desta propriedade vão ser altamente vantajosas para a operação da sua empresa, especialmente no engarrafamento. Recorde-se que a Santos & Seixo produz vinho em várias regiões do país (Douro, Alentejo e Vinhos Verdes) e é detentora de marcas como Santos da Casa e Rotas de Portugal. Pedro Seixo confirmou-nos que irá manter as marcas da Encosta do Sobral. Não foi divulgado o montante investido.
Recorde-se que a vinha situa-se em terrenos pobres, de meia encosta, com orientações diversas e tipos de solo diferenciados, com o xisto a surgir com alguma frequência, fazendo lembrar os terrenos do Douro. Nas zonas dos vinhos brancos dominam os solos argilo-calcários. Estamos nas freguesias da Junceira e da Serra, a escassos quilómetros de Tomar. Recorde-se que os primeiros vinhos desta casa saíram da colheita de 2002. (texto de António Falcão)

Black Sheep: o wine bar que não segue o rebanho

Tudo começou quando Brian Patterson, um norte-americano a viver em Lisboa desde 2017, perguntou aos amigos: “Um lugar em Lisboa onde se possa beber vinhos de pequenos produtores portugueses, há?”. Bastou isto para, ao lado da sua companheira de longa data, Jennifer, abrir o seu próprio bar. O nome é Black Sheep, o que vai […]

Tudo começou quando Brian Patterson, um norte-americano a viver em Lisboa desde 2017, perguntou aos amigos: “Um lugar em Lisboa onde se possa beber vinhos de pequenos produtores portugueses, há?”. Bastou isto para, ao lado da sua companheira de longa data, Jennifer, abrir o seu próprio bar.

O nome é Black Sheep, o que vai de encontro ao conceito que serviu de alicerce para Brian e Jennifer erguerem o seu espaço: fora do banal, divergir da corrente. É na Praça das Flores, em Lisboa, e também funciona como loja, e os proprietários querem “dar a provar vinhos de terroir, na sua maioria naturais, orgânicos e biodinâmicos, que não se encontram nas prateleiras dos supermercados”, de Norte a Sul de Portugal Continental, e também das ilhas. Mas não é apenas por serem vinhos oriundos destes métodos de produção que Brian lhes dá relevo, e explica que “Prefiro fixar-me no carácter único e nas características de cada produtor. Sei que muitas pessoas vêm porque ouviram falar que aqui há a possibilidade de provar esse tipo de vinhos, inclusive a copo, mas eu prefiro pensar que eles vêm sobretudo pela oportunidade de provar e ficar a saber mais sobre os vinhos e produtores menos conhecidos”.

E a melhor parte é que o custo do vinho a copo não vai deixar ninguém a “arder”, variando entre os €3,50 e os €6,50.

Alentejo deverá produzir mais vinho este ano

Vindima no Alentejo

Quem o diz é a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), que calcula que a subida oscile entre 5 e 10% mais do que em 2018. Ou seja, em valores totais, o Alentejo poderá produzir entre 115 a 120 milhões de litros em 2019, volume superior à média dos últimos 5 anos, que foi de 110 […]

Quem o diz é a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), que calcula que a subida oscile entre 5 e 10% mais do que em 2018. Ou seja, em valores totais, o Alentejo poderá produzir entre 115 a 120 milhões de litros em 2019, volume superior à média dos últimos 5 anos, que foi de 110 milhões.
Para chegar a estes valores, a CVRA recorre, desde há 20 anos, à previsão pelo método polínico (recolha de pólen na fase de floração) através de parceria com a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, que aponta nas suas previsões para a subida na produção. Francisco Mateus, presidente da CVRA, assinala que “a previsão é um instrumento essencial para calcular o nível de stocks e a capacidade de resposta às necessidades do mercado”, mas adianta que “serão as condições climatéricas a ditar a quantidade de uvas que se vai produzir no Alentejo”.
A região, com cerca de 22.500 hectares de vinha, já tem produtores a vindimar ainda antes de Agosto, antevendo-se que as operações de vindima possam decorrer até ao final do mês de Setembro.

Mélange à 3, um tinto de Carvalhais para um público jovem

Carvalhais Mélange à 3

O nome pode ser estranho, até para o estilo sóbrio da Sogrape Vinhos, mas é mesmo assim. Esta nova marca tem a chancela da Quinta dos Carvalhais, onde está a operação Dão da Sogrape. O vinho chama-se Mélange à 3 e é um tinto de 2018. O nome vem das três castas – Touriga Nacional, […]

O nome pode ser estranho, até para o estilo sóbrio da Sogrape Vinhos, mas é mesmo assim.
Esta nova marca tem a chancela da Quinta dos Carvalhais, onde está a operação Dão da Sogrape. O vinho chama-se Mélange à 3 e é um tinto de 2018. O nome vem das três castas – Touriga Nacional, a Tinta Roriz e o Alfrocheiro – que o compõem. A Sogrape já anunciou que as colheitas futuras irão manter três castas mas não é garantido que sejam estas três.
O nome é irreverente e mesmo divertido, e marca a entrada da maior empresa portuguesa de vinhos nos néctares com um conceito inovador e dinâmico. Em comunicado de imprensa, a Sogrape fala de “uma opção fácil, descontraída e de qualidade, que procura atrair novos consumidores”.
Para Beatriz Cabral de Almeida, enóloga que assina os vinhos da marca, Mélange à 3 “é um vinho fácil, expressivo e com a forte personalidade do Dão. A Touriga Nacional traz-lhe a intensidade aromática, enquanto a Tinta Roriz lhe confere estrutura de boca e o Alfrocheiro contribui para a sua elegância e complexidade”.
O vinho já está no mercado e no retalho deverá custar na ordem dos €5,99.

Tomate Coração de Boi vai ser rei no Douro, durante Agosto

Tomate Coração de Boi do Douro

O Tomate Coração de Boi do Douro regressa à mesa de prova, no próximo dia 23 de Agosto, na Quinta de Ventozelo, em Ervedosa do Douro. Na sua IV edição, o concurso que veio para mostrar as qualidades superiores do Tomate Coração de Boi do Douro volta a reunir especialistas para elegerem o melhor tomate […]

O Tomate Coração de Boi do Douro regressa à mesa de prova, no próximo dia 23 de Agosto, na Quinta de Ventozelo, em Ervedosa do Douro. Na sua IV edição, o concurso que veio para mostrar as qualidades superiores do Tomate Coração de Boi do Douro volta a reunir especialistas para elegerem o melhor tomate da temporada, integrando o júri chefes de cozinha de referência, enólogos, jornalistas e outros actores na área da gastronomia. Maria de Lourdes Modesto é a convidada de honra desta edição.
A par da prova, mantém-se o espírito festivo do concurso: terminado o apuramento do vencedor, pelas 18h30, tem lugar o jantar volante que é já um ponto de encontro entre produtores de vinhos do Douro, visitantes e turistas, animado por uma mesa de sabores locais e vinhos das quintas concorrentes.
Estrela de Verão, o Tomate Coração de Boi merece um concurso que lhe dê fama, até porque tem, no Douro, argumentos para tal vaidade. Muita luz e grandes amplitudes térmicas típicas da região reforçam as qualidades de textura, sabor e suculência deste fruto carnudo e com poucas sementes. São estas virtudes naturais que os organizadores da iniciativa, Celeste Pereira, proprietária da empresa de comunicação Greengrape, e Abílio Tavares da Silva, produtor de vinhos Foz Torto e apaixonado hortelão, motivando os produtores de vinhos a manterem vivas as hortas de quinta e a produção do tomate, ainda que numa escala familiar e de produção local. É este também um modo de promover o território, a sua diversidade de produto e originalidade.
A participação no concurso é gratuita, sendo a inscrição no jantar volante de 25 euros. Convidam-se os participantes a trazer uma garrafa de vinho para partilhar (preferencialmente, branco, rosé ou espumante, dada a época estival). As inscrições para o jantar são limitadas e requerem reserva e pagamento prévios via e-mail (greengrape@greengrape.pt).

Tomate nos restaurantes por todo o Agosto
A par do concurso, e até ao final de Agosto, os restaurantes de referência da região aderem à Festa do Tomate Coração de Boi, incluindo nas suas ementas pratos inspirados no tomate. Entre os restaurantes aderentes está o DOC (Folgosa), o Pickles do hotel Six Senses Douro Valley (Lamego), Cais da Villa (Vila Real), Casa de Pasto Chaxoila (Vila Real), o Tim’s Terrace da Quinta de La Rosa (Pinhão), a Toca da Raposa (Ervedosa do Douro), o Cais da Ferradosa (São João da Pesqueira), o Cêpa Torta (Alijó), o Aneto & Table (Peso da Régua) e Flor de Sal (Mirandela). Em todos, vai ser possível degustar o Tomate Coração de Boi em saladas ou em pratos especiais concebidos para esta quinzena. No DOC, por exemplo, o chefe Rui Paula propõe Burrata com Tomate Coração de Boi, azeite de manjericão e favo de mel. No Aneto & Table, o Tomate Coração de Boi apresenta-se recheado com pesto e queijo fresco. A dona Graça, da Toca da Raposa, propõe uns milhos com Tomate Coração de Boi e pataniscas de bacalhau, sendo igualmente tentador o queijo de ovelha com doce de tomate que ali se serve em Agosto. Menu completo de tomate pode igualmente ser saboreado no restaurante Cais da Ferrosa: Tomate Coração de Boi confitado e pão em tosta, Tomate Coração de Boi em salada poveira e fritura de peixe do rio Douro, queijo de cabra tostado ou cheesecake com doce de Tomate Coração de Boi.

Tomate Coração de Boi do Douro no tomateiro
foto de Paulo Pereira

Festa na aldeia de Arroios
Em parceria com o Projeto Capella, a prova de tomate regressa, no dia 24 de agosto, a partir das 17h30, desta vez na capela barroca da aldeia de Arroios, Vila Real, onde vai ser possível também comprar Tomate Coração de Boi local. Aberta a todos e sem júri, nem pontuações, a prova irá explorar a combinação do tomate com diferentes perfis de azeite e será coordenada pelo presidente do júri do concurso, Francisco Pavão, nome amplamente conhecido no sector do azeite e dos vinhos. Em modo de tempero, participa ainda nesta degustação Jorge Raiado, da Salmarim, empresa algarvia de sal marinho. Terminada a prova, os participantes são convidados a participar, no largo da aldeia, na XI edição do Mercadinho da Capella, um misto de festa, com animação e petiscos, e venda de produtos das hortas locais, com destaque para o Tomate Coração de Boi do Douro, e outros.
A participação nesta prova é gratuita, mas aconselha-se reserva para greengrape@greengrape.pt.
A ideia da iniciativa surgiu entre três amigos: o produtor de vinhos Abílio Tavares da Silva, da Quinta de Foz Torto, o jornalista Edgardo Pacheco e a ex-jornalista, Celeste Pereira, directora da Greengrape, empresa de comunicação que desenvolve o projecto de animação turística alltodouro.com. “Agosto já é o mês do Tomate no Douro. Esta época, que antecede o período forte da região, que são as vindimas, está a transformar-se numa verdadeira festa do tomate. A adesão a esta iniciativa, por parte dos restaurantes e do consumidor, tem sido tão extraordinária que estamos a conseguir concretizar o nosso objectivo de aumentar a atractividade do Douro, valorizando outros produtos de excelência para além do vinho, mais rapidamente do que alguma vez imaginaríamos. E o Douro já é reconhecido como um dos melhores terroirs para a produção do Tomate Coração de Boi”, sublinham os organizadores.
O concurso é itinerante, realizando-se todos os anos numa quinta produtora de vinhos diferente. Iniciou na Quinta Dona Matilde, passou pelas quintas de la Rosa e Vallado e este ano, tem a virtude de revelar em primeira mão, numa espécie de pré-inauguração, um dos projectos mais ambiciosos do Douro actual, a Quinta de Ventozelo, da Gran Cruz. Inserida num recanto sobranceiro ao rio Douro, a Quinta de Ventozelo é uma das maiores e mais antigas propriedades da Região Demarcada do Douro (600 hectares). Em breve, a Gran Cruz vai abrir nesta quinta um hotel rural de 4 estrelas, com 29 quartos, cantina-restaurante e programas de enoturismo.

Syngenta e Fertiprado reforçam colaboração na polinização

Operation Pollinator - produtos ensacados

A polinização é uma das mais importantes operações naturais que ocorrem na vinha (e em muitas outras culturas). Sem a polinização não existe a criação do fruto, porque não há fecundação do gameta feminino da planta. Ora, esta operação é sobretudo conduzida por insectos voadores. Num mundo ideal, existem suficientes insectos para transportarem o gameta […]

A polinização é uma das mais importantes operações naturais que ocorrem na vinha (e em muitas outras culturas). Sem a polinização não existe a criação do fruto, porque não há fecundação do gameta feminino da planta. Ora, esta operação é sobretudo conduzida por insectos voadores. Num mundo ideal, existem suficientes insectos para transportarem o gameta masculino de planta em planta. No entanto, raramente no campo as situações são as ideais. Por isso convém, junto a culturas como a vinha, ter uma boa presença de abelhas, vespas ou moscas. Uma das maneiras de o fazer é usar espécies vegetais que atraiam os insectos. E é precisamente aqui que entra a parceria entre a Syngenta e a Fertiprado. A empresa de produtos para a agricultura e a especialista em sementes de plantas já tinham criado uma parceria, desde 2016, no âmbito do programa “Operation Pollinator”, da Syngenta. No fundo trata-se de um programa que visa incrementar a Biodiversidade na Agricultura, incrementando as populações de insectos polinizadores. Desde essa altura, tornou-se possível o desenvolvimento de 6 tipos de misturas de sementes de plantas aromáticas e herbáceas, ajustadas às características edafoclimáticas das diferentes regiões da Península Ibérica. Trata-se de plantas para sementeira nas bordaduras dos campos agrícolas, criando, nas palavras da Syngenta, “margens multifuncionais floridas, que atraem insectos e outros polinizadores e servem como fonte de alimento (pólen e néctar) e local de refúgio para estes auxiliares benéficos”. A Syngenta garante ainda que “os polinizadores contribuem para um maior equilíbrio das pragas e melhoram a produção e qualidade das culturas agrícolas que dependem da polinização”. As margens multifuncionais são também utilizadas como revestimento em zonas tampão para proteger os solos da erosão e de eventuais contaminações.

O reforço da parceria tem agora a ver mais com a instalação de revestimentos biodiversos na entrelinha das culturas permanentes (olival, amendoal e vinha) para atrair e fixar insectos polinizadores, melhorar a saúde do solo e sequestrar gases com efeito de estufa. Nesta nova vertente do programa “Operation Pollinator”, diz a Syngenta que “serão usadas espécies de plantas anuais, de ciclo mais curto, com sementes duras que asseguram uma re-sementeira natural no ano seguinte. O ciclo de desenvolvimento destas espécies não colide com o ciclo da cultura agrícola, anulando a competição pelos recursos (água e nutrientes)”. “Estas plantas fixam azoto atmosférico no solo e estimulam a sua actividade microbiana (rizóbio), aumentando a fertilidade e saúde do solo”, garante ainda a empresa. Que acrescenta: «O feedback dos agricultores e empresas que aderiram nestes 10 anos ao “Operation Pollinator” tem sido muito positivo. O aumento da biodiversidade nas explorações agrícolas envolvidas está comprovado, o número de insectos polinizadores aumenta com as margens multifuncionais e inclusive foram descobertas em Portugal e Espanha novas espécies de insectos benéficos nestas margens», garantiu Felisbela Campos, responsável de assuntos corporativos da Syngenta em Portugal. Este programa está a ser alargado a novas realidades agrícolas e urbanas. De facto, um novo objectivo da Syngenta é contribuir “para que autarquias e cidadãos tenham também um papel activo no aumento da biodiversidade em espaço urbano, instalando margens multifuncionais com sementes “Operation Pollinator” em jardins e espaços verdes públicos e domésticos”. Lisboa é uma das cidades que servirá como “tubo de ensaio” para esta nova vertente do programa.
A Fertiprado perfila-se como um parceiro de futuro para a Syngenta a nível internacional, tendo sido indicada como um dos prováveis fornecedores destas novas misturas de sementes para o OP na vertente espaços verdes e jardins. A Fertiprado é uma empresa portuguesa especializada na investigação, desenvolvimento e multiplicação de misturas de sementes biodiversas ricas em leguminosas. A ela vai caber o desenvolvimento e produção das misturas de sementes “Operation Pollinator” usadas na Península Ibérica, um programa da Syngenta que já beneficiou mais de 16.000 hectares de campos agrícolas em Portugal e Espanha.
Refira-se ainda que a “Operation Pollinator faz parte do The Good Growth Plan, o plano de 6 compromissos da Syngenta para com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Ajudar ao crescimento da biodiversidade é um dos compromissos que a Syngenta assumiu em 2014, tendo desde essa data beneficiado 6,4 milhões de hectares de terras agrícolas, através de parcerias em 39 países.