Ervideira eleva a fasquia com vinho super-premium
O produtor do Alentejo lançou, recentemente, o vinho Conde D’Ervideira 2 Barricas, uma edição especial que se isola no topo da sua gama. A Ervideira disponibilizou apenas 300 garrafas numeradas, de formato Magnum (1500 ml), provenientes de duas barricas de 225 litros, acompanhadas por uma caixa de madeira de nogueira e carvalho, fabricada em Portugal. […]
O produtor do Alentejo lançou, recentemente, o vinho Conde D’Ervideira 2 Barricas, uma edição especial que se isola no topo da sua gama. A Ervideira disponibilizou apenas 300 garrafas numeradas, de formato Magnum (1500 ml), provenientes de duas barricas de 225 litros, acompanhadas por uma caixa de madeira de nogueira e carvalho, fabricada em Portugal. Duarte Leal da Costa, director executivo da Ervideira, explicou: “Criar um vinho como o Conde D’Ervideira – 2 Barricas “é o sonho de qualquer produtor! Nestas 300 garrafas reunimos todo o nosso conhecimento sobre as melhores características dos 160 hectares de vinhas e vinhos da Ervideira. Temos o maior orgulho em poder anunciar que criámos um vinho verdadeiramente extraordinário – que será produzido em anos, também estes verdadeiramente extraordinários, sendo que cada edição terá castas diferentes, garrafa diferente e uma caixa diferente”.
O Conde D’Ervideira 2 Barricas já está disponível no mercado, com um p.v.p. médio entre 450 e 550 Euros. Quanto às castas que o compõem, essas mantêm-se em sigilo.
Dolores Aveiro lança vinhos e azeite no El Corte Inglés
Foi no passado dia 6 de Fevereiro que Dolores Aveiro surpreendeu com o lançamento de três vinhos e um azeite. O evento teve lugar no Gourmet Experience do El Corte Inglés de Lisboa, cadeia que detém a exclusividade da venda destes produtos. A mãe de Cristiano Ronaldo confessou ser um sonho que a acompanha desde […]
Foi no passado dia 6 de Fevereiro que Dolores Aveiro surpreendeu com o lançamento de três vinhos e um azeite. O evento teve lugar no Gourmet Experience do El Corte Inglés de Lisboa, cadeia que detém a exclusividade da venda destes produtos.
A mãe de Cristiano Ronaldo confessou ser um sonho que a acompanha desde jovem e reforçou o carinho com que abraça o seu novo projecto, feito em parceria com a Queijaria Nacional.
Os vinhos Dolores Aveiro têm origem no Alentejo. O tinto, de Touriga Nacional e Syrah, que estagiou doze meses em barricas de carvalho francês e o branco tem Antão Vaz e Verdelho, de vinhas da Vidigueira. Já o Rosé é feito de Aragonez e Touriga Nacional. O azeite extra virgem tem também o nome de Dolores e provém da mesma região.
Será que algum dia também veremos o “melhor do mundo” a lançar um vinho? Vamos esperar que se inspire no sonho familiar…
Casa Relvas lança edição limitada com Xutos & Pontapés
A Casa Relvas apresentou agora a edição limitada Xutos & Pontapés Edição Especial 40 Anos 1979 – 2019, um vinho que vem comemorar uma parceria de 10 anos com a banda portuguesa, e assinalar o quadragésimo aniversário das “lendas” do rock nacional. Uma década depois da primeira colaboração entre os músicos e o produtor do […]
A Casa Relvas apresentou agora a edição limitada Xutos & Pontapés Edição Especial 40 Anos 1979 – 2019, um vinho que vem comemorar uma parceria de 10 anos com a banda portuguesa, e assinalar o quadragésimo aniversário das “lendas” do rock nacional.
Uma década depois da primeira colaboração entre os músicos e o produtor do Alentejo em 2009, para comemoração dos 30 anos da banda, a Casa Relvas apresentou o novo vinho da Herdade São Miguel, feito de Alicante Bouschet, Touriga Franca e Touriga Nacional.
Alexandre Relvas afirma: “Tal como os elementos da banda rock mais acarinhada do país, este vinho tem um forte carácter, e é para nós um prazer renovar esta parceria que desde 2009 nos tem permitido fazer este tributo aos Xutos”.
São 4000 garrafas, disponíveis para compram em www.xutos40anos.com e em garrafeiras por todo o país.
Das talhas aos potes, barro para todos os gostos
É neste nosso querido mês de novembro que as talhas são abertas um pouco por todo o Alentejo. Sucede que a talha já virou moda, e encontramos brancos e tintos, fermentados e/ou estagiados em barro, um pouco por todo o país e com vários feitios. Venha conhecê-los! TEXTO Nuno de Oliveira Garcia FOTOS Ricardo Palma […]
É neste nosso querido mês de novembro que as talhas são abertas um pouco por todo o Alentejo. Sucede que a talha já virou moda, e encontramos brancos e tintos, fermentados e/ou estagiados em barro, um pouco por todo o país e com vários feitios. Venha conhecê-los!
TEXTO Nuno de Oliveira Garcia
FOTOS Ricardo Palma Veiga
Não há dúvidas que a talha está na moda. Até o consumidor menos atento já se deparou com vinhos que orgulhosamente exibem no rótulo um depósito de barro e indicam ter fermentado ou estagiado neste tipo de depósito. A verdade é que a talha é uma preciosidade histórica, uma vez que existe, enquanto depósito de vinho, desde a época romana, ou seja, há sensivelmente mais de dois mil anos.
Como o leitor já poderá saber, uma talha é um pote de barro com grandes dimensões, com maior ou menor porosidade de acordo com o tipo de argila de que é feito, e com a finalidade de permitir a fermentação de mostos e eventual posterior armazenagem durante um curto período. A talha apresenta-se com tamanhos e feitios diferentes, quase sempre dependendo da localidade onde era produzida, mas raramente ultrapassa os dois metros de altura e uma tonelada de peso.
Apesar de já não se encontrarem adegas em funcionamento com centenas de talhas, como acontecia ainda no século XIX, a verdade é que no Alentejo sempre se manteve a tradição de fazer vinho em talha. A crescente procura por talhas – agora sobretudo para vinificação, mas até há bem pouco tempo para efeitos apenas de decoração… – fez aumentar o valor destes depósitos, em especial as verdadeiramente antigas (já nos confrontarmos com algumas datadas do século XVIII, sendo, todavia, mais comum encontrar talhas da primeira metade do século XIX).
Em termos de vinificação e enologia, existem três características essenciais da vinificação em talha que condicionam o produto final. A primeira é o tamanho e forma da talha, que influi diretamente na vinificação do vinho, quer ao nível da mecânica, quer ao nível da temperatura. Em segundo lugar, dentro de uma talha ocorre uma forte concentração do vinho, sobretudo pela oxidação via porosa (e, por vezes, pela ausência de tampa em casos mais extremos), de tal forma que são elevadas as perdas de vinho devido a evaporação. A terceira característica principal é a utilização de pez, muito comum no Alentejo, apesar de, como veremos abaixo, existirem atualmente produtores a evitar utilizá-la.
Efetivamente, o modo clássico de fazer a impermeabilização da talha ocorria pela rebocagem do interior da talha com resina de pinheiro – denominada pez louro –, à qual se poderia adicionar, conforme a receita do pesgador e a preferência do produtor, alguns outros produtos naturais, como cera de abelha, por exemplo. Evidentemente que a pez transmite ao vinho aromas e sabores particulares, e são esses aromas que alguns produtores procuram manter e outros evitar. À semelhança das barricas novas, quantas mais colheitas passarem por uma talha pesgada (sem que seja novamente pesgada) menos o vinho final é influenciado pela pez. Tradicionalmente também, a fermentação ocorre com as massas vínicas, sendo estas mexidas com um rodo de madeira de ponta oval várias vezes por dia, incluindo durante a noite, a fim de procurar evitar que as massas à superfície obstruam a boca da talha e originem o seu rebentamento (o que era comum, diga-se).
Tradição viva
Apesar de a produção de vinhos em talha se ter mantido no Alentejo, a verdade é que eram poucas as marcas e os enólogos que apostavam neste nicho. A par da Vitifrades – Associação de Desenvolvimento Local fundada em 1998 em Vila de Frades (concelho de Vidigueira) com a intenção de promover, precisamente, o vinho de talha – e mais um ou outro produtor – como a casa Amareleza e a José de Sousa – pouco mais existia até há alguns anos. A produção era quase toda artesanal, muitas vezes feita em casa, e era consumida nas adegas e tabernas.
Mas tudo isso mudou, e hoje em dia são poucos os profissionais de enologia que não têm curiosidade em produzir vinhos utilizando este método ancestral. Por isso, alguns projetos pessoais de reputados enólogos encontram-se presentes nesta nossa seleção, caso dos vinhos de António Maçanita (Fita Preta), um dos primeiros a apostar no regresso da talha, e, mais recentemente, de Filipa Pato (Post-Quer..s). No que respeita a Maçanita, e como é seu apanágio, o vinho por si produzido tem tanto de original como de inovador – por um lado, utiliza a talha para fermentar as uvas, por outro lado, fá-lo sem recurso às massas e com controlo de temperatura. Igualmente prova do carácter inventivo que a talha também proporciona é o facto de o tinto produzido por outra enóloga conceituada, Susana Esteban (Sidecar), assentar num lote que junta castas tradicionais da serra de São Mamede com, imagine-se, Baga da Bairrada…
Outros enólogos ainda, como Hamilton Reis e Bernardo Cabral, confirmaram-nos também que há muito tempo que sentiam a vontade de produzir um vinho com utilização de barro e que acabaram mesmo por incentivar os respetivos produtores onde colaboram (Cortes de Cima e Companhia das Lezírias, respetivamente) a seguir essa via. Ambos optaram pela utilização de ânforas de barro puro e de menor dimensão, e apenas para efeito de estágio, privilegiando a natural evaporação e concentração do vinho, mas sem os aromas a pez.
Se com as primeiras colheitas de novos produtores poderíamos entender que se tratava essencialmente de experiências, atualmente – isto é, com vários vinhos já lançados no mercado – não temos dúvidas de que a experimentação conduziu à criação de novos produtos, por ora ainda de nicho, mas em franca expansão também ao nível da exportação. A tendência mundial centrada na procura de vinhos tidos por mais naturais é muito favorável à expansão do vinho de talha. Vinhos como Art.Terra Amphora (Herdade de São Miguel/Casa Relvas) e Herdade do Rocim Amphora são sucessos além-fronteiras.
De facto, alguns produtores olham para a talha como a oportunidade de fazerem um vinho cada vez mais natural, seguindo uma filosofia de outros vinhos do seu portefólio, como sucede, por exemplo, com Vasco Croft (Casal do Paço Padreiro/Aphros Wine), que não hesitou em colocar algumas das suas melhores uvas de Loureiro dentro de uma talha. A associação a um vinho natural é potenciada pelo curioso rótulo da garrafa do Phaunus Amphora, na qual se explicita que as operações de colheita, desengaço e pisa da uva são artesanais.
Método reconhecido desde 2010
Também a Herdade do Esporão não quis perder o comboio dos vinhos cada vez mais minimalistas no que respeita a enologia (a par das preocupações ambientais, pois já conta com mais de 700ha de vinhas e olivais potenciadas pelo Modo de Produção Biológico), e produz um tinto a partir da casta Moreto, uva muito presente nos lotes tradicionais de vinhos de talha, proveniente de uma vinha plantada há 50 anos na Granja Amareleja. O vinho é certificado como ‘vinho de talha’ e, por isso, segue o método clássico de fermentação em talha revestida com pez louro e conduzida por leveduras indígenas. O vinho é mantido em contacto com as massas vínicas até 26 de novembro de cada ano e a fermentação malolática ocorre na talha.
A vinificação em talha foi reconhecida como método tradicional para a elaboração de vinho pela Portaria n.º 296/2010, de 1 de junho e com direito a uso da referida Denominação de Origem (DO). De resto, encontra-se aprovado um regulamento que disciplina a utilização da designação “Vinho de Talha” a vinhos brancos, tintos, rosados ou rosés, segundo o qual, para além da obrigação de impermeabilização das talhas e desengace das uvas, impõe-se que as massas vínicas sejam mantidas dentro da talha pelo menos até 11 de novembro do ano no qual ocorre a vinificação. De resto, o mesmo regulamento é expresso no sentido de que os vinhos com a designação “Vinho de Talha” têm de apresentar as mesmas características físico-químicas previstas para os restantes DO Alentejo, bem como do ponto de vista organolético no que respeita à cor, limpidez, aroma e sabor, ainda que levando em consideração a especificidade tecnológica do vinho de talha.
Segue igualmente o método clássico o vinho de talha do produtor Amareleza Vinhos (José Piteira), incluindo esmagamento em ripanço (mesa de desengace típica da região) e fermentação em talha, neste caso de 2000 litros. De resto, são já vários os vinhos certificados como ‘vinhos de talha’ (veja-se que são a maioria na nossa escolha), homenageando o passado do vinho alentejano, com alguns deles a alcançar um nível de qualidade verdadeiramente invejável, caso do tinto Bojador. Igualmente a um nível altíssimo encontra-se o branco Puro de Talha da José de Sousa, um dos mais fiéis representantes da fermentação em talha que privilegia ainda o estágio em ânfora durante vários meses com um filme de azeite no topo para prevenir oxidações. Um verdadeiro must!
Destaque final para as médias de pontuações e do preço dos vários vinhos provados, ambas muito elevadas, a comprovar que o trabalho feito em menos de uma década nos vinhos de talha, e nos vinhos com utilização de barro, é absolutamente extraordinário, algo só possível num país que nunca perdeu os seus costumes, mesmo os mais vetustos.
Há um Monumento Nacional no Esporão
O Complexo Arqueológico dos Perdigões é um sítio arqueológico pré-histórico com mais de 16 hectares, construído por diversas comunidades entre os anos 3500 e 2000 A.C. Situando-se a cinco quilómetros da Herdade do Esporão, em Reguengos de Monsaraz, foi agora aprovado, em Conselho de Ministros, como Sítio de Interesse Nacional/Monumento Nacional. Este Complexo inclui um […]
O Complexo Arqueológico dos Perdigões é um sítio arqueológico pré-histórico com mais de 16 hectares, construído por diversas comunidades entre os anos 3500 e 2000 A.C. Situando-se a cinco quilómetros da Herdade do Esporão, em Reguengos de Monsaraz, foi agora aprovado, em Conselho de Ministros, como Sítio de Interesse Nacional/Monumento Nacional.
Este Complexo inclui um santuário megalítico, com vários menires, um vasto conjunto de recintos cerimoniais delimitados por fossos concêntricos, e outros monumentos de contexto funerário. Algumas das peças mais relevantes, provenientes das escavações, estão expostas na Torre do Esporão, que acolhe o Museu Arqueológico do Complexo dos Perdigões.
O Esporão assumiu, aquando da descoberta deste sítio em 1996, a responsabilidade pela salvaguarda, protecção e divulgação do conjunto patrimonial, votando não plantar vinha nessa área e participando financeiramente na investigação científica.
Nos programas de enoturismo da empresa estão disponíveis visitas ao local, enquanto decorrerem as escavações arqueológicas, e também ao Centro Histórico, onde se encontra parte do espólio.
Alentejo, terra de grandes tintos
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Provámos quase quarenta vinhos e os resultados confirmaram o que já sabíamos: a região gera grandes tintos e eles vêm de zonas tão distintas quanto Beja ou a serra de São Mamede. O actual Alentejo, que é […]
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Provámos quase quarenta vinhos e os resultados confirmaram o que já sabíamos: a região gera grandes tintos e eles vêm de zonas tão distintas quanto Beja ou a serra de São Mamede. O actual Alentejo, que é muito mais diverso do que se poderia imaginar, já pouco tributário é das castas de antigamente, mas há quem teime no regresso à tradição. Tudo isto com alterações climáticas pelo meio.
TEXTO João Paulo Martins
FOTOS Ricardo Palma Veiga
Os vinhos alentejanos continuam a ter a preferência dos consumidores nacionais. A palavra Alentejo soa, a muitos enófilos, como vinho de qualidade, encorpado, macio e fácil de beber, que se consegue consumir jovem, sem ter de esperar muito por ele. Só vantagens, em época em que tudo se faz no momento e a paciência da espera é coisa do passado. Os tintos são ainda hoje a principal produção da região. É que, dos cerca de 21.300 hectares plantados e aptos à produção de vinho com Denominação de Origem ou Indicação Geográfica (dados de 2017), cerca de 16.500 estão ocupados pelas castas tintas, com a restante área reservada a brancos.
As castas plantadas têm importância muito diversa e não são usadas da mesma forma para todos os lotes de vinho. Assim, apesar da importância crescente da Alicante Bouschet nos grandes vinhos da região (ver caixa), ela está muito longe de ser actualmente a casta mais plantada; esse lugar pertence, com grande destaque, à Aragonez e, de seguida, à Trincadeira, ou seja, as castas tradicionais da região ainda são as mais plantadas, ocupando um pouco mais de 44% da área de vinha. A própria tinta Castelão, actualmente arredada da primeira fila quando o assunto são os grandes vinhos, ainda tem uma presença muito forte, com mais de 1000 hectares plantados.
Temos assim dois tipos de Alentejo, o das marcas de referência, dos vinhos que fazem os consumidores falar, dos que são cobiçados e caros e que, há que não esquecer, dão nome e prestígio à região; e, depois temos o Alentejo dos tintos genéricos, que estão abundantemente presentes nas grandes superfícies, dos vinhos abordáveis, baratos e bem-feitos e que alegram as refeições e animam as mesas. No primeiro grupo vamos, como se imagina, incluir também a Syrah e a Touriga Nacional e, de forma mais marginal, a Cabernet Sauvignon (que ainda ultrapassa os 800ha), com uns “temperos” de Alfrocheiro e Touriga Franca.
De 2015 para 2017 a Touriga Nacional ultrapassou a Castelão em área de vinha, a Alicante Bouschet foi a que mais cresceu e a Trincadeira a que mais diminuiu de área. A Touriga Nacional, lembra Luís Cabral de Almeida, enólogo da Herdade do Peso, “como tem um ciclo longo e confere boa frescura aos vinhos pode ser um bom complemento para as castas que formam o núcleo duro, a Alicante Bouschet e a Syrah. Mas nos vinhos há vários Alicante Bouschet e não apenas um e isso ficou para mim bem claro quando tomei agora contacto com as vinhas da serra de São Mamede: feitos da mesma maneira obtiveram-se dois vinhos de Alicante completamente distintos”, disse.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”32597″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Este é o novo Alentejo, aquele com que se pretende projectar a região como geradora de vinhos de referência, em Portugal e no estrangeiro. A preferência dos consumidores é clara, já que cerca de 40% do que se consome entre nós tem origem no Alentejo. No entanto, se falarmos com responsáveis de garrafeiras, verificamos que no Norte há um menor interesse nos tintos do Alentejo, exceptuando-se as marcas mais clássicas. Ivone Ribeiro (Garage Wines) diz-nos que que o que mais vende é Douro e em seguida os tintos do Dão, Alentejo muito pouco. Na Garrafeira Tio Pepe, também no Porto, a quebra tem sido significativa, uma vez que “em 1995, por exemplo, era a região que tinha mais procura mas de então para cá tem vindo a decair embora se note o interesse por especialidades, coisas originais, vinhos de talha”. “Só nesta época do Natal e por via de encomendas de empresas para prendas natalícias é que o negócio dos tintos alentejanos anima um pouco”, confirmou Luís Cândido, o proprietário. Uma situação completamente diferente da que encontramos no centro e sul do país, e sobretudo na região da Grande Lisboa, tradicionalmente um excelente mercado para os vinhos alentejanos.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” equal_height=”yes” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_custom_heading text=”Há mais do que um Alentejo” font_container=”tag:h6|text_align:left” google_fonts=”font_family:ABeeZee%3Aregular%2Citalic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal”][vc_column_text]O consumo interno absorve a grande fatia da produção mas a exportação tem-se diversificado – abrange 118 países –, apesar de estar assente sobretudo em três mercados: Angola, Brasil e Estados Unidos. Fica a pergunta: que Alentejo queremos promover, que estilo queremos privilegiar? Para Paulo Laureano, enólogo e produtor, o Alentejo precisa de se mostrar como realmente é: uma manta de retalhos (sic), uma região muito diversa mas onde as diferenças não são suficientemente explicadas aos consumidores. “Até na zona da Vidigueira, que é a que conheço melhor, há diferenças enormes, logo a começar nos solos e exposições e a zona mais perto da fronteira com Espanha tem muito pouco a ver com a zona mais a oeste, mais marcada pela influência atlântica”, especifica.
É esta ideia de diversidade que poderia eventualmente levar a uma nova reorganização das sub-regiões do Alentejo, mas a CVR diz-nos que não estão para já em cima da mesa decisões nesse campo, apesar de haver debate no âmbito do Conselho Geral, a entidade que pode mudar o estado das coisas no que respeita ao desenho das regiões com direito a Denominação de Origem (DO). O consumidor depara-se com muito mais frequência com vinhos que têm a indicação Regional Alentejano do que com vinhos DOC Alentejo. [/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][image_with_animation image_url=”32599″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” equal_height=”yes” bg_color=”#e2e2e2″ scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”A marca do Alicante Bouschet” color=”black”][vc_column_text]Avaliando as castas que integraram os vinhos provados, ressalta uma evidência: a crescente importância da casta Alicante Bouschet nos vinhos do Alentejo. Dir-se-ia que começa a ser difícil pensar-se num grande tinto do Alentejo que não a tenha no lote. Com frequência, com a companhia da Syrah e Touriga Nacional. Esta situação é relativamente nova na região, já que há 30 anos a Alicante Bouschet apenas tinha posição predominante em duas propriedades, a Quinta do Carmo e a Herdade do Mouchão. Houve uma enorme renovação dos vinhedos e os produtores descobriram na Alicante a casta que lhes confere consistência aos vinhos, uma vez que produz quase sempre bem e pode ter expressões diferentes conforme o local onde está plantada. Quer Paulo Laureano quer Luís Cabral de Almeida, ambos enólogos na região, apontam-lhe imensas virtudes, mas reconhecem que o Alicante Bouschet da serra de São Mamede nada tem a ver com o da Vidigueira, por exemplo. Mas Luís não tem dúvidas em afirmar que “o Alicante Bouschet está para o Alentejo tal como o Malbec está para Mendoza, na Argentina”, querendo com isto salientar que pode ser a espinha dorsal dos tintos da região. Mas a procura de novas castas por parte de alguns produtores continua e recentemente a CVR Alentejo aprovou, com o acordo do IVV, o pedido de reconhecimento para certificação de 14 castas novas onde, em tintas, se incluem Cabernet Franc, Carmenère, Camarate, Monvedro, Vinhão e Marselan. Entre tintas e brancas, estamos a falar de 100 hectares destas novas variedades para a região.[/vc_column_text][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”extra-color-1″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” equal_height=”yes” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_custom_heading text=”Há mais do que um Alentejo” font_container=”tag:h6|text_align:left” google_fonts=”font_family:ABeeZee%3Aregular%2Citalic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal”][vc_column_text]Durante muito tempo isto decorreu das limitações geográficas que existiam para que um vinho tivesse direito à DO, mas, e ainda segundo a CVR Alentejana, actualmente cerca de 73% da área de vinha está inserida nas oito regiões que têm direito à DO Alentejo. A realidade encarrega-se de baralhar estes dados, já que a maioria dos vinhos comercializados são Regional Alentejano.
O grande desafio para o futuro pode assentar em dois pilares: manter e mesmo acentuar a diversidade dos vinhos, conseguindo-se que eles espelhem as diversas zonas onde nascem e, em segundo lugar, perceber que as alterações climáticas nos poderão fazer regressar a variedades que, sendo antigas e fora de moda, mostraram ao longo do tempo uma boa adaptação à região, como a Tinta Grossa, a mal-amada Trincadeira, a Moreto, entre outras tintas; ou a Perrum, nos brancos.
O Alentejo, como alguém me dizia, não pode estar satisfeito por estar a servir cachorros quentes e ter uma grande fila de gente para os comprar; com o tempo, os consumidores enjoam-se de cachorros quentes e depois querem outras coisas e a região tem de estar preparada para diversificar, mudar o que for para mudar e não se dar por satisfeita. Costuma dizer-se que o Alentejo está na moda, mas, como lembra Laureano, “estar na moda é, no sector dos vinhos, um conceito muito perigoso”: “Estar permanentemente a optar por castas que geram vinhos fáceis mas sem história pode ser um caminho, mas para mim é para evitar.”
O Alentejo é um mundo, portanto, em diversidade, qualidade, preço. É líder nos vinhos de volume, como se sabe. Mas também no segmento superior do mercado, nos tintos de nicho, como ficou demonstrado na nossa prova, a região mostra dar muito boa conta de si.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”32600″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”Em Prova” title_align=”separator_align_left” color=”custom” accent_color=”#888888″][vc_column_text]
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Vinhas da Ira
Tinto - 2014 -
Vidigueira
Tinto - 2015 -
Quetzal
Tinto - 2015 -
Pousio
Tinto - 2016 -
Monte Cascas
Tinto - 2015 -
Maria Mora Enamorada
Tinto - 2014 -
Fonte Mouro
Tinto - 2015 -
Conde d’Ervideira Private Selection
Tinto - 2015 -
Comenda Grande 6 castas
Tinto - 2014 -
Adega de Borba
Tinto - 2014 -
Sericaia Tapada do Coronel
Tinto - 2015 -
Ravasqueira Vinha das Romãs
Tinto - 2015 -
Quinta do Carmo
Tinto - 2013 -
Ponte das Canas
Tinto - 2014 -
Palpite
Tinto - 2015 -
Herdade Paço do Conde Winemakers Selection
Tinto - 2015 -
Herdade Grande
Tinto - 2013 -
Herdade dos Grous
Tinto - 2015 -
Herdade do Sobroso Cellar Selection
Tinto - 2016 -
Herdade do Peso
Tinto - 2015 -
Herdade de São Miguel
Tinto - 2015 -
Herdade das Servas
Tinto - 2015 -
Herdade Monte da Cal Saturnino
Tinto - 2011 -
Encostas de Estremoz
Tinto - 2014 -
Blog ’15
Tinto - 2015 -
Adega Mayor Pai Chão
Tinto - 2014 -
Scala Coeli
Tinto - 2015 -
Santos da Casa
Tinto - 2015 -
Procura Vinhas Velhas
Tinto - 2014 -
Nunes Barata Family Collection
Tinto - 2014 -
Monte Branco
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Marquês de Borba
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Malhadinha
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Incógnito
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Herdade do Rocim Clay Aged
Tinto - 2016 -
Esporão Private Selection
Tinto - 2013 -
Dona Maria
Tinto - 2013
Edição Nº19, Novembro 2018
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O Alentejo de Susana
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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]De Tui para Portalegre, Susana Esteban fez do Alentejo a Aventura da sua vida. Quando o descobriu, ninguém a parou, e hoje a máquina continua a andar, com sete novos vinhos.
TEXTO Mariana Lopes
NOTAS DE PROVA Luís Lopes
FOTOS Cortesia do produtor e DR
A história profissional de Susana Esteban fez-se de paixões imprevistas por recantos de Portugal. Licenciada em Ciências Químicas pela Universidade de Santiago de Compostela e Mestre em Viticultura e Enologia pela Universidade de La Rioja, a galega contou que tudo começou com uma viagem de mestrado ao Douro, orientada pelo seu professor de Viticultura. “Nós [alunos] não sabíamos sequer que o Douro existia, na altura”, confessa. A verdade é que depois dessa descoberta, e de acabar os estudos, Susana pediu uma bolsa para estagiar numa empresa de Vinho do Porto, tendo entrado na Sandeman com esse fim.
Imediatamente percebeu que era no Douro que queria ficar e começar a construir a sua carreira e, assim, em 1999, integrou a enologia da Quinta do Côtto. Mais tarde, de 2002 a 2007, esteve na Quinta do Crasto, onde trabalhou com a pessoa que disse ser a mais importante da sua carreira, Daniel Llose, reputado enólogo do Château Lynch-Bages e consultor no Crasto.
No final dessa fase profissional, mudou-se para Lisboa por razões pessoais, mas manteve-se ligada ao Douro com o vinho Crochet, um projecto a quatro mãos com a enóloga Sandra Tavares da Silva, que viria a alargar-se com a introdução de outro vinho, o Tricot. Entretanto, ainda em 2007, a indagar-se sobre onde iria pousar a pasta mais uma vez, Susana Esteban acabou por se decidir com base num factor aleatório: “O Alentejo estava relativamente perto”, geograficamente.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”32161″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Por essa altura, a enóloga, como muitos profissionais do Douro, mantinha algum preconceito relativo ao Alentejo vitivinícola… “Achava que nunca mais iria fazer um vinho de jeito”, admite. É caso para dizer, quem a viu e quem a vê. Começou pelo Solar dos Lobos e, rapidamente, a confiança nos vinhos daquele pedaço de terra do Sul foi aumentando. Como enóloga consultora colaborou ou colabora com várias outras casas, como Perescuma, Tiago Cabaço Wines, Herdade do Barrocal, entre outros, antes de embarcar no projecto pessoal, em 2011, e também Monte da Raposinha, já depois disso. “Quando vi que se podiam fazer excelentes coisas no Alentejo, entusiasmei-me…”, explica, adiantando que quando chegou a Portalegre ficou encantada: “Tinha vinhas velhas como no Douro, mas a 700 metros de altitude!”, exclama. Iniciou-se com os vinhos Procura e Aventura, nomes que se prendem com todo este processo de criação em nome próprio, procurando as melhores vinhas e aventurando-se pelo Alentejo.
Até ao dia de hoje, Susana Esteban já adicionou ao seu portfólio o Sidecar, um vinho já com várias edições que é sempre produzido em parceria, tendo já participado produtores como Dirk Niepoort, Filipa Pato e, em jeito de novidade, Jorge Lucki, jornalista de vinhos brasileiro, na colheita de 2017 para a qual utilizaram um impressionante foudre da Alsácia, de 1961. Também nasceu, entretanto, o Sem Vergonha, um tinto feito também com Dirk Niepoort.
Já são 35.000 garrafas e o objectivo de Susana, para breve, são as 50.000, crescendo nos Sem Vergonha e nos Sidecar, mas adverte: “Não quero crescer demasiado. Há coisas que eu consigo fazer por ter esta dimensão mais ou menos pequena, coisas boas para os meus vinhos que, tendo um projecto maior, nunca conseguiria. Gosto de levar o meu tempo, há detalhes de que não abdico, e acho que isso faz toda a diferença.”[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Accent-Color” text=”Em prova”][vc_column_text]
Edição Nº18, Outubro 2018
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Monte da Raposinha renova imagens
O início do novo ano é sempre um bom pretexto para “arrumar a casa” e implementar mudanças, e foi isso mesmo que o produtor alentejano Monte da Raposinha fez: uma nova marca de entrada de gama e a renovação do rótulo do vinho Monte da Raposinha. Localizado junto à barragem de Montargil, no Alto Alentejo, […]
O início do novo ano é sempre um bom pretexto para “arrumar a casa” e implementar mudanças, e foi isso mesmo que o produtor alentejano Monte da Raposinha fez: uma nova marca de entrada de gama e a renovação do rótulo do vinho Monte da Raposinha.
Localizado junto à barragem de Montargil, no Alto Alentejo, o Monte da Raposinha substitui agora a marca de entrada “Nós” pela marca “Raposinha”, nome que o pai da actual proprietária lhe chamava quando esta era ainda criança. Uma forma jovem e apelativa de remeter para as origens familiares da empresa. Já a gama Monte da Raposinha sofre uma leve revolução no seu rótulo, mantedo os elementos chave – a raposa e o sobreiro – mas com uma imagem mais “clean” e natural, espelhando assim a preocupação do Monte da Raposinha com o ambiente e a sustentabilidade.