IVDP organizou masterclass memorável de vinhos do Porto da década de 80

No âmbito das comemorações do Port Wine Day, pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), foi promovida uma masterclass de vinhos do Porto da década de 80, numa vertente didáctica, onde cada um dos 10 vinhos foi apresentado pela respectiva casa produtora, seguindo-se uma conversa à volta das referências em prova. TEXTO […]
No âmbito das comemorações do Port Wine Day, pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), foi promovida uma masterclass de vinhos do Porto da década de 80, numa vertente didáctica, onde cada um dos 10 vinhos foi apresentado pela respectiva casa produtora, seguindo-se uma conversa à volta das referências em prova.
TEXTO Valeria Zeferino
Paulo Russel-Pinto — Certified Port Educator e membro da Câmara de Provadores do IVDP — descreveu a conjuntura geral na indústria do vinho do Porto nesta época. A década de 80 foi marcada por três acontecimentos principais relacionados com vinhos do Porto e do Douro. Em 1982, foi criado o regulamento para a DOC Douro. A partir de meados da década, teve início o Projecto de Desenvolvimento Rural Integrado de Trás-os-Montes (PDRITM). E, finalmente, foi autorizada a comercialização e exportação directa a partir do Douro por produtores não sediados em Vila Nova de Gaia.
Começou-se com o Dalva Golden White 1989, uma marca conhecida pelos seus Colheita brancos. O director de enologia da Gran Cruz, José Manuel Sousa Soares, contou que em 2007, quando o grupo adquiriu a C. da Silva e a marca Dalva, ficou com um grande stock de vinhos em casco. Já existia o Dalva Golden White 1952 e depois lançaram o 1963, 1971 e 1989, escolhendo o melhor por década, pela complexidade e profundidade em boca.
De cor âmbar, o vinho apresentou grande intensidade aromática com pêssego em calda, alperce, passas e mel de laranjeira. Com untuosidade e muito sabor e frescura proporcionada pelas castas brancas, persistiu no palato, longo e profundo.
Seguiu-se o Niepoort Vintage 1987, um ano de baixa produção e poucas declarações. Dirk Niepoort declarou a razão pela qual gostou do lado mais elegante do vinho. E, realmente, o vinho apresenta uma cor menos concentrada, com aromas delicados de fruta vermelha e cogumelos, notas de terra e resinas, chá de rosa-mosqueta e doce de tomate. Muita sedosidade na textura e macieza geral. Parece frágil, mas aguenta-se bem no seu registo elegante.
De 1985, ano quente em toda a região até ao final da vindima, dois Vintage Clássicos: Graham’s e Taylor’s. O primeiro preservou muita concentração quer na cor, quer no palato. Surgem notas de granito, bagas de fruta com película macerada, cereja e ameixa madura, eucalipto delicado e flores secas. Denso, aveludado, com tanino a mostrar garra, a assegurar a estrutura e a conferir a vivacidade de conjunto, muito envolvente. O segundo Vintage, feito com maior número de castas, mostrou-se mais aberto na cor, com menos concentração, mas ainda com elegância e sedosidade, a revelar fruta vermelha, geleia de ameixa e leve floral.
O ano 1983, um dos mais amenos da década, foi exemplificado pelo Vintage Offley Boa Vista. Este demonstrou fruta mais discreta na sua vertente mais balsâmica com notas mentoladas e caruma. Tanino decisivo e intenso, sem ser muito cheio, tem uma óptima estrutura e força.
Do bastante seco ano 1982, provou-se um Colheita e um Vintage. O Andresen Colheita, de bonita cor âmbar, impressionou pela sua intensidade e complexidade aromática. Revelou notas de tâmaras, casca de laranja, madeiras exóticas. Estratificado, com acidez cítrica vibrante. Evoluía no copo a cada minuto que passava e permanecia no palato por imenso tempo. O Ramos Pinto Vintage, por sua vez, revelou uma cor bastante profunda, mostrando um lado floral, fruta compotada, ameixa doce, chá preto e rosas. Muito melado na textura, com bom nível de tanino.
Da Kopke, a mais antiga casa de vinho do Porto, famosa pelos seus Porto velhos, surgiu o Colheita 1981. De cor topázio com laivos avermelhados, mostrou-se rico e guloso. Ameixa seca, especiaria (canela, cravinho e noz-moscada). Amplo, com grande equilíbrio e frescura.
A terminar a década, dois colheitas de 1980: Royal Oporto e Messias, de perfis completamente diferentes. O Royal Oporto, tijolado na cor e discreto no aroma, com especiaria, ameixa seca, iodo, tâmaras, figo seco, xarope de cenoura, não muito prolongado na boca; e Messias, de cor dourada, revelou doce de laranja, marmelada, flor de laranjeira, largo, mas com bom foco, a terminar com uma boa secura.
Foi bem exemplificativa esta prova que permitiu comparar os estilos das casas diferentes, através dos vinhos do Porto de duas principais categorias com indicação de vindima (Vintage e Colheita), originários da década 80.
Comunicado IVDP: Porto Tawny 10 Anos e 20 Anos alvo de investigação

“O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP), em reação à publicação de notícias sobre o Porto Tawny 10 anos e 20 anos, que foram alvo de investigação pela Universidade de Groningen, vem comunicar o seguinte: Um estudo realizado pela Universidade de Groningen faz crer que certos exemplares de Porto Tawny 10 […]
“O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP), em reação à publicação de notícias sobre o Porto Tawny 10 anos e 20 anos, que foram alvo de investigação pela Universidade de Groningen, vem comunicar o seguinte:
- Um estudo realizado pela Universidade de Groningen faz crer que certos exemplares de Porto Tawny 10 anos e 20 anos que estavam disponíveis no mercado holandês poderiam defraudar o consumidor quanto à idade esperada dos referidos vinhos.
- O IVDP esclarece que o Porto Tawny 10 anos e 20 anos tem um enquadramento legal e regulamentar perfeitamente definido. Assim, para estes vinhos com indicação de idade, o consumidor não deve esperar apenas uma idade de maturação, mas também um conjunto de características organoléticas próprias da idade indicada e do processo de envelhecimento.
- O IVDP reitera que no processo de certificação da denominação de origem protegida (DOP) que realiza são cumpridas escrupulosamente todas as especificações constantes da legislação europeia e específica da DOP Porto.
- O IVDP está atento ao evoluir da ciência e procura transpor para o processo de certificação da DOP Porto que executa o que de mais atual estiver disponível no meio científico.
- O IVDP estabeleceu contacto imediato com a Universidade de Groningen a fim de conhecer detalhes do método utilizado. Da resposta, sem pôr em causa a potencial valia do método e sem questionar o prestígio da referida universidade, ressalva que se trata de um trabalho ainda não publicado em revista científica, não escrutinado por pares, cujo método ainda não foi aprovado internacionalmente pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV).
- Dos contactos estabelecidos com a Universidade de Groningen foi aberta a possibilidade de estabelecimento de uma colaboração ativa no campo da análise isotópica, o que poderá vir a complementar o quadro de determinações que o IVDP adota.
- Decorre uma ação de controlo aos vinhos das marcas referidas na notícia em causa, atualmente disponíveis no mercado, das quais se dará conta em próximo comunicado.
- O IVDP lamenta que o estudo publicado refira concretamente a denominação de origem Porto, situação que poderá obrigar o IVDP a atuar judicialmente em conformidade na defesa do prestígio daquele direito de propriedade industrial protegido na União Europeia e internacionalmente.
- O IVDP publicará muito brevemente instruções ao setor produtivo versando a interpretação adequada da regulamentação, sempre no intuito de assegurar que o consumidor de Porto recebe informação rigorosa, clara e verdadeira.”
Sobre este assunto, ler também o editorial de Luís Lopes AQUI.
IVDP distingue Quinta dos Murças com prémio de sustentabilidade

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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A Quinta dos Murças acaba de ser galardoada, pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), com o Prémio Vintage IVDP Ambiente e Sustentabilidade 2020. A propriedade duriense do Esporão —na margem direita do rio Douro, entre a Régua e o Pinhão — tem toda a sua área de produção certificada como biológica.
José Luís Moreira da Silva, enólogo da Quinta dos Murças e de outros projectos do Esporão, explica o caminho que tem sido feito na propriedade, neste campo da sustentabilidade: “Iniciámos o projecto ‘PGBE-QM Plano de Gestão de Biodiversidade e Ecossistemas da Quinta dos Murças’ em 2017, juntamente com a ADVID, o centro de Ecologia Funcional CEF da Universidade de Coimbra, a Sociedade Portuguesa de Botânica, o CIBIO-InBio, a FCUL e mais recentemente com a NBI. Centrámo-nos na avaliação de vários grupos indicadores de biodiversidade e do estado ecológico das vinhas e sua área envolvente, de forma a compreendermos o impacto das boas práticas de gestão agro-ecológica na biodiversidade da fauna e flora, e na dinâmica das interacções entre potenciais pragas e fauna auxiliar. Este reconhecimento, por parte do IVDP, dá-nos motivação adicional para continuarmos o trabalho que iniciámos em 2011, contribuindo para um Douro mais ecológico e sustentável”.
Os Prémios Vintage IVDP foram criados com o intuito de incentivar e distinguir pessoas, instituições e projectos que estejam relacionados, directa ou indirectamente, com a Região Demarcada do Douro. Com diversas categorias, pretendem ser um “estimulo à inovação tecnológica, ao desenvolvimento técnico-científico, ao progresso no conhecimento das dinâmicas da sociedade, ao empreendedorismo, à sustentabilidade ambiental, económica e social, o estudo e preservação do património enquanto ativo cultural incontornável, enquanto áreas prioritárias para o progresso da Região Demarcada do Douro, do seu território, das suas gentes, da vinha, do vinho, e dos mercados”. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
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IVDP divulga 10 projectos para transformação digital do Douro

No passado dia 11 de Novembro, o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto organizou a Hackathon Douro e Porto, uma maratona colaborativa com o objectivo de apresentar soluções inovadoras, de cariz tecnológico, para os desafios dos principais “stakeholders” do Douro, Porto e Vila Nova de Gaia. Este evento envolveu quarenta e seis investigadores […]
No passado dia 11 de Novembro, o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto organizou a Hackathon Douro e Porto, uma maratona colaborativa com o objectivo de apresentar soluções inovadoras, de cariz tecnológico, para os desafios dos principais “stakeholders” do Douro, Porto e Vila Nova de Gaia. Este evento envolveu quarenta e seis investigadores e agentes, de mais de vinte municípios, que há um ano integraram equipas multidisciplinares e iniciaram os trabalhos. Assim, desta Hackathon, sairam dez projectos que prometem trazer uma transformação digital à região:
1. Rede de Comunicação: Projeto demonstrador das potencialidades da tecnologia, e da mais-valia para a agricultura do Douro com sensores de terreno;
2. Monitorização do Território: Criação de website que apresente os dados georreferenciados obtidos a partir de redes sociais;
3. Sensibilização para a sustentabilidade: Kit educacional de sustentabilidade, portátil e modular, com materiais de baixo custo;
4. Mecanização na vinha: Relatório com conceptualização e requisitos de um sistema de veículos aéreos não tripulados capaz de assistir no transporte das uvas;
5. Transferência de conhecimento intergeracional: Protótipo funcional de realidade virtual que ensine a fazer a poda;
6. Potencialização do enoturismo: Plano de comunicação de rotas de enoturismo na RDD;
7. Consciencialização das alterações ambientais: Produzir uma experiência áudio imersiva sobre as mudanças ambientais que ocorrem nas vinhas;
8. Comunicação sustentável do vinho: Protótipo de embalagem ou contentor a partir de bio-resíduos que reduzam o impacto ambiental no ciclo de vida do vinho;
9. Inovação no marketing e comunicação: Protótipo de realidade aumentada para rótulos de garrafas capaz de apresentar informações relevantes sobre o vinho aos consumidores;
10. Personalização da experiência do consumidor: Protótipo de serviço de recomendação de música de acordo com o vinho escolhido a fim de proporcionar uma experiência multissensorial ao consumidor;
Os resultados completos da Hackathon Douro e Porto poderão ser consultados aqui.
IVDP e NOVA IMS apresentam projecto de IA que optimiza negócio dos vinhos Douro e Porto

É já hoje a apresentação do projecto que pretende fazer os agentes económicos do vinho, do Douro e do Porto, poupar dinheiro. O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) e a NOVA Information Management School (NOVA IMS) vão desenvolver o IVDP Data+, one “a inteligência artificial e a ciência de dados vão […]
É já hoje a apresentação do projecto que pretende fazer os agentes económicos do vinho, do Douro e do Porto, poupar dinheiro. O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) e a NOVA Information Management School (NOVA IMS) vão desenvolver o IVDP Data+, one “a inteligência artificial e a ciência de dados vão apoiar os processos de planeamento e gestão, visando a optimização de processos com impacto, nomeadamente, nos custos de produção ou na identificação das melhores rotas e destinos dos vinhos do Douro e do Porto”, explica o IVDP em comunicado.
Este projecto, financiado pelo Portugal 2020 ao abrigo do programa SAMA IA, decorrerá até Dezembro de 2021, com um orçamento global de, aproximadamente, 300 mil euros.
Este modelo permitirá “realizar estimativas de produção para o viticultor – e prever os respetivos custos de produção – identificar os trânsitos de vinhos mais favoráveis e sugerir potenciais mercados mediante as características do vinho, além do rastreamento fidedigno de toda a produção, desde a uva até à garrafa, garantindo assim a total fiabilidade do produto final”, desenvolve o IVDP.
Gilberto Igrejas, Presidente do IVDP, reforça: “O projeto IVDP Data+ cria um novo paradigma de planeamento e gestão de toda a cadeia de valor do vinho do Douro e Porto, lançando as bases para que as políticas públicas que prosseguimos assentem em dados, quer no momento da sua construção, quer na sua monitorização e avaliação. Criamos assim as bases para que as dimensões económica, social e ambiental sejam integradas numa abordagem holística capaz de tirar partido das actuais capacidades analíticas ao nosso dispor numa aposta que denominamos de Winalytics – a ciência dos dados ao serviço da viticultura do Douro e Porto”.
Wine Enthusiast nomeia Bento Amaral para “Wine Person of The Year”

É Director dos Serviços Técnicos e de Certificação do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) e acaba de ser nomeado para “Wine Person of The Year”, pela revista de vinhos norte-americana Wine Enthusiast. Este prémio, como explica do IVDP, “é atribuído a personalidades e empresas que contribuíram, de forma notável, para o mundo […]
É Director dos Serviços Técnicos e de Certificação do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) e acaba de ser nomeado para “Wine Person of The Year”, pela revista de vinhos norte-americana Wine Enthusiast.
Este prémio, como explica do IVDP, “é atribuído a personalidades e empresas que contribuíram, de forma notável, para o mundo do vinho e de outras bebidas alcoólicas. Abrange quinze categorias, e os vencedores serão anunciados na edição “Melhores do Ano” da revista”.
Bento Amaral iniciou funções no IVDP em 1999, tendo sido Chefe da Câmara de Provadores até 2013. Actualmente, é Director do departamento que certifica os vinhos do Douro e do Porto.
7ª edição do Port Wine Day comemora-se a 10 de Setembro

É já esta quinta-feira, 10 de Setembro, que se comemora o sétimo Port Wine Day, efeméride que também celebra os 264 anos da Demarcação do Douro enquanto região. Este ano, a data inclui um jantar de entrega de prémios sob o mote “Douro Mais Sustentável”, onde vários projectos serão distinguidos nas categorias de Enoturismo, Viticultura, […]
É já esta quinta-feira, 10 de Setembro, que se comemora o sétimo Port Wine Day, efeméride que também celebra os 264 anos da Demarcação do Douro enquanto região.
Este ano, a data inclui um jantar de entrega de prémios sob o mote “Douro Mais Sustentável”, onde vários projectos serão distinguidos nas categorias de Enoturismo, Viticultura, Enologia e Revelação, por se destacarem “na preservação e promoção da vitalidade e sustentabilidade do território duriense”, diz o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), em comunicado.
Gilberto Igrejas, presidente do IVDP, declara: “Com o Port Wine Day, prestamos homenagem às gerações de trabalhadores que, com o seu esforço heróico, transformaram a pedra em terra, construindo uma paisagem magnífica, considerada uma das mais belas regiões vitivinícolas do Mundo. Homenageamos, também, aqueles que todos os dias trabalham na vinha, nas empresas e nas instituições, granjeando para os vinhos do Porto e do Douro e para o Douro Vinhateiro uma dimensão internacional de excelência”.
IVDP assegura pagamento de uvas até 15 de Janeiro

No que toca ao pagamento de uvas aptas a D.O. Douro e I.G. Duriense, o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) passa agora a ser intermediário na transacção. Esta foi uma proposta já aprovada em Conselho Profissional, que tem o objectivo de evitar atrasos nos pagamentos aos viticultores. Gilberto Igrejas, Presidente do […]
No que toca ao pagamento de uvas aptas a D.O. Douro e I.G. Duriense, o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) passa agora a ser intermediário na transacção.
Esta foi uma proposta já aprovada em Conselho Profissional, que tem o objectivo de evitar atrasos nos pagamentos aos viticultores.
Gilberto Igrejas, Presidente do IVDP, explica que “Os compradores de uvas efectuam o seu pagamento aos viticultores através de transferência bancária para o IVDP, indicando as quantidades e os valores a pagar a cada um dos viticultores”. Esta é uma forma que o Instituto tem de assegurar que o preço das uvas será integralmente pago pelos compradores, até ao dia 15 de Janeiro de 2021.
Designações “Porto”, “Port” e “Douro” protegidas no Reino Unido

A iniciativa partiu do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP). No dia 4 de Março de 2019 – e no seguimento da saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) – o IVDP apresentou um pedido de registo para certificação das designações “Douro”, “Porto” e “Port”, junto do Instituto da Propriedade Intelectual […]
A iniciativa partiu do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP). No dia 4 de Março de 2019 – e no seguimento da saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) – o IVDP apresentou um pedido de registo para certificação das designações “Douro”, “Porto” e “Port”, junto do Instituto da Propriedade Intelectual do Reino Unido.
Este registo foi bem sucedido e concedido no passado dia 10 de Agosto de 2020, estando agora estas designações protegidas num mercado tão importante para o vinho do Porto e Douro.
O presidente do IVDP, Gilberto Igrejas, explicou que “até à ocorrência do Brexit estas Denominações de Origem estavam protegidas no Reino Unido ao abrigo da Regulamentação Europeia e do sistema de registo europeu de indicações geográficas (eAmbrosia). Todavia, a incerteza, que a esta data ainda se mantém, quanto à proteção de Denominações de Origem e Indicações Geográficas naquele país terceiro exigiu uma atuação preventiva do parte do IVDP, IP. Independentemente do resultado das negociações em curso e quanto a esta matéria, Porto, Port e Douro já estão protegidos no Reino Unido”.
Medidas de apoio contestadas pelo sector do vinho

No passado dia 20 de Junho, foi publicada em Diário da República a Portaria que anuncia um pacote de medidas excepcionais para apoio ao sector dos vinhos. Este reforço, no valor de 15 milhões de euros, destina-se à destilação de vinhos com Denominação de Origem ou Indicação Geográfica e ao apoio ao armazenamento de vinho […]
No passado dia 20 de Junho, foi publicada em Diário da República a Portaria que anuncia um pacote de medidas excepcionais para apoio ao sector dos vinhos. Este reforço, no valor de 15 milhões de euros, destina-se à destilação de vinhos com Denominação de Origem ou Indicação Geográfica e ao apoio ao armazenamento de vinho em situação de crise. Estas medidas integram-se no Programa Nacional de Apoio relativo ao Exercício Financeiro FEAGA de 2020 com uma dotação orçamental de 10 milhões de euros para a destilação de vinho, num total de 100.000 hectolitros de vinho com Denominação de Origem (pagos a €0,40/l) e de 200.000 hectolitros de vinho de Indicação Geográfica (€0,30/l). Quanto ao apoio ao armazenamento, a dotação orçamental é de 5 milhões de euros. Os pedidos de pagamento devem ser apresentados, no caso dos destiladores, até 13 de Setembro e, no caso do armazenamento, até 30 de Setembro.
A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque salientou que “há ainda a expectativa da Comissão Europeia garantir um reforço financeiro para a consolidação do sector”. A titular da pasta da Agricultura anunciou igualmente um reforço do Regime de Apoio à Reestruturação e Reconversão da Vinha (VITIS) no valor de 23,5 milhões euros, passando assim dos actuais 50 para os 73,5 milhões de euros. Maria do Céu Albuquerque lembra, ainda, que está a ser analisada, no quadro de competências do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, uma medida que permita a criação da reserva qualitativa do Vinho do Porto e que será anunciada em breve.
Vinho do Porto exige mais e melhores medidas
A esse respeito, a Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP) tomou já posição, considerando, desde logo, que “o montante de 10M€, de dinheiro europeu, anunciado pelo Governo para apoio ao sector vitivinícola nacional, é manifestamente insuficiente para acudir aos graves problemas do sector”. Por outro lado, a AEVP defende a especificidade da região duriense e a necessidade de “majorar a destilação de crise para os vinhos DOC Douro e IG Duriense, que cubra os custos de produção destes vinhos” já que, consideram, “a região do Douro é uma viticultura de montanha com produções inferiores e custos de produção muito superiores às restantes regiões vitícolas nacionais”.
Nesse sentido, a AEVP anunciou que, com o objectivo de minimizar a quebra na fixação do benefício, as empresas suas associadas “estão disponíveis para adquirir vinho do Porto para colocação em reserva, na condição de que sejam mobilizados os saldos cativos e transitados do IVDP para o efeito”. A AEVP refere-se a parte das taxas de certificação, pagas pelos produtores ao Instituto do Vinho do Douro e do Porto (IVDP), valores que, ao invés de reforçar o orçamento do Instituto, têm sistematicamente transitado para os cofres do Estado. Esse dinheiro, deveria servir, no entendimento da AEVP e também do Conselho Interprofissional do IVDP, “para lançar um ambicioso plano de promoção nacional e internacional de vinho do Douro e vinho do Porto, no sentido de reactivar o consumo”.
Já a Prodouro, associação de produtores da região, é contra a “destilação de crise” e advoga a produção de vinho do Porto em regime de bloqueio, de modo a não reduzir o volume de benefício (mosto autorizado a originar vinho do Porto), devendo este, em seu entender, ser igual ao de 2019, com preço/pipa baseado no do ano transacto. Tal como a AEVP, também a Prodouro exige que o IVDP recupere as verbas cativas pelo Estado e as utilize na compra a crédito de aguardente vínica para o vinho do Porto e na promoção do consumo. Adicionalmente, a Prodouro defende, entre outras medidas, a redução temporária de IVA do vinho e IEC (vinho do Porto) e a simplificação do pagamento por adiantamento dos programas Vitis recentemente aprovados.