Periquita: Muito mais do que uma marca

José Maria da Fonseca

No ano em que a José Maria da Fonseca celebra os 190 anos de casa, sua marca mais emblemática – Periquita – foi objecto de um rebranding sob o mote “Moderno desde 1850”. É apresentada agora com uma imagem renovada e bem conseguida, que alia um estilo moderno com um toque de classicismo, resultando numa […]

No ano em que a José Maria da Fonseca celebra os 190 anos de casa, sua marca mais emblemática – Periquita – foi objecto de um rebranding sob o mote “Moderno desde 1850”. É apresentada agora com uma imagem renovada e bem conseguida, que alia um estilo moderno com um toque de classicismo, resultando numa estética tradicional refinada.

Conta a história que o fundador da casa mais antiga da Península de Setúbal (1834), José Maria da Fonseca, adquiriu a propriedade em Azeitão chamada Cova da Periquita, na década de 1840, onde plantou varas de Castelão que havia trazido muito provavelmente do Ribatejo.
Embora a data exata da primeira colheita não possa ser confirmada, sabe-se com certeza que em 1850 o Periquita já era produzido. Prova disso é uma carta desse ano, na qual José Maria da Fonseca escreve a um amigo: “Gostava que provasses o meu Periquita.”

José Maria da Fonseca

Foi o primeiro vinho engarrafado em Portugal, e com ele nasceu o conceito que hoje chamamos de “marca” (e que foi oficialmente registada em 1941). O nome que corresponde à identidade de um vinho e desperta as expectativas do consumidor.
As garrafas vieram da Inglaterra, a concepção dos primeiros rótulos do Periquita foi da autoria de um artista parisense e as rolhas eram seleccionadas por um técnico catalão. Foi um passo visionário. O vinho engarrafado que ostenta um rótulo, ao invés do vinho vendido a granel, para além de chegar ao destino mais protegido da adulteração, serve de embaixador da casa que o produziu, da região e do país.

Em 1881 deram-se as primeiras exportações de Periquita para o Brasil. A colheita de 1886 recebeu a medalha de ouro na Exposição de Vinhos de Berlim em 1888.
Na década de 1940 surge o conceito de Reserva, “que não tem nada a ver com os Reservas de hoje” – explica Domingos Soares Franco, o vice-presidente da empresa e a 6ª geração da família. “Nos anos bons guardava-se uma parte em cave e lançava-se mais tarde”, com 5-7 anos de estágio. “Reservavam-se cerca de 1000 caixas de 12 e, nesta altura, estaremos a falar da produção do Periquita de mais de 100.000 caixas, ou seja cerca de 1 milhão e meio de garrafas”. O Periquita e o Periquita Reserva, originalmente, eram o mesmo vinho. O Reserva de hoje é um vinho completamente diferente do Periquita “colheita”.

Embora o Periquita tenha nascido como Castelão, a força da marca era tal que se tornou na sinonimia da própria casta na região (hoje permitida apenas para a Península de Setubal). Nos anos 40-50 do século passado deixou de ser Castelão a 100%, juntando a Trincadeira que o pai de Domingos Soares Franco, Fernando Soares Franco, gostava muito, e Aragonez. Décadas depois deixa de ser blend, sobretudo porque ambas as castas mostram grande susceptívidade às doenças da vinha, e a Trincadeira ainda por cima “é uma casta muito aneira e desidrata de um dia para outro”. Na viragem do século volta a ser um blend, para o qual a Trincadeira e Aragonez vêm de uma vinha plantada no início dos anos 90. Na colheita de 2022, o Aragonez foi substituído por Alicante Bouschet (14%), a acompanhar Castelão (47%) e Trincadeira (39%). Deste vinho produzem-se actualmente cerca de 450 000 garrafas.

Acompanhando a evolução e as exigências dos mercados, a família do Periquita cresceu. Em 2004 foi lançado o Periquita branco, inicialmente para o mercado sueco. A nova época do Reserva começou com vindima de 2004, lançado em 2007 também com foco no mercado sueco. Como o tempo, o sucesso estendeu-se para o Brasil e a Noruega. Na sua composição, o Reserva tem 54% de Castelão, 28% de Touriga Nacional e 18% de Touriga Francesa; estagia mais tempo (oito meses) do que o Periquita original em madeira de carvalho francês (usada) e americano (nova). Deste vinho fazem-se cerca de 600 000 garrafas.
Em 2007 surgiu o Periquita rosé e, em 2008, foi criado o Periquita Superyor, lançado em 2012 como um topo de gama da família dos Periquita.

Regresso ao Clássico
Os tempos mudam, a tecnologia evolui e a abordagem enológica adapta-se. Hoje em dia, as uvas são desengaçadas, as fermentações ocorrem em cubas de inox e não em lagares e o estágio passa a ser em barricas de carvalho francês e americano em vez de tonéis grandes de madeira usada. Neste contexto, é natural que mais cedo ou mais tarde surja a vontade de regressar às origens sem intromissão na evolução natural das coisas.
O regresso ao passado sucedeu pela primeira vez na colheita de 1992, quando Domingos Soares Franco fez um lote de vinho “como antigamente: em cubas de cimento com engaço, sem controlo de temperatura e com estágio em tonéis” com o intuito de ser lançado anos mais tarde, por volta de 1998-1999. Entretanto, o vinho acabou por ser apresentado ao importador nos Estados Unidos em 1995, demasiado cedo para mostrar todo o seu potencial. Obviamente, não teve o sucesso esperado. “Foi o jantar mais caro da minha vida”, lembra-se com risos Domingos Soares Francos, que fez uma viagem de ida e volta a Califórnia sem vender uma única garrafa. O Periquita Clássico teve várias colheitas, incluindo as de 1994, 1995, 1999, 2001 e 2004, ano em que decidiram descontinuá-lo. No entanto, nas suas viagens aos mercados de exportação, sobretudo no Canadá e nos Estados Unidos, Domingos Soares Franco sentiu que havia interesse crescente por este conceito. Assim, em 2014 voltaram a fazer o Periquita Clássico, que está ainda disponível no mercado. O 2015 será lançado em breve, permanecendo o 2017 em estágio. A identidade do perfil também é assegurada pelas uvas provenientes de uma vinha com quase 40 anos, implantada em solos argilo-calcários numa vale da Serra da Arrábida. Do Clássico produz-se entre 8 e 9 mil garrafas.

O Castelão das areias e do argilo-calcário
Voltando à Periquita, neste caso, à casta Castelão, um cruzamento natural da casta tinta Portuguesa Alfrocheiro com a casta branca, chamada Sarigo em Portugal e Cayetana Blanca em Espanha.
Graças a José Maria da Fonseca, a casta não só ganhou popularidade na região, como se tornou identitária, embora tenha perdido terreno a favor de outras castas. Quanto aos dados estatísticos, Domingos Soares Franco referiu que, de acordo com a CVR da Península de Setúbal, na região existem 7100 ha de vinha, dos quais 60% castas tintas, o que corresponde a 5050 há, com 3015 ha de Castelão, sendo cerca de 80-100 ha de vinhas velhas com mais de 40 anos.
Domingos Soares Franco explica que o perfil dos vinhos varia consoante o solo: do argilo-calcário os vinhos apresentam “fruto mais exuberante quando jovens, menos álcool, mais acidez e corpo mais fino”, enquanto das areias revelam “fruto mais concentrado, notas de eucalipto, mais álcool e maior estrutura”. Nos anos 40-50, as uvas vinham predominantemente do argilo-calcário e algumas das areias, nos anos 60-70, o argilo-calcário deminui e hoje quase tudo é de areia. Na sua opinião, o lote ideal seria de Castelão com 65% do argilo-calcário e 35% das areias.

Uma prova histórica
Uma prova destas, como a que tive oportunidade de fazer nunca aconteceu antes e dificilmente será repetida. Provámos 14 vinhos a atravessar décadas desde 1940 até 2022, contextualizados pelo grande mestre e figura carismática Domingos Soares Franco, com presença do seu irmão e presidente da empresa, António Soares Franco, António Maria e Sofia Soares Franco da 7ª geração e Paulo Hortas, director de Enologia e Viticultura.
“Se fizermos uma viagem no tempo, é provável que encontremos uma viagem de Periquita” – dizem na José Maria da Fonseca, pois com 174 anos de história, o Periquita acompanhou grandes mudanças e acontecimentos no mundo. Assim, durante a prova, fizemos uma retrospectiva dos últimos 84 anos.

Em termos globais, o ano 1940 foi marcado pela invasão da Alemanha na Europa Ocidental. O Periquita de 1940, marcado na gargantilha como Reserva no seu conceito antigo, apresentou uma cor ainda intensa a lembrar mogno, muito alinhado e vivo no aroma com compotas, marmelada, especiaria, passas acompanhadas por notas de cogumelos, terra húmida e musgo a evidenciar a evolução. Carnudo, com boca bem composta e cheia de frescura, onde o tanino já se tornou sedoso pelo tempo mas assegurou a vida do vinho. Com mais de 80 anos este vinho é uma bela surpresa (17,5)!

Em 1954 aconteceu o Golpe Militar no Paraguai e foi inaugurado o Estádio da Luz. O Periquita de 1954, também marcado como Reserva, mostrou-se mais acastanhado na cor e amadeirado no aroma, com sugestões de tâmaras, alcarávia, madeiras envernizadas e molho de soja; com corpo mais magro do que o vinho anterior e o tanino consumido pelo tempo, mas ainda com frescura e um certo carácter (16,5).

Em 1959, Fidel Castro tomou posse em Cuba e, em Portugal, foi inaugurado o Cristo Rei em Almada. E também foi um grande ano, quer em Portugal, quer em Bordéus. Deste ano provámos dois vinhos. Um deles marcado com letras “J” e “P”. Segundo Domingos Soares Franco, as garrafas eram exactamente iguais, mas numa com as letras que mal se vêm estava assinalado “JMF” e noutra “ACP”. Eram dois lotes diferentes e calcula-se que um era proveniente das vinhas da José Maria da Fonseca, do argilo-calcário e outro dos solos arenosos da Adega Cooperativa da Palmela, onde na altura se comprava vinho. Isto confirma-se pelo estilos diferentes dos vinhos.

O 1959P com muita cor e laivos mogno, com fruta ainda de grande definição a lembrar framboesas e amoras, especiaria, nuances florais, um vinho intenso, elegante com tanino presente que promove a longevidade, e frescura fantástica (18). O 1959PJ com fruta mais delicada, notas de cogumelo, musgo, pão de centeio, alcarávia, fumo e folha de louro, revelou menos corpo, acidez espevitada, tanino mais tenaz envolto numa textura de veludo (17,5).

Em 1961 John Fitzgerald Kennedy tomou posse como presidente dos EUA e Iuri Gagarin foi o primeiro cosmonauta no espaço. O Periquita 1961 revela a cor mogno intenso, com bastante fruta a lembrar ameixa e cereja desidratada, especiaria, flores secas a lembrar lavanda, cogumelos e eucalipto, muito balsâmico. Denso, com amplitude e frescura, longo e bem persistente no sabor (17,5).

Em 1965, os Estados Unidos entraram na Guerra do Vietname e o cosmonauta soviético Alexei Leonov realizou a primeira caminhada espacial. Em 1966, Indira Gandhi foi eleita a primeira-ministra da Índia, sendo a primeira mulher indiana a assumir o cargo e os Beatles lançaram o seu álbum icónico “Revolver”. Nesta altura Portugal encontrava-se em plena Guerra Colonial.O Periquita 1965 infelizmente tinha TCA. O Periquita 1966, de cor mogno atijolado, mostrou-se denso e cheio, intenso com notas iodadas, tinta da China, castanhas, molho de soja, fruta discreta e mais evidente no retronasal (16,5).

O ano de 1970 marcou o início de uma série de crises económicas globais e, em, Portugal morreu António Salazar. O Periquita 1970, com uma cor atijolada, balsâmico com fruta compotada, especiaria, alcarávia, bastante directo, mantendo o foco, ligeiramente metálico, com boa frescura e leve amargo no final (16,5).

Em 1976 teve início a ditadura na Argentina, Steve Jobs lançou a Apple e Jimmy Carter foi eleito presidente dos Estados Unidos. O Periquita 1976 revelou muita fruta compotada, marmelada, especiaria doce, framboesa, algum cogumelo também. Parece-se com o 1970, mas é mais cheio, mais redondo e macio, com boa estrutura de tanino polido, e muito guloso (17).

Em 1985 foi assinado o Tratado de Adesão de Portugal às Comunidades Europeias e Mikhail Gorbachev assumiu o cargo de Secretário-Geral da União Soviética. O Periquita 1985, também marcado como Reserva, apresentou um ligeiro toque de rolha.

Em 1990 deu-se a reunificação da Alemanha, o fim do Apartheid na África do Sul e Tim Berners-Lee propôs a criação da World Wide Web. O Periquita 1990 marcou pela fruta presente e notas caramelizadas, cogumelos, especiaria, fumo, madeiras exóticas, pimenta preta, doce de amora, com bastante volume, ambiente escuro, cheio, guloso e aveludado por tanino maduro e redondo (17).
Em 2007, a Apple lançou o primeiro iPhone e ocorreu o colapso do mercado imobiliário dos EUA. O Periquita 2007 representa um lote de Castelão (75%), Trincadeira (15%) e Aragonez (10%). A maior parte das uvas provém do solo arenoso e 5% do argilo-calcário. De cor granada, revela muita amora e pimenta preta, figo maduro, alguma canela, alcarávia, leve musgo e eucalipto. Alinhado e elegante, muito bonito e em grande forma. Tanino fino e tudo muito polido. (16,5). Deste vinho foram produzidas mais de 1 milhão de garrafas.

Em 2011 acabou a Guerra do Iraque, Bin Laden foi assassinado e Portugal tornou-se membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU. O Periquita 2011 foi o último feito por Domingos Soares Franco, que continua como o enólogo inspirador mas, segundo ele próprio, não intervém nas decisões da equipa de enologia. É um lote de Castelão (50%), Trincadeira (40%) e Aragonez (10%), também maioritariamente do solo arenoso. De cor granada, fruta doce e compota, no fundo folhas de louro, algum tomilho e orégãos. Está numa fase ascendente, com tudo interiorizado, mas ainda com muita força, parece mais novo. Chá, bergamota, acidez não tão pronunciada como no 2007 (16,5). Foram produzidas 375 000 garrafas.

Em 2022 começou a guerra da Ucrânia e ocorreu a morte da Rainha Isabel II. No Periquita 2022 o Alicante Bouschet substituiu Aragonez no lote com Castelão e Trincadeira.

(Artigo publicado na edição de Outubro de 2024)

Leilão da José Maria da Fonseca atinge valor histórico

A José Maria da Fonseca

A José Maria da Fonseca comemorou 190 anos com a realização do quinto leilão do século XXI, que rendeu quase 80 mil euros, ultrapassando as expectativas e o valor do último evento deste tipo organizado por esta empresa, realizado em 2018. No total, foram a leilão 130 garrafas, divididas por 36 lotes, onde se destacou […]

A José Maria da Fonseca comemorou 190 anos com a realização do quinto leilão do século XXI, que rendeu quase 80 mil euros, ultrapassando as expectativas e o valor do último evento deste tipo organizado por esta empresa, realizado em 2018.

No total, foram a leilão 130 garrafas, divididas por 36 lotes, onde se destacou o Apothéose Bastardinho, licitado por 7.500€, e o Moscatel de Setúbal Superior de 1924, cuja garrafa chegou aos 882€. Trata-se de uma edição limitada desta colheita centenária, escolhida pela sexta e sétima geração do mais antigo produtor deste vinho generoso para assinalar uma data histórica e uma tradição com quase dois séculos.

Neste leilão, que esteve a cargo do Palácio do Correio Velho, estiveram à também venda outras colheitas antigas de Moscatel de Setúbal, de anos como 1928, 1934, 1945, 1960 e 1962. Compostos por vinhos exclusivos, os dois últimos lotes a leilão são o reflexo da autenticidade e história deste legado – um Moscatel de Setúbal Edição Comemorativa SL Benfica Bicampeonato Europeu 1961-62, com design de Nuno Gama, que inclui uma garrafa de Moscatel de Setúbal Superior 1961, e uma garrafa de Moscatel de Setúbal Superior 1962. Para terminar foi leiloada a garrafa do icónico Apótheose Bastardinho.

Para António Soares Franco, presidente do Conselho de Administração da José Maria da Fonseca, “este foi um leilão muito especial, em que celebrámos 190 anos de história, dedicação e inovação, e recordámos o passado com confiança no futuro. O Moscatel de Setúbal Superior de 1924 reflete a excelência, a profundidade e a longevidade dos valores que defendemos.”

Campanha vinhos que vão bem com o ambiente está de regresso

“Vinhos que vão bem com o ambiente” tem, como parceiros, os produtores José Maria da Fonseca, Ravasqueira, Lima & Smith e Quinta da Lagoalva e está em vigor até 31 de outubro nas superfícies comerciais aderentes

A José Maria da Fonseca Distribuição promove, pelo terceiro ano consecutivo, em conjunto com vários produtores, a campanha para reciclagem de rolhas que, nos últimos dois anos, deu origem na plantação de mais de 9500 árvores. “Vinhos que vão bem com o ambiente” tem, como parceiros, os produtores José Maria da Fonseca, Ravasqueira, Lima & […]

A José Maria da Fonseca Distribuição promove, pelo terceiro ano consecutivo, em conjunto com vários produtores, a campanha para reciclagem de rolhas que, nos últimos dois anos, deu origem na plantação de mais de 9500 árvores.

Vinhos que vão bem com o ambiente” tem, como parceiros, os produtores José Maria da Fonseca, Ravasqueira, Lima & Smith e Quinta da Lagoalva e está em vigor até 31 de Outubro nas superfícies comerciais aderentes. Tem, como objectivo, contribuir para a reflorestação do território nacional.

Esta campanha está disponível em supermercados e hipermercados, que disponibilizam mini-rolhões para os clientes levarem para casa e deitarem, neles, as rolhas de cortiça usadas. O objectivo é que as entreguem, depois, nas lojas aderentes, entre outros no depósito que fica junto ao espaço das marcas.

“Depois do sucesso dos últimos dois anos, não podíamos deixar de apostar novamente nesta campanha, em conjunto com os nossos parceiros”, diz, a propósito da iniciativa, António Maria Soares Franco, Co-CEO da José Maria da Fonseca, acrescentando que a sua empresa “tem um compromisso muito forte com a sustentabilidade” e “quer continuar a apelar para a necessidade de reciclar rolhas de cortiça e recuperar a floresta”.

À semelhança das edições anteriores, a entrega de rolhas é ilimitada e pode ser realizada diversas vezes até ao término da campanha. Por cada 10 rolhas de cortiça recolhidas será plantada uma árvore.

José Maria da Fonseca renova imagem do icónico Moscatel Roxo 20 Anos

Moscatel Roxo

No ano em que celebra 190 anos, a José Maria da Fonseca, mais antigo produtor de vinhos de mesa e moscatéis em Portugal, aposta na renovação de imagem do packaging do Moscatel Roxo 20 anos, que passa agora a integrar a gama de moscatéis Alambre. A mudança tem como objectivo reforçar a identidade e o […]

No ano em que celebra 190 anos, a José Maria da Fonseca, mais antigo produtor de vinhos de mesa e moscatéis em Portugal, aposta na renovação de imagem do packaging do Moscatel Roxo 20 anos, que passa agora a integrar a gama de moscatéis Alambre. A mudança tem como objectivo reforçar a identidade e o posicionamento da produtora de Azeitão, assente na sua singularidade e legado histórico.

O Moscatel Roxo é um vinho generoso produzido unicamente na região da Península de Setúbal, onde a casta que lhe dá origem – o Moscatel Roxo de Setúbal – esteve praticamente extinta na segunda metade do século passado. Foi Fernando Soares Franco – 5ª geração da família – grande entusiasta pela viticultura e pela casta Moscatel Roxo de Setúbal em particular, que empreendeu esforços, nas décadas de 70 e 80, para salvá-la da extinção. Reconhecido a nível nacional e internacional, o Moscatel Roxo 20 anos da José Maria da Fonseca é um lote de 4 colheitas, em que a colheita mais nova tem 23 anos e a mais antiga 80, sendo que estagia em cascos de madeira usada, tendo como objectivo um longo processo oxidativo, nas caves da José Maria da Fonseca em Azeitão.

Moscatel Roxo

José Maria da Fonseca celebra 190 anos de história

Fundada em 1834, a José Maria da Fonseca (JMF) celebra o seu 190º aniversário este ano, entre outros, com a renovação da sua imagem corporativa. O seu logótipo dá agora especial destaque ao ano de fundação, 1834, às sete gerações da família que a geriram, e inclui uma assinatura alusiva à data. Além disso, os […]

Fundada em 1834, a José Maria da Fonseca (JMF) celebra o seu 190º aniversário este ano, entre outros, com a renovação da sua imagem corporativa. O seu logótipo dá agora especial destaque ao ano de fundação, 1834, às sete gerações da família que a geriram, e inclui uma assinatura alusiva à data. Além disso, os rótulos das principais marcas terão um selo comemorativo dos 190 anos.

Ao longo do ano de 2024, a empresa vai assinalar a data com um conjunto de iniciativas direcionadas a profissionais e consumidores, incluindo vários lançamentos, eventos e uma campanha de comunicação para assinalar este marco histórico.

Criada pelo empresário cujo nome permanece na designação da empresa até aos dias de hoje, a JMF é gerida actualmente pela sétima geração da família, que inclui três elementos em cargos executivos – António Maria, Francisco (Co-CEO’s) e Sofia Soares Franco, responsável pela Comunicação Institucional, Enoturismo e Eventos desta casa. Segundo António Maria Soares Franco, “este aniversário não é apenas uma celebração do passado, é uma afirmação do nosso compromisso contínuo para com todos os nossos clientes, colaboradores e parceiros e as gerações futuras. Daí a nossa aposta em políticas de sustentabilidade e o nosso compromisso em continuar a contribuir para um planeta mais saudável”.

Vinhos da WineStone serão distribuídos pela José Maria da Fonseca Distribuição

WineStone José Maria Fonseca

A WineStone, empresa do Grupo José de Mello dedicada ao sector dos vinhos, confiou a distribuição nacional das novas marcas do seu portefólio — Quinta do Côtto (Douro) e Paço de Teixeiró (Vinhos Verdes) — à José Maria da Fonseca Distribuição, empresa que já assegurava a comercialização dos vinhos da Ravasqueira (Alentejo). “Com o objectivo […]

A WineStone, empresa do Grupo José de Mello dedicada ao sector dos vinhos, confiou a distribuição nacional das novas marcas do seu portefólio — Quinta do Côtto (Douro) e Paço de Teixeiró (Vinhos Verdes) — à José Maria da Fonseca Distribuição, empresa que já assegurava a comercialização dos vinhos da Ravasqueira (Alentejo).

Com o objectivo de relançar duas marcas clássicas portuguesas, a WineStone decidiu apostar na consolidação com a José Maria da Fonseca Distribuição. Parceiros que nos têm dado provas de consistência e capacidade de valorização das marcas que trabalham. Estamos confiantes que as marcas Quinta do Côtto e Paço de Teixeiró estão prontas para um novo ciclo com grande ambição, que começa já em Janeiro.”, refere Pedro Pereira Gonçalves, CEO da WineStone. “A nossa ambição de crescimento só pode ser concretizada se tivermos connosco parceiros com o mesmo foco, comprometidos em criar valor, gerar notoriedade e potenciar o prestígio dos nossos vinhos no mercado nacional”, sublinha.

Paulo Costa, director geral da José Maria da Fonseca Distribuição, afirma: “A renovação e reforço da nossa parceria são prova do trabalho efectuado desde 2018 com a Ravasqueira, e agregam valor à nossa oferta comercial com vinhos de inegável reputação e excelente qualidade, que complementam estrategicamente o nosso portefólio”.
A José Maria da Fonseca Distribuição, criada em 2015, assegura a comercialização em território nacional de vinhos de produtores de referência como José Maria da Fonseca, Lima&Smith ou Quinta da Lagoalva, para além da Ravasqueira. Ao portefólio, juntam-se ainda os Champagnes Henriot e a cachaça Ypioca.

Vinhos de 2022 da José Maria da Fonseca recebem certificação FAIR’N GREEN

José Maria Fonseca certificação

A José Maria da Fonseca recebeu, recentemente, a certificação de sustentabilidade FAIR’N GREEN para todos os seus vinhos da colheita de 2022. Esta é a única empresa portuguesa a integrar a lista de 130 produtores com a certificação FAIR’N GREEN, um projecto iniciado em 2013 por produtores de vinho alemães. António Soares Franco, presidente da […]

A José Maria da Fonseca recebeu, recentemente, a certificação de sustentabilidade FAIR’N GREEN para todos os seus vinhos da colheita de 2022. Esta é a única empresa portuguesa a integrar a lista de 130 produtores com a certificação FAIR’N GREEN, um projecto iniciado em 2013 por produtores de vinho alemães.

António Soares Franco, presidente da José Maria da Fonseca, comenta: “Depois da certificação que alcançámos no ano passado com o Periquita Reserva, uma das nossas grandes referências, quisemos expandir a certificação de sustentabilidade FAIR’N GREEN à totalidade do nosso portefólio. Se queremos continuar a preservar os recursos naturais, tal como fazemos há várias décadas, o caminho a percorrer teria de ser este. Estamos muito felizes com esta certificação, mas conscientes de que ela nos traz mais responsabilidades na adopção de práticas mais conscientes e amigas do ecossistema”.

No âmbito das políticas e práticas sustentáveis, a José Maria da Fonseca afirma que apostou recentemente “na instalação de um sistema solar fotovoltaico para autoconsumo, na Quinta da Bassaqueira, em Vila Nogueira de Azeitão, que irá permitir a poupança energética de 38%. Este sistema irá também evitar a emissão de 250 toneladas de CO2 por ano, que equivalem a 55 hectares de floresta ou à retirada de 139 carros da estrada por ano”. Ainda neste campo, o produtor refere que mantém práticas como “a redução de consumos de água, com objectivos e metas anuais, incluindo o tratamento e reutilização de todas as águas residuais”, e que “a empresa não faz descargas da sua Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) no meio hídrico desde 2007”.

Enoturismo de Outono: Depois da vindima, o descanso…

Enoturismo Outono

Numa altura em que as vindimas ou já acabaram, ou estão quase no fim (dependendo da região e do tipo de vinho), chegou uma nova fase do enoturismo: relaxar, de copo na mão. As vantagens do enoturismo no Outono e Inverno são várias, sobretudo porque estamos em “época baixa”, o que se traduz em menos […]

Numa altura em que as vindimas ou já acabaram, ou estão quase no fim (dependendo da região e do tipo de vinho), chegou uma nova fase do enoturismo: relaxar, de copo na mão. As vantagens do enoturismo no Outono e Inverno são várias, sobretudo porque estamos em “época baixa”, o que se traduz em menos gente e preços geralmente mais baixos, mas também por toda a magia que só estas estações podem trazer, como a paleta de cores quentes, do vermelho ao castanho, que invade as vinhas, ou o cheiro a lareira e fumeiro que paira no ar, e também a paz que transmite o descanso dos vinhos numa sala de barricas ou de tonéis. Aqui ficam cinco sugestões de destino, com e sem alojamento, para os enófilos “fugirem” do buliço do dia-a-dia, nesta época que agora se inicia.

 Texto: Mariana Lopes  Fotos: D.R.

VINHO VERDE
Quinta da Lixa/Monverde Wine Experience Hotel

O Monverde Wine Experience Hotel pertence à Quinta da Lixa (Vila Cova da Lixa, concelho de Felgueiras) e localiza-se apenas a 2,5km desta, em linha recta, na Quinta de Sanguinhedo, em Telões, Amarante. Embora a Quinta da Lixa tenha já um bom programa de provas e visitas, é no Monverde que a oferta premium de enoturismo tem lugar, com a vantagem de estarmos perante um alojamento de luxo, que inclui SPA (centrado na vinoterapia) e um restaurante ao mesmo nível. Aqui, há seis provas de vinho — que vão dos 18 aos 60 euros por pessoa — e cinco experiências, mas apenas uma, bastante “family friendly”, está disponível na época Outono/Inverno.

PROVAS

EXPERIÊNCIA DE OUTONO

Monverde Wine Experience Hotel                                                                           

enoturismo outono
Quinta da Lixa

Website: www.monverde.pt

Localização: Quinta de Sanguinhedo 166, Castanheiro Redondo
4600-761 Telões, Amarante

Contactos: +351255143100 / geral@monverde.pt

DOURO

Quinta de Ventozelo

No concelho de São João da Pesqueira, entre o Pinhão e Ervedosa do Douro, a Quinta de Ventozelo estende-se por uma totalidade de 400 hectares, 200 de vinha. Nos últimos anos, a empresa tem feito grandes investimentos não só a nível da produção, mas também na sua oferta hoteleira e de enoturismo. Hoje, a propriedade tem 29 quartos (recentemente reabilitados, distribuídos por sete edificações distintas), o restaurante e wine bar Cantina de Ventozelo (consultoria do chef Miguel Castro e Silva), provas de vinho (com preços dos 14 aos 40 euros), 7 percursos pedestres com extensões e graus de dificuldade variados e audio-guia (€25), experiências na natureza e actividades cinegéticas, como caçadas fotográficas. No Outono, é também possível participar na apanha da azeitona. Mas é no mais recente Centro Interpretativo/Núcleo Museológico que reside a individualidade e inovação do enoturismo da Quinta de Ventozelo…

CENTRO INTERPRETATIVO/NÚCLEO MUSEOLÓGICO

Este centro, inserido num edifício da quinta construído no século XVIII, foi criado para proporcionar aos visitantes um conhecimento mais aprofundado da região do Douro — do seu património natural, material e imaterial — através de uma experiência sensorial de descoberta de Ventozelo e da sua história. Natalia Fauvrelle, museóloga responsável pelo Centro Interpretativo, explica: “Procurou-se um discurso expositivo, que combinasse o lúdico com o conhecimento e com o rigor científico. Por exemplo, os retratos dos proprietários da Quinta no século XVIII são expostos mostrando o cuidado que houve no seu estudo e restauro. Depois, temos experiências tão simples como andar, a subir e descer dentro do percurso da exposição, de modo a ter a perceção dos declives de que é feita a quinta, e toda a região. Segue-se o mais tradicional desafio de apreensão de aromas e um espaço onde o visitante se pode sentar e contemplar o céu ao longo do dia. Também há um espaço onde se pode ouvir Ventozelo, o silêncio e os seus sons característicos”. Segue-se um passeio que contempla também a capela de Nossa Senhora dos Prazeres, os lagares e a adega, o alambique, as hortas biológicas, os pomares e o jardim das aromáticas, onde também se pode provar o Gin de Ventozelo). Tudo isto é feito com audio-guia e inclui prova de dois vinhos do Porto e um do Douro.

PROVAS

Quinta de Ventozelo

Website: www.quintadeventozelo.pt

Localização: Ervedosa do Douro

5130-135 S. João da Pesqueira

Contactos Enoturismo: +351254732167 / hotel@quintadeventozelo.pt

LISBOA

Quinta do Sanguinhal/Quinta das Cerejeiras

 No Bombarral, a família Pereira da Fonseca detém três propriedades desde o início do século XX, totalizando 140 hectares, sob a “umbrela” Companhia Agrícola do Sanguinhal: Quinta do Sanguinhal, Quinta das Cerejeiras e Quinta de S. Francisco. Nestas três propriedades, a família sempre produziu vinho, vinificando as quintas separadamente, nas respectivas adegas. Mais recentemente, a empresa criou programas de enoturismo para as Quintas do Sanguinhal e das Cerejeiras, focados em proporcionar uma descoberta não só de carácter vínico, mas também histórico, religioso e arquitectónico. Todos os programas podem ser reservados e pagos directamente no website da Companhia Agrícola do Sanguinhal, o que é muito prático.

QUINTA DO SANGUINHAL

Esta propriedade proporciona uma visita completa e guiada (+ prova de vinhos), que passa pelos jardins do século XIX, pelas vinhas, pela destilaria do séc. XIX (onde se produziram aguardentes vínicas e bagaceiras durante 100 anos), por “um dos maiores e mais antigos lagares da Península Ibérica” (com prensas de fuso e vara, a mais antiga a datar de 1871), e pela cave de envelhecimento, “uma das mais antigas da região de Lisboa ainda em utilização” com 36 tonéis de carvalho português e mogno. Aqui, há duas variações do programa:

QUINTA DAS CEREJEIRAS

A visita, com prova de vinhos, da Quinta das Cerejeiras, contempla o exterior da casa de Abel Pereira da Fonseca (fundador da Companhia Agrícola do Sanguinhal), projetada pelo arquitecto Norte Junior (primeira metade do século XX), a capela Madre de Deus (século XVI) com as paredes e abóbada forradas a azulejos do século XVII, o jardim da casa e o núcleo museológico, composto por uma adega com tonéis de carvalho e vários objectos e equipamentos antigos, ligados à história da produção de vinho da empresa. No momento da escrita deste artigo, estava disponível uma modalidade: visita guiada e prova de 2 vinhos da Quinta das Cerejeiras, com duração de 30 a 45 minutos (€5 pax).

enoturismo Outono
Quinta do sanguinhal

Website: www.sanguinhal.pt

Localizações:                                                                             

2540-216 Bombarral

Quinta das Cerejeiras
2544-909 Bombarral

Contactos Enoturismo: +351262609199 / +351914493231 / enoturismo@sanguinhal.pt / ana.reis@sanguinhal.pt

PENÍNSULA DE SETÚBAL

Casa Museu José Maria da Fonseca

 A José Maria da Fonseca foi fundada há mais de 180 anos, estando hoje na sétima geração da família Soares Franco. A sua Casa Museu, em Vila Nogueira de Azeitão, actual local do enoturismo da empresa, foi residência da família até aos anos 70, tendo sido construída no século XIX e restaurada em 1923, pelo arquitecto suíço Ernesto Korrodi. Visitá-la, é também entrar em toda a mística da produção e estágio dos moscatéis, onde os cheiros e e as madeiras velhas combinam na perfeição com a estação outonal. Há muitas e distintas provas disponíveis, e todas incluem a visita, que tem início na Sala Museu, com uma breve explicação sobre a história da empresa, seguindo-se passagem pelo jardim e descoberta das três adegas: a Adega da Mata, onde estagia o vinho Periquita; a Adega dos Teares Novos, palco da Confraria do Periquita; e a Adega dos Teares Velhos, onde repousam os moscatéis mais antigos da José Maria da Fonseca.

Há várias modalidades de prova que conjugam vinhos brancos, tintos e Moscatéis de Setúbal: as Premium, dos 8 aos 19 euros; e as Super Premium, dos 18 aos 36 euros. Mas são as Provas Especiais, o Programa Família e a Experiência “Um dia com a nossa Família”, que se destacam neste Outono.

PROVAS ESPECIAIS (incluem visita):

PROGRAMA FAMÍLIA:

EXPERIÊNCIA “UM DIA COM A NOSSA FAMÍLIA”:

Casa Museu José Maria da Fonseca                                                         

Enoturismo Outono
Fachada da Casa Museu José Maria da Fonseca

Website: www.jmf.pt

Localização: Rua José Augusto Coelho 12A
2925-538 Azeitão

Contactos Enoturismo: +351212198940 / enoturismo@jmfonseca.pt

ALENTEJO

Herdade do Rocim

 A Herdade do Rocim é já uma referência incontornável da região da Vidigueira, quer pela qualidade e diversidade dos vinhos como pela beleza da propriedade e da sua moderna (mas perfeitamente integrada na paisagem) adega. A oferta de enoturismo do Rocim, por sua vez, convida a imergir na cultura vitivinícola tradicional alentejana, com propostas muito interessantes e originais, entre as quais se destaca a Amphora Wine Tour e a sugestão do produtor para esta estação: Brunch de Outono ou Bucha Alentejana de Outono.

PROVAS:

BRUNCH DE OUTONO OU BUCHA ALENTEJANA DE OUTONO:

AMPHORA WINE TOUR:

Herdade do Rocim                                                                                     

Website: www.rocim.pt

Localização: Estrada Nacional 387
7940-909 Cuba

Contactos Enoturismo: enoturismo@herdadedorocim.com / +351935683517