Cerimónia do Guia Michelin pela primeira vez em Portugal

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A primeira cerimónia de atribuição dos prémios do Guia Michelin, exclusiva para Portugal, decorreu recentemente no Palácio dos Congressos em Albufeira, e foi apresentada por Catarina Furtado. No evento, foi anunciado mais um restaurante com duas estrelas, o Antiqvvm, do chef Vitor Matos, no Porto, que ostentava já uma, e mais quatro novos restaurantes com […]

A primeira cerimónia de atribuição dos prémios do Guia Michelin, exclusiva para Portugal, decorreu recentemente no Palácio dos Congressos em Albufeira, e foi apresentada por Catarina Furtado.

No evento, foi anunciado mais um restaurante com duas estrelas, o Antiqvvm, do chef Vitor Matos, no Porto, que ostentava já uma, e mais quatro novos restaurantes com uma estrela: o Two Monkeys, dos chefs Vítor Matos e Francisco Quintas e o Sála, de João Sá, ambos em Lisboa, o Desarma, de Octávio Freitas, no Funchal, e o Ó Balcão, de Rodrigo Castelo, em  Santarém. Este último adicionou, ao currículo, uma estrela verde, de sustentabilidade, à semelhança da Malhadinha Nova, no Alentejo, que também se estreou na constelação Michelin.

Assim, a partir de agora há oito restaurantes com duas estrelas Michelin (“cozinha excelente, vale a pena o desvio”) e 31 ostentam uma estrela (“cozinha de grande nível, merece uma paragem”). Destes, quatro entraram para o lugar de três que saíram da lista. Ao todo há, atualmente, 39 restaurantes com direito a estrela à porta.

No primeiro guia reservado exclusivamente a Portugal, cuja gastronomia ganha independência em relação ao vizinho ibérico, Rita Magro, do Blind (Porto), onde trabalha com o chef Vítor Matos, recebeu o prémio Jovem Chef, na estreia de atribuição de prémios especiais, três ao todo, em Portugal. Pedro Marques, responsável de sala do restaurante The Yeatman, em Vila Nova de Gaia, foi o vencedor da categoria “sala” e Leonel Nunes, do restaurante Il Gallo D’Oro, do Funchal, foi considerado o melhor sommelier.

Quase cem anos depois da atribuição das primeiras estrelas entre nós, o que aconteceu, em 1929, para o Santa Lusia, em Viana do Castelo, e para o Hotel Mesquita, em Famalicão, a alta cozinha nacional tem novos motivos para celebrar, com a primeira edição exclusivamente portuguesa do Guia Michelin.

RESTAURANTES DISTINGUIDOS PELO GUIA MICHELIN

Com duas estrelas

NOVO Antiqvvm (Porto, chef Vítor Matos)

Alma (Lisboa, chef Henrique Sá Pessoa)

Belcanto (Lisboa, chef José Avillez)

Casa de Chá da Boa Nova (Leça da Palmeira, chef Rui Paula)

Il Gallo d’Oro (Funchal, chef Benoît Sinthon)

Ocean (Alporchinhos, chef Hans Neuner)

The Yeatman (Vila Nova de Gaia, chef Ricardo Costa)

Vila Joya (Albufeira, chef Dieter Koschina)

 Com uma estrelas

Two Monkeys (Lisboa, chefs Vítor Matos e Francisco Quintas)

Desarma (Funchal, chef Octávio Freitas)

Ó Balcão (Santarém, Rodrigo Castelo)

Sála (Lisboa, João Sá)

100 Maneiras (Lisboa, chef Ljubomir Stanisic)

A Cozinha (Guimarães, chef António Loureiro)

Al Sud (Lagos, chef Louis Anjos)

A Ver Tavira (Tavira, chef Luís Brito)

Bon Bon (Carvoeiro, chef José Lopes)

CURA (Lisboa, chef Pedro Pena Bastos)

Eleven (Lisboa, chef Joachim Koerper)

Encanto (Lisboa, chef José Avillez)

Epur (Lisboa, chef Vincent Farges)

Esporão (Reguengos de Monsaraz, chef Carlos Teixeira)

Euskalduna Studio (Porto, chef Vasco Coelho Santos)

Feitoria (Lisboa, chef André Cruz)

Fifty Seconds by Martín Berasategui (Lisboa, chef Rui Silvestre)

Fortaleza do Guincho (Cascais, chef Gil Fernandes)

G Pousada (Bragança, chef Óscar Gonçalves)

Gusto by Heinz Beck (Almancil, chef Libório Buonocore)

Kabuki Lisboa (Lisboa, chef Sebastião Coutinho)

Kanazawa (Lisboa, chef Paulo Morais)

LAB by Sergi Arola (Sintra, chefs Sergi Arola e Vladimir Veiga)

Le Monument (Porto, chef Julien Montbabut)

Loco (Lisboa, chef Alexandre Silva)

Mesa de Lemos (Viseu, chef Diogo Rocha)

Midori (Sintra, chef Pedro Almeida)

Pedro Lemos (Porto, chef Pedro Lemos)

Vila Foz (Porto, chef Arnaldo Azevedo)

Vista (Portimão, chef João Oliveira)

William (Funchal, chef Luís Pestana)

Com estrela verde

Ó Balcão (Santarém)

Malhadinha Nova (Albernoa)

Esporão (Reguengos de Monsaraz)

Mesa de Lemos (Passos de Silgueiros)

Il Galo d’Oro (Funchal)

Artemis: Do Dão para o Algarve e Douro

artemis

António Vicente Marques é um advogado e empresário, com uma carreira de sucesso e escritórios em Angola, Portugal e Moçambique. Criado pelo avô e avó em Carregal do Sal, no Dão, a nostalgia da sua infância e o seu amor à Natureza levou-o a regressar a casa, depois de uma vida cheia de experiências em […]

António Vicente Marques é um advogado e empresário, com uma carreira de sucesso e escritórios em Angola, Portugal e Moçambique. Criado pelo avô e avó em Carregal do Sal, no Dão, a nostalgia da sua infância e o seu amor à Natureza levou-o a regressar a casa, depois de uma vida cheia de experiências em diversos países e continentes.

Investiu pacientemente na compra e junção de propriedades, para finalmente lançar em 2017 os seus vinhos do Dão. A empresa chama-se Artemis, mas a marca Dom Vicente é uma homenagem ao avô, tal como os novos Douro se chamam Dona Amélia, para homenagear a avó. Previamente tinha comprado propriedades no Algarve, em Luz de Tavira, onde desde logo a proximidade do mar, a menos de 1km, o levou a plantar, em 2017, castas adequadas à produção de espumante: Baga, Arinto, Síria e Encruzado.

artemis

 

Os primeiros vinhos algarvios são de 2019. Em 2020 fez os primeiros vinhos do Douro, de uvas compradas. Entretanto António comprou já uma quinta no Douro, em Nagoselo, junto a São João da Pesqueira, são 4,5ha de vinhas. A adega foi construída em 2023, e esta vindima já foi feita na nova adega. A vinha tem Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz e Tinta Barroca, mas esta vai ser reconvertida em Sousão.

As uvas do tinto de 2020 provêm da mesma zona, assegurando desde o princípio a identidade do vinho. Foi numa tarde chuvosa que o experiente enólogo António Narciso se juntou a António Vicente Marques no interessante e pitoresco restaurante Graça 77, em Lisboa, para junto com uma comida sensata e saborosa se provarem os novos vinhos da Artemis. A gama da Artemis é vasta, e mais novidades devem chegar em breve.

 

(Artigo publicado na edição de Janeiro de 2024)

 

Quinta do Pessegueiro: Do Douro para o mundo

Pessegueiro

À mesa do restaurante esperavam-nos Célia Varela — a directora-geral que deixou o ensino para se dedicar em exclusivo a este projecto desde a sua fundação — António Beleza, o director comercial (um profissional com uma vasta experiência na comercialização de vinhos, que integrou a equipa em 2013) e, por fim, o enólogo João Cabral […]

À mesa do restaurante esperavam-nos Célia Varela — a directora-geral que deixou o ensino para se dedicar em exclusivo a este projecto desde a sua fundação — António Beleza, o director comercial (um profissional com uma vasta experiência na comercialização de vinhos, que integrou a equipa em 2013) e, por fim, o enólogo João Cabral Nicolau de Almeida, sobejamente conhecido no Douro, descendente de uma vasta e renomada linha de enólogos que marcaram a história da região.
Os semblantes abertos, descontraídos e quase radiantes prometiam boas notícias e melhores novidades. Numa mão traziam uma boa notícia, a Quinta do Pessegueiro deverá voltar a encerrar o ano de 2023 com um volume de negócios na ordem de um milhão de euros. Muito embora o actual contexto económico internacional ter provocado, como referiu António Beleza, “um pouco de recessão de consumo, sobretudo no que respeita aos vinhos de preço mais elevado”. Para 2024, o responsável comercial estimou um crescimento entre 10 e 15%, face ao corrente ano, despoletado, entre outros factores, pela solidificação da marca nos diferentes mercados, a entrada em novos países e pelo lançamento das novas referências vínicas. O objectivo passará pelo alavancamento das exportações e levar o nome da Quinta do Pessegueiro, situada em Ervedosa do Douro, a diversos países do mundo.
Com estas notícias estava dado o mote para a apresentação de quatro novos vinhos com que esperam atingir os objectivos. Um deles, o Quinta do Pessegueiro branco 2022 mostra aptidão gastronómica combinando facilmente com qualquer refeição, desde os pratos mais simples aos mais compostos.

Pessegueiro
A segunda novidade apresentada foi o Quinta do Pessegueiro Grande Reserva Tinto 2019. Trata-se de um vinho muito especial, cheio de carácter duriense capaz de mostrar bem, no plano internacional, a sua identidade. Oxalá assim o entendam.
Uma outra notícia divulgada em primeira mão estava ligada à monocasta Tinta Roriz, do ano de 2021, e produzido a partir de uma vinha com cerca de 45 anos, com exposição a poente, a 300 metros de altitude. Nas palavras do enólogo, este vinho tratou-se de “uma conquista porque há muito que a Quinta do Pessegueiro almejava produzir uma das castas mais conhecidas e plantadas na Península Ibérica, mas que exige um trato muito especial para se conseguir um vinho distinto”.
Por fim, provámos vinho do Porto Quinta do Pessegueiro LBV datado de 2018, um interessante exemplar que envelheceu durante 4 anos antes de ser engarrafado e apresentou muitas notas de frutos vermelhos e aromas de bosque.
No total, serão disponibilizadas cerca de 1000 garrafas do Tinta Roriz 2021 para o mercado, enquanto o Quinta do Pessegueiro tinto 2019 terá uma produção de 16 mil garrafas. Do Quinta do Pessegueiro branco 2022 serão produzidas 1200 garradas, e do Porto LBV 2018 terá serão postas à venda pouco mais de 4000 garrafas.

(Artigo publicado na edição de Janeiro de 2024)

Alves de Sousa: MEMÓRIAS Os capítulos de uma história perfeita

Alves de Sousa

Domingos Alves de Sousa, nos anos 80, esteve destinado a outras façanhas na sua área de formação académica, a Engenharia Civil. Quis a boa fortuna que os astros se tenham conciliado para o levar para a vitivinicultura, onde implementou, após emancipação do negócio que levava a família a vender uva às grandes casas durienses, uma […]

Domingos Alves de Sousa, nos anos 80, esteve destinado a outras façanhas na sua área de formação académica, a Engenharia Civil. Quis a boa fortuna que os astros se tenham conciliado para o levar para a vitivinicultura, onde implementou, após emancipação do negócio que levava a família a vender uva às grandes casas durienses, uma forma de olhar sobre o Douro como região apta a criar vinhos tranquilos de enorme qualidade e potencial de notoriedade que os colocasse ao nível dos vinhos do Porto. O chamamento da terra e o rigor técnico, tornaram-no um dos mais notáveis e reputados produtores nacionais, um dos nomes maiores do vinho português.
Abandonando a actividade profissional em 1987, aceitou o legado de vinhas no Baixo Corgo, que herdou da família, prestando juramento eterno à nobre arte de criar vinhos referenciais, lançando as bases para um novo paradigma duriense de dar ao mundo vinhos tranquilos plenos de personalidade, reflexo de uma região onde a viticultura é heroica. O Cima Corgo é adoptado mais tarde, através da aquisição da Quinta da Oliveirinha à irmã e cunhado. A partir daqui, estavam reunidos todos os predicados para completar a obra.

Alves de Sousa
Desde o prefácio, iniciado em 1991 com o lançamento do primeiro vinho, muitos foram os capítulos escritos nestes trinta anos, todos eles de notório sucesso. E já lá vão 30 anos!
Para celebrar a última das três décadas dedicadas ao vinho, Domingos Alves de Sousa, cuja caminhada segura é agora acompanhada pelos seus dois filhos, Tiago, que assume de forma plena a enologia, e Patrícia, a responsável financeira por manter as contas em dia, lança agora a segunda edição do “Memórias” Alves de Sousa, uma compilação vínica onde se condensaram num único vinho os testemunhos de 10 anos dos seus maiores tributos. Uma década onde cada vinho conta um capítulo de vinhas (Gaivosa, Abandonado, Lordelo, Vale da Raposa, Caldas e Oliveirinha) e dos vinhos que delas brotaram.
O “Memórias conta-se em 7 capítulos de sentido cronologicamente decrescente. O seu I Capítulo nasce do Quinta da Gaivosa, Vinha do Lordelo 2019, a mais velha vinha da Gaivosa, onde 30 castas autóctones, plantadas em conjunto, pintam um quadro sublime e raro, que estabelece um diálogo entre os solos, a vinha e o clima, potenciado por uma vinificação onde se destacam castas à beira da extinção e o estágio de 22 meses em barricas de carvalho francês, metade novas e metade usadas de segundo ano.
Há um II Capítulo que se mostra como dedicatória à Tinto Cão, casta autóctone duriense, capaz de se afirmar em vinhos de perfil elegante, cor mais aberta, mas profundamente autênticos. Vale da Raposa Tinto Cão 2018 é uma página de um percurso do campo experimental nesta vinha para o estudo das castas, concebido em 1999, onde a Tinto Cão assumiu, desde início, um papel de destaque.

A terceira parte, faz-nos subir ao Cima Corgo, onde o Vinha Franca 2017 da Quinta da Oliveirinha, se expressa, dando predominância à Touriga Franca, polvilhada por breves apontamentos das demais castas autóctones. Foram necessários dez exaustivos anos de estudo para uma total compreensão dos solos e vinhas, nesta que era a primeira incursão de Alves de Sousa no Cima Corgo. Com um perfil de um Douro mais clássico, e quente, este retalho do “Memórias”, exala a vertente floral e a suculência da fruta, com um toque de pimenta preta.
Para o IV Capítulo ficou destinado um ano improvável, 2016, que, mostrando amplitudes térmicas elevadas, conseguiu alcançar uma elegância notável no Quinta da Gaivosa Vinha do Lordelo 2016. Aqui, o destaque foi potenciado pela Tinta Amarela, outra das castas que esteve em risco de extinção e, actualmente, volta a surgir, conferindo elevada frescura e autenticidade ao lote.
O Quinta da Gaivosa 2015, encerra o V Capítulo, trazendo a expressividade da origem de tudo, onde as vinhas pré-centenárias observam o Marão e a floresta desenha nos vinhos um carácter inimitável e terroso.

Alves de Sousa
O testemunho da resiliência, surge no “Memórias” contado pelo Abandonado 2013, um vinho impossível, nascido de vinhas cujas raízes venceram a dureza xistosa, onde nenhuma outra vegetação resiste, apenas a vinha velha que apruma a personalidade do Douro.
O derradeiro Capítulo ficou reservado para o Alves de Sousa Reserva Pessoal, encerrando com o magnífico ano de 2011 os sete passos das Memórias de uma década de afirmação nacional e internacional, onde a marca Alves de Sousa é, hoje, garantia de valor maior e seguro do Douro.
“Memórias” Alves de Sousa, mais que um vinho, é um manifesto de uma carreira ao longo da qual nos foram ofertados alguns dos melhores vinhos portugueses. “Memórias”, une as partes para criar um vinho majestoso.

(Artigo publicado na edição de Janeiro de 2024)

 

2015 é ano de Barca-Velha

Barca - Velha

A mais recente edição de Barca-Velha, um dos vinhos mais icónicos de Portugal, irá chegar ao mercado em Junho próximo. Desde 1952, até hoje, apenas foram lançadas 21 referências, de um tinto que é o expoente máximo da Casa Ferreirinha. “Graciosidade, carácter e persistência” são alguns dos adjetivos que o enólogo Luís de Sottomayor utiliza […]

A mais recente edição de Barca-Velha, um dos vinhos mais icónicos de Portugal, irá chegar ao mercado em Junho próximo. Desde 1952, até hoje, apenas foram lançadas 21 referências, de um tinto que é o expoente máximo da Casa Ferreirinha.

“Graciosidade, carácter e persistência” são alguns dos adjetivos que o enólogo Luís de Sottomayor utiliza para descrever um vinho que destaca pela sua “impressionante capacidade de guarda”. Foi isso que ditou a decisão final de lançamento do Barca-Velha 2015.

Declarado apenas em anos verdadeiramente excecionais, o Barca-Velha é, desde a sua criação, produzido a partir de uvas selecionadas em diferentes altitudes no Douro Superior. A Quinta da Leda, com 170 hectares de vinha, dá atualmente origem à maior parte do lote, que é composto por castas tradicionais da região.

“O anúncio de um novo Barca-Velha é sempre um momento muito especial e de enorme alegria”, salienta Fernando da Cunha Guedes, presidente da Sogrape, acrescentando que “por um lado, há o orgulho de ver nascer um dos mais emblemáticos e reconhecidos vinhos nacionais e, por outro, a consciência do cuidado imprescindível para escrever um novo capítulo, nesta história sem igual no setor vitivinícola”.

Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo destacada

O Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA) foi distinguido nos prémios V d’Or 2024, na categoria “Best Joint Initiative”, que o destaca como melhor iniciativa conjunta do setor vitivinícola mundial. A cerimónia de entrega de prémios decorreu em Paris, na “La Nuit des V’Or”, evento que marcou o arranque da Wine Paris & […]

O Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA) foi distinguido nos prémios V d’Or 2024, na categoria “Best Joint Initiative”, que o destaca como melhor iniciativa conjunta do setor vitivinícola mundial. A cerimónia de entrega de prémios decorreu em Paris, na “La Nuit des V’Or”, evento que marcou o arranque da Wine Paris & Vinexpo Paris, uma das principais feiras internacionais de vinhos.

Esta iniciativa celebra a excelência dos agentes do setor em termos de desempenho e desenvolvimento sustentável, destacados em cinco categorias: iniciativa coletiva, iniciativa de transmissão, novas soluções para negócios, experiência de marca e marketing ecologicamente responsável. A organização distinguiu o PSVA “pela atenção aos pormenores, equilíbrio e rigor, bem como pela capacidade de promover a biodiversidade e, ainda, fortalecer a reputação dos Vinhos do Alentejo em todo o globo”.

José Maria da Fonseca renova equipa de enologia e viticultura

José Maria da Fonseca

A empresa de Azeitão acaba de anunciar a nova equipa que vai dirigir os destinos da enologia e viticultura da casa. Com a anunciada retirada de Domingos Soares Franco da liderança da enologia após 40 vindimas, houve necessidade de refrescar as equipas com novos elementos. Assim, embora se mantenha ligado sobretudo às edições especiais de […]

A empresa de Azeitão acaba de anunciar a nova equipa que vai dirigir os destinos da enologia e viticultura da casa. Com a anunciada retirada de Domingos Soares Franco da liderança da enologia após 40 vindimas, houve necessidade de refrescar as equipas com novos elementos. Assim, embora se mantenha ligado sobretudo às edições especiais de moscatéis de Setúbal e aos vinhos da Colecção Privada, Domingos disse à Grandes Escolhas que entendeu que estava na hora de deixar os trabalhos quotidianos ligados à produção dos vinhos. Desta forma entrou uma nova geração de enólogos e viticultores que vão dar continuidade ao trabalho das gerações anteriores. São eles:  José Maria Bettencourt (Enólogo Principal), Francisca Figueira (Enóloga Coordenadora), Paulo Amaral (Enólogo Residente Adega José de Sousa), Tiago Mau (Enólogo Assistente e o mais recente membro da equipa) e Edgar Gomes (Viticultor Principal).

A direcção da Enologia e Viticultura ficará entregue a Paulo Hortas, que transita da anterior equipa e com muitos anos de trabalho junto de Domingos Sores Franco. Entretanto a 7ª geração da família já está há algum tempo a trabalhar na gestão e comunicação da José Maria da Fonseca (JMF), empresa familiar que completará, em 2034, 200 anos de existência. Com uma forte presença nos mercados interno e externo, nomeadamente em cerca de 70 países, a JMF tem o seu foco principal nas regiões de Setúbal e Alentejo.

No âmbito do fecho da sua carreira como enólogo da casa, Domingos Soares Franco concedeu à Grandes Escolhas uma entrevista que será publicada na edição de Março. (JPM)

Prova de conservas nacionais em Lisboa

A Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP) organizou, recentemente, em Lisboa, uma prova comentada de conservas no restaurante Taberna Albricoque. Durante o evento foram servidos vários tipos de conservas, desde as mais tradicionais, como a Barriga de atum, às criadas mais recentemente em Portugal, como a Bicuda fumada dos Açores, para mostrar […]

A Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP) organizou, recentemente, em Lisboa, uma prova comentada de conservas no restaurante Taberna Albricoque.

Durante o evento foram servidos vários tipos de conservas, desde as mais tradicionais, como a Barriga de atum, às criadas mais recentemente em Portugal, como a Bicuda fumada dos Açores, para mostrar o potencial da oferta nacional nesta área, que inclui quase 800 referências de 34 espécies de peixes e moluscos.

Entre outros, foi servido um patê de ovas de pescada picante, que fez boa companhia ao Marquês de Marialva Bical, da Adega de Cantanhede, um dos vinhos selecionados para acompanhar a prova, tal como com as conservas selecionadas para entrada durante este almoço, onde se salientaram o Taco de polvo com salicórnia e o Chicharro fumado dos Açores em ceviche de aipo. Outro dos vinhos seleccionados para o repasto, o Serra Mãe Reserva Branco, um Arinto da Sociedade Vinícola de Palmela, fez grande companhia com o resto do repasto, onde se salientou a Bicuda fumada dos Açores com mexilhões de caldeirada e xarém.

As conservas apresentadas são produzidas por 10 empresas do sector de Portugal Continental e Açores. Foram seleccionadas na loja da ANICP, em Lisboa, e trabalhadas na cozinha pelo chef Bertílio Gomes, proprietário do restaurante e apreciador convicto das conservas portuguesas, com o objectivo de mostrar a sua qualidade e salientar os seus aromas e sabores diferenciados, na companhia de uma selecção de vinhos portugueses. J.M.D.