Bagos d’Ouro Wine Party: Provar vinhos para ajudar 200 crianças e jovens

Bagos d'Ouro Wine Party

Regressa, a 17 de Novembro, a Bagos d’Ouro Wine Party, uma festa com 21 produtores e mais 50 vinhos à prova, cuja receita dos bilhetes reverte para a Associação Bagos d’Ouro, que ajuda actualmente mais de 200 crianças e jovens do Douro. A 11ª edição deste evento terá lugar, a partir das 22h00, na Alameda […]

Regressa, a 17 de Novembro, a Bagos d’Ouro Wine Party, uma festa com 21 produtores e mais 50 vinhos à prova, cuja receita dos bilhetes reverte para a Associação Bagos d’Ouro, que ajuda actualmente mais de 200 crianças e jovens do Douro.

A 11ª edição deste evento terá lugar, a partir das 22h00, na Alameda do WOW (World of Wine), uma das maiores praças cobertas do quarteirão cultural de Vila Nova de Gaia, e será uma celebração do crescimento e alargamento da actividade da Bagos d’Ouro para um novo concelho: Mesão Frio.

A Associação trabalha neste novo concelho desde janeiro, altura em que iniciou o processo de sinalização, sempre articulado com os parceiros sociais locais. Neste ano letivo de 2023/24 apoia em Mesão Frio mais 21 crianças e jovens carenciados. Ao todo, nos sete concelhos do Douro onde está presente, a Bagos d’Ouro apoia em proximidade a educação de cerca de 200 crianças, até à sua integração no mercado de trabalho.

Ao som dos DJ Isabel Menéres Campos e Pedro Taveira, a Bagos d’Ouro Wine Party 2023 terá, além dos vinhos à prova num ambiente descontraído e animado, uma ceia reforçada e reconfortante, harmonizada com as sugestões vínicas presentes.

Os bilhetes já estão disponíveis para venda e têm o valor de €50. As receitas líquidas do evento revertem integralmente para a missão da Bagos d’Ouro, que há 13 anos trabalha a favor da igualdade de oportunidades educativas e da inclusão social na região do Douro.

Fernão Pires: Uva de antigamente, casta de futuro

Fernão Pires

É uma casta antiga, já conhecida no século XVIII, mencionada em 1788 no Douro, nas Beiras e Estremadura e em 1790 em Castelo Branco e Guarda. No seu trabalho “O Portugal Vinícola” de 1900, Cincinnato da Costa descreve Fernão Pires como “uma boa das castas brancas da região do Tejo” que “produz muito e as […]

É uma casta antiga, já conhecida no século XVIII, mencionada em 1788 no Douro, nas Beiras e Estremadura e em 1790 em Castelo Branco e Guarda. No seu trabalho “O Portugal Vinícola” de 1900, Cincinnato da Costa descreve Fernão Pires como “uma boa das castas brancas da região do Tejo” que “produz muito e as suas uvas dão grande rendimento em mosto”. Também refere que a casta “forma a base de alguns vinhos brancos afamados das proximidades de Lisboa e que “os vinhos extremes de Fernão Pires quando bem fabricados, dão excelentes vinhos de pasto, próprios para peixe, delgados, citrinos, de paladar e aroma delicados”.
A casta terá surgido por cruzamento natural de Malvasia Fina com uma variedade desconhecida. Para além do sinónimo oficial de Maria Gomes utilizado na Bairrada, tem outras sinonímias regionais menos conhecidas que praticamente caíram em desuso, como o Gaeiro (provavelmente por estar muito disseminada na localidade das Gaeiras, no concelho de Óbidos), Molinho na Península de Setúbal ou até Alvarinhão em Melgaço. Aguiar em 1866 descreveu uma sub-variedade desta casta com origem na freguesia do Beco, concelho de Ferreira do Zezere, chamada “Fernão Pires do Beco” com porte erecto (ao contrário do habitual semi-erecto e horizontal) e Cincinnato da Costa analisou cachos de Fernão Pires e Fernão Pires do Beco, bem diferentes entre si. Hoje tudo indica que se tratava de um clone da mesma casta.

Omnipresente mas não compreendido

É a casta branca mais presente em Portugal, ocupa 6% das plantações da vinha no nosso país. Já ocupou mais (9% em 1989 e 8% em 1999) e chegou mesmo a ser a casta mais plantada, branca ou tinta. Ficou popular pela mesma razão que a impedia de tornar-se numa estrela – a sua forte identidade aromática e produções generosas, bom grau e acidez média/baixa. É um grande componente de lote, onde contribui com aromas e volume de boca. Mas nunca foi admirada e tornou-se “démodé” quando o rumo mudou para a qualidade e perfis de vinhos mais frescos. Abriu-se a porta às castas estrangeiras e outras nacionais; não gostar da Fernão Pires tornou-se quase obrigatório por ser “demasiado alcoólica”, “chata”, “enjoativa” e “com falta de frescura”.
O que vale é que as tendências não cristalizam e agora o país lembrou-se, e bem, de dar protagonismo às castas menos compreendidas e mal-amadas por “falta disto” ou “excesso daquilo”, mostrando que no sítio certo, com dedicação certa, cada casta pode ter uma performance gloriosa. Um actor popular também pode merecer um óscar com um papel certo.
Graças a umas casas consistentes, sobretudo na região do Tejo, onde a casta é identitária, e a alguns produtores entusiastas, hoje temos excelentes exemplos de Fernão Pires em várias regiões do país.

Qual é o melhor terroir?

Trata-se de uma casta bastante flexível em termos de clima, adapta-se bem a diferentes tipos de solo, desde que haja humidade suficiente. Não se importa com calor, mas é muito sensível à falta de água – a folha fica amarela e cai, comprometendo a actividade fotossintética. Precisa de ter compromisso com área foliar significativa.
É na região do Tejo que o Fernão Pires detém maior protagonismo, ocupando mais de 35% das plantações. Mas o Tejo não é todo igual. A responsável de enologia na Falua, Antonina Barbosa, distingue o Fernão Pires da zona das lezírias (na sub-região do Campo), mais jovem e exuberante que funciona sobretudo na composição de lotes, onde contribui com a parte aromática, e o Fernão Pires de vinha mais velha e de produção muito baixa da Charneca, onde a empresa possui a já famosa vinha do Convento, com um magnífico terroir de pedra rolada. Já o Fernão Pires mais impactante da Quinta do Casal Branco fica nos solos arenosos com argila a 1-1,5 metro. É uma vinha muito velha, plantada em vaso e não regada.
Na Beira Atlântica, que inclui a DOC Bairrada, a sua versão feminina, Maria Gomes, é responsável por 21,5% das plantações. Também é muito importante na região de Lisboa, ocupando mais de 10% de encepamento. Na Península de Setúbal, Fernão Pires é a segunda casta mais plantada, com 9,4% de encepamento (até fica à frente do Moscatel de Setúbal com 8,5%).
Menos relevância tem no Minho com apenas 2,5% do total, pois com as consagradas Alvarinho e Loureiro, e o Avesso como estrela em ascensão, Fernão Pires não tem tido muito espaço. No entanto, nas novas plantações regionais, começa a aumentar a sua presença, sendo importante na estratégia vitícola da Aveleda, por exemplo. A presença mais residual é registada no Dão (1,6%), Alentejo (1,4%) e Trás-os-Montes (1,2%).
A casta Fernão Pires não é muito associada à Beira Interior, ocupando cerca de 1% de vinha. Entretanto, a produtora e enóloga Patrícia Santos ficou fascinada pela performance da casta na zona de Pinhel, onde mostra quase uma salinidade inexplicável. Compara com vinhos de Sancerre, que, feitos de uma casta aromática, naquela região revelam uma personalidade diferente.
Na Bairrada, o vinho Avó Fausto da Quinta das Bágeiras é feito 100% de Maria Gomes, mas a uva não vem sempre do mesmo sítio. Há zonas mais argilo-calcárias, outras com maior percentagem de areia, e a qualidade varia com as condições de cada ano e a capacidade de retenção de água em solos diferentes.
O produtor Daniel Afonso tem as suas vinhas na zona de Colares com forte influência atlântica e confessa que gosta da Fernão Pires porque dá sempre um volume de boca muito bom e, passado dois anos depois da vindima, quase se mastiga, sem a frescura ser prejudicada. Tem um toque exótico e consegue ser bastante complexa. Conta que quando começou a trabalhar com a casta muitas vezes ouviu: “Eh, esta casta só faz vinhos maus e chatos”. Olha que não, depende da zona!
A data de vindima também varia bastante. Na Quinta do Casal Branco, neste ano de 2023, já vindimaram Fernão Pires no final de Julho. Na bairradina Quinta das Bágeiras a vindima da Maria Gomes ocorre normalmente a 8-10 de Setembro. O importante é apanhar a casta no momento certo para o vinho que se pretende produzir com ela.

Fernão Pires

O momento de vindima é crucial

É amiga do produtor… até ao momento de vindima. É campeã em todas as fases fenológicas como o abrolhamento (é preciso podar mais tarde para evitar as geadas), a floração, o pintor e a maturação e serve de referência nacional para estados fenológicos de outras castas. Não espera por ninguém e não deixa margem de manobra nas vindimas. Obriga os enólogos a regressar de férias no final de Julho para controlar a maturação. A parte boa é que não tem problemas com as chuvas do equinócio.
Manuel Lobo que conhece bem Fernão Pires por ser o enólogo consultor na Quinta do Casal Branco, propriedade de seu tio José Lobo de Vasconcelos, diz que o próprio bago da casta é muito expressivo e reflecte a qualidade. Se se trincar o bago no momento de perfeita maturação é uma explosão de sabor. “Passado apenas 1-2 dias a acidez cai a pique e os aromas já não são tão atraentes”. Manuel lembra-se que, no início, foi difícil explicar às pessoas que “tem de se vindimar amanhã” independentemente de ser um fim-de-semana ou acontecer uma festa local neste dia.
Antigamente quando se vindimava com calma, o açúcar subia, os ácidos degradavam e os aromas tornavam-se sobremaduros. Os vinhos eram mais alcoólicos, com falta de frescura e por vezes enjoativos. O que os safava era a possibilidade de serem loteados com vinhos de outras castas, como Arinto, por exemplo. A Quinta da Lapa faz um vinho que recupera essa história, chama-se mesmo Fernão Pirão, como se apelidava o vinho feito das uvas apanhadas tarde vinificadas com curtimenta e a temperaturas elevadas.
No entanto, a vindima no momento certo não tem que ver apenas com o nível de açúcar e com o teor de álcool provável, do género “até 12% temos acidez, depois perdemos a frescura”. Não é linear que o Fernão Pires apanhado com 11,5% seja melhor do que apanhado com 13%. No mesmo sítio talvez, mas há muitos factores em jogo, como o solo, o clima, a idade da vinha, o clone, o porta-enxerto, a produção, a variação do ano. A combinação destes factores leva ao equilíbrio próprio para cada caso. Por exemplo, Daniel Afonso, na zona de Colares, normalmente apanha Fernão Pires com 13% e 7 g/l de acidez, e em 2021 apanhou com 14% e 8 g/l de acidez. Manuel Lobo costuma ter cubas com parâmetros analíticos diferentes para depois lotear da melhor forma.

Controlar a produção

É casta bastante vigorosa e produtiva, varia de 8 a 18 tn/ha em média, existindo extremos como 25-30 tn/ha nos solos mais férteis do Campo e produções baixíssimas como na Vinha do Convento, da Falua, onde produz apenas 3-4 tn/ha, chegando a 5 tn/ha em alguns anos.
Mário Sérgio, da Quinta das Bágeiras, atribui grande importância à quantidade de produção. Nas vinhas dele não ultrapassa as 6-7 tn/ha. Também dá para fazer 2-3 vindimas, apanhando primeiro a uva para espumante e aguardente e, passado 15 dias já tem o equilíbrio para o vinho branco.
Na vinha velha, com mais de 70 anos, da Quinta do Casal Branco, a produção de Fernão Pires fica no nível dos 8-9 tn/ha, mas com compasso mais apertado (ou seja, com mais plantas por ha). Daniel Afonso observa que com 3 kg/planta e 15 tn/ha não tem falta de qualidade.

Fernão Pires

Abordagem enológica

A Fernão Pires é bastante plástica, tanto dá para fazer um espumante ou aguardente, como um colheita tardia. O mosto e o vinho apresentam alguma sensibilidade à oxidação, mas os produtores que trabalham com o pH mais baixo não se queixam. É uma casta de assinatura claramente terpénica, com grande número e concentração de compostos aromáticos livres (que apresentam aromas ainda nas uvas) e ligados, que podem ser libertados durante a vinificação. A maceração pelicular, por exemplo, aumenta bastante a complexidade e intensidade aromática do vinho e se a acidez for de bom nível, não apresenta o perigo de perder a frescura.
Para os vinhos mais expressivos, cada vez mais produtores apontam para fermentação com leveduras indígenas (e uvas sãs apanhadas antes das chuvas do equinócio não apresentam tanto risco). Assim faz Mário Sérgio na Quinta das Bágeiras, Manuel Lobo na Quinta do Casal Branco, Antonina Barbosa na Falua e Daniel Afonso no seu projecto Baías e Enseadas.
O estágio em madeira para Fernão Pires não é uma questão consensual, considera-se que dado o perfil aromático intenso, a barrica não lhe fica bem, sobretudo nova. Mas há excelentes exemplos de tudo.
Manuel Lobo deixa arrancar a fermentação em cuba e quando baixa os 30 pontos de densidade vai para a barrica (40% nova), onde fica 18 meses com bâtonnage. Mas uma parte fica só em cuba para compor o lote. Mário Sérgio estagia tudo em barricas bastante usadas de 500 litros e Daniel Afonso prefere as de 225 litros. Antonina Barbosa não usa barrica de todo para Fernão Pires, mas aproveita muito as borras para dar volume de boca e textura. Faz maceração pelicular, depois da prensagem, fica ainda com borras totais a baixa temperatura para criar volume e estrutura. Claro que isto tudo só é possível com pH baixo. A seguir à fermentação, sem trasfega, o vinho fica com as borras da fermentação na cuba durante mais 1 ano. Não vai para a barrica precisamente para mostrar o puro carácter da casta e do terroir.

Fernão Pires com ambição

Ao contrário da ideia generalizada de que os vinhos de Fernão Pires não justificam guarda, lembro-me de uma prova temática organizada pela CVR Tejo, onde provámos alguns vinhos de 2003, 2000, 1994 e 1983 com 12-12,5% de teor alcoólico, uma bela frescura e concentração do sabor. Isto prova mais uma vez que não devemos por todas as culpas na casta, quando não lhe damos a devida atenção.
O que falta à Fernão Pires é talvez aquela patine de casta chique, para toda a gente falar nela. A sua omnipresença não permite contar uma história do género “desencantámos uma variedade rara e salvámo-la do esquecimento”. Mas o que podemos fazer é salvar do esquecimento a sua reputação e agora já temos muitos argumentos ao seu favor. Basta olhar (e provar!) os vinhos que sugerimos nesta peça.

(Artigo publicado na edição de Setembro de 2023)

Grandes Escolhas lança app para consulta de notas de prova

É a primeira aplicação móvel portuguesa do género. A APP GRANDES ESCOLHAS foi lançada ao público no evento Vinhos & Sabores, que aconteceu em Outubro na FIL, e permite a pesquisa e consulta de mais de 14 mil vinhos, com nota de prova dos especialistas da Grandes Escolhas, preço, características, classificação e botão para compra […]

É a primeira aplicação móvel portuguesa do género. A APP GRANDES ESCOLHAS foi lançada ao público no evento Vinhos & Sabores, que aconteceu em Outubro na FIL, e permite a pesquisa e consulta de mais de 14 mil vinhos, com nota de prova dos especialistas da Grandes Escolhas, preço, características, classificação e botão para compra nas principais garrafeiras do país. É também possível guardar vinhos nos “Favoritos”.

 

 

A pesquisa dos vinhos pode ser escrita ou, de forma muito prática, através de fotografia do rótulo, quer o vinho esteja à venda numa prateleira ou já na mesa. Uma app muito aguardada pelos consumidores, que passam a ter, no bolso, um mecanismo para comprar e consumir vinho com confiança e de forma informada.

A aplicação GRANDES ESCOLHAS, disponível nas plataformas Android e iOS (Apple), tem ainda uma secção “Notícias”, para leitura rápida das novidades do mundo do vinho, e outra de “Destaques”, com informação sobre os próximos eventos de vinho e outros temas relevantes.

 

 

A Grandes Escolhas escolheu o ano do seu sexto aniversário, 2023, para investir numa presença online e digital melhorada e mais adequada às necessidades dos tempos. A APP GRANDES ESCOLHAS junta-se, assim, a uma nova newsletter e a um website totalmente renovado, apresentados em Março deste ano, nos Prémios Grandes Escolhas.

The Yeatman: Alta gastronomia, em evolução

The Yetman

“Evolução de Aromas” é o nome da actual carta do restaurante Gastronómico do The Yeatman que, apenas com treze anos de existência e sob a alçada do chef Ricardo Costa, já embainhou duas estrelas Michelin, a primeira em 2012 e a segunda em 2017. “Esta carta é o resumo de toda a minha vida”, é […]

“Evolução de Aromas” é o nome da actual carta do restaurante Gastronómico do The Yeatman que, apenas com treze anos de existência e sob a alçada do chef Ricardo Costa, já embainhou duas estrelas Michelin, a primeira em 2012 e a segunda em 2017. “Esta carta é o resumo de toda a minha vida”, é a confissão de Ricardo Costa que, sendo natural de Aveiro, coloca na cozinha muitas das influências da suas origens, da salicórnia ao leitão, passando pela doce “tripa”, vendida tradicionalmente em quiosques nas praias daquela zona.
A introdução à experiência — pensada pelo chef “para ser uma evolução de aromas e sabores que despertam diferentes sensações” — dá-se no bar do hotel vínico, com três aperitivos: Suspiro de Bacalhau, recheado com molho holandês picante, ovas de bacalhau e terminado no topo com germinado de coentros; Lagostim marinado em yuzu no interior de um crocante de alga nori e arroz, com creme e pele crocante de frango de churrasco; e o Cozido Português, uma recriação do mesmo com couve portuguesa crocante, terrina do cozido ao centro e o caldo deste misturado com óleo de chouriço. É durante esta fase, antecedente à entrada no Gastronómico, que o chefe de sala Pedro Marques nos introduz ao menu e toma conta de alguma intolerância alimentar, ou outro tipo de alteração que o cliente deseje. “Isto dá tempo à cozinha de se organizar nesse sentido, para que tudo continue a fluir”, explica-nos Elisabete Fernandes, directora de vinhos do The Yeatman e responsável, entre muitas outras coisas, pelas harmonizações vínicas do restaurante, numa selecção a que chama de “Antologia”, por se tratar de uma “viagem pelas diversas regiões vitivinícolas de Portugal”. Para compor os suplementos vínicos dos menus, Elisabete dispõe de uma garrafeira com 1400 referências, na sua maioria portuguesas, e cerca de 40 mil garrafas.
Segue-se o momento em que o chef convida os comensais a visitar a cozinha, e nela desfrutar de uma ou duas criações gastronómicas, neste caso a Zamburinha, uma concha de foie gras preparada em nitrogénio espuma de iogurte fumada, gel de beterraba e croûtons de especiarias na base, terminada com pérolas de beterraba e germinado de pepino; e os Churros salgados com pó de azeite, acompanhados de uma composição de lírio marinado, nata ácida e caviar. Enquanto isso, observa-se a “valsa lenta” executada pela equipa entre as várias estações da cozinha, cronometrada e imperturbável, já habituada à presença de intrusos.

No towel, no problem

Passando à mesa, o que nos envolve é uma sala com classe, mas despretensiosa, atributos que também descrevem o serviço. Nesta altura do ano, ao fim do dia, a cidade do Porto e o rio Douro são enquadrados por um céu azul-acizentado e pelas cores quentes que os antigos dizem adivinhar bom tempo. É isto que vemos enquanto jantamos, e já faz metade da experiência. Num apontamento original, que o The Yeatman associa a um esforço no sentido da sustentabilidade, não há toalhas nas mesas, mas isso nunca se revela um problema ao longo da refeição. Pelo contrário, é confortável, dá um aspecto moderno à sala e a madeira bonita e polida do tampo conecta-nos às cores e texturas naturais dos pratos. Estes iniciam-se com a Salada de Tomate em diferentes apresentações — sorbet de tomate verde, cubo de tomate Coração de Boi, pickle de tomate cereja, gelatina de tomate assado e neve de tomate, com vinagrete de água de tomate e óleo de manjericão — acompanhado de um gin não-alcoólico com infusão de melancia, lima e hortelã, elemento que levanta a cortina a uma das novidades no campo das harmonizações, o suplemento de bebidas sem álcool, que inclui seis propostas, como kombucha feita com chá verde e notas de pétalas de rosa, uma infusão de ervas, especiarias e citrinos, ou um blend de cereja com água de tomate e mirtilos. Esta opção, juntamente com a versão 100% vegetariana do menu (outra novidade), vem reconhecer (finalmente) que há mais do que um perfil de consumidor de alta cozinha, e que é possível manter a excelência neste tipo de variações. “É uma tendência, e iremos continuar a explorar este conceito no futuro”, afirma o chef Ricardo Costa. Na versão vegetariana, “a intenção é que cada momento cumpra a mesma lógica, filosofia e experiência do menu clássico, mas sem a proteína animal”, explica o chef.

Continuando no menu “clássico”, chega a Gamba do Algarve marinada, com creme de pinhões e alho francês na base, gelatina dashi no topo, quinoa crocante e molho de salicórnia, um prato que é terminado na mesa com tremoço preparado em nitrogénio. Depois, a Santola ao Natural, cozida no momento, servida num prato impactante com a forma da dita santola, acompanhada por germinado de cerefólio e molho feito com o coral do crustáceo, e pérolas de pão frito com manteiga, numa referência às marisqueiras portuguesas. A seguir, Pregado cozinhado a baixa temperatura (“55 graus, 7 minutos”, revela o chef) terminado no sautée, com uma crosta de Bulhão Pato (coentros e bivalves), cubos de pancetta ibérica, chalota recheada com coentros e bivalves, e molho de caldo de cebola, óleo de cebolinho e percebes. Continuando no mar, entra em cena a Enguia, cozinhada a vapor e braseada, com a pele crocante, pequena salada de cogumelos Morilles, aneto, alho francês e cerefólio, e linguíni de aipo, tudo sob um molho beurre blanc com óleo de chili. Antes do Tamboril em feijoada — com as peles do peixe, filete glaceado em manteiga branca, fígado e molho do mesmo, e germinado de mostarda — vem o momento do Pão, caseiro e 100% feito de trigo barbela, com manteiga de creme de vaca e iogurte natural e azeite da Quinta de Vargellas. A fermentação que origina a manteiga é de 24h, “sendo posteriormente lavada com água gelada para retirar as impurezas”, adianta Ricardo Costa. Da memória do chef surge o único prato de carne da carta, o Leitão, concretamente barriga com pele crocante no topo, salada de alface Iceberg, creme de milho, milho frito, e pó de azeitona Kalamata (da região grega com o mesmo nome). Para partilhar, batatas insufladas temperadas com pimenta preta e molho de leitão, “feito com os sucos do leitão enquanto está a assar” e com pimenta, louro e chili.
Chegados às sobremesas (surpreendentemente sem o estômago pesado, depois deste desfile gastronómico de treze momentos), damos as boas-vindas à Ostra de Gaia, onde, numa base de creme de ovos moles com amêndoa tostada e “nitro” de ovos moles, entra uma concha preparada em nitrogénio com o mesmo creme, finalizada com pérolas de chocolate e amêndoa. Para os fãs das sobremesas frutadas e menos doces, vem também um creme de amêndoa com nectarina marinada em açafrão e baunilha, gelado de mascarpone e lima kafir, terminado com “nitro” bicolor de nectarina e caldo da mesma.

The Yeatman

O menu “Evolução de Aromas” tem o custo de €250 por pessoa, tanto na versão “clássica” como na vegetariana. O suplementos vínicos são dois, o Prime Selection (€250) e o The Yeatman Selection (€125). Já o suplemento de bebidas não-alcoólicas custa €90 por pessoa.
No final de uma refeição preparada pelo chef Ricardo Costa e pela sua equipa, sentimos que, por trás das distinções e das estrelas, está uma grande devoção à gastronomia e à tradição, às matérias-primas e às formas. Sentimos, também, que há muito estudo e criatividade envolvidos na evolução dos processos e das técnicas, e na selecção de novos ingredientes, por vezes inéditos. E sentimos, ainda, as origens, as influências e a mão do chef, qual artesão que pega num pedaço de barro amorfo e o transforma em algo único, com identidade. Vistas as coisas por este prisma, também uma cozinha pode ser um pequeno terroir.

(Artigo publicado na edição de Setembro de 2023)

Herdade de Espirra: O Castelão continua a ser aposta

Herdade da Espirra

Em sessão aberta à imprensa, o projecto Herdade de Espirra apresentou os vinhos Pavão de Espirra tinto 2020 e Herdade de Espirra Reserva tinto 2018. O primeiro é um vinho de entrada de gama, com um perfil assumidamente consensual, onde o aroma vivo a frutos vermelhos e um equilíbrio de corpo e taninos procura adequar-se […]

Em sessão aberta à imprensa, o projecto Herdade de Espirra apresentou os vinhos Pavão de Espirra tinto 2020 e Herdade de Espirra Reserva tinto 2018. O primeiro é um vinho de entrada de gama, com um perfil assumidamente consensual, onde o aroma vivo a frutos vermelhos e um equilíbrio de corpo e taninos procura adequar-se a momentos de consumo descontraídos e informais. O Reserva é bastante mais ambicioso. As uvas, provenientes de vinhas com mais de 40 anos, são colhidas manualmente e pisadas a pé, fermentando em lagares e beneficiando de um estágio de 24 meses em barricas de carvalho francês, a que se seguem mais doze meses em garrafa. A intenção é, como explicou Ana Varandas, mostrar a tipicidade do Castelão sem maquilhagem: fruta preta, encorpado, bons taninos. Esta casta, que atinge nos terrenos de areia de Pegões uma das suas melhores expressões, permite fazer vinhos de forte carácter e grande identidade.
Na ocasião foi também mostrada uma nova embalagem do Pavão de Espirra rosé 2021, num formato Bag in Tube, de três litros, rotulada com papel Navigator e produzida a partir de florestas geridas de forma sustentável e devidamente certificadas.

Estas preocupações ambientais atravessam toda a política da empresa. The Navigator Company é um produtor integrado de floresta, pasta, papel, “tissue”, soluções de packaging e bioenergia. A administração do grupo, presente neste encontro, reforçou este compromisso na sustentabilidade ambiental, nas soluções recicláveis e biodegradáveis e na diversidade de culturas e plantações patente em mais de 130 espécies diferentes de árvores e arbustos, muitas sem viabilidade económica, mas que são mantidas e financiadas para garantir a continuidade das espécies. A meta da neutralidade carbónica é uma aposta a médio prazo. A manutenção das vinhas e a produção de vinho na Herdade de Espirra são um exemplo vivo desta política. Representando um valor absolutamente residual no negócio global da companhia, esta foi herdada da anterior Portucel e integrada em 1985, sendo mantida e valorizada como mais um exemplo nessa aposta na biodiversidade. Por isso, as vinhas convivem pacificamente na herdade de Pegões com um total 1700 hectares, com outras actividades agro-florestais como a produção de pinhão, pastoreio, viveiros florestais e madeira. Apesar de, recentemente, se ter introduzido na propriedade novas castas como Aragonez, Touriga Nacional e Alicante Bouschet, o Castelão continua e continuará a ser o eixo da produção de vinho da Herdade, todo ele obtido a partir de vinhas em Produção Integrada.

(Artigo publicado na edição de Setembro de 2023)

WineStone: Grupo José de Mello cria holding e investe no Douro e Vinhos Verdes

WineStone

No sector do vinho, o Grupo José de Mello já não significa apenas “Ravasqueira”. Oitenta anos depois da aquisição, pela família José de Mello, da propriedade em Arraiolos, Monte da Ravasqueira, que viria a ser a base deste projecto alentejano, o grupo cria uma holding de investimentos, WineStone, e anuncia as primeiras apostas: as propriedades […]

No sector do vinho, o Grupo José de Mello já não significa apenas “Ravasqueira”. Oitenta anos depois da aquisição, pela família José de Mello, da propriedade em Arraiolos, Monte da Ravasqueira, que viria a ser a base deste projecto alentejano, o grupo cria uma holding de investimentos, WineStone, e anuncia as primeiras apostas: as propriedades Quinta do Retiro Novo e Quinta do Côtto, no Douro; Paço de Teixeiró, na região dos Vinhos Verdes; e a marca de vinho do Porto Krohn.

A WineStone vem reforçar, segundo o grupo, a vontade de crescimento “em diferentes áreas da actividade económica” e de posicionamento “no top 3 da liderança do sector do vinho”.

Num evento para a imprensa (que aconteceu no dia 17 de Outubro), o Grupo José de Mello descortinou, ainda, outros objectivos ambiciosos: crescer, até 2030, pelo menos dois dígitos percentuais por ano; passar dos actuais 21 milhões de euros anuais, em facturação, para 60 milhões; e duplicar as exportações, dos 30% de hoje para 60%.

Em relação à Quinta do Retiro Novo e à respectiva marca Krohn, foi feita aquisição directa, enquanto que na Quinta do Côtto, na mesma região, e no Paço de Teixeiró, nos Vinhos Verdes, foi feito um contrato de exploração total, sem terem sido revelados valores ou prazos. As equipas das propriedades agora adquiridas e geridas serão mantidas, mas David Baverstock, recentemente integrado na Ravasqueira, assume a liderança de toda a enologia. O reconhecido enólogo confessou, à Grandes Escolhas, que já supervisionou a vindima deste ano nas três regiões.

Além da entrada do grupo numa nova categoria de vinhos, vinho do Porto, com a marca Krohn, a WineStone — que apresenta Pedro Pereira Gonçalves como Presidente Executivo — vai também trazer desenvolvimento do segmento de vinhos “luxury”, como dito pelos próprios, mas o maior foco será “no meio da pirâmide”, os vinhos “premium”.

Pedro Pereira Gonçalves liderou, nos últimos anos, o processo de desenvolvimento e afirmação da Ravasqueira. “O nosso principal objectivo é desenvolver uma estratégia de crescimento com ambição, consistência e sustentabilidade, numa perspetiva de longo prazo, para conseguirmos produzir e comercializar vinhos de qualidade em todas as regiões em que estamos presentes, com marcas admiradas pelos consumidores dos diferentes segmentos, no mercado nacional e com impacto nos mercados internacionais”, afirma o Presidente Executivo da WineStone.

Já Salvador de Mello, Presidente Executivo do Grupo José de Mello, reforça que “a criação da nova plataforma de negócios WineStone representa mais um passo na concretização da nossa ambição de crescimento e constitui também um desafio para assumirmos, a exemplo das outras áreas de negócios em que estamos presentes, uma posição de liderança no sector do vinho”.

A WineStone garante, adicionalmente, que tenciona vir a entrar na região de Lisboa e expandir a acção no Alentejo, bem como desenvolver enoturismo no Douro.

Prove Connosco – Com o produtor à distância de um copo!

Prove Connosco

Um auditório integrado no espaço da feira Vinhos & Sabores, com entrada grátis, mas lugares limitados, onde decorrerão curtas provas comentadas pelos produtores. Uma óptima oportunidade para aprender com quem faz os vinhos, tirar dúvidas e aprender mais sobre a produção. Conheça aqui o programa das provas comentadas e faça o planeamento da sua visita. […]

Um auditório integrado no espaço da feira Vinhos & Sabores, com entrada grátis, mas lugares limitados, onde decorrerão curtas provas comentadas pelos produtores. Uma óptima oportunidade para aprender com quem faz os vinhos, tirar dúvidas e aprender mais sobre a produção.

Conheça aqui o programa das provas comentadas e faça o planeamento da sua visita.

Sábado, 14 de Outubro

15:00 – 16:00 Concurso Escolha da Imprensa – Anúncio dos Premiados e Entrega dos Diplomas
16:20 – 16:40 Quinta do Mascanho
17:00 – 17:20 Vinhos da Moldávia
17:40 – 18:00 Aveleda
18:20 – 18:40 MQ Vinhos
19:00 – 19:20 Cortinha Velha
19:40 – 20:00 Sociedade dos Vinhos Borges
20:20 – 20:40 Quinta da Raza

Domingo, 15 de Outubro

15:40 – 16:00 NX Wines & Spirits
16:20 – 16:40 Herdade do Freixo
17:00 – 17:20 Quinta do Sobreiró de Cima
17:40 – 18:00 Quinta do Vallado
18:20 – 18:40 Real Companhia Velha
19:00 – 19:20 Rozès
19:40 – 20:00 Provam
20:20 – 20:40 Quinta das Bágeiras

Segunda-feira, 16 de Outubro

11:20 – 11:40 Quinta do Noval Vinhos
12:00 – 12:20 Vinhos Norte
12:40 – 13:00 J. Portugal Ramos Vinhos
13:20 – 13:40 Vercoope
14:00 – 14:20 Quinta D´Amares
14:40 – 15:00 Quinta do Tamariz
15:20 – 15:40 Casa da Tojeira
16:00 – 16:20 PL Wines
16:40 – 17:00 Adega Mayor
17:20 – 17:40 José Maria da Fonseca

Feira Vinhos & Sabores 2023 recebe grupo de profissionais internacionais

Vinhos Sabores internacionais

No sentido de elevar, além-fronteiras, o reconhecimento dos vinhos portugueses e de impulsionar as suas exportações, a Grandes Escolhas convidou um relevante grupo internacional de importadores, compradores profissionais, jornalistas especializados e Masters of Wine a visitar a feira Vinhos & Sabores, durante os dias 14, 15 e 16 de Outubro, na FIL – Feira Internacional […]

No sentido de elevar, além-fronteiras, o reconhecimento dos vinhos portugueses e de impulsionar as suas exportações, a Grandes Escolhas convidou um relevante grupo internacional de importadores, compradores profissionais, jornalistas especializados e Masters of Wine a visitar a feira Vinhos & Sabores, durante os dias 14, 15 e 16 de Outubro, na FIL – Feira Internacional de Lisboa.

Durante a sua permanência em Lisboa, estes especialistas internacionais terão oportunidade de participar em provas comentadas, contactar produtores directamente e cumprir um programa organizado especialmente para o grupo estrangeiro.

Algumas informações sobre os visitantes:

  1. Elizabeth Gabay MW, França

Master of Wine desde 1998 e de nacionalidade americana — mas actualmente residente em Provença, França — esta wine writer, considerada uma das maiores especialistas em rosés, encontra-se a desenvolver um projecto em torno destes vinhos, vindo agora a Lisboa conhecer produtores e vinhos rosé portugueses para o trabalho “Club Oenologique Premium Rosé Report”.

  1. Ben Barheim, Alemanha

Colaborador de Elizabeth Gabay, está também envolvido no projecto “Club Oenologique Premium Rosé Report”.

  1. Vaidotas Burbulis – Lituânia

Proprietário da Burbulio Vynine UAB — www.burbuliovynine.lt — uma empresa sediada em Vilnius (Lituânia) que importa, desde 2010, vinhos de Itália, França, Espanha, Portugal, Geórgia e outros países. É uma loja de vinhos/wine bar, revendedor para o canal HoReCa e online. Tem um volume de negócios de 1 a 2,5 milhões de euros.

  1. Kjell Bogvad – Suécia

É gerente da Starkstrom Wine AB — www.starkstromwine.com — uma empresa que importa vinho de Portugal. Representa produtores de vinho de todas as regiões de Portugal no mercado sueco.

  1. Alessio Petito – Itália

Proprietário da Apewineboxes — www.apewineboxes.com — uma loja de vinhos online italiana, importadora e revendedora, líder em Itália na venda de vinhos “artesanais”, com mais de 500 produtores “naturais” e biodinâmicos em portfólio. Importa sobretudo de Espanha, Portugal e Grécia. Tem um volume de negócios de quase 2 milhões de euros.

  1. David Kelly – Reino Unido

É proprietário da Great Wines Direct — www.greatwinesdirect.co.uk — uma premiada empresa de vinhos online do Reino Unido, fundada em Londres em 2003. Com milhares dos melhores vinhos do mundo em portefólio, incluindo uma grande selecção de vinhos portugueses de várias regiões, factura cerca de 2 milhões de libras.

  1. Michael O’Brien – Irlanda

Michael é proprietário da Grace Campbell Wines — www.gracecampbellwines.ie — fundada em 2003, uma importadora especializada em vinhos portugueses, na Irlanda.
Distribui para muitos restaurantes irlandeses, lojas de vinho independentes, lojas gourmet, clubes de golfe e estabelecimentos privados. O volume de negócios aproxima-se dos 5 milhões de euros.

  1. Robert Biever – Países Baixos

Robert é o proprietário do Alentejo Wijnen — www.alentejowijnen.nl — um distribuidor neerlandês, retalhista, e-commerce de vinhos portugueses. É também organizador de provas de vinhos portugueses em Haia e De Meer.

  1. Irek Wis – Polónia

Jornalista, colaborador de revistas especializadas, foi o vencedor do melhor texto sobre vinhos portugueses no concurso WineForum.

  1. Yaroslav Yushchenko e Katerina Yushchenko – Ucrânia

Proprietários da Ukrainian Wine & Spirit School, desenvolvem, neste momento, a sua actividade em Londres, onde têm uma empresa de exportação de vinhos para a Ucrânia.

  1. Christer Byklum – Noruega

Jornalista, crítico de vinhos, proprietário do site especializado www.tastingbook.com, conta com mais de 17 anos de experiência e dezenas de milhares de provas. É especialista em vinhos de Bordéus, Borgonha, Porto, Madeira e Riesling alemães.

  1. Fredrik Åkerman – Suécia

Jornalista e wine writer, escreve sobre vinhos portugueses em várias publicações desde 1996. Encontra-se a passar uma temporada em Portugal, enquanto escreve o seu 2º livro sobre os nossos vinhos.