Quinta da Extrema: Vinhos de fronteira

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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Estamos no Douro Superior, nas terras áridas e despovoadas que seriam um deserto não fora alguns produtores e investidores mais ousados e apaixonados pela região terem contrariado o destino. É exactamente na zona de fronteira entre o Douro e a Beira Interior que se situa o projecto das Colinas do Douro. As mais recentes propostas, três vinhos varietais da Quinta da Extrema, chegaram agora ao mercado.
Texto: João Paulo Martins
Fotos: Colinas do Douro
Quando se fala em zona fronteiriça entre Douro e Beira Interior, o que está em causa não são altitudes ou climas diversos. O que verdadeiramente separa as duas regiões é o solo. O xistoso Douro dá lugar à granítica Beira e isso faz toda a diferença. Se a isso associarmos os encepamentos originais de cada uma das zonas então percebemos melhor que se trata de dois universos. No Douro temos castas adaptadas ao calor e à secura – não esqueçamos que o Douro Superior tem um clima semi-desértico –variedades que podem gerar vinhos tensos, volumosos e ricos em taninos, cor e estrutura. Quando se está exactamente na fronteira podemos então jogar nessa diversidade. O projecto das Colinas do Douro cobre actualmente 110 hectares de vinhas, pensadas por Nuno Magalhães, professor universitário e sabidamente um dos nossos maiores especialistas em viticultura – que adaptou cada uma das castas plantadas à altitude e orientação das parcelas. Aqui estamos entre os 500 e os 650 m de altitude, com orientações solares diversas, sobretudo norte e poente. Isso já permite uma esquematização dos vinhedos, trabalhados também em função do objectivo final.
O projecto das Colinas do Douro, até pela dimensão que tem, está focado em vários tabuleiros: os que agora foram apresentados são vinhos de nicho, vinhos experimentais mas não são esses que fazem viver uma empresa desta dimensão que agrega quatro quintas. A marca Quinta da Extrema está vocacionada para os vinhos de topo, para as experiências e para os projectos especiais. As outras marcas são Colinas do Douro, Quinta da Pedra Cavada e Seixo Amarelo, as duas últimas vocacionadas para a chamada distribuição moderna, super e hipermercados. A marca Quinta da Extrema apenas poderá ser encontrada em garrafeiras ou lojas especializadas.
Desde a nossa visita há dois anos que a adega nova está em marcha mas, ao que nos dizem ainda não será para a vindima de 2021. Naturalmente que isto obriga a dispersão de pessoas e meios: armazém em Escalhão, cave de barricas perto da quinta do Grifo na margem norte e a uns bons quilómetros de distância.
O ano 2020, complicado para todos os produtores, acabou por ser compensador para as empresas que têm foco importante no off-trade. Com as vendas de supermercado a crescer, a empresa fechou o ano com um crescimento de 20%, o que é assinalável.
Provas e castas
Os encepamentos são os habituais na região mas aproveitou-se também para procurar inovar e tentar novas soluções. Foi assim que uma das clássicas da região – a Tinta Barroca – foi preterida, uma vez que está mais vocacionada para o vinho do Porto e introduziu-se as francesas Cabernet Sauvignon e Syrah. Nas brancas surgem, fora do baralho, a Encruzado e a Chenin Blanc, esta última característica de algumas zonas do Vale do Loire, em França.
Os vinhos agora apresentados assentam nos ensaios e experimentações feitos na Quinta da extrema, daí o nome Ensaios Extremes, e merecem algum enquadramento. Como nos disse Jorge Rosa Santos, o enólogo principal, estes vinhos não terão edição anual, dependerá do ano e, caso a caso, será tomada uma decisão. Tive oportunidade de provar os novos vinhos ainda “em bruto”, durante uma visita à propriedade há cerca de dois anos. Pelo número de garrafas produzidas percebe-se facilmente que foi feita uma selecção dos lotes, tendo resultado sempre menos quantidade engarrafada do que a indicação que nos foi dada na altura quando pude provar estes vinhos ainda em estágio de barrica. Por exemplo, do Tinto Cão apontava-se para 900 garrafas e do Tinta Francisca 3500, tudo bem acima do que agora acabou por ser comercializado. Na altura também se provou o Cabernet Sauvignon, um dos dois varietais de castas vindas de fora. Pode considerar-se o Cabernet uma curiosidade mas já em 2018 se mostrava com muita personalidade, apimentado e de taninos bem firmes. Com o clima que o Douro tem e as múltiplas orientações possíveis da vinha, difícil seria imaginar que aqui não se faria um bom Cabernet Sauvignon.
O vinho de Rabigato faz jus à sub-região do Douro Superior, onde esta casta – tardia e de muito boa acidez – melhor se manifesta, ainda que se encontre presente noutras zonas do Douro. Aqui optou-se por uma prensagem suave, uma decantação que se estendeu por 48 horas e uma fermentação que se iniciou no inox mas que depois foi continuada e terminada em barricas usadas onde fermentou entre 12 e 14 dias. Depois de terminada a fermentação o vinho estagiou na barrica mais 11 meses. Pela forma como é conduzida na vinha, com uma parede foliar muito boa que conserva a acidez, o vinho resulta com grande frescura. A vinha tem uma adubação em zebra – linha sim, linha não, método indispensável para fazer face a estes terrenos muito pobres em matéria orgânica. Basta olhar para a paisagem circundante para se perceber que aqui pouco nasce ou cresce se não tiver “alimento”. Conseguem-se produções de 5 toneladas/ha mas também aqui a opção foi por um engarrafamento parcial e apenas se encheram 1200 garrafas.
Pequenas quantidades
A Tinta Francisca é casta antiga na região e está agora a conhecer algum renascimento. São já vários os produtores que estão a apostar nela. Outrora era muito usada sobretudo para lotes de vinhos do Porto destinados ao envelhecimento. Aquando da visita de 2018 os vinhos ainda estavam em barrica e pensava-se então que poderiam ser feitas 3500 garrafas mas após o estágio optaram por apenas engarrafar 2800. Só têm 2 hectares desta casta que está situada a 600 m de altitude, com uma exposição poente. É uma casta tardia, de baixa acidez, com película fina mas, a favor dela, tem a produtividade que pode atingir a 7 toneladas/ha o que, para o Douro, se pode considerar muito bom. É mais uma casta que dá vinhos com pouca cor, médio corpo, álcool moderado, mas de taninos suaves e aromas terrosos, bem interessantes. Este vinho estagiou em barricas já com seis anos de uso.
Já o Tinto Cão é uva difícil e pouco consensual. Como nos disse Jorge, “só à quarta tentativa é que acertámos no melhor método para vinificar o Tinto Cão. Optou-se por uma maceração curta para evitar taninos demasiado fortes que tendem depois a ficar secos”. Provavelmente foi também por isso que, no final, foi apenas aproveitada uma barrica de 500 litros, de que resultou esta produção experimental. De maturação muito tardia, está instalada na cota mais baixa da quinta – 500m -, onde os cachos (pequenos) estão sempre ao sol. A película é grossa e origina vinhos com pouca cor, óptima acidez e taninos firmes. Depois da fermentação no inox durante três dias, o vinho acaba a fermentação já fora das massas. Foi depois para barrica e fez aí a fermentação maloláctica.
Os vinhos provados agora e os outros que já foram objecto de prova revelam um trabalho de grande precisão quer ao nível da vinha quer na enologia. Intervir quando é preciso, acompanhar a vinha para que possa produzir bons frutos. Os vinhos mostram isso mesmo e são belos representantes desta zona longínqua, extrema em todos os sentidos, e que permite fazer brancos e tintos que aliam a qualidade à personalidade.
(Artigo publicado na edição de Abril de 2021)[/vc_column_text][vc_column_text]
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Os melhores brancos do Douro: Do xisto ao granito

É sabido que os brancos nacionais estão cada vez melhores no país de norte a sul. Talvez não se imagine tão facilmente que boa parte dos melhores vinhos desse lote venha do Douro, território até há pouco tempo associado quase exclusivamente a tintos. A cada colheita que passa, sobretudo das gamas superiores, os brancos do […]
É sabido que os brancos nacionais estão cada vez melhores no país de norte a sul. Talvez não se imagine tão facilmente que boa parte dos melhores vinhos desse lote venha do Douro, território até há pouco tempo associado quase exclusivamente a tintos. A cada colheita que passa, sobretudo das gamas superiores, os brancos do Douro impõem-se como vinhos ambiciosos e de carácter, onde a presença do terroir se encontra tão, ou mais marcada, do que nos tintos da mesma região.
Texto: Nuno de Oliveira Garcia
Fotos: Ricardo Palma Veiga
Talvez não faça sentido um excurso longo sobre a razão por detrás da percepção de que o Douro é uma região de tintos. De forma resumida, em qualquer caso, relembre-se que tal decorre, antes do mais, do legado do Vinho do Porto, sector que, apesar da significativa e histórica produção de brancos, centrou a sua imagem de prestígio e longevidade nos tintos rubys, com destaque para os vintages. Com efeito, sempre houve a produção de alguma uva branca para Porto, a partir de castas como a Malvasia Fina. Com raríssimas excepções, no entanto, o Porto branco foi relegado para o início da refeição, a solo ou em cocktail, e a pouca apetência dos consumidores nacionais para bebidas de aperitivo (tema cujo desenvolvimento daria um novo artigo) catalogou-o como um vinho menor.
Outra condição natural para o sucesso dos tintos na região relaciona-se com o solo xistoso e com o verão duriense, muitas vezes escaldante. Se o xisto funciona como um intensificador para os vinhos tintos, nos brancos a acidez perde-se com muita facilidade (literalmente, de um dia para o outro…) levando a vinhos, por vezes, demasiado pesados e com menos sensação de frescura. Por isso, a região produz mais tinto, sem dúvida, mas, rigorosamente, tudo depende dos anos agrícolas. Com efeito, existem anos em que a produção de DOP tinto é quatro vezes maior do que a de branco, caso da colheita de 2019, mas outros em que é apenas pouco mais que o dobro, como sucedeu na de 2018. A tendência geral é, em qualquer caso, para que a produção de tinto se manifeste duas a três vezes superior à do branco.
Outra circunstância que explica a associação do Douro a vinhos tintos assenta no facto de terem sido tintos os primeiros Douro não fortificados que, a partir das décadas de ’60 (os pioneiros) e sobretudo de ’90 do século passado, ganharam estatuto de grandes néctares nacionais. É certo que sempre houve brancos do Douro não fortificados com fama – lembramo-nos do Grantom Branco Especial Seco da Real Companhia Velha (as melhores colheitas que provámos eram as de 1963 e 1965), mas eram tintos os vinhos mais respeitados. Afinal de contas, tanto Barca Velha como Reserva Especial eram, e são, apenas tintos. Como o Quinta do Cotto Grande Escolha, e os primeiros Quinta da Gaivosa. Foi preciso esperar que, três anos depois do Duas Quintas branco já vingar na restauração, e de alguns ensaios mais ou menos sucedidos (como o famoso Riesling da Quinta da Pacheca), o inconformado Dirk Niepoort procurasse na colheita de 1995 a finura das vinhas em altitude, e as melhores barricas francesas para fermentar e estagiar o seu Redoma. Entretanto, o Quinta dos Bons Ares começava a dar nas vistas, precisamente pela frescura da cota alta, e colheitas como 1997 e 1998 são de grande recorte. Apesar destas tentativas bem-sucedidas, em 1997, o quadro de honra de brancos do Roteiro Prático dos Vinhos Portuguese de José Salvador continha apenas um único Douro (maioria para os Vinhos Verdes e Bairrada), nem mais nem menos do que o Sogrape Reserva 1995. Mas, depois do Redoma do mesmo ano, a revolução estava em curso, e bastou poucos anos mais para se encontrarem novos brancos com barrica, sendo disso bom exemplo o Gouvyas Reserva nos primeiros anos do novo século e o Duas Quintas Reserva. E em 2001, Domingos Alves de Sousa lança o seu primeiro Reserva Pessoal, recuperando, segundo o próprio, os brancos “à moda antiga”, um vinho de enorme personalidade e que, à sua maneira, resgatava o passado traçando um futuro novo.
Xistos e granitos
O que os primeiros anos do novo milénio vieram mostrar foi, portanto, que o Douro também tinha uma palavra a dizer nos brancos, da mais fresca e chuvosa sub-região do Baixo Corgo até à seca e continental sub-região do Douro Superior, passando pelo Cima Corgo. Por um lado, não se pode dizer que todo o Douro é xisto a torrar ao sol, posto que os altos do Douro – e são vários numa região definitivamente montanhosa – são relativamente frescos mesmo no verão, e os invernos são muito frios. Acresce que existem ilhas de solo granítico, e vários solos de transição, que garantem a tão-procurada sensação de frescura e mineralidade, sem descurar a maturação. Com efeito, nos grandes maciços de xisto penetram frequentemente formações geológicas graníticas como sucede junto a Alijó, ao planalto de Carrazeda de Ansiães e até à foz do Sabor, ou mesmo na zona do Pocinho, Freixo de Numão, Seixo de Numão e entre Fontelo e Sande. Estas formações graníticas dão origem a solos de textura ligeira, pobres e ácidos, com reduzida capacidade de retenção para a água, que, em altitude, têm-se revelado perfeitos para a produção de brancos de qualidade. Acresce, que foi descoberto o tesouro das vinhas velhas, sendo que, nos últimos anos, foi ver uma autêntica corrida por elas entre produtores e enólogos. Falamos de vinhas entre os 40 e os 100 anos, com várias castas misturadas (cerca de 10 castas diferentes, bem menos do que nas vinhas tintas). Ao longo dos anos, o Douro soube manter (talvez melhor do que nos tintos) quase intacta essa diversidade de castas brancas tradicionais, possibilitando que os enólogos escolham esta ou aquela variedade conforme o perfil pretendido ou conforme o terroir. Seja a exuberância do Gouveio e Moscatel Galego, o corpo e intensidade da Viosinho ou do Folgazão, o floral da Códega, a frescura e acidez do Rabigato e do Arinto, ou a complexidade subtil da Códega do Larinho. O contributo de outras castas “de fora”, como seja o Alvarinho com o seu perfume a acidez, vieram trazer o “sal e a pimenta” que por vezes pode fazer a diferença. Mas o Douro quer mais, e os recentes estudos e ensaios com castas brancas antigas presentes na vinha isso o demonstram, caso bem visível no produtor Real Companhia Velha que tem lançado monocastas como Samarrinho, Donzelinho branco ou Moscatel Ottonel, todas de enorme aprumo. Haverá, então, um lote perfeito no Douro para vinho branco? Não é fácil dizê-lo e dependerá da sub-região e do terroir, mas é seguro afirmar que muitos topos de gama actuais não descuram o Rabigato (sobretudo no Douro Superior) e o Gouveio, sendo que o Arinto e a Códega são também castas de eleição. O Viosinho ainda se monstra muito presente nos lotes, apesar de ter perdido nos últimos anos alguma hegemonia na afirmação como casta branca rainha da região.
Estilos e perfis
Para Rita Marques, cujo seu Conceito Único se mostrou imperial em prova, a razão do sucesso da região é um encepamento branco muito bem-adaptado, com castas, essencialmente o Rabigato e Gouveio, na sua opinião, em total harmonia com o terroir. Jorge Serôdio Borges, outro vencedor com o seu Guru, concorda e salienta a necessidade de se procurar solos de granitos e de transição para evitar a perda de acidez que o xisto acarreta na época antes da vindima. Confidencia-nos ser apologista de fermentação de todo o lote em barrica, ainda que prefira a barrica já usada. Jorge Moreira, criador do Poeira (o melhor Alvarinho do Douro), acredita que a região tem enorme potencial pelas diversas exposições, e pela singularidade de ali se conseguirem produzir vinhos com frescura e acidez (perto dos 7g de acidez total) mantendo potência em boca e algum álcool (acima dos 13% com facilidade). Para o enólogo, com vários vinhos sob a sua direção em prova, a combinação perfeita pode muito bem ser os solos ácidos que permitem pH relativamente baixos e maturação completa que o clima da região permite, combinação menos frequente noutros territórios lusitanos.
Como escrevemos noutras provas de Douro, importa ainda sublinhar o papel de mais do que uma geração de produtores (Cristiano Van Zeller, Dirk Niepoort, Domingos Alves de Sousa…) e enólogos (Celso Pereira, Jorge Alves, Jorge Moreira, Jorge Serôdio Borges, Rita Marques…) que souberam criar um novo paradigma de brancos do Douro, vinhos com o corpo e a estrutura tão típica da região sem descurar o factor da diferenciação perante outras regiões.
Criações e marcas como Conceito, CV, Duas Quintas Reserva, Guru, Mirabilis, Quanta Terra, Redoma Reserva, e Vértice, são parte da história recente dos brancos do Douro e, enquanto punhado de grandes marcas, são um adquirido absolutamente fantástico. Acresce o importantíssimo facto de a generalidade dos vinhos do Douro ser muito valorizada junto dos consumidores o que tem permitido aos produtores selecionarem as suas melhores vinhas e comprarem boas barricas, o que, em conjunto com enologia e viticultura já conhecedoras dos detalhes da região, permite a produção de grandes vinhos. Por outras palavras, a fama da região nos tintos trouxe, como consequência, uma imediata percepção de qualidade pelos consumidores nos brancos, o que permitiu a valorização destes vinhos nos mercados.
Um futuro promissor
Esse factor de rentabilidade tem encorajado mais e mais produtores a lançarem topos de gama, por vezes a preços nunca antes vistos nos brancos nacionais, bem acima dos 50€. Desde jovens enólogos com pequenos projectos pessoais (como Joana Pinhão e Rui Lopes com o seu Somnium, e Márcio Lopes) até novos players como Cortes do Tua, Colinas do Douro, Quinta da Rede ou Costa Boal, passando por adegas cooperativas (destaque para a de Favaios), todos querem fazer parte desta excitante corrida aos grandes brancos do Douro.
Se as últimas duas décadas do milénio anterior permitiram a revolução dos tintos durienses, as primeiras duas décadas no novo milénio foram marcadas pela sublevação nos brancos. O tempo é agora de consolidação das marcas e de alguma expansão na internacionalização dos brancos do Douro. E apostar também em nichos como seja o Porto Branco 10 anos extra-seco, os blends de anos numa só edição (cerca de uma mão cheia de produtores já aderiram, com destaque para o NM da Wine & Soul), os vinhos de parcela específica e ou com castas específicas (caso dos projetos já referidos da Real Companhia Velha, mas também dos Winemaker’s Collection da Kokpe ou do Poeira feito de Alvarinho). Estes são alguns dos grandes desafios que se colocam aos vinhos brancos do Douro mas, como sabemos, a região duriense tem uma especial vocação para superar desafios com distinção!
(Artigo publicado na edição de Julho 2021)[/vc_column_text][vc_column_text][/vc_column_text][vc_column_text][/vc_column_text][vc_column_text][/vc_column_text][vc_column_text][/vc_column_text][vc_column_text]
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Azores Wine Company: O cantar do caranguejo

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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]2021 é o ano em que a Azores Wine Company vê a peça que lhe faltava ganhar forma física: uma adega própria, impressionante da estética à funcionalidade. Mas, como isso não bastava, surgem também novos e ambiciosos vinhos.
Texto: Mariana Lopes
Fotos: Azores Wine Company e Mariana Lopes
Dizem os antigos que as melhores vinhas dos Açores são aquelas “onde se ouve o cantar do caranguejo”, ou seja, as que estão na bordadura das ilhas, mais próximas do mar. Mas também da nova adega da Azores Wine Company quase se ouve esse cantar, situada em Bandeiras, concelho da Madalena. Esta adega era um sonho da empresa, praticamente desde a sua fundação em 2014, mas já lá vamos… A sementinha que fez nascer o projecto foi plantada quatro anos antes disso. Em 2010, António Maçanita (filho de açoriano e há muito interessado nos vinhos dos Açores) ingressou num projecto de recuperação das castas locais — Arinto dos Açores, Verdelho, mas sobretudo da Terrantez do Pico, em São Miguel — apoiado pelo Governo Regional, que só aumentou ainda mais o seu entusiasmo pela região e pelos seus vinhos.
Em 2013, António teve a iniciativa de dar consultoria aos outros produtores do Pico, que nessa altura eram cerca de seis. Mas esse projecto de consultoria incluía um workshop que, embora gratuito, teve adesão apenas de um dos produtores e, à data, presidente da Comissão Vitivinícola Regional dos Açores, Paulo Machado, dos vinhos Insula. Assim, sem intenção inicial, Paulo foi o “chosen one” de António Maçanita, que acabou por lhe lançar o desafio: “Esquece o workshop, e se fizéssemos um vinho juntos?”. O produtor acabaria por ser a pessoa ideal para formar um projecto vínico com Maçanita, por ser agrónomo, vir de uma família dedicada à viticultura do Pico há varias gerações, e denotar muito conhecimento sobre a vinha e os vinhos da ilha. Desse repto, e ainda em 2013, nasceu um Arinto dos Açores que foi o pontapé de saída para tudo o estava por vir. Pouco tempo depois, juntou-se também Filipe Rocha, formador em hotelaria e turismo, em Ponta Delgada, para assumir a gestão financeira e comercial daquele projecto embrionário.
Estava formado o trio fundador da Azores Wine Company em 2014, e, como hoje é de aceitação generalizada, os vinhos do Pico estavam prestes a passar por uma revolução como nunca antes: voltaram a estar no mapa, a nível nacional e internacional, o que hoje resulta num price point das uvas e dos vinhos muito superior ao que se praticava na altura, e numa bastante maior área de vinha em produção. A qualidade esteve sempre lá, mas afinal o que lhes faltava, era alguém que a alavancasse, e que soubesse comunicar os vinhos com paixão e destreza.

(Re)Descobrir o Pico
A Azores Wine Company começou apenas com as vinhas de Paulo Machado, que na altura totalizavam doze hectares mas, naturalmente, isso não bastava. Assim, o “trio maravilha” lançou-se na recuperação e plantação de vinhas, adquirindo terreno, arrendando parcelas e comprando uvas a outros viticultores. Hoje, têm já 56 hectares de vinha própria — 55 na zona da adega, em Bandeiras, e um na Criação Velha — e arrendam 33 em São Mateus e 38 em Baía de Canas. As castas plantadas, são sobretudo as brancas Arinto dos Açores, Verdelho (o mesmo que há na Madeira), Terrantez do Pico, Boal de Alicante e Malvasia (chamam-lhe Boal dos Açores) e as tintas Saborinho (Tinta Negra), Bastardo, Rufete e Malvarisco. Falamos de vinhas muito especiais, únicas, diferentes de tudo o que existe no resto do Mundo. Nesta ilha, que é a mais nova do arquipélago dos Açores, com idade entre os 300 e os 400 mil anos (a mais velha é Santa Maria, nos 8.12 milhões de anos), a paisagem vitícola, sempre com o vulcão em plano de fundo, é composta por quadrículas feitas com amontoados de pedras vulcânicas, os chamados currais, que albergam as videiras e as protegem do impacto directo dos ventos salgados, que de outra forma as queimariam. Se pensarmos que já houve um cenário, antes da grande praga de oídio em 1853 e de filoxera algumas décadas mais tarde, em que o Pico teve cerca de 15 mil hectares deste tipo de vinha, é, de facto, impressionante. Em 2003, existiam apenas 120 hectares, que com muito sacrifício e paixão dos viticultores da ilha passaram para 340, em 2014. Mas mais surpreendente ainda, é o facto de, após sete anos de Azores Wine Company, esse número ter passado para o milhar. É o poder do exemplo…
Uma das prioridades da empresa foi, logo desde o início, fazer uma pesquisa genética e histórica sobre as castas, os solos, o clima (moderado a frio) e todo o Pico vitivinícola. As primeiras vinhas foram plantadas no final do século XV. Em 1580, esta já era uma ilha de vinho, com as vinhas distribuídas por toda a orla costeira, o mais próximo do mar possível (as tais vinhas do “cantar do caranguejo”). E isto tinha e tem uma razão de ser: posto de uma forma mais simples, quanto mais próximos estamos da montanha, mais chove.
No centro da ilha, caem mais de 5 mil mililitros de água por ano e, as extremidades, menos de mil. Depois, como demonstrou António Maçanita, há o efeito Foehn, no qual o vento que vem de Norte, húmido e frio, bate na montanha, sobe e depois desce, já quente. Já os solos têm características tão rústicas que só servem praticamente para viticultura, não havendo assim concorrência de culturas. São solos litólicos, extra resistentes que, em certas zonas, são compostos por terra em cima da rocha-mãe. Reduzem-se a dois tipos: o “chão de lagido”, mais duro e opaco, quase exclusivamente usado para vinha, em que as videiras estão plantadas nas fissuras das rochas, indo mais fundo à procura do que precisam; e o “chão de biscoito”, com uma textura mais de calhau (daí o “biscoito”) à superfície, o qual pode ser arável depois de retirados os componentes mais grosseiros. Depois de sabermos isto, de estarmos lá no terreno a olhar com cara de espantados para o que se estende à nossa frente, e de tentarmos transitar pelo meio dos ditos currais, percebemos porque é que a ilha do Pico tem uma das viticulturas mais caras do planeta, com uma produção média de apenas 1200kg por hectare. O trabalho nestas vinhas é todo manual, muito exigente e minucioso, e Paulo Machado explicou-nos que, hoje, investem em operações que podem fazer diferença, mais tarde, na qualidade das uvas, como as intervenções em verde, para aumentar a exposição dos cachos ao sol e ao arejamento, promovendo a sua suspensão. A tratar das vinhas em permanência, têm 25 pessoas.
Para juntar “à festa”, a Azores está com dois hectares em processo de certificação bio, sendo os primeiros a fazê-lo. Num desses hectares, na Criação Velha, as uvas custam uns impressionantes 18 euros por quilograma. O preço-médio das uvas da ilha é de cerca de 5 euros por quilo, mas Paulo garante que já chegaram “a comprar Terrantez por 7,90, em 2019”. Não é difícil perceber que, para tudo isto ser rentável, o posicionamento de preço dos vinhos tem de ser alto.
A nova adega ficou pronta este ano, e era a peça do puzzle que faltava para a Azores Wine Company fechar o ciclo. Recuando um pouco, foi em 2015 que António, Filipe e Paulo começaram a pensar no projecto adega. Sempre quiseram que ela fosse construída no meio da vinha porque, como diz Filipe, “a vinha é ela própria um museu”. Em 2018, iniciou-se a obra, que acabou por durar três anos. “Foi um projecto bem caro”, confessou António Maçanita, “só o betão é cerca de 30 a 40% mais caro aqui do que em São Miguel”. A julgar pela quantidade de “betão à vista”, não é difícil acreditar, mas foram três milhões e meio de euros que valeram muito a pena… O edifício — desenhado a quatro mãos, por duas duplas de arquitectos, os portugueses SAMI e os ingleses DRDH — perfaz um quadrado perfeitamente inserido no terreno, e foi revestido, na parte exterior, a rocha vulcânica. A vista a partir dele é idílica, sobre o mar e as ilhas São Jorge e Faial. Mas esta não é apenas uma adega, em stricto sensu.
Com sala de provas, um espaço para eventos e restaurante, cinco quartos com vista mar e um apartamento T2, além das três salas de barricas e da zona mais industrial, com todo o equipamento de recepção de uvas e vinificação, este é um autêntico centro enoturístico de luxo, como nunca antes visto no Pico. Além disto, o edifício foi construído com uma determinada inclinação, para recolher água, especificamente 1500 m3 de água por ano (as vinhas no Pico não retêm água). Bem no centro, está um logradouro com um mini-jardim, onde há tanques com água e Dragoeiras, uma árvore mítica, da Macronésia, muito típica dos Açores, que se diz ter nascido da luta entre um dragão e um leão. É também muito utilizada como tintureira, e a sua seiva vermelha é vulgarmente apelidada de “sangue do dragão”. Os quartos estão mesmo em frente, e foram uma das prioridades do projecto. “Queríamos ter quartos na adega porque, tradicionalmente, no Pico as pessoas não recebem os convidados em casa, mas sim nas adegas”, contou Filipe Rocha. A arquitecta de interiores Ana Trancoso deu-lhes um feeling industrial e minimalista, mas os apontamentos mais calorosos são da curadoria de Judith Martin, responsável de enoturismo e, como ela própria diz, “de tudo um pouco”.
Uma das maiores surpresas, foi o restaurante, que está agora a dar os seus primeiros passos. A equipa deste espaço gastronómico é bem jovem, composta pelo chef José Diogo Costa (curiosamente, Madeirense), a sub-chef Angelina Pedra e a chefe de sala Inês Vasconcelos. O que vem para a mesa, é reflexo de todo o conhecimento que José Diogo acumulou, ao lado de Inês, nas suas viagens e nas dezenas de restaurantes em que trabalharam, pelo Mundo fora: uma cozinha moderna, elegante, culta, com muito foco nas matérias-primas locais e onde todos os sabores se conjugam em harmonia.
Vinhos muito especiais
Além das novas colheitas de vinhos que já faziam parte do portefólio da Azores Wine Company — como os Rosé e Branco Vulcânico, o Arinto dos Açores, Terrantez do Pico (já provado anteriormente na GE) ou o Vinha Centenária — foram apresentadas quatro novidades absolutas: Arinto dos Açores São Mateus, Arinto dos Açores Bandeiras, Canada do Monte e Vinha dos Utras 1os Jeirões. Estes últimos dois, juntamente com o Vinha Centenária, provêm de vinhas velhas da zona da Criação Velha, o último núcleo de vinhas velhas do Pico. Mas se, até agora, o Vinha Centenária estava no topo da hierarquia de vinhos da empresa, acabou de ser destronado pelo Vinha dos Utras 1os Jeirões 2019 e pelo Canada do Monte 2018. Este branco, com 95% de Arinto dos Açores e o resto de castas misturadas na vinha (como Verdelho, Malvasia Fina e Boal de Alicante), vem de uma parcela adquirida em 2018 pela Azores, com 60 a 80 anos de idade, quase encostada ao mar em “chão de lagido”, que recebe mais horas de sol, o que resulta “numa maior concentração e forte marca marítima”. É uma das que está em processo de conversão para biológico. O sítio é muito especial e, acreditem, tudo isto se reflecte na garrafa. Na adega, as uvas são prensadas directamente, com as primeiras prensagens (70%) a ser vinificadas em inox — em cuba deitada “para que as borras finas se estendam no fundo e fiquem em contacto com o máximo de área de vinho, protegendo-o”, como explicou Maçanita — e as segundas em barricas de carvalho francês de 3º uso, sem bâtonnage, durante 12 meses. O Canada do Monte, por sua vez, tem origem numa bolsa de vinhas com o mesmo nome, que resistiu à extinção pela filoxera. A vinificação é em tudo semelhante à do Vinha dos Utras.

A Azores Wine Company produz hoje mais de 100 mil garrafas por ano, o que não é assim tão pouco quando consideradas as condições difíceis de viticultura e a baixa produtividade das vinhas. Acima de tudo, este foi o projecto que veio fazer a real diferença na ilha do Pico (e nos Açores) enquanto região vitivinícola e denominação de origem. E no futuro, depois deste completar de ciclo para a Azores… talvez um licoroso?
(Artigo publicado na edição de Julho 2021)
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Pêra-Manca tinto 2015 chega ao mercado

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TEXTO João Geirinhas
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Produzido, como habitualmente, a partir das tradicionais castas Aragonez e Trincadeira, a versão 2015 tem uma ligeira preponderância da primeira sobre a segunda (55% e 45%), formula que é sempre ajustada em função das particularidades de cada vindima. Segundo os responsáveis da Cartuxa, o ano 2015 decorreu seco, com falta de humidade no solo originando um fraco vigor vegetativo das videiras, assim como a formação de bagos de reduzidas dimensões que apresentaram, assim, uma boa relação película-polpa propícia à obtenção de vinhos de grande concentração.
Como sempre acontece na elaboração dos Pêra-Manca, as técnicas de vinificação são rigorosas e e exigentes: maceração pelicular pré-fermentativa, fermentação em grandes balseiros de carvalho francês com temperatura controlado a 27ºC e remontagens manuais seguidas de longas macerações. O vinho beneficia depois de um estágio de 18 meses em balseiros e de mais 48 meses em garrafa.
Ao contrário do que tem acontecido em colheitas anteriores, o 2015 esperou 6 anos para ver a luz do dia em vez dos habituais 4 ou 5 anos de estágio. Talvez por isso o vinho nos pareceu já pronto para consumo, apesar do potencial evolutivo que promete.
Numa primeira apreciação, o Pêra-Manca tinto 2015 surpreende porque conjuga, com souplesse, a habitual concentração e taninos robustos com frescura notável e uma boca macia, indicando que está pronto a ser degustado com grande prazer. No jantar de lançamento, elaborado pelo Chef José Júlio Vintém, isso ficou particularmente evidente quando o vinho acompanhou uma versão da perdiz estufada e a harmonização com o prato fez realçar, em pleno, todas as suas virtudes.
A apresentação do Pêra-Manca 2015 foi uma cerimónia muito concorrida, na qual sobressaiu um forte contingente de jornalistas e compradores brasileiros, fruto da enorme popularidade de que a marca desfruta no Brasil. Haverá vinho para todos, porque a produção atingiu nesta colheita o valor recorde de 44 mil garrafas. O único óbice poderá ser o preço, já que sai da loja da adega a €275 e este valor tem tendência, com o passar do tempo, a aumentar bastante nas prateleiras das garrafeiras.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
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Tintos do Alentejo até €15: Prazer no copo, a um preço justo

No intervalo de preço entre os 8€ e os 15€, o Alentejo entrega tintos com grande qualidade por um valor mais do que justo. E, nos melhores casos, oferece ainda inquestionável carácter. Se somarmos a tudo isto uma consistência entre vindimas acima da média, e uma colocação eficiente nos vários canais de distribuição, não é […]
No intervalo de preço entre os 8€ e os 15€, o Alentejo entrega tintos com grande qualidade por um valor mais do que justo. E, nos melhores casos, oferece ainda inquestionável carácter. Se somarmos a tudo isto uma consistência entre vindimas acima da média, e uma colocação eficiente nos vários canais de distribuição, não é difícil compreender por que os vinhos do Alentejo estão entre os principais favoritos dos consumidores.
Texto: Nuno de Oliveira Garcia
Fotos: Ricardo Palma Veiga
A nossa intuição diz-nos que uma das regiões do país com maior capacidade de produzir tintos de grande categoria com preço entre os 8€ aos 15€ é o Alentejo. Porquê? Por um lado, encontramos na região uma vasta mancha de vinha e, em medida significativa, com capacidade para produções interessantes por hectare, acima da média nacional. Por isso mesmo, é um território que viu aparecer, nas últimas décadas, diversos players dinâmicos com dimensão, ambição e, cada vez mais, preocupações de sustentabilidade, sendo disso bons exemplos casas mais antigas como Esporão, Fundação Eugénio de Almeida e J. Portugal Ramos, não tão antigas, como Casa Relvas ou Herdade dos Grous, ou mesmo recentes, como Symington Family Estates, entre muito outros. E isto sem esquecer as adegas cooperativas que funcionam muito bem e apresentam produtos de qualidade, como comprovam os resultados no nosso painel. A própria extensão geográfica, que é enorme – é a maior região do país, de Almodôvar a Nisa, e de Vila Nova de Mil Fontes a Elvas – e a diversidade de influências climatéricas e de solos (como referiremos abaixo em notas rápidas), são verdadeiros atributos. Por outro lado, a modernização de parte da vinha (com clones adequados e a introdução das denominadas ‘castas melhoradoras’) e a orografia gentil de segmentos do território (sobretudo a sul) também ajudam, bem como o progressivo melhoramento no acesso a água para rega, compensando a pouca chuva decorrente de um clima tendencialmente continental, e com a enorme vantagem da estabilidade climática, mesmo na época de vindima na qual raramente chove.
Por fim, destacamos a percepção geral muito positiva que os vinhos alentejanos conseguiram ao longo dos anos granjear junto do público, nacional e fora do país, sendo inequívoco que a marca Alentejo é das mais fortes no sector do vinho, fruto da qualidade geral nas várias gamas, mas também de rótulos badalados e afamados, sendo um dos melhores exemplos os clássicos Mouchão, Tapada do Chaves, Quinta do Carmo, Pêra-Manca/Cartuxa, bem como os topos de gama do Esporão ou de Júlio Bastos. A somar a estas marcas consolidadas, projectos modernos pululam, quase sempre resultado do trabalho de jovens produtores e enólogos que viram no Alentejo uma região com menos obstáculos do que as demais, e não perderam a oportunidade para investir, caso, por exemplo, de Catarina Vieira/Pedro Ribeiro (Rocim), Luís Louro (Adega do Monte Branco), Tiago Cabaço e António Maçanita (Fita Preta). O facto de algumas marcas de nicho também terem o seu espaço e sucesso – a Quinta do Mouro, com os seus seguidores leais, será o pináculo mais evidente –, é, por fim, o último vértice deste triângulo dourado de marcas.
Não espanta, assim, que mesmo em anos tão complicados como 2020, a exportação dos vinhos alentejanos tenha apresentado resultados positivos. Como nos destaca Francisco Mateus, Presidente da CVR do Alentejo (CRVA), mesmo com as consequências terríveis do COVID no canal Horeca (consumo fora de casa, nomeadamente hotelaria e restauração) e não só, e ainda a sentirem-se as pesadas quebras registadas em mercados anteriormente determinantes para a região como Angola, o Alentejo manteve-se em linha com anos anteriores exportando 17,7 milhões de litros (+0,1%) no valor de 59,1 milhões de euros (-0,5%), de acordo com os dados estatísticos oficiais (INE). Efectivamente, é de destacar que, em 2020, a região teria atingido os melhores números na exportação desde 2014, não fossem os resultados negativos em países como Angola, China ou Rússia. Ora, todas as razões acima elencadas são fundamentais para que num segmento de preço médio a ‘premium’ se encontre qualidade e consistência. Esse segmento médio é fundamental para o Alentejo continuar a reinar nas prateleiras das grandes superfícies (apesar da concorrência forte da região da Península de Setúbal e mesmo do Douro), da mesma forma que o segmento ‘premium’ só vence no canal Horeca se os preços se mantiverem competitivos.
Profissionalismo a todos os níveis
Fomos, então, falar com alguns enólogos que, a par do Alentejo, trabalham noutras regiões para saber se o pressuposto com que começámos este texto se encontra correcto. Diogo Lopes, que na região assessora António Lança (Herdade Grande) na Vidigueira e Couteiro Mor (Herdade do Menir) em Montemor-o-Novo, confirmou-nos que uma das vantagens da região são, precisamente, os resultados actuais da reestruturação das vinhas que começou nos anos ‘90 do século passado. O enólogo, que trabalha noutras regiões como Lisboa ou Açores (Terceira), identifica os progressos na selecção de castas e na introdução de rega (presente em quase toda a região, com a excepção de algumas vinhas velhas em Portalegre, Borba e Granja-Amareleja), mas também na orientação de linhas e nos sistemas de condução, como condição de sucesso. Sucesso esse que permite, no seu entender e experiência, produzir até 10 toneladas por hectare com grande qualidade e consistência, nível de produção esse que é sensivelmente o dobro da média nacional (que é muito baixo, em qualquer caso). Mas, note-se, não se julgue que 10 toneladas é excessivo pois, para termos uma ideia comparativa, uma casta como o Alicante Bouschet pode produzir, com relativa qualidade e em solo adequado para o efeito, até 25 toneladas por hectare, ou mais… Sobre castas, Diogo Lopes revela-nos que tem sido positivamente surpreendido pelo carácter dos vinhos das clássicas variedades Tinta Grossa e Tinta Caiada das vinhas velhas, que actualmente vindima separadamente para as conhecer melhor e, quem sabe, pensar num novo vinho para o futuro… Ainda sobre uvas, o enólogo reconhece a qualidade do Alicante Bouschet na região, e a tendência para que entre em lotes com Touriga Nacional e Syrah, uma “fórmula” de grande sucesso junto do público.
Igualmente muito interessante foi o feedback de Luis Patrão, enólogo da Tapada de Coelheiros, que conhece muito bem a região, desde o tempo em que oficiou no Esporão. O enólogo, que tem um projecto familiar na Bairrada, identifica a escala da planície alentejana, a dimensão de alguns produtores e das próprias propriedades como factores determinantes para se conseguir muito bom vinho a bom preço. Com efeito, é essa escala que permite aos produtores diluírem investimentos avultadíssimos em adegas e no profissionalismo da viticultura. Como nos confidenciou, existem adegas apetrechadas em todo o país, mas mecanização topo de gama de vindima, de rega e de poda, ou instrumentalização sofisticada (como pulverisadores geo-referenciados a partir imagens de satélites), como sucede no Alentejo, é raro encontrar nas demais regiões. A este respeito, a ideia generalizada parece mesmo ser a de que o Alentejo introduz e é pioneiro no país em tecnologia de ponta, ou seja, “começa a fazer”, e frequentemente só anos depois as outras regiões seguem a tendência.
Aposta na sustentabilidade
Pedro Pereira Gonçalves, administrador e enólogo do Monte da Ravasqueira, destaca ainda o factor tempo, no sentido em que no Alentejo consegue entregar, em 12 meses, um vinho de qualidade e pronto a beber, algo que beneficia a indústria no geral – potenciando parcerias, evitando stocks, beneficiando a tesouraria – e isto não é fácil de encontrar noutras regiões. O dinâmico e irreverente António Maçanita (Fita Preta, Azores Wine Company, entre outros projectos) também não tem dúvidas que o Alentejo é, generalizando, a região portuguesa mais profissional na produção de vinho, igualmente destacando que para tal contribui largamente a área média das propriedades que é, por regra, superior às restantes regiões. Mas chegados aqui, somos forçados a concluir que será então a diferenciação, e os segmentos de preço mais elevados, os principais desafios e objectivos do Alentejo, posto que na área da produção e boas práticas só existem, como vimos, notícias positivas. Nesse capítulo, António Maçanita tem sido dos mais activos a divulgar algum do património histórico da região. Com efeito, é sabido que o encepamento do Alentejo foi fortemente renovado nos últimos 35 anos, sendo hoje menos presentes castas que antigamente marcavam a paisagem vitícola regional. Casos do Castelão e da própria Trincadeira, e das mais raras Tamarez, Alfrocheiro ou Tinta Carvalha. A procura de boa cor e boa maturação, fez privilegiar castas como o Aragonez ou o Alicante Bouschet; por sua vez, a necessidade de uma consistência na qualidade fez triunfar a Syrah ou a Touriga Franca. Já Maçanita, a partir de um vinhedo muito velho – Chão dos Eremitas – procura recuperar o património perdido, comercializando uma excelente gama de monocastas que divulgam um Alentejo diferente e com grande valor acrescentado.
Por falar em divulgação, esse é outro desafio do Alentejo. Região de grande dimensão como nós referimos, e com várias sub-regiões e uma enorme diversidade de solos, não é fácil criar um único padrão e imagem em torno da marca Alentejo. Como acima também dissemos, dúvidas não existem que a marca é muito forte junto do público, todavia associada, em regra, a vinhos de planície e de clima quente o que, sendo verdade em relação a algumas das sub-regiões, deixa outras de fora e é uma imagem redutora dos múltiplos terroirs e castas alentejanos. Em todo o caso, é injusto não referir que o Alentejo foi das primeiras regiões a criar um laço de relação e comunicação fortes com os consumidores. Como nos diz Pedro Pereira Gonçalves a este respeito, a região foi inovadora na imagem e no packaging em geral, criando um modelo de vinho que o consumidor sabe que lhe vai agradar.
Outra demonstração da modernidade e inovação da região, tem sido o investimento e trabalho em projectos vanguardistas de sustentabilidade, mantendo-se, todavia, uma região “amiga dos enólogos” como ouvimos muitas vezes dizer. Nesse aspeto particular, bem como na viticultura de vinhas com extensão, o Alentejo não tem rival. Tendo como parceiro principal a Universidade de Évora, a Comissão Vitivinícola Regional do Alentejo tem vindo a desenvolver e promover melhores práticas no que respeita à sustentabilidade, mantendo a competitividade. Projecto pioneiro no país, o Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo centra-se na viticultura e na adega. A par do essencial, a conservação do ambiente e a utilização mais eficiente dos recursos, trata-se de um projeto com impacto económico positivo nos produtores, uma vez que são já vários os ‘tenders’ – propostas de aquisição – vindos de países do norte da europa, sobretudo aqueles com mercado organizado em monopólio, a dar prevalência na compra de vinhos com selos de sustentabilidade…
Em suma, e como vimos, são vários os factores que contribuem para o sucesso do Alentejo nos tintos entre os €8 e os 15€. Mas não nos esquecemos é no segmento abaixo dos 5€, e mesmo dos 3€, que a grandíssima fatia do mercado se foca. Ora, também nessas gamas, o Alentejo – pelas mesmas razões acima aduzidas – tem posição de destaque, ainda que a concorrência seja cada vez maior. E o mesmo se diga nos perfis modernos e internacionais da gama ‘premium’, sempre cativantes e de enorme aprumo, e ainda num estilo clássico e revivalista a que cada vez mais assistimos, muitas vezes assente em castas antigas e/ou no uso da talha, que constitui sem dúvida uma mais-valia para a região no que toca aos consumidores mais exigente. Ou seja, o Alentejo tem tudo!
O Alentejo em poucas palavras

Solos: Território marcado por um clima continental, tendencialmente seco (pouca chuva), com excepção dos terroirs de influência atlântica, tem nos múltiplos tipos de solos um dos principais factores de diversidade. Dos granitos e xistos, às areias e argilas, passando pelos calcários e mármores, sendo comum que, num espaço de poucos quilómetros, alguns desses solos convivam em extrema proximidade, caso por exemplo da região da Vidigueira, e à volta de Estremoz, ou mesmo na Serra de São Mamede onde encontramos autênticos solos de fusão entre xisto, argila (argilo-limoso) e granito. Na sub-região de Borba o xisto é muito presente, mas ali também se encontra argila e mármore; no Redondo o xisto também é protagonista, encontrando-se ainda alguns filões de granito. Já na Granja-Amareleja, os solos são sobretudo de barro e extremamente pobres.
Clima e altitude: O clima, como acima escrevemos, é tendencialmente continental, mas mais uma vez existem variações. As sub-regiões de Borba, Redondo, Reguengos e Évora, são claramente sujeitas a um clima continental, tal como a Vidigueira apesar de esta beneficiar da influência da Serra do Mendro na retenção das brisas atlânticas para algum orvalho nocturno. No Alto Alentejo são comuns vinhas em altitude, como sucede em Portalegre, por vezes acima dos 600 metros do nível do mar, descendo para cerca de 300 metros em Estremoz. Em ambos os casos, as temperaturas no Verão, sendo elevadas, não são tão escaldantes quanto no resto da região. No Sul, as regiões de Moura e Granja-Amareleja são naturalmente cálidas e solarengas, pelo que o clima é extremo apesar das vinhas (sobretudo Moreto) a isso estarem habituadas.
Castas: Também as castas são um factor de diversidade, encontrando-se em grandes manchas o Aragonez e o Alicante Bouschet e, em menor dimensão, a Trincadeira e o Castelão. As omnipresentes Touriga Nacional e Syrah (extremamente consistente) também são baluartes para se produzir com qualidade, com a Touriga Franca também a ganhar espaço. Para as bordalesas Cabernet Sauvignon e Petit Verdot não haverá talvez melhor região no país, e as tradicionais Alfrocheiro, Tinta Caiada, Tinta Grossa e Moreto marcam igualmente presença. Quanto a esta última, que tem na sub-região Granja-Amareleza o seu porto-seguro, é cada vez mais elogiada pelo seu carácter (sobretudo se vinificada em talha).
Certificação: Não existindo qualquer hierarquia entre as duas categorias de vinho certificados, os de Denominação de Origem (ou seja, DOC Alentejo), e os de Indicação Geográfica (os Regional Alentejano), os DOC são sujeitos a regras mais rígidas, sobretudo no que respeita à utilização de castas tidas como mais tradicionais, e têm necessariamente que provir das 8 sub-regiões estabelecidas. Já os Regionais podem provir da vasta área de vinha situada fora das sub-regiões, até mesmo do litoral vicentino onde se produzem brancos muito interessantes.

(Artigo publicado na edição de Maio de 2021)[/vc_column_text][vc_column_text]
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Quinta da Fonte Souto tem novo Centro de Visitas

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Situada em Portalegre, no terroir único da Serra de São Mamede, a propriedade alentejana da Symington Family Estates, Quinta da Fonte Souto, já abriu o seu novo Centro de Visitas. Sob o mote “um outro vagar”, este […]
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Situada em Portalegre, no terroir único da Serra de São Mamede, a propriedade alentejana da Symington Family Estates, Quinta da Fonte Souto, já abriu o seu novo Centro de Visitas.
Sob o mote “um outro vagar”, este Centro de Visitas integra várias experiências de enoturismo, como visitas guiadas, provas de vinhos, passeios, petiscos, piqueniques, entre outras. Os visitantes têm ainda a oportunidade de descobrir particularidades sobre a sub-região de Portalegre, preservação do território e da natureza, o cuidado com as vinhas e ainda compreender o processo de vinificação e produção a partir da data da vindima. No armazém, é explicado o processo de estágio, o tipo de barricas utilizado e a evolução do vinho.
Quanto a provas de vinho, há duas: A Prova Clássica (15€) dá a conhecer três vinhos produzidos na propriedade: Florão Branco, Florão Tinto e Quinta da Fonte Souto Tinto. Já a Prova Premium (25€) inclui uma seleção mais alargada, colocando em degustação os vinhos Florão Branco e Tinto, o Quinta da Fonte Souto, também Branco e Tinto, e ainda o Vinha do Souto Tinto. Há também uma carta de vinhos a copo que podem ser acompanhados com vários petiscos, como tábua de queijos ou enchidos, azeitonas ou amêndoas torradas.
Para quem quiser contactar ainda mais com a natureza da Quinta da Fonte Souto, há passeios pelas vinhas. Nesta primeira fase de abertura, os visitantes podem usufruir apenas de um percurso pré-definido, mas em breve serão três os roteiros, que dão a conhecer alguns dos recantos da propriedade de 207 hectares.
A Quinta da Fonte Souto sugere ainda um piquenique com produtos regionais para encerrar esta experiência no Centro de Visitas. O menu, pensado para duas pessoas, inclui iguarias como pão rústico, chutney de cogumelos e coentros, queijo curado alentejano, paio do cachaço de porco preto, azeitonas, broas de bolota e ainda fruta da época. O piquenique inclui água e uma garrafa de Florão Branco. Há ainda a possibilidade de ser adicionado um menu de criança (por 12€) que inclui pão rústico, fruta da época, doce de castanha e erva-doce, um snack de batatas fritas ou frutos secos, água e um sumo de laranja. Esta experiência deve ser reservada com 48 horas de antecedência e tem o custo de 40 euros.
A Symington lembra que o Centro de Visitas da Quinta da Fonte Souto pode ser visitado todos os dias da semana, das 10h00 às 19h00. Nesta primeira fase do projecto, as experiências do enoturismo estarão disponíveis até 31 de Outubro, regressando depois na Primavera de 2022.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
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ViniPortugal recebe prémio internacional “Campanha Comercial do Ano”

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Os prémios britânicos Drinks Business Awards 2021 elegeram a campanha “Wines of Portugal Month – June is for Indies!”, da ViniPortugal, como Campanha Comercial do Ano. Durante o mês de Junho de 2021, a marca Wines of […]
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Os prémios britânicos Drinks Business Awards 2021 elegeram a campanha “Wines of Portugal Month – June is for Indies!”, da ViniPortugal, como Campanha Comercial do Ano.
Durante o mês de Junho de 2021, a marca Wines of Portugal promoveu a #JuneIsForIndies, campanha orientada para o sector do retalho independente do Reino Unido, também conhecidos por indies. Com o objetivo de aumentar a visibilidade dos vinhos portugueses junto dos comerciantes locais, a campanha da Wines of Portugal contou com a participação de 15 indies e de 15 influenciadores locais. Cada indie contou com um influenciador de redes sociais da região para o ajudar a divulgar e a aumentar a notoriedade dos vinhos portugueses na sua loja através dos hashtags #JuneIsforIndies e #WinesofPortugalUK e do incentivo dos seus seguidores a apoiar o comerciante local (indie).
Frederico Falcão (à direita na foto), presidente da ViniPortugal, expressou o seu contentamento: “O Reino Unido é o terceiro maior mercado para os nossos vinhos, sendo com enorme satisfação que recebemos este prémio e que se traduz numa prova do nosso interesse em aproximarmo-nos dos comerciantes locais. É nosso objectivo consolidar a presença dos vinhos de Portugal neste mercado, através da melhoria do seu posicionamento estratégico. Em 2020, as exportações de vinho português para o Reino Unido cresceram cerca de 18% em valor. Com estes resultados, estamos ainda mais optimistas com o nosso objetivo em aumentar a nossa quota de mercado no Reino Unido.”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
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Moscatéis portugueses voltam a brilhar no concurso Muscats du Monde

Nos passados dias 7 e 8 de Setembro decorreu, na Occitânia (região do Sul de França), a 21ª edição do concurso internacional Muscats du Monde, no qual três Moscatéis de Setúbal e um Moscatel do Douro integraram o TOP 10: Bacalhôa Moscatel de Setúbal Superior 10 Anos 2004, Adega de Palmela Moscatel de Setúbal 10 […]
Nos passados dias 7 e 8 de Setembro decorreu, na Occitânia (região do Sul de França), a 21ª edição do concurso internacional Muscats du Monde, no qual três Moscatéis de Setúbal e um Moscatel do Douro integraram o TOP 10: Bacalhôa Moscatel de Setúbal Superior 10 Anos 2004, Adega de Palmela Moscatel de Setúbal 10 Anos, Venâncio da Costa Lima Moscatel Roxo de Setúbal Reserva da Família 2017; e Adega de Favaios Moscatel do Douro 2000.
Dos 19 países representados, Portugal conquistou um total de onze medalhas – seis de Ouro e cinco de Prata – nove das quais atribuídas a Moscatéis de Setúbal. Além dos Moscatéis já referidos, também os vinhos Venâncio da Costa Lima Moscatel de Setúbal Reserva 2009 e Adega de Favaios Moscatel do Douro obtiveram Ouro. Já os vinhos Adega de Palmela Moscatel de Setúbal 2018, Paço do Bispo Moscatel Roxo de Setúbal 2019, Casa Ermelinda Freitas Moscatel de Setúbal Superior 2009, Venâncio da Costa Lima Moscatel de Setúbal 2018 e Contemporal Moscatel Roxo de Setúbal receberam medalha de Prata.
Durante os dois dias do concurso Muscats du Monde, foram provados 182 moscatéis de todo o Mundo. O júri internacional atribuiu 60 medalhas, 35 de Ouro e 25 de Prata.