30 espumantes de prazer, por menos de €12

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O Verão está a acabar, mas todo o ano apetece beber um espumante fresco e vibrante, seja antes, durante ou depois da refeição, e, já agora, que não ponha em causa o orçamento familiar. Provámos três dezenas […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O Verão está a acabar, mas todo o ano apetece beber um espumante fresco e vibrante, seja antes, durante ou depois da refeição, e, já agora, que não ponha em causa o orçamento familiar. Provámos três dezenas de espumantes vendidos até €12 e ficámos muito agradavelmente surpreendidos pela sua elevada qualidade.

TEXTO Nuno de Oliveira Garcia
FOTOS Ricardo Palma Veiga e outros

Um dos produtos vínicos nacionais no qual a evolução qualitativa mais se fez sentir nos últimos anos foi os espumantes. Efetivamente, há pouco mais de uma década contavam-se pelos dedos as marcas de espumantes consistentes na qualidade e na regularidade de lançamentos de novas colheitas. Por isso não espanta que desde 2013 o volume comercializado de espumante certificado tenha dobrado (valores do IVV), assistindo-se também a um aumento na exportação (apesar de a balança comercial de espumantes ser ainda negativa, o que se compreende neste tipo de vinho dada a fortíssima concorrência internacional).
No mesmo sentido, era um sector relativamente acomodado quanto à troika de estilos, bruto, meio seco e doce, e confrontado com consumidores que viam o espumante quase exclusivamente como um vinho de comemoração. Hoje em dia, como de resto se pode avaliar pelos vinhos provados, o leque de estilos é bem mais largo, com brancos de uvas tintas e brancos de brancas, com velhas reservas de longo estágio, e vários brutos naturais, e com espumantes brutos com diferentes dosagens de açúcar. Temos, assim, mais por onde escolher, mais versatilidade e aumento generalizado de qualidade, tudo muito boas notícias. Não há qualquer motivo para não nos orgulharmos dos espumantes do nosso país, mesmo quando provêm, como veremos adiante, de regiões com menor tradição ou de clima mais quente.
Falámos com produtores, e confrontamos garrafeiras, e todos nos confirmaram que não é fácil vender espumante nacional acima de 10€. Na prova realizada, encontravam-se vinhos com ambição, posto que 12€ é um valor bem acima, mesmo quando falamos de espumantes, da média que o consumidor português paga habitualmente por um vinho.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” equal_height=”yes” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_custom_heading text=”Do “método clássico” ao “cuba fechada”
” font_container=”tag:h6|text_align:left” google_fonts=”font_family:ABeeZee%3Aregular%2Citalic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal”][vc_column_text]Também por isso, praticamente todos os espumantes provados foram produzidos pelo método que garante o melhor resultado na elaboração de um vinho espumante superior em qualquer lugar do mundo. Falamos do denominado método clássico/tradicional, a fórmula champanhesa, ou seja, o método (inventado naquela região francesa) cuja operação decisiva é a segunda fermentação em garrafa conduzindo à libertação de CO2 produzido durante esta fermentação, originando a efervescência ou borbulhas que tanto desejamos.
Existem outros métodos, vocacionados para vinhos de venda mais precoce, como seja o Charmat (segunda fermentação em cuba fechada) ou o método Dioise. Estes dois últimos métodos privilegiam um estilo mais jovem, e têm como principal vantagem conseguirem criar um espumante correcto e apetecível em três meses, ao invés do método clássico (bem mais oneroso em termos de custos de produção) que demora no mínimo seis a nove meses para originar espumantes equilibrados, e vários anos para produzir um espumante de grande nível.
O método Charmat (patenteado pelo francês Eugène Charmat) implica que a segunda fermentação do vinho base não ocorra em garrafa, mas em grandes tanques, geralmente de inox, pelo que quando o vinho é engarrafado já contém gás carbônico.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][image_with_animation image_url=”29383″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text] O conhecido Prosecco, da região italiana Veneto, é feito com recurso a esse método, geralmente a partir da casta Glera. Já no método Dioise (inventado pelo enólogo Federico Martinotti), ocorre a fermentação do mosto em cuba e estanca-se essa mesma fermentação – ou seja, não há uma segunda fermentação – num momento que deve ser o ideal, sendo para isso necessário um mosto muito rico em açúcares, razão pela qual o produto final é um espumante com algum açúcar residual não fermentado. É o processo usado na elaboração do Asti Spumante, por exemplo.[/vc_column_text][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][vc_gallery type=”nectarslider_style” images=”29393,29394″ bullet_navigation_style=”see_through” onclick=”link_no”][divider line_type=”No Line” custom_height=”30″][vc_custom_heading text=”O tempo é fundamental
” font_container=”tag:h6|text_align:left” google_fonts=”font_family:ABeeZee%3Aregular%2Citalic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal”][vc_column_text]Demonstrando a ambição dos produtores nacionais, vários dos vinhos provados beneficiaram de estágio durante longos meses em cave previamente ao dégorgement, operação na qual as leveduras mortas acumuladas na parte superior da garrafa são expelidas e é colocada a rolha final, não sem que haja antes um atesto com o chamado licor de expedição (que, no caso dos “bruto natural” não contém qualquer açúcar).
O estágio em garrafa é, de resto, um dos factores mais relevantes para a qualidade de um espumante. O perfil mais fino, delicado e sofisticado de um espumante é quase sempre o resultado de anos de estágio em garrafa, de preferência em caves frias e relativamente húmidas. Por isso encontramos, no lote dos vinhos que mais nos impressionaram, alguns espumantes de 2009 (Raposeira) e 2010 (Murganheira, Caves Montanha) além de vários de 2013 e 2014, o que representa para cada uma das casas um grande investimento, desde logo em armazenamento.
Isso mesmo nos confirmou Marta Lourenço, enóloga da Murganheira, para quem a região, e a experiência acumulada, mas sobretudo o estágio e posterior selecção são os fatores determinantes. Para Marta, tudo deve ser feito segundo o perfil clássico de Champagne, desde a prensagem das uvas à colocação do produto no mercado, que implica por exemplo a utilização apenas de leveduras livres, evitando-se as leveduras encapsuladas (com membrana). Estas leveduras, que são comumente utilizadas no sector, têm a vantagem de dispensar a operação de remuage, reduzindo custos, apesar de o resultado ser um espumante menos fino para vinhos de longo estágio. Por isso, a Murganheira aposta forte também nas gamas altas, e dirige a sua atenção cada vez mais para o segmento de luxo na restauração nacional, atualmente muito em voga.
Falamos ainda com Alberto Henriques, CEO das Caves da Montanha, empresa bairradina que produz cerca de 2 milhões de garrafas, que destacou igualmente o longo estágio em garrafa, e a correcta temperatura desse estágio, como os factores mais relevantes para a qualidade de um espumante, secundados pela escolha do vinho base (aspecto que Alberto entende ser por vezes negligenciado). Alberto Henriques destaca, ainda, como principal desafio de uma casa de espumantes a manutenção de um estilo ao longo dos anos. À semelhança da Murganheira, também as Caves da Montanha têm vindo a apostar na restauração de luxo, estando presente sobretudo com vinho a copo em alguns dos melhores restaurantes do país.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” bg_color=”#e0e0e0″ scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][vc_text_separator title=”Bairrada e de Távora-Varosa dominam” color=”black”][vc_column_text]As regiões da Bairrada e de Távora-Varosa dominam o mercado dos espumantes certificados, com um ligeiro avanço da primeira nos últimos anos; juntas produzem mais do dobro de todas as demais regiões juntas. A elas seguem-se a região do Tejo e a dos Vinhos Verdes.
Outro dado interessante: desde 2014 que a exportação de espumantes tem apresentado um leve decréscimo, mas tem sido compensado pelo consumo interno e pelo aumento do preço médio vendido em Portugal.
[/vc_column_text][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”extra-color-1″ custom_height=”20″][divider line_type=”No Line” custom_height=”10″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_custom_heading text=”Regiões de Espumante
” font_container=”tag:h6|text_align:left” google_fonts=”font_family:ABeeZee%3Aregular%2Citalic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal”][vc_column_text]Em Portugal faz-se espumante em todas as regiões. Mas apesar do carácter transversal da produção deste tipo de vinhos, a Bairrada domina, o que não é de estranhar, dada a propensão das suas vinhas para a produção de vinhos bases com boa acidez (a própria gastronomia local é propícia o consumo de espumante…), de tal forma que, segundo os registos, o primeiro vinho natural da região terá sido criado em 1890.
Para se ter uma ideia dos números, a Bairrada produz mais de 7 milhões de garrafas de espumante por ano, dos quais quase dois milhões e meio são certificados (valores da Comissão Vitivinícola da Bairrada), o que revela bem a força da região. De resto, a Bairrada é talvez a região que tem procurado um maior dinamismo no sector, sendo um bom exemplo disso o projeto Baga Bairrada, uma iniciativa da CV da Bairrada para o surgimento de um produto distinto, um espumante branco de uva tinta com regras de produção e identidade gráfica próprias a partir da casta Baga, a mais emblemática da região.
Destaque também para Távora-Varosa, região com muito antigas tradições na produção de espumante. A qualidade dos vinhos da Murganheira e da Raposeira, e bem assim da Cooperativa do Távora (com a marca Terras do Demo), demonstram o patamar de excelência desta região que praticamente se especializou neste tipo de vinho.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”10″][image_with_animation image_url=”29381″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” bg_color=”#e0e0e0″ scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][vc_text_separator title=”Espumantes à volta do mundo” color=”black”][vc_column_text]Apesar do protagonismo da região de Champagne, produz-se espumante em quase todos os países vinícolas, desde o sul de Inglaterra (região emergente e cada vez mais conceituada) até ao Chile, passando pela Austrália. A par de Champagne – a região mais respeitada em todo o mundo – outras de excelência existem, como a Fraciacorta, no norte de Itália. Em ambas as regiões são as castas Pinot Noir, Chardonnay e Pinot Meunier que brilham. Do Luxemburgo, nas margens do Rio Mosela, vem o Crémant de Luxembourg com vários estilos e derivações. Em Espanha, a produção de Cavas (com base nas castas locais Xarel-lo, Macabeu e Parellada, e ainda Chardonnay e Pinot Noir) não tem parado de aumentar. Ainda em Itália podemos encontrar o Prosseco (método Charmat), o Frizzante e o Spumante (sendo que a distinção entre estes dois últimos é que o Frizzante tem menos gás), cuja qualidade varia de produtos muito bons a relativamente banais. Na África do Sul encontramos belos vinhos sob a denominação MCC (Method Cap Classique, ou seja, método clássico), sobretudo na área do Cabo, em Elim e em Stellenbosch. No Brasil e na Argentina a produção cresceu e afinou-se muito com a entrada dos franceses da Chandon, parte do grupo LVMH.[/vc_column_text][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”extra-color-1″ custom_height=”20″][divider line_type=”No Line” custom_height=”10″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Nos últimos anos, também têm saído produtos de grande qualidade da região dos Vinhos Verdes, sobretudo a partir da casta Alvarinho, mas também Douro, Dão, Tejo ou Alentejo estão a produzir cada vem mais espumantes e com qualidade muito consistente. Agora é só erguer um flute ou copo ao alto (ou uma tacinha, como dantes de dizia) e… SAÚDE![/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”Em Prova” title_align=”separator_align_left” color=”custom” accent_color=”#888888″][vc_column_text]

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Edição Nº17,  Setembro 2018

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A Temperatura de Serviço

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O Velho Conceito A velha ideia do servir vinhos “brancos e rosés frescos, e tintos à temperatura ambiente” é um erro enorme no serviço ou apreciação de qualquer vinho. A Temperatura e o Vinho Cada vinho tem […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O Velho Conceito
A velha ideia do servir vinhos “brancos e rosés frescos, e tintos à temperatura ambiente” é um erro enorme no serviço ou apreciação de qualquer vinho.

A Temperatura e o Vinho
Cada vinho tem uma temperatura de serviço mais ou menos precisa que deve ser respeitada durante as estações de temperaturas mais frias e amenas e principalmente durante o Verão, altura em que, no copo, qualquer vinho sai rapidamente da temperatura sensata de serviço ou consumo.

No Nariz tudo muda com a Temperatura
Os componentes voláteis do aroma aumentam e diminuem com a temperatura: o aroma é incrementado a 18ºC, diminuído a 12ºC e neutralizado a menos de 6ºC. Acima dos 20ºC o álcool domina e com ele podem surgir defeitos escondidos a temperaturas mais baixas.

Na boca também…
As temperaturas muito baixas (<6ºC) inibem as papilas gustativas. Entre os 10ºC e os 20ºC os gostos evoluem corretamente. Os sabores doces aumentam com a temperatura. A temperatura baixa diminui o efeito de ardor do álcool, reforça a acidez e aumenta os gostos salgado e amargo, assim com a adstringência ou aspereza nos tintos. No espumante favorece a bolha fina e o equilibrado desprendimento de gás.

Servir com precisão
Tenha em conta que, uma vez no copo, o vinho ganha temperatura. Se queremos bebê-lo à temperatura correta, deverá sempre servi-lo a uma temperatura inferior ao recomendado e, se for Verão, e estiver muito calor, deverá mesmo servi-lo alguns graus abaixo do que é recomendado.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” equal_height=”yes” bg_color=”#e2e2e2″ scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_custom_heading text=”A opinião de Rodolfo Tristão*”][vc_column_text]Numa perspetiva genérica não devemos servir os brancos muito gelados nem os tintos muito quentes. Brancos mais jovens e secos e sem madeira, servir entre os 6ºC a 8ºC. Devemos sempre contar com a subida de dois a três graus durante o consumo. Brancos com madeira, entre os 10ºC e 12ºC; alguns mais complexos podem ser servidos a 12ºC ou 14º C. Nos tintos, se não têm madeira ou se são de castas mais frescas, como Castelão, Trincadeira, alguns Baga e Moreto, servir a 14ºC ou 15ºC. Os outros entre os 16ºC e os 18ºC. O espumante entre os 4ºC e os 6ºC, mas se for mais velho, de bolha mais fina e maior complexidade, podemos subir um pouco mais a temperatura. Os Vintage, Tawny e Moscatel, servir entre os 10ºC e os 12ºC. São vinhos de consumo mais pausado (a temperatura sobe mais no copo) e assim também sentimos menos o álcool e mais a complexidade e elegância do vinho.
*Escanção

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Edição Nº16, Agosto 2018

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Brancos do Douro, carácter e sedução

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A produção de uvas brancas na região duriense é muito antiga, mas esteve durante mais de um século associada ao Vinho do Porto. Por essa razão, a localização das vinhas, a altitude ou as castas usadas não […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A produção de uvas brancas na região duriense é muito antiga, mas esteve durante mais de um século associada ao Vinho do Porto. Por essa razão, a localização das vinhas, a altitude ou as castas usadas não eram factores preponderantes. Mas tudo isso mudou e hoje a região pode, com orgulho, mostrar os seus grandes vinhos brancos.

TEXTO João Paulo Martins
FOTOS Ricardo Palma Veiga

Na tradição portuguesa mais antiga, o Douro, tal como as outras regiões, produzia uvas brancas e tintas, não raramente misturadas na mesma vinha e vindimadas em simultâneo. Esse lote feito na vinha marcou a forma de trabalhar e de pensar o vinho durante séculos; o método era válido para os tintos – com as castas misturadas – mas era também para os brancos. Ainda hoje se encontram no Douro vinhas centenárias onde apenas pontificam cepas de uvas brancas e nessa “misturada” encontramos um lote muito alargado de castas e por vezes até uvas de mesa, tradicionalmente mais vocacionadas para serem comidas do que usadas para fazer vinho.
A vinificação destas uvas para fazer um branco não generoso não foi, ao longo do séc. XX, prática que interessasse a muitos produtores e foram assim bastante escassas as marcas com alguma expressão comercial. Neste capítulo temos de recordar as etiquetas quer da Real Vinícola quer da Real Companhia Velha que, enquanto empresas fortemente concorrentes, iam criando marcas à medida da “resposta a dar” à empresa rival. Assim, rótulos como Grandjó, Evel, Grantom, Granléve, Marquis de Soveral eram conhecidos dos apreciadores, mas a palavra Douro nem andava associada a estes vinhos. Era a época em que a região não estava demarcada para vinhos DOC mas apenas para vinhos do Porto e onde proliferavam muitas adegas cooperativas que acabavam por abranger quase todas as escolhas de vinhos da região.
Alguns brancos eram também o resultado de lotes de vinhos de várias proveniências (algo não comunicado ao consumidor), mas a circulação pela restauração tinha algum significado; vinhos como Monopólio (Constantino) ou Lello (Borges) marcavam o terreno nos anos 60 e 70, tendo ainda nessa década surgido o Quinta do Côtto. Em verdade se diga que apresentar a alguém um branco de referência do Douro era tarefa ingrata; além de faltar massa crítica, havia pouco conhecimento sobre a potencialidade das castas brancas. Esse quadro manteve-se até aos anos 80 do século passado, quando se começou a estudar e a fazer microvinificações das castas mais conhecidas da região. A necessidade de fazer um estudo com validade estatística levou ao inevitável afunilamento do número de variedades, situação que se manteve até há poucos anos, quando alguns produtores começaram a vinificar castas tradicionais caídas em desuso. Estamos agora em período de intenso experimentalismo, sentindo-se um interesse cada vez maior pelas castas que estiveram fora de moda. E não são só os produtores de DOC Douro que lhes estão a dedicar mais atenção, são também empresas totalmente vocacionadas para o Vinho do Porto, como é o caso da Fladgate Partnership.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][vc_custom_heading text=”Altitude e exposição solar”][vc_column_text]Altitude e exposição solar
É comummente aceite que a altitude, sobretudo numa zona de clima quente como o Douro, pode jogar um papel determinante nos vinhos que origina. É assim normal que as melhores uvas para branco venham de vinhas da cota 500 metros ou acima disso, zonas já não utilizadas para a produção de Vinho do Porto. Aí se conseguem uvas com grande frescura e acidez elevada, condição indispensável para se conseguir um bom vinho branco.
Mas o Douro é muito extenso e muito diversificado e, em consequência, é possível encontrar boas parcelas que desafiem aquela lógica da altitude. Aqui então já não estamos a falar de altitude, mas sim de localização e de exposição solar. Nas duas margens do rio encontramos vinhas que, estando abaixo daquela cota dos 500m, podem também originar vinhos complexos e ricos. Estamos a pensar em encostas viradas a norte, menos castigadas pelo escaldão estival e que conseguem conservar uma boa acidez nas uvas.
Para Jorge Moreira, enólogo e produtor na região (Poeira, La Rosa e Real Companhia Velha), o mais importante é conseguir-se uma boa maturação, mas em que se conserve a acidez e, neste ponto, a localização da vinha é fundamental.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][image_with_animation image_url=”28990″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Em zonas mais extremadas de clima, quer para o lado seco quer para o lado mais pluvioso da região, é mais difícil. Mas Jorge é peremptório ao afirmar que existe “ainda pouca experiência de vinhos brancos no Douro, falta estudar as castas que estiveram esquecidas e que podem dar grandes resultados”. Samarrinho e Donzelinho são castas agora a serem trabalhadas na Real Companhia Velha e que podem “renascer das cinzas”, regressando ao lote das eleitas da região.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][vc_custom_heading text=”As zonas de eleição”][vc_column_text]Já no que respeita às variedades mais plantadas, Jorge coloca um pé no “bloco central” – Viosinho e Gouveio –, enquanto pilares dos brancos durienses, mas é especialmente apreciador de outras, como a Arinto e Boal; em relação a outras variedades, tem menos apreço pela Malvasia Fina e pelo Moscatel, sobretudo usado em lote. “Mas”, diz, “há outras que conheço mal e que ainda tenho pouca experiência, como a Códega do Larinho.”
Fica a dúvida: há castas específicas de cada uma das três sub-regiões durienses (Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior)? Jorge Moreira tem uma resposta segura: “Rabigato é claramente do Douro Superior, enquanto Malvasia Fina e Códega são claramente do Baixo Corgo; no entanto quero deixar claro que temos muito a esperar das castas que estamos a redescobrir e que que nos irão ajudar à diversidade, algo que nas últimas décadas se perdeu no Douro. E isto é válido tanto para tintos como brancos.”
Já o também enólogo e produtor Jorge Borges (Guru, Manoella) acrescenta o Arinto às duas atrás citadas e foi esse trio que plantou numa pequena vinha de 2,5ha nas zonas altas. É de resto na faixa que vai de Murça até Carrazeda de Ansiães que Jorge Borges situa a melhor zona para a produção de grandes brancos, “porque tem uma mistura de zonas de xisto com granito e porque, do ponto de vista climático, oferece um clima mais abrigado onde se conseguem maturações de boa qualidade”.
As experiências de João Nicolau de Almeida nos anos 80 na empresa Ramos Pinto e os trabalhos sobre viticultura que partiram dos investigadores da Universidade de Trás-os-Montes ajudaram a que os brancos reconquistassem o gosto dos consumidores. A marca Duas Quintas surgiu nos inícios dos anos 90 e mostrou que, com tecnologia moderna, era possível fazer vinhos de grande longevidade, o que sucessivas provas verticais têm vindo a demonstrar. Até aparecer o Duas Quintas Reserva, já com fermentação em barrica, colocava-se a dúvida sobre a capacidade desses vinhos feitos em inox resistirem ao tempo. Há mesmo, segundo Jorge Moreira, algumas castas como o Arinto e Samarrinho que até ganham em serem vinificadas apenas em inox. Os anos 90 foram assim tempos de experimentação onde de tudo isso se falou e discutiu e onde os consumidores foram ouvindo falar de zonas de eleição para a produção de brancos: Murça, Alijó, S. João da Pesqueira, Favaios, entraram aos poucos no léxico dos apreciadores.
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][vc_custom_heading text=”O papel da barrica”][vc_column_text]No Douro, tal como noutras regiões, começou-se nos anos 90 a usar a barrica para fermentar brancos. Resta saber se, para se fazer um bom branco do Douro, é ou não preciso recorrer à fermentação em barrica e, na sequência, em que tipo de barrica. Nova é indispensável? De segunda e terceira utilização é mais útil? Velha é o caminho a seguir?
Foi seguindo os ditames das modas de então que surgiram os primeiros vinhos fermentados em barrica nova, algo totalmente inovador e surpreendente que animou debates e conversas. No entanto, de então para cá, muito se experimentou e muito a investigação sobre barricas avançou para se chegar à fórmula actual: pouca barrica nova, maior percentagem de barrica usada e, prática cada vez mais generalizada, uso de barricas velhas.
Mas a fórmula não é mágica. Jorge Borges confessa que gosta de usar barrica com 3 ou 4 anos, mas que depois dessa idade passa a usar essas barricas apenas para tintos. E, ao contrário do que aconteceu com os primeiros brancos da marca Guru, a versão mais recente tem pouco mais de 10% de barrica nova e o resto com a idade citada. É determinante usar barricas para fazer um grande branco porque “a barrica confere estabilidade e conservação ao vinho, dando-lhe mais resistência à oxidação; a madeira muito velha acaba inevitavelmente por conferir aromas do tipo ranço e favorece a acidez volátil e, por isso, há que ter o máximo cuidado”, explica Borges.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”40″][image_with_animation image_url=”28992″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text] E reforça: “Não é por ser velha que a madeira é boa para brancos; pode ser mas também pode correr mal.” Luís Sottomayor, enólogo da Sogrape, confessa estar ainda numa fase de experimentação de barricas e tem utilizado a madeira sobretudo para o final da fermentação e estágio dos brancos, não tendo ainda ainda certezas quanto às castas, a não ser a Arinto, que, “como tem muito boa acidez, pode aguentar bem a fermentação em madeira”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” bg_color=”#e0e0e0″ scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][vc_text_separator title=”CASTAS BRANCAS DO DOURO” color=”black”][vc_column_text]O Douro tem um grande número de castas brancas e nas vinhas velhas encontram-se variedades bem antigas, de nomes exóticos como Praça, Malvasia Parda, Trincadeira Branca, Reconco, Chancelar, Rabigato Miranda, Samarrinho ou Donzelinho Branco. Arinto ou Fernão Pires, uvas transversais a todo o Portugal, têm também um papel importante no Douro, tal como a Códega (a Síria/Roupeiro). Mas as que se seguem serão talvez as que mais contribuem para a identidade dos modernos brancos durienses.[/vc_column_text][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Extra-Color-1″ text=”VIOSINHO”][vc_column_text]Conhecida no Douro desde o séc. XVIII. Está presente em quase todas as novas plantações do Douro, produz vinhos bem estruturados, aromáticos e intensos, embora lhe falte por vezes alguma acidez, sobretudo nas cotas mais baixas. Aromas e sabores de marmelo, ananás, citrinos maduros.[/vc_column_text][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Extra-Color-1″ text=”GOUVEIO”][vc_column_text]Referida desde o séc. XVI, é no Douro (e não só) chamada muitas vezes de Verdelho, o que origina confusão com o Verdelho madeirense. É a mesma uva que o Godello da Galiza. Bastante adaptável a diferentes solos e climas, consegue uma boa maturação sem perder acidez, originando vinhos de boa intensidade aromática (pêssego, maçã) e equilíbrio.[/vc_column_text][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Extra-Color-1″ text=”MOSCATEL GALEGO”][vc_column_text]A família Moscatel (nas suas muitas variantes) é provavelmente a mais antiga família de uvas conhecida. O Moscatel Galego duriense (conhecido internacionalmente como Muscat à Petit Grain) está sobretudo plantado no planalto de Alijó e Favaios, acima dos 500 metros de altitude. Muito aromático, floral, exuberante, marca presença em lotes de brancos mais simples, mas começam a aparecer alguns varietais ambiciosos. Para além de fazer o licoroso Moscatel do Douro, claro.[/vc_column_text][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Extra-Color-1″ text=”RABIGATO”][vc_column_text]Mencionada desde o séc. XVI, marcando outrora presença um pouco por todo o país, está hoje centrada sobretudo no Douro. De baixa produtividade, com muita acidez natural, boas notas citrinas, perfeita para lotes com outras castas mais ricas, mas menos frescas.[/vc_column_text][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Extra-Color-1″ text=”CÔDEGA DO LARINHO”][vc_column_text]Casta típica do Douro e Trás-os-Montes. Bem produtiva, aromática (frutos tropicais, flores silvestres) mas muitas vezes com baixa acidez (sobretudo se plantada em cotas mais baixas), necessitando da companhia de castas mais ácidas, como Gouveio e Rabigato.[/vc_column_text][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Extra-Color-1″ text=”MALVASIA FINA”][vc_column_text]A Malvasia Fina (o Boal da Madeira) está bem presente nas vinhas velhas e também em plantações mais recentes no Douro. De produtividade elevada, é muito aromática e perfumada (quase melosa, por vezes), ganhando boa maturação. Quando vindimada cedo, e em cotas altas, consegue conservar a frescura. [/vc_column_text][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”extra-color-1″ custom_height=”20″][divider line_type=”No Line” custom_height=”10″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” equal_height=”yes” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][vc_custom_heading text=”O que faz falta”][vc_column_text]Tal como em muitos outros items que aqui poderíamos enumerar, falta informação ou, se se quiser, quem dê a informação técnica que o trabalho agrícola requer. Jorge Borges lembra-nos que não há um organismo técnico no âmbito do IVDP que seja conselheiro de um lavrador que queira plantar uma nova vinha, “não há quem venha ver as condições específicas do local para sugerir o que plantar, como plantar, se é zona de brancos ou se é de tintos, se é melhor plantar esta casta ou aquela; é verdade que existe a ADVID mas é uma associação, o que quer dizer que é preciso ser-se sócio para ter apoio técnico”. Sobre o tema, quisemos também ouvir a opinião de Rosário Janeiro, técnica da Sogrape, que lembrou que os pequenos lavradores, se quiserem reconverter uma vinha, podem apresentar candidaturas agrupadas, mas a candidatura isolada não tem apoio técnico; o próprio Centro de Estudos Vitivinícolas da Régua não tem equipas no terreno, confirmando-se assim os receios expressos por Jorge Borges.
Das opiniões que recolhemos, fica-nos a sensação de que o Douro branco é assunto ainda em progresso e falta mais tempo e experiência para se tirarem conclusões; as castas bancas já têm um “núcleo duro”, mas nos próximos anos poderá haver notícias interessantes nesta matéria; a vinha velha (mais de 40 anos, segundo Jorge Borges) é o local onde se podem produzir brancos de melhor qualidade e longevidade; as zonas altas da região tendem a gerar mostos mais equilibrados e as barricas, indispensáveis a um grande vinho, deverão ser maioritariamente usadas. Estas serão as ideias-chave, as excepções existem para confirmar a diversidade e grandiosidade da região duriense.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][image_with_animation image_url=”28999″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”Em Prova” title_align=”separator_align_left” color=”custom” accent_color=”#888888″][vc_column_text]

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Edição Nº16,  Agosto 2018

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Vinho Verde Branco, frescura garantida

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O Vinho Verde branco de hoje pouco tem a ver com o que tínhamos à nossa disposição há uma década. Não apenas o estilo mais “tradicional”, com gás e leve doçura, cresceu muito na qualidade, como nos […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O Vinho Verde branco de hoje pouco tem a ver com o que tínhamos à nossa disposição há uma década. Não apenas o estilo mais “tradicional”, com gás e leve doçura, cresceu muito na qualidade, como nos últimos anos vem ganhando peso junto dos apreciadores um perfil bem diferente de Verde, que se afirma pela secura, elegância e superior ambição. Em comum, apenas a vibrante frescura tão característica dos brancos desta região.

TEXTO João Paulo Martins
FOTOS Ricardo Palma Veiga

A extensa região dos Vinhos Verdes começa no rio Minho, na ponta mais ao norte do país, e termina já a sul do rio Douro. Faz fronteira com a região do Douro, mas não perde a sua individualidade. Estamos na terra do Vinho Verde, onde nascem vinhos muito apreciados pelos consumidores. Uma zona marcada pelo clima, pelo solo e pela presença de alguns importantes cursos de água. A água é, de resto, elemento que não falta nestas terras.
São três os principais rios que marcam a paisagem minhota e determinam estilos e castas. A norte temos o rio Minho, que percorre a sub-região de Monção e Melgaço; no centro da região, o rio Lima, e a sul o rio Douro. Curiosamente (ou não) cada uma destas zonas corresponde à preponderância de uma casta sobre as outras, marcando assim os vinhos com um “selo” que os faz distinguir dos restantes. Temos então, e de norte para sul, a Alvarinho, a Loureiro e a Avesso, três das principais castas brancas da Denominação de Origem (ver texto anexo). A região é bastante rica de variedades de uva e algumas delas continuam ainda numa certa penumbra, como que à espera da redescoberta por parte dos produtores e, por via deles, dos consumidores. Estamos em terras onde a tradição impôs os vinhos de lote, mas onde cada vez mais descobrimos o interesse pelos vinhos varietais, e não só pelas três castas que acima referi.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”27918″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A região dos Vinhos Verdes tem imensos pontos de contacto com a sua vizinha galega das Rias Baixas, partilhando com ela o clima – não esqueçamos que estamos na zona mais pluviosa do país –, as castas e as formas de plantio. No entanto, com uma tão grande extensão territorial, é compreensível que os estilos de vinhos sejam bem diferentes, sobretudo à medida que caminhamos para sul. Foi também essa diferenciação que levou à criação de sub-regiões, mas, diga-se, a única que ganhou estatuto de “autonomia” junto do consumidor foi a de Monção e Melgaço, muito por “culpa” da uva Alvarinho. As restantes sub-regiões, apesar de possuírem razões para se distinguirem, nunca se conseguiram afirmar enquanto tal junto do consumidor. Serão poucos os que conseguem associar as suas marcas preferidas a sub-regiões Cávado, Paiva, Sousa ou do Ave, só para citar algumas. As informações dos rótulos e contra-rótulos também nunca privilegiaram esta indicação e, desta forma, com a já referida excepção de Monção e Melgaço, a região é, aos olhos do consumidor, um todo. São Vinhos Verdes e são assim há muito tempo.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][vc_custom_heading text=”Do tinto para o branco”][vc_column_text]O plantio da vinha na região hoje conhecida como dos Vinhos Verdes é tão antigo quanto a nacionalidade. Ali, como noutras zonas, foram as ordens religiosas que incentivaram e desenvolveram quer as técnicas de viticultura quer as da produção do próprio vinho. Com frequência, o que chegava às abadias era mosto, resultado de uvas pisadas perto da própria vinha, em lagaretas dispersas que ainda hoje se encontram em algumas zonas da Beira Alta e Minho. Esse mosto era depois fermentado nas abadias e muito provavelmente não haveria uma distinção clara entre o vinho branco e vinho tinto, dicotomia que apenas terá entrado no léxico da região dos Verdes já bem dentro do séc. XIX.
Assim, é muito difícil afirmar que a tradição minhota é de branco ou é de tinto. Já foi de tinto – provavelmente desde a filoxera (segunda metade do séc. XIX) até aos anos 90 do século passado – e só de então para cá o branco suplantou o tinto. As estatísticas disponibilizadas no site da CVR dos Vinhos Verdes mostram claramente que só a partir da campanha de 1992/93 é que a quantidade de vinho branco produzido ultrapassou o tinto. Até então estávamos em reino de tintos. Em relação a tempos mais antigos, não é só a distinção entre branco e tinto que poderá não ter cabimento, é também o tipo de vinho, seguramente muito menos alcoólico (tal como acontecia, de resto, em todo o Portugal e Europa vinícola).
Como atrás se disse, foi então a partir dos anos 90 que os brancos suplantaram os tintos, com um crescimento que não tem parado desde então. A região está hoje a produzir menos do que outrora e, mesmo que apenas analisadas a produções deste século, vemos que têm variado na última década entre um mínimo de 61,6 milhões de litros na campanha de 2012/13 e um máximo de 93,2 milhões de litros na campanha em curso, com máximos históricos de mais de 194 milhões na campanha de 91/92. Os concelhos onde a produção atinge por norma os valores mais altos são Felgueiras e Penafiel, mas a sub-região que abrange os concelhos de Monção e Melgaço tem tido um enorme crescimento, aproximando-se dos 9 milhões de litros.
Os vinhos tintos conhecem também alguma modificação na forma como chegam ao consumidor: à prevalência quase total da casta Vinhão, muito querida de lavradores e de muitos consumidores por ser casta tintureira, taninosa e muito estruturada, assistimos hoje ao ressurgimento de outras castas, como a Alvarelhão, Folgosão e Borraçal, e à modificação do próprio Vinhão, que perdeu o seu lado mais agreste, sendo hoje possível encontrar vinhos bem mais macios e afinados, sem que o seu traço mais forte – a cor – se tenha perdido.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”27921″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][vc_custom_heading text=”Novas tendências”][vc_column_text]A região é das que mais vinha tem renovado, logo a seguir ao Douro. Renovar aqui, significa muitas vezes mudar práticas culturais antigas, seleccionar castas e procurar melhores rendimentos. As uvas do Vinho Verde, face à procura que tem havido, estão a ser pagas, segundo Manuel Pinheiro, presidente da CVRVV, acima da média nacional e a casta Alvarinho é mesmo das mais bem pagas do país, com um preço sempre na casa de €1/quilo, o que a aproxima do valor das uvas autorizadas para Vinho do Porto. A procura absorve toda a produção e as próprias adegas cooperativas da zona mostram uma vitalidade que não se compara com as de outras regiões demarcadas.
O melhor exemplo da renovação vitícola é dado pelos elevados investimentos que empresas como a Avelada estão a fazer na região, apostando em 200 novos hectares de vinha, criados de raiz na zona de Ponte de Lima. Em Monção e Melgaço sucedem-se os novos projectos e a região como um todo só pode beneficiar com isso, nomeadamente na projecção e imagem do Verde noutras terras. As novas plantações têm abrangido entre 600 e 700 hectares por ano, sobretudo em reconversão de vinhas já existentes, e o que mais se tem plantado é Loureiro, Alvarinho, Arinto e Avesso. No fundo as três castas emblemáticas da região, aqui acrescentadas da Arinto, a ubíqua uva branca que todos os produtores nacionais querem na sua região.
Em termos de adega e de perfil de vinhos, os Verdes continuam a apostar cada vez mais nos vinhos brancos, mas com o segmento dos rosés a avolumar-se. Também há a salientar o crescente interesse pelos vinhos espumantes, que, embora em muitos casos produzidos em pequenas quantidades, não deixam de ser uma nova área de negócio que interessa a cada vez mais produtores. Globalmente, a qualidade dos Vinhos Verdes tem crescido imenso na última década, seja do estilo “tradicional” (com gás e leve doçura), seja no estilo moderno, seco e com mais álcool, corpo, e ambição na qualidade e no preço.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Mas existem também tendências menos interessantes, sobretudo aquilo a que poderia chamar de “Sauvignonização”. De facto, surgem com alguma frequência no mercado vinhos excessivamente aromáticos, exuberantes de frutas tropicais (maracujá, manga), características pouco comuns nas castas locais. Acredito que este caminho nada acrescenta à região, tornando os vinhos iguais ao que se pode fazer em qualquer parte do mundo. Mais sentido fará continuar a melhorar um estilo que ganhou raízes e tradição nos Vinhos Verdes, com sejam os vinhos com gás adicionado e com açúcar residual.
É isso o que defende, por exemplo, o enólogo Manuel Vieira: “Um vinho branco com álcool moderado, acidez evidente, presença de gás e de açúcar residual, é, na minha opinião, uma interpretação, em termos técnicos exequíveis, do vinho branco tradicional da região, que fazia a fermentação maloláctica na garrafa.” E acrescenta: “A viticultura da região sofreu entretanto enorme evolução e outros tipos de Vinho Verde surgiram. Hoje em dia, e devido a essas alterações, o nível de álcool subiu, a acidez reduziu-se e o leque de vinhos expandiu-se, tornando a região um viveiro de excelentes vinhos. Penso que só aceitando esta realidade é que poderemos ir mais além, no intuito de valorizar cada vez mais os vinhos produzidos, sejam eles com gás ou sem gás!”[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”27920″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” bg_color=”#e0e0e0″ scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][vc_text_separator title=”As uvas brancas do Vinho Verde” color=”black”][vc_column_text]Ainda que em crescimento no resto da região dos Vinhos Verdes, a uva Alvarinho está sobretudo ligada à sub-região de Monção e Melgaço, onde nasceu. Pela sua especificidade, optámos por deixar os Alvarinho de Monção e Melgaço fora desta prova, e focámo-nos nos outros Vinhos Verdes, elaborados, na sua maioria, a partir destas cinco castas.[/vc_column_text][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Extra-Color-1″ text=”Arinto”][vc_column_text]A casta é originária de Bucelas, mas sempre esteve bem presente nos Vinhos Verdes, com o nome de Pedernã. É uma variedade usada para dar alegria ao lote, uma vez que mantém a elevada a acidez do mosto mesmo em clima (ou ano) mais quente.[/vc_column_text][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Extra-Color-1″ text=”Avesso”][vc_column_text]Casta do interior da região, está sobretudo presente nas zonas que fazem a transição entre os Verdes e Douro; encontramo-la assim em Baião, mas também em Amarante, por exemplo. Foi durante muito tempo subestimada, mas conhece agora uma maior atenção pelos produtores. É uma casta com perfil muito próprio, mais contida na sua exuberância, mas que origina vinhos muito equilibrados.[/vc_column_text][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Extra-Color-1″ text=”Azal”][vc_column_text]Presente sobretudo nas zonas de Amarante, Basto e Baião, é também uma variedade que, tal como a Avesso, prefere as terras de interior, longe da influência atlântica. Foi durante muito tempo (até ao final do século XX) uma casta que, em virtude da viticultura tradicional, originava vinhos difíceis, de acidez elevadíssima. Citrino na cor e aroma, o vinho resultante, hoje bem mais atractivo, é sobretudo usado em lotes e para apreciar enquanto jovem.[/vc_column_text][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Extra-Color-1″ text=”Loureiro “][vc_column_text]É a rainha do vale do Lima, também muito presente em terras galegas. Prefere zonas mais próximas do mar, húmidas e frescas. Muito completa em todos os itens, produz bem e tem boa capacidade de viver em garrafa. Origina muito bons vinhos varietais, mas é também importante em lotes, sobretudo com Arinto e Trajadura e, mais recentemente, com Alvarinho[/vc_column_text][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Extra-Color-1″ text=”Trajadura”][vc_column_text]Com aromas e sabores de fruta madura, tende a evidenciar baixa acidez. Boa para lote e muito usada em ligação com Alvarinho, originando então vinhos muito atractivos. Muito divulgada também na Galiza.[/vc_column_text][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”extra-color-1″ custom_height=”20″][divider line_type=”No Line” custom_height=”10″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][vc_custom_heading text=”Valorizar o Vinho Verde”][vc_column_text]Os números do Vinho Verde são bastante positivos, mas o desafio passa agora por aumentar o preço médio de venda. As exportações não têm parado de crescer e se, em 2000, apenas 15% do negócio resultava das vendas ao exterior, já em 2017 essa percentagem subiu para os 50%. Passou-se também dos 9 milhões de litros exportados em 2005 para 25,5 milhões em 2016. Esse crescimento é tanto mais significativo quanto foi feito sem sacrificar o preço: €2,30 por litro hoje em dia, contra €2 em 2004. No entanto, longe ainda do que a região pode e deve ambicionar.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” equal_height=”yes” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A esse respeito, Manuel Pinheiro afirmou à Grandes Escolhas que “o exemplo da sub-região de Monção e Melgaço tem de ser seguido nas outras, mas por enquanto não há massa crítica, faltam produtores em número suficiente a promover a imagem de cada sub-região; mas estou convencido que Baião (onde domina a casta Avesso) começa a reunir condições para ser a próxima sub-região a dar o salto, em termos de notoriedade”.
Muito do futuro passa por aí: sub-regiões personalizadas e afirmativas, criação de cada vez mais segmentos de valor acima do patamar “gás e doçura”, um número maior de vinhos ambiciosos que apaguem do Verde a associação ao vinho barato, que ainda permanece sobretudo no mercado externo e apesar de os preços reais continuarem a subir.
Vinhos de casta e valorização das sub-regiões parece ser o caminho a traçar por agora. Já foi o tempo (anos 80 e 90) em que o Vinho Verde chegava aos consumidores com a “marca de solar”, casas bonitas, de traça antiga, onde se produzia vinho em pequenas quantidades, mas muitas vezes sem estratégia e visão de mercado, assente em muito amadorismo. Hoje, a região conhece um movimento muito grande de investimentos, alguns bastante importantes e assentes em estruturas altamente profissionais. Um bom sinal, certamente.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”27919″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”Em Prova” title_align=”separator_align_left” color=”custom” accent_color=”#888888″][vc_column_text]

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Edição Nº14,  Junho 2018

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BAIRRADA: 25 tintos com alma

O que poderia parecer à partida uma desvantagem comercial para a Bairrada – ter produtores com diferentes filosofias e estilos, e várias castas tintas por utilizar – é, afinal, mais uma razão para seguir de perto a região. Dos vários perfis a partir da emblemática uva Baga aos blends com Touriga Nacional e castas francesas […]

O que poderia parecer à partida uma desvantagem comercial para a Bairrada – ter produtores com diferentes filosofias e estilos, e várias castas tintas por utilizar – é, afinal, mais uma razão para seguir de perto a região. Dos vários perfis a partir da emblemática uva Baga aos blends com Touriga Nacional e castas francesas – difícil é escolher.

TEXTO Nuno de Oliveira Garcia
FOTOS Ricardo Palma Veiga

A ideia tradicional que alguns dos consumidores ainda poderão ter da Bairrada – que se trata de uma região pouco dinâmica e com vinhos uni-direcionados – não poderia estar mais longe do momento em que a mesma atravessa do ponto de vista vitivinícola. É certo que existem outras regiões com um maior número de vinhos lançados por ano, e outras que assentam num protótipo regional mais característico ou identificativo. Mas dificilmente encontramos tanta diversidade, com qualidade e bom preço, como nesta região do centro-norte do país que se espraia entre Coimbra e Aveiro.
Até na excelência dos vários tipos de vinho que produz – espumantes, tintos (maioritários) e brancos (para não falar das aguardentes e dos abafados) – se comprova que, na Bairrada, como acima começamos o texto, o mais difícil é escolher… É certo também que a região ainda não se libertou totalmente do estereótipo de fazer tintos “pouco amigos” do consumidor, difíceis, ácidos, adstringentes. Mas também é verdade que, atualmente, não existe enófilo exigente que não reconheça as qualidades e o forte carácter dos fantásticos vinhos da região. E os números do crescimento entre os consumidores estão aí para o provar.Podemos, pois, afirmar que tem existido mudança e inovação na Bairrada, e não começou nos dias de hoje. Produtores como Luís Pato e Carlos Campolargo, entre outros, tudo fizeram para que a região, ainda antes dos anos 90 do século passado, mantivesse uma aura de qualidade e modernidade e cativasse consumidores. Do primeiro, surgiram os mais relevantes ensaios com o estágio da Baga em barricas de carvalho francês, e do segundo provieram vinhos apelativos e modernos com base, em muitos casos, em castas menos comuns, algumas estrangeiras.
A par destes produtores, outros como Mário Sérgio Nuno (Quinta das Bágeiras), Sidónio de Sousa e João Póvoa (Quinta de Baixo e, atualmente, Kompassus), iam produzindo alguns dos vinhos mais míticos da região do início dos anos 90 também. Mais recentemente, produtores de uma geração mais nova alcançam sucessos dificilmente imaginados há algum tempo junto da crítica especializada, como sucede com os vinhos Vadio, de Luís Patrão, ou os Outrora, de João Soares e Nuno do Ó, verdadeiros blockbusters internacionais, com destaque para Filipa Pato, que viu o Nossa Calcário Baga 2015 obter a melhor classificação de sempre para um vinho da região na “Wine Advocate”.
De resto, vários dos produtores emblemáticos da região também parecem não querer perder o foco recente que o público está a dar à Bairrada, curiosamente com lançamentos num estilo que procura recuperar tradições mais antigas, como sucede com os vinhos centrados na designação Garrafeira ou na categoria Clássico (neste caso, sendo indispensável que, nos tintos, a Baga entre em, pelo menos, 50% no lote e o vinho estagie 3 anos, um dos quais em garrafa), como acontece com as propostas mais recentes das Caves São João, Aliança, Caves São Domingos e Messias.
Ainda no passado mês de maio, a Adega de Cantanhede – um dos projetos com maior dinamismo e modernidade – divulgou que, desde o início do ano, os seus vinhos foram galardoados com 74 medalhas em concursos internacionais; isto depois do anúncio de que 2017 terminou com um novo recorde de vendas. E se ainda houvesse dúvidas do que se vem escrevendo sobre o crescimento da atenção para com a região, há cerca de meia dúzia de anos (no final de 2012), a Bairrada viu uma das suas mais conhecidas propriedades ser adquirida pela Niepoort Vinhos, o que, só por si, revela bem o potencial da região aos olhos de uma das mais empreendedoras empresas durienses.Toda esta vitalidade foi-nos ainda confirmada pela Comissão Vitivinícola da Bairrada, que nos avançou dois dados muito interessantes; a saber: em primeiro lugar, refere-nos José Pedro Soares, presidente da Comissão, que as vendas dos vinhos Bairrada têm crescido, nos últimos dois anos e de forma continuada, na restauração e hotelaria (vulgo canal Horeca); em segundo lugar, e talvez ainda mais relevante, revelou que a Bairrada foi a região no país cujos vinhos sentiram, nos últimos anos, um maior crescimento de valor no preço médio.
Fomos confrontar Miguel Pereira (Messias) com esses dados e este corroborou-nos que na restauração, sobretudo em Lisboa, o crescimento das vendas dos vinhos Bairrada nas gamas premium e ultra-premium é surpreendente. Para este responsável comercial, têm sido os vinhos da Bairrada a estrela dos últimos anos no que respeita ao portefólio da Messias, que inclui também vinhos do Douro e Dão. Quanto ao aumento da certificação dos vinhos, esse é igualmente notável, com um crescimento constante de 10% por ano. As mesmas boas notícias surgem do lado da exportação, que regista um aumento de 17%.
No mesmo sentido, releva destacar que, até ao início anos 90, a Bairrada (a par do Dão) era a grande região de vinho de mesa, sendo que os principais players se abasteciam de uvas e vinhos um pouco por todo o país. A este respeito importa não esquecer que a Bairrada nunca foi uma região de pouca produção, bem pelo contrário. Prova disso mesmo é que teve um dos mais pujantes sectores cooperativos do país, com 6 cooperativas a funcionar em simultâneo (atualmente apenas duas se encontram em funções, Cantanhede e Souselas).
Talvez por isso, o primeiro sintoma da modernização da região tenha sido, precisamente, o abandonar da produção de grandes lotes de vinho de origem dispersa, para o controlo de áreas de vinha dentro da própria região, algo que sucedeu com as empresas Aliança, Messias, Caves São João (um desses primeiros passos foi, sem dúvida, a aquisição da Quinta do Poço do Lobo pelas Caves São João, ainda nos anos 70 do século passado) e Caves São Domingos, que passaram a olhar para a vinha e não apenas para a comercialização.
E dúvidas não nos restam de que é esse o futuro da região, no sentido em que produzir um grande vinho na Bairrada pode ser mais dispendioso do que noutras regiões. Afinal, o clima da região, e as próprias características da casta-rainha Baga, obrigam a um redobrar de atenções na vinha e na adega. Algo que nos é confirmado por Francisco Antunes, enólogo da Aliança, que menciona as chuvas de setembro, no equinócio de Outono, como um dos maiores riscos no que respeita ao ano agrícola, sobretudo por na região reinarem castas tardias como a Baga, a Touriga Nacional e o Cabernet Sauvignon (ver caixa). No caso da Baga, salienta o enólogo, são mesmo precisos muitos tratamentos, e no seu devido tempo, uma vez que o cacho apertado dificulta a condição fitossanitária no mesmo. Por tudo isto, as últimas colheitas, desde 2011 (ano perfeito em todo o país), têm sido muito desafiantes para a Bairrada, apesar de se poder concluir que a qualidade geral dos tintos não se ressentiu, em especial em 2017, ano do qual se prevêem vinhos de grande qualidade.
Por isso, o posicionamento da região não deve ser procurar competir no melhor preço ou na maior produção por hectare (nesses parâmetros outras regiões são mais eficientes). Luís Patrão, do projeto Vadio, confirma as dificuldades com a casta Baga, tardia e vigorosa, e realça que vinicultura da região é ainda pouco organizada, com uma média de área por produtor muito inferior a um hectare. Luís Patrão, que tem ao seu dispor apenas 4,5 hectares, lembra que foi sempre esse o paradigma da região, onde em cada casa havia uma adega e, assim sendo, nos dias que correm, é difícil produzir grandes vinhos em quantidade e a baixo preço. Para produzir mais, e ter melhores preços, diz-nos que é preciso ser muito profissional na vinha, em especial ter cuidado nos tratamentos, e podar convenientemente privilegiando arejamento do cacho da Baga.
Com tantos desafios, não admira que a quota de mercado na moderna distribuição – na qual o preço é o fator principal de compra – tenha vindo a diminuir para a região, algo compensado, como acima se referiu, pelo aumento significativo nas vendas noutros canais. Dúvidas não restam de que a Bairrada tem condições para produzir vinhos únicos, de perfis diferentes e tendencialmente mais frescos do que o resto do país. Essa unicidade é sobretudo valorizada junto da restauração e da distribuição mais clássica (como garrafeiras ou charcutarias finas). E, note-se, esse posicionamento não implica a venda de vinhos caros, nem a criação apenas de produtos para elites. Pelo contrário, e como resulta do presente painel, são vários os topos de gama bairradinos que não ultrapassam os 15€. Boas notícias, portanto!
Por isso, o posicionamento da região não deve ser procurar competir no melhor preço ou na maior produção por hectare (nesses parâmetros outras regiões são mais eficientes). Luís Patrão, do projeto Vadio, confirma as dificuldades com a casta Baga, tardia e vigorosa, e realça que vinicultura da região é ainda pouco organizada, com uma média de área por produtor muito inferior a um hectare. Luís Patrão, que tem ao seu dispor apenas 4,5 hectares, lembra que foi sempre esse o paradigma da região, onde em cada casa havia uma adega e, assim sendo, nos dias que correm, é difícil produzir grandes vinhos em quantidade e a baixo preço. Para produzir mais, e ter melhores preços, diz-nos que é preciso ser muito profissional na vinha, em especial ter cuidado nos tratamentos, e podar convenientemente privilegiando arejamento do cacho da Baga.
Com tantos desafios, não admira que a quota de mercado na moderna distribuição – na qual o preço é o fator principal de compra – tenha vindo a diminuir para a região, algo compensado, como acima se referiu, pelo aumento significativo nas vendas noutros canais. Dúvidas não restam de que a Bairrada tem condições para produzir vinhos únicos, de perfis diferentes e tendencialmente mais frescos do que o resto do país. Essa unicidade é sobretudo valorizada junto da restauração e da distribuição mais clássica (como garrafeiras ou charcutarias finas). E, note-se, esse posicionamento não implica a venda de vinhos caros, nem a criação apenas de produtos para elites. Pelo contrário, e como resulta do presente painel, são vários os topos de gama bairradinos que não ultrapassam os 15€. Boas notícias, portanto!
Os produtores da região, beneficiando de uma legislação mais “aberta” do que o habitual nos DOC portugueses, utilizam uma grande variedade de castas, desde variedades antigas na região a outras vindas de outras zonas do país ou ainda as chamadas castas internacionais. Estas são algumas das mais utilizadas nos vinhos tintos bairradinos.
É a principal casta tinta da região, apesar de já ter sido mais maioritária. Terá sido introduzida na região em consequência do oídio, sendo esta casta resistente ao fungo. Tem uma maturação tardia, o que na Bairrada pode ser problemático em anos de chuvas no início de setembro, tanto mais que é sensível à podridão. Vigorosa, quando lhe é permitida produção abundante dá origem a vinhos pouco alcoólicos e com muita acidez. Com o vigor controlado e, sobretudo, em terrenos argilo-calcários com boa exposição solar, produz os melhores vinhos da região, ricos em taninos e suportando muito bem o envelhecimento.
À semelhança da Baga, é de maturação tardia e pode ser muito produtiva, apesar de pouco sensível à podridão. Permite a produção de vinhos com muita cor e taninos, com boa longevidade, as características varietais – notas apimentadas – bastante pronunciadas, adapta-se bem a lotes com castas mais suaves, como a Jaen ou o Castelão.Omnipresente no país, terá viajado do Dão para a Bairrada, entrando em muitos lotes onde a Baga também está presente. Permite mostos com teores de álcool provável e acidez médios, ricos em substâncias fenólicas e carregados de cor (com tonalidades violáceas), e muito aromáticos, com frutado intenso a frutos pretos maduros e silvestres. É essa expressão aromática, bem como permitir vinhos encorpados e o facto de ser uma casta consistente em termos da qualidade dos vinhos que origina, que a tornam um trunfo na região.Casta bordalesa de elevado rendimento e de maturação precoce, o que é uma vantagem para a Bairrada. Tem semelhanças com o Cabernet Sauvignon, mas com taninos mais suaves, permitindo elaborar vinhos encorpados, ricos em álcool e em cor, relativamente pouco ácidos, pelo que é por vezes utilizada na região para atenuar mostos mais ácidos e com taninos mais vivos provenientes de Baga.
Outra estrela um pouco por todo o país, é uma casta produtiva, mas muito apta a produzir vinhos de grande qualidade. De maturação tardia, permite mostos muito corados, de um vermelho intenso com nuances violetas durante a juventude, e sempre com grande potencial aromático. Tem-se adaptado bem à Bairrada, sobretudo nos anos mais quentes, originando vinhos pujantes e especiados.

Edição Nº14,  Junho 2018

Frescura alentejana, em brancos de Primavera

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]“The times they are a-changin’.” Bob Dylan não se referia aos vinhos quando compôs a música, mas o essencial está lá: os tempos estão a mudar, o sociológico e o meteorológico, e os brancos do Alentejo também. […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]“The times they are a-changin’.” Bob Dylan não se referia aos vinhos quando compôs a música, mas o essencial está lá: os tempos estão a mudar, o sociológico e o meteorológico, e os brancos do Alentejo também. Cada vez mais elegantes e frescos, acompanhando a Primavera…

TEXTO Mariana Lopes
FOTOS Ricardo Palma Veiga

Para satisfação dos produtores, na busca por um mercado vínico mais democrático e equilibrado, o facto é que o consumo e procura de vinho branco têm evoluído positivamente nos últimos seis ou sete anos. Isto verifica-se na generalidade das regiões e o Alentejo não é excepção, funcionando como motor para o aumento das plantações de uva branca e da produção de vinho branco. Segundo dados estatísticos apurados pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), este crescimento verifica-se tanto em volume como em percentagem da produção total, sendo que em 2012 o vinho branco representava 19% e em 2016 já estava na ordem dos 23%. Num total de, aproximadamente, 21.353 hectares de vinha que o Alentejo hoje tem (com Denominação de Origem Controlada e Indicação Geográfica), mais de 4.767 são de uva branca, ou seja, 22,3%.
Com isto percebemos que o domínio do vinho tinto sobre o branco ainda existe, mas que o caminho está a ser traçado. E os enólogos reiteram. Luís Cabral de Almeida, da Herdade do Peso, diz que a procura por vinhos brancos das suas marcas “está a subir todos os anos, e as vendas do Sossego branco crescem exponencialmente”. O mesmo indica Carlos Rodrigues, técnico da Adega Mayor, confirmando que “tem sido uma constante aumentar a área de vinha branca, em parte por causa disso” – e analisa que “antigamente, os brancos eram um nicho de mercado e agora já não, as tendências mudaram, houve modernização do património vitícola do Alentejo e já há um equilíbrio maior”.
Mas, há cinco anos, Filipe Teixeira Pinto, da Herdade do Sobroso, ainda não o sentia. Foi há cerca de três anos que se começou a aperceber de um interesse muito crescente pelos brancos. Mas isto são apenas “facts and figures”, há-que ir a outras nuances. Quem é o consumidor que está a puxar a barra dos brancos para cima, no gráfico do Alentejo? Segundo Pedro Ribeiro, do Rocim, é “aquele consumidor inicial, que vem dos tintos mais estruturados, que começa a dar mais atenção aos brancos do que o de antigamente e, quanto mais conhecedor é, mais importância dá ao branco”. Filipe Teixeira Pinto complementa, e diz que esse fenómeno acontece sobretudo “em gamas superiores”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”27205″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Desafiante, mas não impossível
Nesta prova de brancos alentejanos provaram-se vinhos com preço de venda ao público até oito euros, a maior parte da colheita de 2017, mas também vários de 2016, alguns 2015 e até um 2014. A jornada que tivemos faz-nos rir do mito: que o Alentejo é uma região menos favorável para brancos. Esqueça-se isso de vez. Não só é favorável como podemos constatar frescura, crocância e até mineralidade. Se é fácil? Ninguém diz. Fazer brancos assim, no Alentejo, é até um dos maiores desafios para os enólogos, principalmente com o clima em constante mutação e o aquecimento global que, quer se queira quer não, está aqui.
Pedro Ribeiro declara, sem vacilar, que “tudo aquilo que são boas qualidades num branco, a frescura, a mineralidade, a acidez, consegue-se encontrar no Alentejo, mas o desafio maior é esse, encontrar numa região quente o equilíbrio e a frescura”. Para Luís Cabral de Almeida, passa por encontrar, ainda na vinha e principalmente na Antão Vaz, o compromisso entre o carácter vegetal e o carácter mais frutado da uva, o momento exacto em que esses dois marcadores estão em equilíbrio para que possa ser colhida e para se preservar o equilíbrio ácido. “Normalmente, os brancos associados ao Alentejo são de peso e volume”, diz Carlos Rodrigues, “e contrariar isso é sempre um desafio, acima de tudo mantendo o carácter alentejano”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”full_width_content” full_screen_row_position=”middle” equal_height=”yes” content_placement=”top” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ enable_shape_divider=”true” shape_divider_position=”bottom” shape_type=”curve”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

As alterações climáticas
“Uma região quente”, são palavras que saem da boca destes técnicos e de outros mais, e também da do povo. Sempre foi. Porém, com as alterações climáticas globais, parece estar cada vez mais. “Já não é um ‘será’, mas uma certeza”, diz Pedro Ribeiro, “e o Alentejo é das regiões que mais sofre com isso. Quando comecei, há vinte anos, as vindimas começavam no final de Setembro e agora começam no início de Agosto.” É verdade e urge combatê-lo, não só para obtenção de bons resultados na garrafa, como pela sustentabilidade ambiental.
Felizmente, é fácil de ver que, mesmo no plano nacional, os produtores estão muito despertos para o problema e cientes da sua responsabilidade. Vemos adegas de todas as regiões com planos de poupança, reserva e reutilização de água, uma exponencial tendência de agricultura sustentável e de respeito pelo planeta. O Alentejo também tem as suas próprias formas de lidar com estas adversidades. A busca pelas castas mais resistentes já começou e essa é uma das razões pelas quais algumas uvas antigas e já pouco presentes estão a ser recuperadas.
Luís Cabral de Almeida explica: “Estamos muito preocupados com isso e a trabalhar bastante nesse sentido. Olhamos para o passado para plantar as vinhas futuras. Estamos a fazer uma pesquisa exaustiva sobre as castas que se plantavam antes e os

[/vc_column_text][/vc_column][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”27207″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]sistemas de condução que se utilizavam, e sentimo-nos obrigados a perguntar ao passado o que é que resistia. Procuramos também castas de ciclo longo, cuja maturação fenólica seja feita o mais tarde possível, que se possam vindimar mais tarde, para se beneficiar de uma coisa muito importante, que são as noites mais frias. É fulcral tentar perceber e acompanhar algumas vinhas velhas na nossa zona com castas antigas, para fazer novas plantações e, acima de tudo, colocar em causa os sistemas de condução actuais.”[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”15″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”Castas brancas do Alentejo”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” equal_height=”yes” bg_color=”#f2f2f2″ scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” enable_gradient=”true” color_overlay=”#dddddd” gradient_direction=”left_to_right” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color=”#e5e5e5″ background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”27191″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][tabbed_section style=”minimal” alignment=”center” spacing=”default” tab_color=”Accent-Color” cta_button_style=”accent-color” icon_size=”24″][tab icon_family=”none” title=”Antão Vaz” id=”1543248864-1-98″ tab_id=”1543251472743-5″][vc_column_text]Antão Vaz é, cada vez mais, a casta-bandeira do Alentejo. O que não deixa de ser curioso para uma variedade que, no início dos anos 80, era quase inexistente fora da Vidigueira. As noites mais frescas desta sub-região alentejana (influência da serra do Mendro) conferem mais frescura, equilíbrio e mineralidade, sobretudo quando plantada em solos de xisto e granito. Fora da Vidigueira, precisa muitas vezes do apoio de uma casta mais ácida. Fruto expressivo, corpo, elegância, são alguns dos seus atributos.[/vc_column_text][/tab][tab icon_family=”none” title=”Síria” id=”1543248864-2-92″ tab_id=”1543251473051-10″][vc_column_text]Até à ascensão da Antão Vaz, a Síria (ou Roupeiro, como é conhecida localmente) era a rainha das uvas brancas alentejanas. Ainda hoje mantém o segundo posto, mas longe do predomínio de outrora. Origina vinhos muito aromáticos quando jovens mas não mostra no clima alentejano a resistência ao tempo que revela no planalto da Beira Interior. Ainda assim, continua a ser de grande utilidade nos lotes.[/vc_column_text][/tab][tab icon_family=”none” title=”Arinto” id=”1543251569005-2-3″ tab_id=”1543251473051-10″][vc_column_text]Arinto é a parceira ideal da Antão Vaz, conferindo-lhe a acidez e frescura que por vezes lhe falta. Uva antiga, presente em todo o país, é muito provavelmente a casta branca portuguesa mais útil, pela sua polivalência, adaptabilidade, acidez natural e aromas e sabores citrinos.[/vc_column_text][/tab][tab icon_family=”none” title=”Fernão Pires e Rabo de Ovelha” id=”1543251569699-3-7″ tab_id=”1543251473051-10″][vc_column_text]Fernão Pires e Rabo de Ovelha, são duas castas tradicionais na região (e em quase todo o Portugal continental, na verdade), mantendo ainda uma pequena presença (pouco mais de 5% cada) nas plantações alentejanas. A Fernão Pires origina vinhos de grande intensidade floral e corpo cheio, mas precisa ser vindimada bem cedo, sob pena de perder a acidez e a graça. Tal como a Fernão Pires, a Rabo de Ovelha tem produtividade elevada, e necessita cuidados acrescidos para originar vinhos de qualidade.[/vc_column_text][/tab][tab icon_family=”none” title=”Verdelho, Gouveio e Alvarinho ” id=”1543251570231-4-3″ tab_id=”1543251473051-10″][vc_column_text]Verdelho, Gouveio e Alvarinho (as primeiras duas são muitas vezes confundidas, até pelos próprios produtores) são castas recentes na região mas em forte expansão. A elegância aromática, o perfume, a capacidade de manter acidez com a maturação são trunfos importantes a seu favor.[/vc_column_text][/tab][tab icon_family=”none” title=”Rabo de Ovelha, Perrum, Diagalves e Manteúdo” id=”1543251664281-5-5″ tab_id=”1543251473051-10″][vc_column_text]Juntamente com o Roupeiro, antigamente encontravam-se por todo o Alentejo, mas estão agora em acentuado declínio. Raramente são objecto de atenção nas novas plantações, ainda que se comece a assistir à redescoberta da Perrum, uma casta de grande qualidade, pela acidez e componente mineral que empresta aos vinhos. (LL)[/vc_column_text][/tab][/tabbed_section][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default” custom_height=”15″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Passaporte alentejano
Os enólogos dizem-nos que há variedades mais resistentes do que outras, e é aí que surge uma declaração de amor generalizada: Antão Vaz, Antão Vaz, Antão Vaz. A menina dos olhos de muitos dos que fazem vinho no Alentejo, naturalmente, e ainda mais, na Vidigueira. Não só porque faz frente às intempéries, mas também pela personalidade intrínseca da uva. “É a que gosto mais, permite-nos fazer brancos com variados estilos”, confessa Filipe Teixeira Pinto. Mesmo Carlos Rodrigues, de fora da Vidigueira (a Adega Mayor fica em Campo Maior), assume que esta casta é das mais interessantes de trabalhar, e Pedro Ribeiro também a indica como favorita e não deixa de dizer que “tem uma expressão particular na Vidigueira, onde é perfeitamente possível atingir mineralidade com ela, desde que tenhamos uma linha de respeito pelo terroir”.
Isto traduz-se num facto irrefutável: neste momento a Antão Vaz é a casta mais plantada em toda a região, a representar quase 26% do encepamento em cerca de 1.230 hectares, num total de 4.760 de vinha branca. Também é verdade que, na Vidigueira, as condições são particulares. Já sabemos que a serra do Mendro e os ventos do Atlântico temperam o clima desta sub-região, o que ajuda muito na “epopeia” da frescura. Mas, em todo o Alentejo há armas em forma de uva que tornam essa epopeia menos árdua e, por vezes, essas armas são estrangeiras à região.
A Arinto, nascida em Bucelas mas residente honorária em variadas regiões do país, é assídua nos lotes clássicos do Alentejo, sobretudo com Antão Vaz, e é essencial para uma boa acidez e frescura. Carlos Rodrigues sabe bem que assim é e diz que “Arinto é a vertente fresca do Sul, é o ‘nosso’ Alvarinho, dá-nos nervo”. A questão da introdução de castas de fora no Alentejo prende-se com esta matéria do equilíbrio e é uma questão sensível, mas não, de todo, controversa. Falamos de Verdelho, Viosinho, Viognier ou Alvarinho, por exemplo.
Muitos consideram-nas necessárias, mas percebem que a comunicação da região não é por aí. “Não as ponho de parte”, revela Carlos Rodrigues, “só não devemos tentar fazer igual à região de origem, mas é extremamente interessante ver o comportamento delas aqui. Gosto muito de complementar os meus lotes com essas castas, como sal e pimenta para um vinho. O Verdelho, por exemplo, é uma casta constante nos nossos vinhos, pois dá-nos frescura, tipicidade, mineralidade.” Filipe Teixeira Pinto é assertivo na resposta, afirmando que “são precisamente necessárias para ir buscar a tal frescura aromática e de boca que muitas das variedades de fora têm.” E especifica: “O Alvarinho é uma que acredito ter futuro no Alentejo e o Verdelho já deu mais que provas. O Arinto, esse é um todo-o-terreno.” Luís Cabral de Almeida acrescenta um lado comercial: “Acho que as novas castas têm ajudado a conquistar outros consumidores. Em vinhos de entrada de gama, tornam-nos mais universais mas, no segmento dos seis aos oito euros, o caminho deverá ser a distinção. Mais tarde, o consumidor vai agradecer a opção pelas castas autóctones.”
Dados da CVRA mostram-nos que, a seguir ao Antão Vaz, as uvas mais plantadas em todo o Alentejo são a Síria (19%), que tradicionalmente na região tem o nome de Roupeiro, Arinto (15%), Rabo de Ovelha (6%), Fernão Pires (5%) e Verdelho (5%). No entanto, as tendências dos últimos anos adivinham alterações a estes números. De acordo com a Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo (ATEVA), têm aumentado muito a sua força, além do Arinto, a Viosinho, Verdelho, Alvarinho e Viognier, precisamente. Curiosamente, também a Encruzado (do Dão) tem começado a aparecer (quem diria?). A Síria é um dos casos de diminuição acentuada nas plantações mas que, como também tem acontecido com a Perrum (sobretudo na Vidigueira), nos últimos três anos tem sido recuperada pelos produtores. Isto revela que aqui não há perdedores. Não só há abertura a novos instrumentos como os da terra estão a ser bastante valorizados e reintroduzidos.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”15″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O jeito que o branco tem
Os quatro enólogos com quem falámos pertencem ao grupo dos seis vinhos que obtiveram classificação mais alta neste painel de prova. Juntam-se-lhe Solar dos Lobos e Pousio. Todos eles custam entre seis e oito euros e todos têm um perfil muito objectivo, perfil esse que converge entre estas marcas, neste segmento. “Acima de tudo, tem de ser convidativo. O mercado quer estes vinhos já com personalidade e sentido de lugar. Tem de ter frescura e ser gastronómico, ter equilíbrio”, confere Luís Cabral de Almeida. Todos dizem que um toque de madeira usada, mas pouca, faz toda a diferença, porque dá a personalidade necessária ao perfil. Filipe Teixeira Pinto acrescenta que, neste segmento de preço, “são brancos que não se limitam ao estereótipo do vinho de Verão”: “Já deve ser um vinho para o Inverno também, com alguma estrutura e que viva mais tempo.” Nas palavras de Pedro Ribeiro, “um comercial upgraded”.
Dizer que ainda há caminho a percorrer pode ser verdade, mas é um cliché que todos dizemos por acreditarmos que há uma fita de chegada para cortar, um vinho ideal, perfeito e a partir do qual não há mais para onde ir. Mas estamos bem e a fazer bem. Estamos lá, o percurso é notável. Equilíbrio, acidez, frescura, leveza, Alentejo. For the times, they are a-changin’.

Em Prova:[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”27206″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Edição nº13, Maio 2018

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][/vc_column][/vc_row]

A marca do Cabernet Sauvignon

Edição nº12, Abril 2018 Omnipresente, nobre e famosa, a casta Cabernet Sauvignon tem personalidade vincada e deixa a sua marca em tudo por onde passa. Facilmente reconhecível, na maior parte das vezes faz uma aposta segura em provas cegas. Produz vinhos varietais em todos os cantos do mundo e, mesmo quando entra em lotes, não […]

Edição nº12, Abril 2018

Omnipresente, nobre e famosa, a casta Cabernet Sauvignon tem personalidade vincada e deixa a sua marca em tudo por onde passa. Facilmente reconhecível, na maior parte das vezes faz uma aposta segura em provas cegas. Produz vinhos varietais em todos os cantos do mundo e, mesmo quando entra em lotes, não passa despercebida.

TEXTO: Valéria Zeferino
FOTOS: Ricardo Palma Veiga

Não obstante a fama que tem, a Cabernet Sauvignon é uma casta relativamente recente. Apareceu no departamento da Gironda, em Bordéus, apenas nos finais do século XVIII, originada pelo cruzamento espontâneo entre Cabernet Franc e Sauvignon Blanc, facto descoberto em 1997 pela Universidade de Davis, na Califórnia. Isto explica porque a Cabernet Sauvignon tem aromas semelhantes a ambas as suas progenitoras.
Tem cachos e bagos pequenos, com uma pele muito grossa e muitas grainhas. Isto traduz-se num perfil de vinho com uma estrutura robusta, tanino poderoso e cor intensa, características aliadas a uma acidez pronunciada. Para além disto revela uma grande capacidade de expressar o terroir e envelhecer positivamente em garrafa ao longo de muitos anos.
Mas a força não é tudo. O seu esqueleto maciço também precisa de carne, de um traje elegante e de um perfume sedutor, o que muitas vezes se resolve por loteamento com outras castas como Merlot, Cabernet Franc, Malbec, Petit Verdot, Syrah etc.
A fama e a disseminação têm o outro lado de moeda. A expressão varietal muito pronunciada pode tornar-se cansativa e provocar uma certa fadiga sensorial no consumidor. Não é por acaso que nos Estados Unidos, onde a casta é extremamente popular, surgiu o conceito ABC – acrónimo de Anything But Cabernet (or Chardonnay), o que quer dizer “Eu bebo qualquer coisa menos Cabernet” ou Chardonnay, respectivamente. Por outras palavras, exprime a ideia de que existe uma grande variedade de castas e não vale a pena consumir sempre a mesma.

O cartão de visita aromático

O aroma mais conhecido de Cabernet Sauvignon é o de pimento verde, pelo qual é responsável um composto chamado pirazina, que se encontra presente nas uvas do Cabernet Sauvignon (e não só). O palato humano detecta pirazina num vinho com apenas 2 nanogramas por litro. Na altura do pintor a casta contém cerca de 30 ng/l de pirazina, que é lentamente destruída pelo sol. Por isto, nos países com clima mais frio é difícil evitar a presença deste aroma herbáceo no vinho, enquanto num clima mais quente e soalheiro, onde o Cabernet Sauvignon consegue atingir um perfeito ponto de maturação, a pirazina pode ser quase imperceptível. O aroma de pimento verde não é considerado um defeito, mas pode-se tornar desagradável, se for em excesso.
Outros aromas do Cabernet no registo de fruta são mirtilos e cereja preta que, com a sobrematuração, transformam-se em doces e compotas, aquilo que os ingleses chamam “jammy”.
Aromas mentolados são muitas vezes associados a regiões que são suficientemente quentes para manter o nível de pirazina relativamente baixo, mas não demasiado quentes. Um bom exemplo será Coonawarra, na Austrália, ou algumas áreas de Washington, nos EUA.
Com tempo, vinhos feitos de Cabernet Sauvignon desenvolvem aromas de cedro, tabaco, terra e, por vezes, couro.

À volta do mundo

Das castas destinadas à produção de vinho, Cabernet Sauvignon é a mais plantada a nível mundial, ocupando uma área de 341.000ha (é superior a toda a área de vinha em Portugal), o que representa 4% da área de vinha no mundo, de acordo com os dados da OIV de 2015.
Até há relativamente pouco tempo a França era o país com o maior número de hectares de Cabernet Sauvignon, mas em 2015 a China ultrapassou o país de origem da casta, e não foi por pouco. Hoje, Cabernet encontra-se em 60.000 hectares da vinha chinesa e em França em 48.000ha. E, ao contrário da ideia comum, Cabernet Sauvignon não é a casta mais plantada em França – fica muito atrás da Merlot e ocupa apenas 6% da área de vinha. Mas na China sim, é de longe a casta mais plantada, excluindo uvas de mesa.
No Chile tornou-se a casta mais importante, ocupando uma área de 43.000ha. Nos Estados Unidos, com 41.000ha, ultrapassa a Merlot em quase o dobro, perdendo um pouco para a Chardonnay.
Fora de Bordéus há algumas zonas no mundo onde a Cabernet Sauvignon é muito bem sucedida. Nos Estados Unidos, Napa e Sonoma. Na Austrália, Coonawarra (no Sul do continente) e Margaret River (na Australia Ocidental), esta conhecida pela versão particularmente refinada e elegante da casta.

Cabernet Sauvignon em Portugal

Em Portugal a casta mais famosa do mundo, embora esteja presente quase em todas as regiões, tem uma posição muito mais humilde. Não encontrou grande protagonismo em termos varietais, limitando-se na maior parte das situações à participação em lotes. Em algumas regiões é permitida para produção de vinhos com designação DO, como é o caso do Alentejo, Do Tejo ou Bairrada, por exemplo.
Encontra-se entre as 35 castas mais plantadas, na 22º posição do ranking, ocupando uma área de 2.649ha, o que corresponde aproximadamente a 1% do total das plantações. Nos últimos 10 anos, mesmo com algumas oscilações, a dinâmica tem sido positiva, especialmente nas regiões do Alentejo, Lisboa e Tejo.
A enóloga Sandra Tavares da Silva trabalha com esta casta há bastante tempo na Quinta da Chocapalha. Foram plantados 2 hectares em 1988 pelo seu pai. Considera a Cabernet Sauvignon “uma casta extraordinária mas muito sensível ao local onde é plantada”.
Acharam “que o Cabernet Sauvignon num lote tem sempre um carácter muito forte, em que mesmo em percentagem muito pequena é facilmente identificável e com características muito diferentes das castas portuguesas” e assim decidiram fazer um monovarietal que “pudesse mostrar bem o potencial e perfil desta casta no nosso terroir”. A primeira edição de um monovarietal saiu em 2000. Os anos de experiência mostraram que “na região de Lisboa o Cabernet Sauvignon adquire um perfil clássico, com excelente equilíbrio, frescura e boa maturação fenólica”.
Hamilton Reis, responsável de enologia de Cortes de Cima, considera que Cabernet Sauvignon é “uma das castas nobres do mundo, que gera amores e ódios e tem crescido muito em popularidade junto do consumidor português”. E continua: “Requer enorme atenção em todo o processo e pode no Alentejo fazer vinhos de topo, sendo que ajuda em lotes entregando profundidade e complexidade.”
Em Cortes de Cima, a casta Cabernet Sauvignon foi plantada há alguns anos em diferentes parcelas. Ao fim de vários anos de ensaios e com base na experiência acumulada, avançaram com um monocasta de Cabernet Sauvignon porque estavam certos de que atingiram “o difícil equilíbrio entre a correcta expressão da casta do ponto de vista aromático e a maturação dos taninos”. Procuravam o mesmo que em todos os seus monocastas: “A tipicidade da casta, aquilo que sendo dela a evidencia ao mesmo tempo que a diferencia de outras castas.”
No caso de Cabernet Sauvignon privilegiam “as suas notas de pimento e fruta vermelha, fugindo no entanto à componente quer vegetal, quer sobremadura que muito facilmente desvirtuam a qualidade e o equilíbrio do vinho”. Hamilton diz que a Cabernet Sauvignon passa muito rapidamente “de carácter vincadamente verde a sobremadura”, onde na primeira situação “os taninos mostram dureza e amargor” e na segunda “ficam flácidos e com doçura”, destruindo o equilíbrio. A textura de boca é também essencial; é um ponto tão difícil quanto vital.

Vigorosa na vinha

Cabernet Sauvignon é uma casta vigorosa e forte, aguenta temperaturas bastante baixas, mas precisa de sol e de calor para amadurecer bem. É uma casta de maturação lenta e tardia. Sandra Tavares da Silva nota que na Quinta da Chocapalha, na região de Lisboa, “é sempre a última casta a ser colhida, muitas vezes em meados de Outubro”.
Mas a Cabernet Sauvignon não é de confiança: nos anos mais frescos e húmidos, sobretudo se plantada em solos pesados que não drenam bem, tem dificuldades em atingir uma boa maturação, mantendo uma dose de pirazina bem notável. Por isto em Bordeaux é acompanhada de Merlot e outras castas que amadurecem mais cedo e dão mais segurança, independentemente das condições de cada ano.
O enólogo Bernardo Cabral trabalhou com Cabernet Sauvignon em várias casas e terroirs, desde a Casa Santa Vitória e Bombeira do Guadiana, no Baixo Alentejo, até à Companhia das Lezírias, no Tejo.
Da sua experiência conclui que é “uma casta que precisa de calor para amadurecer os taninos na película, mas que com excesso pode desidratar e perder a elegância aromática”. Dá importância à “conjugação dos solos quentes arenosos com um clima quente durante o dia, mas com noites frescas e húmidas”. Nas zonas mais quentes do Alentejo é “especialmente importante uma grande parede vegetativa para manter os cachos protegidos do sol” e também é “frequente a rega prolongar-se até à data da vindima”, pois “em anos muito quentes e secos, a Cabernet Sauvignon tende a desidratar, exigindo uma desafiante e trabalhosa selecção de uva”.
Sandra Tavares da Silva refere a importância da idade das vinhas, que na Quinta da Chocapalha “já têm 30 anos e fazem toda a diferença em termos de produção equilibrada e bom sistema radicular”. Hamilton Reis também acha que é uma das castas que “necessita de idade para atingir equilíbrio em vinha, para que proporcione maturações consistentes e homogéneas”.
O facto de ser uma casta tardia ajudou a Cabernet Sauvignon na sua adaptação ao Alentejo. Mas Hamilton Reis refere que “a gestão da rega é critica, um stress hídrico por excesso induz maturações extemporâneas e desequilibradas”. Ao mesmo tempo, “com excesso de água, as produções podem ser demasiado elevadas, levando a deficientes maturações e resultando em vinhos verdes e duros”. A condução deve privilegiar a exposição solar e no caso de anos mais frios ou de chuva deve ser considerada a desfolha na zona de crescimento da uva.
A data de colheita de Cabernet Sauvignon “assume na região do Alentejo uma importância extrema, define o estilo e a qualidade, em função do que foi o ciclo de maturação do ano” – acrescenta Hamilton Reis.

Cor, tanino e acidez

Rica em compostos fenólicos, a Cabernet Sauvignon fornece ao vinho os componentes estruturais como o tanino e acidez e confere cor concentrada graças ao alto nível de antocianas. De um modo geral a remontagem, quando o sumo retirado da cuba é bombeado para cima da manta, é preferível à pigeage (quando a manta se empurra para baixo com ajuda de um “macaco”), que dá ao Cabernet Sauvignon um carácter mais rústico; ou a délestage (quando uma parte do mosto é retirada para uma outra cuba e depois bombeada para cima da manta), que é uma técnica bastante extractiva.
Para Bernardo Cabral “a vinificação depende muito da qualidade dos taninos na altura da vindima”. No caso de serem muito bons, gosta de fazer macerações muito longas, que chegam a um mês, “e nesses casos obtêm-se vinhos fantásticos”. Por outro lado, “se os taninos forem mais verdes, é preferível fazer macerações pré-fermentativas a frio e retirar o vinho das massas o mais cedo possivel”.
Hamilton Reis afirma que, garantindo boas maturações de uva, procuram extrações completas. “Esta casta tem intensidade, profundidade e complexidade, se associarmos taninos maduros e frescura aromática, a nobreza da casta permite trabalhos de extração para a obtenção de tintos ricos, densos, completos e reactivos de boca.” No caso de anos difíceis, por excesso ou falta de maturação, “os contactos peliculares devem de ser repensados, encurtando tempos e gerindo prensas ao pormenor”. Já Sandra Tavares da Silva prefere trabalhar “sem grande extracção e boas macerações pós-fermentativas”.
No que todos concordam, é que a Cabernet Sauvignon é uma casta cheia de personalidade, à qual ninguém fica indiferente. A nossa prova evidenciou isso mesmo: independentemente dos estilos, uns mais clássicos, outros mais frutados, presente a 50% no lote ou ocupando os 100%, a Cabernet Sauvignon deixa sempre a sua marca…

Sabia que…

• Cabernet Sauvignon pode estar “escondido” atrás de algumas designações, como por exemplo:
– Bordeaux Blend é um lote tipicamente bordalês que para além do Cabernet Sauvignon normalmente inclui Cabernet Franc, Merlot, Petit Verdot e às vezes Malbec e Carmenère.
– Meritage: vinhos dos EUA inspirados em Bordeaux. O termo apareceu em 1981 para distinguir os blends das castas bordalesas dos monovarietais rotulados simplesmente como “Cabernet Sauvignon”, “Merlot” etc. Apenas os produtores que fazem parte da Meritage Association podem colocar a designação “Meritage” nos seus rótulos. A maior parte deles encontra-se na Califórnia.
– Super Toscana: termo que abrange vinhos de alta qualidade produzidos com Cabernet Suvignon na região de Toscana, Itália. Quando este movimento nasceu nos meados do século passado, a regulamentação de DO não permitia utilização de castas estrangeiras, sendo os vinhos inicialmente rotulados como vinhos de mesa.
• Merlot e Carmenère são irmãos de Cabernet Sauvignon, partilhando o mesmo parente Cabernet Franc.
• Nos Estados Unidos gostam tanto de Cabernet Sauvignon que até definiram um dia em sua homenagem – na terça-feira uma semana antes do Dia do Trabalhador.

Tintos de raça, à beira Tejo

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O rio marca a região e os seus vinhos, tal como marca a gastronomia, os hábitos e costumes. Com um Tejo meio adormecido nas suas calmas águas, os vinhos têm de se mostrar com energia, com carácter e com personalidade. Os melhores têm tudo isso e ainda prometem crescer na garrafa.

 

TEXTO João Paulo Martins FOTOS Ricardo Palma Veiga

AO entrar numa das velhas adegas das grandes empresas da região percebemos que o mundo do vinho já foi nestas terras de uma dimensão grandiosa; se quisermos, gigantesca. Percebemos que por aqui passaram muitos milhões de litros de vinho, que este já foi negócio de um volume que hoje nos faz confusão. Isso conclui-se de uma visita à Casa Cadaval, à Quinta da Alorna, à Fiuza, à Lagoalva, ao Casal Branco ou à DFJ mas, se prolongarmos a visita aos outros produtores da zona, ficamos com uma ideia de quanto o país (e suas colónias de então) foram tributários dos vinhos ribatejanos.

Hoje falamos de um Tejo diferente, de um rio que já não transborda como outrora e de vinhos feitos com mais cuidado e com outros horizontes. No entanto, as mudanças operadas a partir dos anos 90 não retiraram à região algumas das suas características fundadoras, sendo que a mais significativa é a percentagem elevada de brancos que produz e, em segundo lugar, a permanência da casta Fernão Pires como a mais emblemática da região. De facto, com a verdadeira invasão de castas de fora, seja do estrangeiro seja de outras regiões nacionais, é de destacar que algumas das variedades mais significativas ainda por aqui marquem forte presença. O mesmo acontece nos tintos com a Castelão e a Trincadeira, além da Alicante Bouschet que – ainda hoje presente em vinhas quase centenárias – tem mais tradição do que poderíamos supor.

A área de vinha tem tido grandes flutuações nas estatísticas, sendo que tal não se fica a dever a arranques de vinha ou grandes plantios mas apenas a um levantamento deficiente e à inexistência de um cadastro actualizado. Tal lamento foi expresso por Luís Castro, presidente da Comissão Vitivinícola Regional (CVR), que avançou com uma estimativa da área de vinha de toda a região que deverá rondar os 12.874 hectares – quando, nos documentos da própria CVR, se dizia que no ano 2000 existiria uma área de perto de 30.000 hectares. Esta diferença não resulta do arranque, mas do facto de os dados de 2000 “não estarem correctos”, como nos disse.

De resto, e seguindo ainda o presidente da CVR, tem havido mais interesse dos lavradores no plantio de vinhas, porque o valor médio está a subir e os vinhos estão a conseguir uma boa projecção internacional. Desta forma, a produção de vinhos com Denominação de Origem passou de um pouco mais de 5,5 milhões de litros em 2009 para 7,8 milhões em 2017, enquanto os Vinhos Regionais passaram de 10,5 milhões de litros em 2009 para 23 milhões em 2017.

Mercado interno em crescendo
Quem bebe os vinhos do Tejo? A pergunta tem sentido e a resposta pode ser inesperada: é cada vez mais o mercado interno o responsável por aquele crescimento. Isso conclui-se também da diminuição das exportações e consequente aumento do peso da procura interna. A venda para o exterior já representou, em 2012, 44% do negócio e no lapso de 5 anos baixou para 33%. Como é habitual neste tipo de produto, existem flutuações nos mercados de destino, que não são sempre os mesmos. O Brasil tem crescido muito nos anos mais recentes, acompanhado aqui pela China e Polónia, ao lado de uma baixa do mercado americano, inglês e alemão.

A produção está dispersa pelas grandes casas agrícolas acima referenciadas e que têm tradição antiga na região, por duas adegas cooperativas muito activas (Almeirim e Cartaxo), ao lado de outras de muito pequena expressão mas ainda a operar, como Alcanhões, Alpiarça e Benfica do Ribatejo. Várias outras encerraram portas, num movimento que tem tido expressão em muitas outras regiões do país.

Uma das grandes casas com tradições que tem sabido criar e inovar é Quinta da Alorna, onde Martta Simões, enóloga, nos disse quais são, na sua opinião, os pontos fortes e fracos da região. Como valor mais positivo Martta acentua a frescura e elegância dos vinhos, tanto em brancos como em tintos; o ponto fraco é mais difícil de erradicar, a “conotação com os vinhos baratos e com o vinho a granel”, algo que tarda em modificar-se. A região tem uma bandeira, a casta Fernão Pires, mas há outras que são igualmente desafiantes, como a Castelão, referindo-se em especial a uma parcela de vinha muito velha existente na Alorna e que “dá vinhos extraordinários, de cor, de concentração, tudo aquilo que nem sempre associamos à casta”, disse.

Além das castas tradicionais que ainda por aqui têm grande expressão, as novas variedades trazidas de fora têm-se mostrado bem, como é o caso do Sauvignon Blanc, que “não deve ser vindimado cedo de mais porque a falta de maturação dá-lhe um carácter muito verde”, diz Martta. Nos tintos a enóloga tem duas apostas, a Touriga Franca, que pode ser difícil de trabalhar mas com resultados excelentes, e a Alicante Bouschet, que pode ser excelente “desde que não se deixe produzir em demasia, o que com esta casta é muito fácil e muito tentador”.

Não faltam desafios à região e muito bons vinhos também já cá moram, como a nossa prova o demonstra. Mais massa crítica, mais afirmação dos trunfos da região, mais visibilidade junto do consumidor e mais trabalho conjunto de produtores ou enólogos da região são assuntos na agenda de trabalhos.

Sabia que…
A região do Tejo produz mais brancos do que tintos e, neste aspecto, só têm em Portugal paralelo na região Vinhos Verdes.

Pouca certificação, mas…
Olhando para as estatísticas da região do Tejo, verificamos que a percentagem de vinhos certificados é pequena. De facto, embora ela tenha vindo a crescer nos últimos anos, a certificação como DOC ou Regional ainda não chega aos 50% do total produzido. Os resultados podem considerar-se hoje bem melhores que há 10 anos, quando o vinho sem certificação, vendido sobretudo a granel, chegava aos 70%. Há algumas razões que explicam esta situação. Temos de ter em consideração que a adega cooperativa de Almeirim, que é de longe o maior produtor da região do Tejo (30% da produção de toda a região é da sua responsabilidade), comparativamente, certifica muito pouco do que produz, apenas cerca de 6%. Ora, com este dado, e apesar de a maioria dos produtores certificar bem mais de 50% do que produzem, as estatísticas finais são sempre algo enganadoras. A intensa procura do vinho a granel, a possibilidade que a região tem de produzir 25 a 30 toneladas por hectare com algumas castas (Alicante Bouschet, por exemplo, mas também Arinto) e os preços atractivos que se estão a praticar neste segmento levam a que seja difícil alterar a situação a breve prazo.

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Companhia das Lezírias 1836

DOC do Tejo Grande Reserva tinto 2015

Muita azeitona e eucalipto na primeira impressão, balsâmico e químico, concentrado e muito rico no aroma. Denso e bastante cheio na boca, compacto, muito sólido, a mostrar grande estrutura e classe mas a precisar de muito tempo em garrafa para revelar tudo. Um vinho de futuro. (14%)

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Falcoaria

DOC do Tejo Grande Reserva tinto 2015
Casal Branco

No aroma pressentem-se notas de madeira, caramelo e tosta de barrica, tudo com excelente impacto e com a fruta em segundo plano. Com tempo, o vinho abre no copo, assente em firme estrutura, belo equilíbrio de taninos e acidez. Muito rico, muito promissor. (14%)

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Marquesa da Alorna

DOC do Tejo Grande Reserva tinto 2013
Soc. Agríc. Qta. da Alorna

Notas de casca de árvore, com alguns balsâmicos e leve eucalipto à mistura, resinas, conjunto a mostrar um tom sério e com evidente personalidade. Muito volume na boca, com tanino ainda bem presente, ainda que fino, é claramente tinto de guarda. (14%)

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Casal da Coelheira Private Collection

Reg. Tejo tinto 2015

Média concentração, algumas notas de casca de árvore, erva seca e fruta madura. Muito bem na boca, com uma austeridade bastante positiva, um tanino firme, um tinto sério, profundo e a um preço super competitivo. (14%)

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Conde Vimioso

Reg. Tejo Reserva tinto 2014

Notas balsâmicas e de menta no aroma, concentrado na cor, bem desenhado na boca, envolvente, especiado, macio, de novo com os sabores mentolados, resultando muito fresco e afinado. Muito bom conjunto, dominado pela elegância. Excelente preço. (14%)

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Fiuza Íkon

DOP do Tejo tinto 2015

Notas de Touriga Nacional, com bagas silvestres maduras e sugestões de fruta em calda no aroma, algum cacau. Corpo elegante, cremoso e texturado, tanino fino sem marcar muito e polimento notável do conjunto. Perfeito para beber desde já. (14%)

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Marquesa de Cadaval

DOC do Tejo Reserva tinto 2013

Notas de chocolate, tosta da madeira, fruta negra doce, muito polimento aromático. Cheio na boca, macio e envolvente, com bom volume e estrutura ácida, sem arestas. Cresce muito na boca, poderá beneficiar com decantação para abrir mais os aromas. (14%)

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Ninfa

Reg. Tejo Escolha tinto 2011

Boa concentração no aroma, com fruta em calda, leve toque especiado, notas doces e leve nota de baunilha. Muito bem na boca, com alegria de fruta, bastante envolvência e um final com toque de barrica. No conjunto funciona muito bem. (14%)

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Quinta da Lapa Homenagem a Sta. Teresa d’Ávila

DOC do Tejo Reserva tinto 2014
Agrovia

Notas de pimento e grafite surgem no aroma, algum café, todo muito chegado ao lado apimentado, o que dá sempre a sensação de frescura. Muito harmonioso na boca, com notas de couro, belo volume e com boa presença, a permitir prova imediata. (14%)

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Quinta de Vale Veados

Reg. Tejo Reserva tinto 2014
Rui Reguinga

Pouco falador, ainda contido e austero nos aromas, fruta reservada. Depois mostra-se bem mais expressivo na boca, tem tanino sólido bem envolvido, tem estrutura, carácter e personalidade. Beneficiará com tempo de cave. (14,5%)

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Cavalo Bravo Premium

Reg. Tejo tinto 2015
Parras Wines

Na cor e aroma notamos uma concentração média, com evidência do fruto maduro, algum ambiente balsâmico. Na boca sente-se a firmeza e solidez, algum tanino da madeira, expressa volume e elegância, tudo com boa acidez e muita frescura. (13,5%)

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Quinto Elemento

DOC do Tejo Cabernet Sauvignon Reserva tinto 2013
Quinta do Arrobe

No nariz sentimos um atractivo aroma de pimento, mas também de malagueta, sente-se depois na boca alguma evolução mas ainda com juventude. A boca corresponde aos mesmos aromas do nariz, revela bom corpo e acidez, conjunto muito interessante e personalizado. (14%)

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Bridão

DOC do Tejo Reserva tinto 2015
Adega Coop. do Cartaxo

Fruta bem agradável e fresca no aroma, algum balsâmico, chocolate. Bastante macio e envolvente na boca, encorpado, com fruta vermelha madura, conjunto polido, com abundantes notas doces e de especiarias. (15%)

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Quinta da Badula

Reg. Tejo Reserva tinto 2013
Quinta da Badula

Aroma vivo, com fruta madura mas com bastante energia, a mostrar-se muito bem; franco e sumarento na boca, polido e com bom carácter, é um tinto absolutamente consensual, o que é grande virtude. (14,5%)

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Zé da Leonor

Reg. Tejo Grande Escolha tinto 2014
Casa Agríc. Rebelo Lopes

Notas de mentol, leve balsâmico a ganhar peso no aroma do vinho. Mais leve do que seria de supor na boca, tanino fino, alguma fruta em calda, a revelar uma já ligeira evolução. Mostra-se capaz para prova imediata, dando muito boa conta de si. (14%)

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Batista’s

Reg. Tejo Reserva tinto 2015
Pitada Verde

Aroma discreto, com leves notas de fruta, apontamentos vegetais, tudo num registo fechado e contido. Tem um leve amargo vegetal a dar garra, acidez viva, tudo ainda a necessitar de afinamento com o tempo. (14%)

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Casal das Freiras

Reg. Tejo Reserva tinto 2015
Agrovalente

Concentrado no aroma, com fruta madura e evidentes notas de madeira. Bem mais expressivo de fruta na boca, com tanino vivo e firme, tudo a exigir cuidada ligação com a comida. (14%)

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Dona Florinda

Reg. Tejo tinto 2011
Mascata

No aroma sentimos uma curiosa nota de tomate em rama e morango maduro. Tem boa estrutura na boca, com evolução positiva, num registo suave e macio, sugere já estar no melhor momento, não requerendo por isso mais espera. O conjunto dá boa prova. (14%)

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Quinta Vale de Fornos

DOC do Tejo Syrah Reserva tinto 2015
Soc. Agríc. de Vale de Fornos

Aroma marcado por algumas notas de tosta de madeira, mas ainda algo vegetal, deixando a fruta em calda num segundo plano. Personalizado mas um pouco rústico na boca, com tanino rijo a dizer que precisa de tempo. (15%)

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Terra Silvestre

DOC do Tejo Grande Reserva tinto 2014
Agro Batoréu

Ambiente aromático balsâmico, com fruta madura mas de tonalidade austera. Médio corpo na boca, com notas de pedra raspada ao lado de sabores que lembram chocolate e menta. Não justificará guarda. (13,5%)

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Varandas

DOC do Tejo Grande Escolha tinto 2014
Coop. Almeirim

Ligeiro na cor, aroma com alguma fruta vermelha tipo groselha, morangos silvestres. Médio corpo na boca, com leveza e equilíbrio e um perfil que aponta para o consumo imediato. Franco, directo, acessível. (14%)

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Convento de Tomar

DOC do Tejo Reserva tinto 2013
Quinta do Cavalinho

Média concentração no aroma, fruta madura simples mas agradável, num registo correcto mas muito honesto. Notas de leve mentolado, tudo simples e eficaz, a dizer que já está no momento certo de prova. (13,5%)

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Quinta dos Penegrais

Reg. Tejo Alicante Bouschet Reserva tinto 2016
António Carvalho Machado

Concentrado na cor, balsâmico e eucalipto, sugestões de mentol. Perfil morno e de fruta doce na boca, com chocolate e algum tanino. Resulta macio e gordo mas um pouco unidirecional, em virtude da doçura que apresenta. (15%)

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