Frescura alentejana, em brancos de Primavera

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]“The times they are a-changin’.” Bob Dylan não se referia aos vinhos quando compôs a música, mas o essencial está lá: os tempos estão a mudar, o sociológico e o meteorológico, e os brancos do Alentejo também. Cada vez mais elegantes e frescos, acompanhando a Primavera…

TEXTO Mariana Lopes
FOTOS Ricardo Palma Veiga

Para satisfação dos produtores, na busca por um mercado vínico mais democrático e equilibrado, o facto é que o consumo e procura de vinho branco têm evoluído positivamente nos últimos seis ou sete anos. Isto verifica-se na generalidade das regiões e o Alentejo não é excepção, funcionando como motor para o aumento das plantações de uva branca e da produção de vinho branco. Segundo dados estatísticos apurados pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), este crescimento verifica-se tanto em volume como em percentagem da produção total, sendo que em 2012 o vinho branco representava 19% e em 2016 já estava na ordem dos 23%. Num total de, aproximadamente, 21.353 hectares de vinha que o Alentejo hoje tem (com Denominação de Origem Controlada e Indicação Geográfica), mais de 4.767 são de uva branca, ou seja, 22,3%.
Com isto percebemos que o domínio do vinho tinto sobre o branco ainda existe, mas que o caminho está a ser traçado. E os enólogos reiteram. Luís Cabral de Almeida, da Herdade do Peso, diz que a procura por vinhos brancos das suas marcas “está a subir todos os anos, e as vendas do Sossego branco crescem exponencialmente”. O mesmo indica Carlos Rodrigues, técnico da Adega Mayor, confirmando que “tem sido uma constante aumentar a área de vinha branca, em parte por causa disso” – e analisa que “antigamente, os brancos eram um nicho de mercado e agora já não, as tendências mudaram, houve modernização do património vitícola do Alentejo e já há um equilíbrio maior”.
Mas, há cinco anos, Filipe Teixeira Pinto, da Herdade do Sobroso, ainda não o sentia. Foi há cerca de três anos que se começou a aperceber de um interesse muito crescente pelos brancos. Mas isto são apenas “facts and figures”, há-que ir a outras nuances. Quem é o consumidor que está a puxar a barra dos brancos para cima, no gráfico do Alentejo? Segundo Pedro Ribeiro, do Rocim, é “aquele consumidor inicial, que vem dos tintos mais estruturados, que começa a dar mais atenção aos brancos do que o de antigamente e, quanto mais conhecedor é, mais importância dá ao branco”. Filipe Teixeira Pinto complementa, e diz que esse fenómeno acontece sobretudo “em gamas superiores”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”27205″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Desafiante, mas não impossível
Nesta prova de brancos alentejanos provaram-se vinhos com preço de venda ao público até oito euros, a maior parte da colheita de 2017, mas também vários de 2016, alguns 2015 e até um 2014. A jornada que tivemos faz-nos rir do mito: que o Alentejo é uma região menos favorável para brancos. Esqueça-se isso de vez. Não só é favorável como podemos constatar frescura, crocância e até mineralidade. Se é fácil? Ninguém diz. Fazer brancos assim, no Alentejo, é até um dos maiores desafios para os enólogos, principalmente com o clima em constante mutação e o aquecimento global que, quer se queira quer não, está aqui.
Pedro Ribeiro declara, sem vacilar, que “tudo aquilo que são boas qualidades num branco, a frescura, a mineralidade, a acidez, consegue-se encontrar no Alentejo, mas o desafio maior é esse, encontrar numa região quente o equilíbrio e a frescura”. Para Luís Cabral de Almeida, passa por encontrar, ainda na vinha e principalmente na Antão Vaz, o compromisso entre o carácter vegetal e o carácter mais frutado da uva, o momento exacto em que esses dois marcadores estão em equilíbrio para que possa ser colhida e para se preservar o equilíbrio ácido. “Normalmente, os brancos associados ao Alentejo são de peso e volume”, diz Carlos Rodrigues, “e contrariar isso é sempre um desafio, acima de tudo mantendo o carácter alentejano”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”full_width_content” full_screen_row_position=”middle” equal_height=”yes” content_placement=”top” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ enable_shape_divider=”true” shape_divider_position=”bottom” shape_type=”curve”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

As alterações climáticas
“Uma região quente”, são palavras que saem da boca destes técnicos e de outros mais, e também da do povo. Sempre foi. Porém, com as alterações climáticas globais, parece estar cada vez mais. “Já não é um ‘será’, mas uma certeza”, diz Pedro Ribeiro, “e o Alentejo é das regiões que mais sofre com isso. Quando comecei, há vinte anos, as vindimas começavam no final de Setembro e agora começam no início de Agosto.” É verdade e urge combatê-lo, não só para obtenção de bons resultados na garrafa, como pela sustentabilidade ambiental.
Felizmente, é fácil de ver que, mesmo no plano nacional, os produtores estão muito despertos para o problema e cientes da sua responsabilidade. Vemos adegas de todas as regiões com planos de poupança, reserva e reutilização de água, uma exponencial tendência de agricultura sustentável e de respeito pelo planeta. O Alentejo também tem as suas próprias formas de lidar com estas adversidades. A busca pelas castas mais resistentes já começou e essa é uma das razões pelas quais algumas uvas antigas e já pouco presentes estão a ser recuperadas.
Luís Cabral de Almeida explica: “Estamos muito preocupados com isso e a trabalhar bastante nesse sentido. Olhamos para o passado para plantar as vinhas futuras. Estamos a fazer uma pesquisa exaustiva sobre as castas que se plantavam antes e os

[/vc_column_text][/vc_column][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”27207″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]sistemas de condução que se utilizavam, e sentimo-nos obrigados a perguntar ao passado o que é que resistia. Procuramos também castas de ciclo longo, cuja maturação fenólica seja feita o mais tarde possível, que se possam vindimar mais tarde, para se beneficiar de uma coisa muito importante, que são as noites mais frias. É fulcral tentar perceber e acompanhar algumas vinhas velhas na nossa zona com castas antigas, para fazer novas plantações e, acima de tudo, colocar em causa os sistemas de condução actuais.”[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”15″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”Castas brancas do Alentejo”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” equal_height=”yes” bg_color=”#f2f2f2″ scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” enable_gradient=”true” color_overlay=”#dddddd” gradient_direction=”left_to_right” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color=”#e5e5e5″ background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”27191″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][tabbed_section style=”minimal” alignment=”center” spacing=”default” tab_color=”Accent-Color” cta_button_style=”accent-color” icon_size=”24″][tab icon_family=”none” title=”Antão Vaz” id=”1543248864-1-98″ tab_id=”1543251472743-5″][vc_column_text]Antão Vaz é, cada vez mais, a casta-bandeira do Alentejo. O que não deixa de ser curioso para uma variedade que, no início dos anos 80, era quase inexistente fora da Vidigueira. As noites mais frescas desta sub-região alentejana (influência da serra do Mendro) conferem mais frescura, equilíbrio e mineralidade, sobretudo quando plantada em solos de xisto e granito. Fora da Vidigueira, precisa muitas vezes do apoio de uma casta mais ácida. Fruto expressivo, corpo, elegância, são alguns dos seus atributos.[/vc_column_text][/tab][tab icon_family=”none” title=”Síria” id=”1543248864-2-92″ tab_id=”1543251473051-10″][vc_column_text]Até à ascensão da Antão Vaz, a Síria (ou Roupeiro, como é conhecida localmente) era a rainha das uvas brancas alentejanas. Ainda hoje mantém o segundo posto, mas longe do predomínio de outrora. Origina vinhos muito aromáticos quando jovens mas não mostra no clima alentejano a resistência ao tempo que revela no planalto da Beira Interior. Ainda assim, continua a ser de grande utilidade nos lotes.[/vc_column_text][/tab][tab icon_family=”none” title=”Arinto” id=”1543251569005-2-3″ tab_id=”1543251473051-10″][vc_column_text]Arinto é a parceira ideal da Antão Vaz, conferindo-lhe a acidez e frescura que por vezes lhe falta. Uva antiga, presente em todo o país, é muito provavelmente a casta branca portuguesa mais útil, pela sua polivalência, adaptabilidade, acidez natural e aromas e sabores citrinos.[/vc_column_text][/tab][tab icon_family=”none” title=”Fernão Pires e Rabo de Ovelha” id=”1543251569699-3-7″ tab_id=”1543251473051-10″][vc_column_text]Fernão Pires e Rabo de Ovelha, são duas castas tradicionais na região (e em quase todo o Portugal continental, na verdade), mantendo ainda uma pequena presença (pouco mais de 5% cada) nas plantações alentejanas. A Fernão Pires origina vinhos de grande intensidade floral e corpo cheio, mas precisa ser vindimada bem cedo, sob pena de perder a acidez e a graça. Tal como a Fernão Pires, a Rabo de Ovelha tem produtividade elevada, e necessita cuidados acrescidos para originar vinhos de qualidade.[/vc_column_text][/tab][tab icon_family=”none” title=”Verdelho, Gouveio e Alvarinho ” id=”1543251570231-4-3″ tab_id=”1543251473051-10″][vc_column_text]Verdelho, Gouveio e Alvarinho (as primeiras duas são muitas vezes confundidas, até pelos próprios produtores) são castas recentes na região mas em forte expansão. A elegância aromática, o perfume, a capacidade de manter acidez com a maturação são trunfos importantes a seu favor.[/vc_column_text][/tab][tab icon_family=”none” title=”Rabo de Ovelha, Perrum, Diagalves e Manteúdo” id=”1543251664281-5-5″ tab_id=”1543251473051-10″][vc_column_text]Juntamente com o Roupeiro, antigamente encontravam-se por todo o Alentejo, mas estão agora em acentuado declínio. Raramente são objecto de atenção nas novas plantações, ainda que se comece a assistir à redescoberta da Perrum, uma casta de grande qualidade, pela acidez e componente mineral que empresta aos vinhos. (LL)[/vc_column_text][/tab][/tabbed_section][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default” custom_height=”15″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Passaporte alentejano
Os enólogos dizem-nos que há variedades mais resistentes do que outras, e é aí que surge uma declaração de amor generalizada: Antão Vaz, Antão Vaz, Antão Vaz. A menina dos olhos de muitos dos que fazem vinho no Alentejo, naturalmente, e ainda mais, na Vidigueira. Não só porque faz frente às intempéries, mas também pela personalidade intrínseca da uva. “É a que gosto mais, permite-nos fazer brancos com variados estilos”, confessa Filipe Teixeira Pinto. Mesmo Carlos Rodrigues, de fora da Vidigueira (a Adega Mayor fica em Campo Maior), assume que esta casta é das mais interessantes de trabalhar, e Pedro Ribeiro também a indica como favorita e não deixa de dizer que “tem uma expressão particular na Vidigueira, onde é perfeitamente possível atingir mineralidade com ela, desde que tenhamos uma linha de respeito pelo terroir”.
Isto traduz-se num facto irrefutável: neste momento a Antão Vaz é a casta mais plantada em toda a região, a representar quase 26% do encepamento em cerca de 1.230 hectares, num total de 4.760 de vinha branca. Também é verdade que, na Vidigueira, as condições são particulares. Já sabemos que a serra do Mendro e os ventos do Atlântico temperam o clima desta sub-região, o que ajuda muito na “epopeia” da frescura. Mas, em todo o Alentejo há armas em forma de uva que tornam essa epopeia menos árdua e, por vezes, essas armas são estrangeiras à região.
A Arinto, nascida em Bucelas mas residente honorária em variadas regiões do país, é assídua nos lotes clássicos do Alentejo, sobretudo com Antão Vaz, e é essencial para uma boa acidez e frescura. Carlos Rodrigues sabe bem que assim é e diz que “Arinto é a vertente fresca do Sul, é o ‘nosso’ Alvarinho, dá-nos nervo”. A questão da introdução de castas de fora no Alentejo prende-se com esta matéria do equilíbrio e é uma questão sensível, mas não, de todo, controversa. Falamos de Verdelho, Viosinho, Viognier ou Alvarinho, por exemplo.
Muitos consideram-nas necessárias, mas percebem que a comunicação da região não é por aí. “Não as ponho de parte”, revela Carlos Rodrigues, “só não devemos tentar fazer igual à região de origem, mas é extremamente interessante ver o comportamento delas aqui. Gosto muito de complementar os meus lotes com essas castas, como sal e pimenta para um vinho. O Verdelho, por exemplo, é uma casta constante nos nossos vinhos, pois dá-nos frescura, tipicidade, mineralidade.” Filipe Teixeira Pinto é assertivo na resposta, afirmando que “são precisamente necessárias para ir buscar a tal frescura aromática e de boca que muitas das variedades de fora têm.” E especifica: “O Alvarinho é uma que acredito ter futuro no Alentejo e o Verdelho já deu mais que provas. O Arinto, esse é um todo-o-terreno.” Luís Cabral de Almeida acrescenta um lado comercial: “Acho que as novas castas têm ajudado a conquistar outros consumidores. Em vinhos de entrada de gama, tornam-nos mais universais mas, no segmento dos seis aos oito euros, o caminho deverá ser a distinção. Mais tarde, o consumidor vai agradecer a opção pelas castas autóctones.”
Dados da CVRA mostram-nos que, a seguir ao Antão Vaz, as uvas mais plantadas em todo o Alentejo são a Síria (19%), que tradicionalmente na região tem o nome de Roupeiro, Arinto (15%), Rabo de Ovelha (6%), Fernão Pires (5%) e Verdelho (5%). No entanto, as tendências dos últimos anos adivinham alterações a estes números. De acordo com a Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo (ATEVA), têm aumentado muito a sua força, além do Arinto, a Viosinho, Verdelho, Alvarinho e Viognier, precisamente. Curiosamente, também a Encruzado (do Dão) tem começado a aparecer (quem diria?). A Síria é um dos casos de diminuição acentuada nas plantações mas que, como também tem acontecido com a Perrum (sobretudo na Vidigueira), nos últimos três anos tem sido recuperada pelos produtores. Isto revela que aqui não há perdedores. Não só há abertura a novos instrumentos como os da terra estão a ser bastante valorizados e reintroduzidos.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”15″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O jeito que o branco tem
Os quatro enólogos com quem falámos pertencem ao grupo dos seis vinhos que obtiveram classificação mais alta neste painel de prova. Juntam-se-lhe Solar dos Lobos e Pousio. Todos eles custam entre seis e oito euros e todos têm um perfil muito objectivo, perfil esse que converge entre estas marcas, neste segmento. “Acima de tudo, tem de ser convidativo. O mercado quer estes vinhos já com personalidade e sentido de lugar. Tem de ter frescura e ser gastronómico, ter equilíbrio”, confere Luís Cabral de Almeida. Todos dizem que um toque de madeira usada, mas pouca, faz toda a diferença, porque dá a personalidade necessária ao perfil. Filipe Teixeira Pinto acrescenta que, neste segmento de preço, “são brancos que não se limitam ao estereótipo do vinho de Verão”: “Já deve ser um vinho para o Inverno também, com alguma estrutura e que viva mais tempo.” Nas palavras de Pedro Ribeiro, “um comercial upgraded”.
Dizer que ainda há caminho a percorrer pode ser verdade, mas é um cliché que todos dizemos por acreditarmos que há uma fita de chegada para cortar, um vinho ideal, perfeito e a partir do qual não há mais para onde ir. Mas estamos bem e a fazer bem. Estamos lá, o percurso é notável. Equilíbrio, acidez, frescura, leveza, Alentejo. For the times, they are a-changin’.

Em Prova:[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”27206″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Edição nº13, Maio 2018

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][/vc_column][/vc_row]

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