Tempos de mudança na Quinta da Pacheca

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]É uma das quintas com maior notoriedade no Douro e será certamente a que mais enoturistas recebe. Os investimentos no enoturismo continuam em bom ritmo, mas muitas mudanças estão também a ocorrer na vinha e nos vinhos.

TEXTO António Falcão
NOTAS DE PROVA Nuno de Oliveira Garcia
FOTOS Ricardo Palma Veiga

Enquanto calcorreamos as vinhas da Quinta da Pacheca, vizinhas ao magnifico conjunto arquitectónico que constitui a quinta, dou comigo a pensar que “isto não é Douro”. De facto, o solo escuro não tem pedra, não se avista xisto em lado nenhum e o relevo é plano, ou quase. Poderia estar facilmente numa vinha de Lisboa, do Tejo ou de qualquer outra região onde as vinhas bordejem um rio, em terras de aluvião.
Afinal o Douro não é só colinas, escarpas, patamares ou socalcos. “O Douro é uma imensidade de terroirs diferentes”, explica-me Hugo Fonseca, o responsável de viticultura, que nos acompanha. Mas, de facto, como este há muito pouco…
Nem toda a área de vinha é assim, contudo. O projecto Pacheca compreende mais duas vinhas próprias: uma ali ao pé, no Vale Abraão e junto ao hotel Six Senses, maioritariamente na morfologia típica do Douro. E a outra, recentemente adquirida, no Cima Corgo, ao pé da Folgosa. Aqui também predominam a colina de xisto e os patamares. No total, a casa possui hoje cerca de 70 hectares de vinha, mas tem parcerias com lavradores locais, incluindo no Vale da Vilariça. Mas foi-nos dito que é intenção serem auto-suficientes…[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” equal_height=”yes” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”27152″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” equal_height=”yes” content_placement=”middle” full_height=”yes” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Mudança na propriedade
Hugo Fonseca gere uma multidisciplinar equipa de quase 20 pessoas e só entrou para o projecto em Dezembro de 2013. Nessa altura, já a propriedade da Quinta da Pacheca estava em outras mãos, nas do então casal Maria do Céu Gonçalves e Paulo Pereira, que a adquiriram em 2012. Originários da região, mas residentes há décadas em França, os dois possuem no país gaulês negócios de monta na distribuição de produtos do mercado da saudade (e não só portugueses). Mas também estenderam os seus investimentos lusos à hotelaria na cidade do Porto.
A face mais visível da quinta é, contudo, Maria do Céu, empresária dinâmica e esclarecida. Em poucos anos investiu forte aqui, mas com cabeça, tronco e membros. O hotel está em vias de ser ampliado, nasceu um generoso parque de estacionamento, novas salas – e quando por lá passamos outras estavam em construção. Como uma nova loja e sala de provas e uma sala para ‘cooking lessons’!
A mais recente novidade foi implantada na parte superior da quinta, em plena vinha, com a instalação de dez quartos em forma de tonéis, tal e qual como se fosse uma cave de barricas a céu aberto. As ‘wine barrels’, como aqui lhe chamam, foram transportadas inteiras (uma de cada vez, claro), em transporte especial. Vieram de uma empresa de Amarante e cada ‘barrica’ inclui casa de banho, duche, janela, cama e por aí fora. Nós já lá ficamos e a experiência é muito interessante, provocando a curiosidade de vários turistas que por lá passavam.
Neste ponto, a Quinta da Pacheca é um rodopio. Uns turistas vêem dos cruzeiros que sulcam o Douro, outros são hóspedes do hotel, e outros ainda trazem o seu automóvel para uma visita pontual. O ano passado foram quase 70.000, um número astronómico, mas suportado por uma boa equipa de enoturismo que recebe, mostra e explica o que é uma quinta no Douro. Tudo muito profissional, tudo muito bem feito. Melhor ainda, a equipa de 8 pessoas está sempre à procura de novas e inovadoras experiências para oferecer. “Queremos proporcionar experiências mais pessoais, com a mão na massa”, diz-nos Ricardo Santos, o ‘tasting room manager’. Aqui não há vídeos ou palestras em salas fechadas: tudo é feito no terreno… Mas deixemos o tema para uma visita futura do nosso especialista no enoturismo e voltemos à vinha e ao vinho, o grande motivo da nossa presença ali.

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A peça fulcral na produção é Maria Serpa Pimentel, a enóloga que conhece como ninguém este terroir. Afinal, a quinta era de família e foi aqui que Maria cresceu. E foi ainda aqui que iniciou a sua carreira enológica profissional, depois de cursar Enologia na Universidade de Trás-os-Montes, onde estreou o curso e onde acabou por ser professora (hoje já não).
Com novos meios e uma liberdade de acção que nunca teve, Maria começou a planear a mudança na viticultura e enologia na Quinta da Pacheca. Afinal, reza a história que foi esta uma das primeiras quintas a engarrafar vinhos no Douro com marca própria.
A equipa de viticultura cresceu (e muito) e compraram-se novos equipamentos. A vinha começou a receber reestruturações, acabando-se com algumas parcelas pouco interessantes (por causa das castas e/ou da idade das vinhas). Tudo feito de forma faseada, até para não alterar muito o funcionamento enoturístico da quinta, que representa uma fatia importante do negócio.
Na adega, localizada na vizinha cidade de Peso da Régua, entrou também mais material. Na quinta continuaram os imponentes lagares, reservados para os vinhos mais ambiciosos e os ‘Portos’. São 11 ao todo, a maioria comportando 12 toneladas de uva. Na altura das vindimas fazem a delícia dos turistas, porque aqui não existe pisa robotizada: é tudo a pé, como antigamente.
Por outro lado, foram celebrados contractos com alguns viticultores locais, para complementar a oferta de uvas, que era insuficiente para o crescimento que, entretanto, se foi verificando. Tudo se profissionalizou com maior organização e planeamento, baseados nos mais recentes conhecimentos do mundo vínico.
Estas mudanças levam tempo a dar os seus resultados, mas os vinhos já começaram a demonstrá-lo.

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”full_width_content” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Oitos vezes mais produção que em 2012!
O portefólio de Vinho do Porto sofreu uma pequena revolução, graças a investimentos de monta. Com o estatuto de comerciante, a Pacheca conseguiu, por exemplo, adquirir tawnies velhos e hoje possui lotes de 10, 20, 30 e 40 anos. E não faltam várias colheitas antigas, incluindo um de 1934, o mais caro vinho da loja (€855). Os LBV e Vintage também constam do portefólio, assim como os Tawnies e Rubis de entrada de gama. A lista de brancos e tintos, uma força tradicional na casa, também sofreu alterações nos últimos tempos, especialmente nos topos. Destaque para um rosé Reserva, um dos poucos do Douro, seco e muito gastronómico.
Falta na gama um branco Grande Reserva, mas Maria Serpa Pimentel já descobriu as uvas certas para o fazer. E vai existir também um Colheita Tardia, com uvas de Semillon, igualmente de um lavrador da região. Álvaro Lopes, gestor da Quinta da Pacheca, acrescenta outra novidade: “Nos vinhos topo de gama vamos fazer sempre 10% em garrafa magnum (1,5 litros); acho que existe muita apetência dos nossos clientes para este formato.”
Hoje a quinta produz mais de 1 milhão de garrafas, cerca de oito vezes mais do que em 2012! O maior cliente individual é o próprio complexo da Quinta da Pacheca, entre o hotel, o enoturismo, o restaurante e a loja de vinhos. Curiosamente, o vinho que mais se vende é o Tawny 30 anos (€59 na loja). E uma boa parte dos vinhos aqui adquiridos é enviada a posteriori para os clientes, um pouco para todo o mundo.
Outra porção dos vinhos fica logo no próprio Douro, abastecendo duas das três maiores operadoras de cruzeiros no Douro. De resto, os vinhos vão para o estrangeiro e mercado nacional.

[/vc_column_text][/vc_column][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_gallery type=”nectarslider_style” images=”27169,27170,27171″ flexible_slider_height=”true” bullet_navigation_style=”see_through” onclick=”link_no” img_size=”400×700″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”15″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Mudança total
Trabalham na Quinta da Pacheca cerca de 70 pessoas permanentes, mais ainda na altura das vindimas. A polivalência é muito apreciada e não é raro vermos o responsável de viticultura sair das vinhas para conduzir um grupo de visita. A formação é contínua, da viticultura ao enoturismo. E Álvaro Lopes diz-nos que a quinta “paga acima da média aos colaboradores, para maior motivação e fidelidade”.
A nova gestão só começou há cinco anos. Neste curto período, muita coisa mudou entretanto, e para melhor. Desde a hotelaria à viticultura e aos vinhos. O nome Pacheca continua por isso em alta no Douro e mantém-se como uma referência incontornável. Mas, apostamos, o melhor está ainda para vir.

Em Prova:[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Edição nº13, Maio 2018

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