Icónico vinho João Pires tem novo look

João Pires é um branco icónico da José Maria da Fonseca, um monocasta Moscatel de Setúbal produzido desde a última década de 70. Hoje, quase 30 anos depois da última mudança de imagem deste vinho, João Pires surge no mercado com um look completamente novo: uma garrafa mais escura, um rótulo que imita a textura […]

João Pires é um branco icónico da José Maria da Fonseca, um monocasta Moscatel de Setúbal produzido desde a última década de 70. Hoje, quase 30 anos depois da última mudança de imagem deste vinho, João Pires surge no mercado com um look completamente novo: uma garrafa mais escura, um rótulo que imita a textura da parra da uva Moscatel de Setúbal, e um upgrade no papel e nos acabamentos, para dar aparência mais fresca e, em simultâneo, mais premium. 

Segundo a José Maria da Fonseca, “este rebranding tem como objectivo tornar a marca mais actual e moderna, mas ao mesmo tempo manter os elementos que desde sempre a distinguiram, sem descurar a qualidade e perfil do vinho”.

O João Pires branco 2019 tem um p.v.p. de €3.99.

Iniciou-se hoje o concurso Brancos de Portugal – A Escolha do Mercado

Não há melhor maneira de regressar à “pré-normalidade” que a situação mundial actual impõe do que com um concurso de vinhos. Organizado pela Grandes Escolhas, o concurso BRANCOS DE PORTUGAL – A ESCOLHA DO MERCADO tinha uma primeira data marcada para Março passado, mas o rebentar da pandemia que ainda nos acompanha obrigou ao seu […]

Não há melhor maneira de regressar à “pré-normalidade” que a situação mundial actual impõe do que com um concurso de vinhos. Organizado pela Grandes Escolhas, o concurso BRANCOS DE PORTUGAL – A ESCOLHA DO MERCADO tinha uma primeira data marcada para Março passado, mas o rebentar da pandemia que ainda nos acompanha obrigou ao seu sucessivo adiamento. 

Hoje, em boa hora, reuniram-se as condições essenciais para a realização das provas e arrancou o primeiro dos três dias do concurso, no qual serão provados – pelos principais players do canal HoReCa do nosso país – 532 vinhos vinhos brancos nacionais, algo inédito em Portugal. Para assegurar a pertinência e justiça do concurso, todos estes vinhos foram divididos por três categorias correspondentes a segmentos de preço: Categoria A – até €5; Categoria B – de 5 a €12; e Categoria C – acima de €12. Há dois galardões em atribuição, em cada uma das categorias: Escolha do Mercado e Grande Prémio Escolha do Mercado, este último para o melhor vinho em cada classe de preço.

São cerca de 25 provadores, divididos pelas três sessões, um grupo de luxo que inclui responsáveis por lojas de vinho, restaurantes, wine bars e também sommeliers, todos com reputação comprovada: são profissionais de espaços como os restaurantes JNcQUOI, Churrasqueira D. Pedro, Fidalgo, Alma, Grupo Cabana, Eneko Lisboa, Burro Velho, Feitoria, Meat Me, Dux, 100 Maneiras e Sem Dúvida; as garrafeiras Empor Spirits, 5 Estrelas, Néctar das Avenidas, Garrafeira Nacional, Wines 9297 e Napoleão; e os wine bars Mr. Santos e The Corkscrew.

Os resultados do concurso BRANCOS DE PORTUGAL – A ESCOLHA DO MERCADO serão comunicados durante a próxima semana, aqui no site da Grandes Escolhas.

Grandes Escolhas organiza concurso BRANCOS DE PORTUGAL – A ESCOLHA DO MERCADO

Depois de uma longa e necessária espera, que se deveu à pandemia da Covid-19, a Grandes Escolhas está finalmente em condições de realizar o muito ansiado concurso BRANCOS DE PORTUGAL – A ESCOLHA DO MERCADO. Este acontecerá já nos próximos dias 13, 14 e 15 de Julho, na sede da revista, em Lisboa, cumprindo todas […]

Depois de uma longa e necessária espera, que se deveu à pandemia da Covid-19, a Grandes Escolhas está finalmente em condições de realizar o muito ansiado concurso BRANCOS DE PORTUGAL – A ESCOLHA DO MERCADO. Este acontecerá já nos próximos dias 13, 14 e 15 de Julho, na sede da revista, em Lisboa, cumprindo todas as medidas de segurança e protecção recomendadas.

Este concurso estava originalmente previsto para o mês de Março, mas a eclosão da crise do novo coronavírus foi obrigando a sucessivos adiamentos, ao ritmo da imposição de medidas restritivas, por parte das autoridades. Reunidas agora as condições necessárias, e fazendo a mandatória adaptação de procedimentos, a prova irá estender-se por três dias.

Contando com um número de inscrições superior a 520 vinhos, o que superou todas as expectativas e o confirmou como a maior prova do género realizada em Portugal, este concurso exclusivo de vinhos brancos portugueses tem a particularidade inédita do seu júri ser constituído por compradores profissionais: responsáveis de restaurantes, garrafeiras, bares de vinhos, sommeliers e outros. Para acentuar ainda mais o seu carácter profissional, e uma leitura realista e útil para o mercado dos resultados a apurar, os vinhos inscritos foram divididos em três segmentos segundo o seu preço de venda ao público: até €5; de 5 a €12; e acima de €12.

A constituição do júri conta com alguns dos mais reputados e experientes profissionais da área, o que garante, desde já, a relevância do concurso. O anúncio dos resultados será feito uma semana depois do concurso e os vinhos vencedores terão direito a ostentar um selo comprovativo do prémio.

Príncipe Carlos tem Aston Martin que anda a vinho branco

Que o Príncipe Carlos era coleccionador de carros – com mais de 100 automóveis na sua “garagem” (palácio?) – e ambientalista aficionado, já se sabia. Mas que o membro da realeza britânica tenha levado este seu lado ambiental até ao ponto de substituir combustível convencional por vinho branco… esta é que é nova! Num documentário, […]

Que o Príncipe Carlos era coleccionador de carros – com mais de 100 automóveis na sua “garagem” (palácio?) – e ambientalista aficionado, já se sabia. Mas que o membro da realeza britânica tenha levado este seu lado ambiental até ao ponto de substituir combustível convencional por vinho branco… esta é que é nova!

Príncipe Carlos e Princesa Diana, no mesmo Aston Martin

Num documentário, realizado pela BBC para assinalar o 70º aniversário do Príncipe de Gales, este explicou como a ideia surgiu: tendo tido conhecimento de que os excedentes da produção europeia de vinho poderiam ser utilizados para criar biocombustíveis, o príncipe desafiou a Aston Martin a adaptar o seu clássico modelo DB6 (que aquele já detém há muitos anos), para que este pudesse receber este tipo de combustível. Depois de muitas “negas”, pois os engenheiros da marca acreditavam que, mesmo com as adaptações, isso poderia arruinar o motor, a “Aston” acabou por ceder. Afinal de contas, tratava-se da realeza britânica…

O que é certo é que o Aston Martin DB6 do Príncipe Carlos anda a vinho branco. Vá, a bioetanol feito a partir de uma mistura de gasolina, vinho branco e soro de leite. Acima de tudo, o filho da rainha Isabel II diz que “o cheiro é fantástico enquanto se conduz”. Parece que Carlos veio dar todo um novo significado ao acto de sugar a gasolina do bidão…

Brancos de tintas: Com estas uvas também se brinca

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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Fazer ao contrário do previsto, inverter os métodos e descobrir novos caminhos com as castas de sempre são alguns dos propósitos destes produtores. Pegaram em uvas tintas e fizeram vinhos brancos tranquilos. A novidade é apresentarem-se como tal, em vez de estarem escondidos.

TEXTO João Paulo Martins

Fazer vinho branco usando uvas tintas não é propriamente uma novidade. Ninguém está fora da lei se usar vinhos tintos vinificados em branco para acrescentar a um lote de branco. Em Portugal tal prática é corrente, sobretudo nos anos em que há pouco branco e em que os produtores sentem necessidade de manter marcas e volume de produção. Mesmo as normas europeias são omissas quanto à obrigatoriedade de apenas se usar sumo de uva branca para fazer o vinho branco. O assunto, neste específico ponto de vista, não é na verdade assunto. A novidade é agora surgirem produtores que, nos anos mais recentes, colocaram no mercado vinhos brancos tranquilos com a indicação específica de terem sido feitos com uvas tintas.
Há muito muito tempo que tal prática é corrente na região de Champagne. Ali usa-se a casta Pinot Noir para fazer vinho branco e o blend mais habitual na região é um vinho branco em que entram quer a uva branca, no caso Chardonnay, quer as tintas Pinot Noir e Pinot Meunier. A prática, antiga, é facilitada pelo facto da variedade Pinot Noir ter pouca cor e originar vinhos bastante descorados, sobretudo se houver pouco tempo de contacto entre o mosto e a película. Ainda no caso da região francesa, se o vinho apenas incorporar uvas tintas, adquire então o nome de Blanc de Noirs ou, em português, Branco de Tintas. Se o produto final apenas incorporar Chardonnay ganha então o nome de Blanc de Blancs. Entre nós, a Bairrada criou o designativo Baga Bairrada para espumantes brancos feitos a partir da casta tinta Baga. Temos então uma técnica clássica do champanhe/espumante que mais recentemente passou para os vinhos tranquilos.
Fazer um vinho branco a partir de uvas tintas é seguramente mais simples do que fazer um tinto com uvas brancas embora tal método já tenha sido ensaiado entre nós. O sumo das uvas (polpa), mesmo das uvas tintas, é por norma branco e são muito poucas as castas tintas em que o sumo é, de per si, vermelho; são castas que ganharam o nome de tintureiras, exactamente por conferirem uma cor muito carregada aos vinhos. Temos algumas entre nós e destacam-se neste capítulo a Alicante Bouschet, muito presente no Alentejo e a Vinhão/Sousão, rainha no Vinho Verde e também muito apreciada no Douro. Não é seguramente com essas que é mais fácil fazer vinho branco de tintas. Não é fácil, mas é possível porque existem actualmente técnicas para se poder retirar a cor aos vinhos e fazer de uvas tintas um vinho branco. A técnica é muito usada no caso dos espumantes – sobretudo usando carvão vegetal – e um produto que retém os polifenóis responsáveis da cor e que impede a tonalidade exageradamente amarela que os vinhos poderiam adquirir com a idade.

Apostar na diferença

Fazer um branco de tintas é, de certa forma, brincar com as uvas, contrariar o seu trajecto mais habitual, desviá-las do seu caminho. Os vinhos que provámos para este trabalho mostram também que, em termos de castas, são várias as escolhas possíveis. E pelo facto de haver aqui mais vinho do Dão do que de qualquer outra zona do país não significa também que essa seja a região naturalmente mais direccionada fazer estes vinhos. Os produtores com quem falámos foram muito claros quanto ao ponto de partida desta aventura: solicitação dos mercados, dos importadores ou distribuidores e vontade de fazer algo diferente que enriquecesse o portefólio. Pelo que nos foi dado perceber, não se chega ao objectivo sem vários ensaios: qual a casta, qual a vinha a escolher, qual o momento certo da vindima para se obter o que se pretende. A meta pode não estar logo ali e o resultado inicial até pode ser pouco entusiasmante; ensaiar e voltar a ensaiar parece ser a norma. Essa é a opinião de Duarte Leal da Costa (Ervideira) que conheceu este tipo de vinhos em viagens no estrangeiro e, na altura, trouxe vinte e tal amostras para provar com o enólogo, Nelson Rolo, mas “eram todos maus e resolvemos tentar fazer algo naquele estilo de branco de tintas; andámos a ensaiar em 2007 e 2008 e foi em 2009 que entrámos no mercado com a marca Invisível, feito a partir de Aragonez. Na altura com 10 000 garrafas mas temos crescido e agora (colheita de 2018) já estamos a fazer 80 000 garrafas”, disse.
Também Julia Kemper, produtora no Dão, assume este carácter exploratório, uma vez que “já fizemos com Touriga Nacional, agora estamos a fazer com Tinta Roriz, mas continuamos os ensaios. A inspiração chegou-me do Rhône e percebi que precisávamos de uvas com uma acidez de branco e com aromas que dispensassem a barrica. Fizemos pela primeira vez em 2017, começámos com 4000 garrafas e agora já vamos fazer 12 000”. A valência da casta Touriga Nacional para este tipo de vinhos foi também acentuada por Osvaldo Amado, enólogo no Dão e Bairrada, em que “a escolha da Touriga foi natural, dado que temos muita quantidade – dos nossos 400 ha de vinha própria cerca de 100 são de Touriga Nacional – e como já tinha a experiência de a usar para fazer espumante, a escolha foi clara; sinto que é uma casta com potencial para estes brancos de tintas. Estamos a fazer 10 000 garrafas mas tivemos ensaios durante três anos. Na verdade, foi um desafio que o departamento comercial da empresa me fez, dada a nossa tradição de uso desta casta”, confirmou.
Diana Silva é produtora na Madeira e tem de lidar com os problemas clássicos da vinha naquela região, sobretudo com o míldio e oídio. Confirmou à Grandes Escolhas que conseguiu uvas numa vinha com cerca de 40 anos implantada em solo de barro da casta Tinta Negra em São Vicente, mais resguardada em relação à influência marítima. Procurou obter uvas de baixa maturação e menos cor. À entrada da adega as uvas tinham cerca de 10,5% de álcool provável e não pôde usar o engaço porque, como as uvas eram compradas a lavradores, não havia a certeza do não uso de pesticidas. Por isso teve de recorrer à colagem com carvão para retirar a cor ao vinho. Não é algo que aprecie – o carvão rapa um pouco os vinhos em termos de aromas – mas não havia outro recurso. O vinho tem sido um sucesso e, tendo começado nas 3000 garrafas estabilizou agora nas 5000. O lado salino destaca-se no vinho e, no futuro, sem o uso do carvão, poderá ganhar outro carácter.

Curiosidade e negócio

Haverá um segredo para se fazer um vinho assim? Acreditamos que segredo não há mas uma coisa é segura: nenhum enólogo conta tudo o que faz e por isso há que ler nas entrelinhas. Enquanto Leal da Costa refere que “o segredo está na velocidade com que se separa o sumo da película e, depois, o frio que é induzido ao mosto para que a matéria corante se precipite; estamos a falar de uma temperatura de cerca de 7º; facilita a precipitação da cor, com ajuda de argila e não de carvão.”. Já Julia Kemper afirma que “só consigo fazer porque a prensa sofisticada que temos inclui um programa próprio (que dura cerca de 3 horas) e que permite massajar o bago de uva retirando a película sem beliscar o mosto; depois fermenta como se de um vinho branco se tratasse”. A questão da qualidade e exigência da prensagem foi também referida por Osvaldo Amado que nos confidenciou que “escolhemos uvas com menos maturação e mais acidez; as uvas entram directamente na prensa sem desengace e faz-se uma clarificação natural, sem recurso a carvão”. O resto dos pormenores não contou, como é normal na profissão…
O crescimento das vendas e a boa aceitação nos mercados externos indica-nos que o modelo tem condições para vingar e poderá mesmo vir a interessar outros produtores. Os estilos são diversificados e os vinhos têm em comum o facto de serem muito gastronómicos (aspecto salientado por Leal da Costa, da Ervideira, para justificar o sucesso do seu Invisível), o que faz deles vinhos da refeição. Será que se descobre que estamos perante um branco de tintas? É difícil, mas possível em alguns casos, sobretudo nos que sugerem uma leve tonalidade rosada; noutros, cremos que ninguém diria que se trata de um branco de tintas. São vinhos de experiência, são curiosidades, mas podem também ser um bom negócio. Há por isso que ousar mas…passo a passo! A verdade é que Leal da Costa já está a plantar mais Aragonez a pensar no seu vinho.
O carácter contracultura que estes vinhos têm fica bem evidente quando o dia que a Ervideira sempre escolhe para lançar o seu vinho ser… o 1º de Abril, o dia das mentiras. Convenhamos que uma mentira com um vinho de qualidade ao lado até pode passar por verdade ou, vá lá, por mentira piedosa.

Como se faz

Para cumprir o objectivo de fazer um branco e tintas convém ter à disposição várias castas tintas e, melhor ainda, poder escolher o local exacto de onde serão escolhidas as uvas para o projecto. É aconselhável escolher uvas que já de si não sejam muito carregadas de cor e, como é evidente, evitar as uvas tintureiras. É bom ter alguma disponibilidade de uvas (em quantidade) porque o que se aproveita, em termos de sumo de uva na prensagem, é muito pouco, podendo variar de 15 a 30% de mosto. Como não é apenas a questão da coloração da película que é tida em conta, só por si as castas pouco coradas não são necessariamente as que originam melhores brancos de tintas. Exige-se uma atenção redobrada a toda a prensagem para evitar que o mosto comece a ganhar cor. Neste aspecto é um trabalho exigente e que obriga a presença permanente para se tomarem as decisões indispensáveis.
A acidez e o equilíbrio de aromas do mosto em situação de vindima precoce levam a que se torne, por norma, necessário fazer vários ensaios para se chegar a um modelo que possa ser diferenciador.
O produto final pode apresentar uma gama diversa de cor, desde o citrino mais evidente que em nada se distingue de um branco de brancas, até uma leve tonalidade rosada, chegando também a situações extremas em que o vinho quase não tem qualquer tonalidade. Aqui entram o gosto do produtor e aquilo que seu cliente/consumidor pede.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Edição nº 34, Fevereiro de 2020

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Top 10 Vinhos Brancos

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Uma onda de calor está a chegar!

Refresque-se com esta nossa sugestão.

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Top 10 de Vinhos Brancos

* Top 10 Vinhos Brancos provados na edição de Abril de 2019, (ordem aleatória).

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Veja mais em Pesquisa de Vinhos

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ALENTEJO PREMIUM: Brancos com ambição

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Vinhos brancos de grande qualidade e para todos os gostos revelam uma região cada vez mais diversificada. Se o Arinto aporta, muitas vezes, acidez e frescura aos lotes com Antão Vaz, o leque das castas utilizadas não […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Vinhos brancos de grande qualidade e para todos os gostos revelam uma região cada vez mais diversificada. Se o Arinto aporta, muitas vezes, acidez e frescura aos lotes com Antão Vaz, o leque das castas utilizadas não se fica por aqui…

Texto: Nuno de Oliveira Garcia
Fotos: Ricardo Palma Veiga

A história ensina-nos que o Alentejo foi, durante séculos, uma terra com brancos afamados. A confirmar esse passado de vinhos brancos, temos a existência de mais uma dezena de castas brancas tradicionais – Antão Vaz, Arinto, Fernão Pires, Perrum, Roupeiro, Rabo de Ovelha, Manteúdo, Trincadeira das Pratas, Tamarez, Alicante Branco e Diagalves –, e pelo menos dois terroirs historicamente famosos pelos brancos, caso dos míticos ‘brancos da Vidigueira’ e dos conceituados ‘brancos de Beja’. Também no Alentejo das talhas, nas adegas e tabernas, era (e em certos locais ainda é) o branco o vinho maioritário e o preferido. Às referidas castas poderíamos juntar as variedades Verdelho (muitas vezes Verdejo…) e Gouveio, cada vez mais utilizadas, bem como as denominadas ‘castas melhoradoras’ como seja as nortenhas Alvarinho e o Viosinho, e a francesa Viognier, introduzidas em força nos anos ‘90. O igualmente francês Chardonnay também aparece amiúde e por regra com qualidade sobretudo a norte da região.
Todavia, no final dos anos ’70, e após mais de três décadas cativa do estigma de ser o ‘celeiro de Portugal’, o renascimento da região centrou-se na produção de tintos, à revelia da sua tradição centenária.
Efetivamente, os anos ’80 e a primeira metade dos ’90 foram de aposta na vinha tinta no Alentejo, com vários novos produtores a anteverem que a combinação de um clima tendencialmente quente, solos de boa produção (ainda hoje a produção média é superior a 8 toneladas por hectare), e um mercado sedento por vinhos tintos jovens de taninos maduros, era uma ‘aposta ganha’. E foi; pois o Alentejo tornou-se, em pouco mais de uma década, na região líder no mercado nacional nos vinhos tintos, tanto ao nível da quota de mercado em volume, como em valor, na categoria de vinhos engarrafados de qualidade com classificação DOC e IG, representando quase um ¼ das exportações nacionais de vinhos com aquela classificação.
Sucede que, com o aproximar do novo milénio, e com novos perfis de consumidores cada vez mais à procura de vinhos frescos e leves (acompanhando a tendência internacional, diga-se), os brancos voltaram a ganhar terreno na região, de tal modo que muitos hectares (re)plantados com castas tintas nos anos ’70 voltariam a ser enxertados com castas brancas na segunda metade dos anos ’90. Atualmente, cerca de 25% do encepamento é branco, o que significa uma franca recuperação em relação ao passado recente, com as sub-regiões da Vidigueira, Borba e Reguengos a liderar na área de vinha branca cadastrada.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]E se é verdade que as ditas ‘castas melhoradoras’ se revelaram úteis para produzir em quantidade e qualidade (fundamentais, por exemplo, para a produção de vinhos de sucesso com preço entre €3,5 e €6,5), também o é que muitos produtores buscam atualmente cada vez mais uma matriz regional que distinga os seus produtos dos restantes produzidos pelo país.
Sucede que, com o aproximar do novo milénio, e com novos perfis de consumidores cada vez mais à procura de vinhos frescos e leves (acompanhando a tendência internacional, diga-se), os brancos voltaram a ganhar terreno na região, de tal modo que muitos hectares (re)plantados com castas tintas nos anos ’70 voltariam a ser enxertados com castas brancas na segunda metade dos anos ’90. Atualmente, cerca de 25% do encepamento é branco, o que significa uma franca recuperação em relação ao passado recente, com as sub-regiões da Vidigueira, Borba e Reguengos a liderar na área de vinha branca cadastrada. E se é verdade que as ditas ‘castas melhoradoras’ se revelaram úteis para produzir em quantidade e qualidade (fundamentais, por exemplo, para a produção de vinhos de sucesso com preço entre €3,5 e €6,5), também o é que muitos produtores buscam atualmente cada vez mais uma matriz regional que distinga os seus produtos dos restantes produzidos pelo país.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”34346″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Accent-Color” text=”Identidade com diversidade”][vc_column_text]Neste âmbito, a conjugação das castas Antão Vaz e Arinto é das que mais sucesso reúne, como demonstra o presente painel onde a parelha é claramente dominante. A estrutura, sabor e firmeza, da primeira uva unem-se na perfeição com a acidez, tensão e mineralidade, da segunda. A completar o triângulo dourado das castas, o Roupeiro – uva disseminada no passado, depois caída em desgraça e agora de novo mais utilizada em vinhos com ambição – transfere perfume citrino e poder de atração. Das três variedades, é grande a tentação em destacar o Antão Vaz, mas, rigorosamente, é o Arinto que mais aparece nos lotes, e que é mais transversal à região.
Sucede, que o Alentejo é uma região enorme, com distâncias significativas entre os limites Norte e Sul, e entre os limites Este e o Oeste. Com quase 22 mil hectares de vinha apta à produção de vinho com Denominação de Origem ou Indicação Geográfica, o Alentejo é um país dentro do país, com diferentes climas e solos. Por isso, a utilização das castas ditas regionais não é sequer uniforme, como sucede, por exemplo, com o Antão Vaz que tem dificuldade em amadurecer a norte de Évora e em regiões húmidas próximas do litoral. A existência de oito sub-regiões de Denominação de Origem, e a circunstância de se produzir vinho um pouco por toda a região – do litoral vicentino ao norte de Portalegre, passando por Montemor – faz da reunião alentejana um labirinto apaixonante para os consumidores exigentes que procuram diversidade. Por isso, podemos encontrar, no limite norte da região, um Chardonnay estagiado em barrica com uma frescura surpreendente (Monte da Raposinha), mas também um blend de Viognier da Vidigueira com Alvarinho e Sauvignon Blanc do litoral costeiro (Cortes de Cima), entre tantas outras variações e declinações.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”34344″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”Castas brancas do Alentejo” color=”black”][vc_column_text]Antão Vaz é considerada a casta bandeira do Alentejo. O que não deixa de ser curioso para uma variedade que, no início dos anos 80, era quase inexistente fora da Vidigueira. As noites mais frescas desta sub-região alentejana (influência da serra do Mendro) conferem mais frescura, equilíbrio e mineralidade, sobretudo quando plantada em solos de xisto e granito. Fora da Vidigueira, precisa muitas vezes do apoio de uma casta mais ácida. Fruto expressivo, corpo, elegância, são alguns dos seus atributos.

Até à ascensão da Antão Vaz, a Síria (ou Roupeiro, como é conhecida localmente) era a rainha das uvas brancas alentejanas. Ainda hoje mantém o segundo posto, mas longe do predomínio de outrora. Origina vinhos muito aromáticos quando jovens, mas não mostra no clima alentejano a resistência ao tempo que revela no planalto da Beira Interior. Ainda assim, continua a ser de grande utilidade nos lotes.

Arinto é a parceira ideal da Antão Vaz, conferindo-lhe a acidez e frescura que por vezes lhe falta. Uva antiga, presente em todo o país, é muito provavelmente a casta branca portuguesa mais útil, pela sua polivalência, adaptabilidade, acidez natural e aromas e sabores citrinos. Na região do Alentejo e sua utilidade é enorme, sendo mais plástica, polivalente e determinante que a própria Antão Vaz.

Fernão Pires e Rabo de Ovelha, são duas castas tradicionais na região (e em quase todo o Portugal continental, na verdade), mantendo ainda uma pequena presença (pouco mais de 5% cada) nas plantações alentejanas. A Fernão Pires origina vinhos de grande intensidade floral e corpo cheio, mas precisa ser vindimada bem cedo, sob pena de perder a acidez e a graça. Tal como a Fernão Pires, a Rabo de Ovelha tem produtividade elevada, e necessita cuidados acrescidos para originar vinhos de qualidade.

Verdelho, Gouveio e Alvarinho (as primeiras duas são muitas vezes confundidas, até pelos próprios produtores) são castas recentes na região, mas em forte expansão. A elegância aromática, o perfume, a capacidade de manter acidez com a maturação são trunfos importantes a seu favor.

Rabo de Ovelha, Perrum, Diagalves, Manteúdo. Juntamente com o Roupeiro, antigamente encontravam-se por todo o Alentejo, mas estão agora em acentuado declínio. Raramente são objecto de atenção nas novas plantações, ainda que se comece a assistir à redescoberta da Perrum, uma casta de grande qualidade, pela acidez e componente mineral que empresta aos vinhos. (LL)[/vc_column_text][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”extra-color-1″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Accent-Color” text=”Um Alentejo por descobrir”][vc_column_text]A respeito da enorme diversidade da região, António Maçanita (Fita Preta) destaca que, mesmo sem sair de Évora e do Redondo, tem tido descobertas recentes de vários terroirs húmidos e com enorme frescura, alguns deles já com vinha relativamente velha, pelo que, afirma, “não há um só Alentejo”. Hamilton Reis (Cortes de Cima) e Bernardo Cabral (Vicentino e Balanches) destacam os desafios do litoral alentejano com maior dificuldade de amadurecimento e algum risco de podridão, aspectos compensados pela inegável vantagem ao nível da preservação da acidez natural da fruta. Por sua vez, Pedro Baptista (Fundação Eugénio Almeida) destaca a heterogeneidade dos solos. O administrador e enólogo contou-nos que plantou, não há muito tempo, a casta Encruzado num afloramento de granito a poucas dezenas de quilómetros de Évora e inserido numa propriedade de relevo acidentado e com muitos outros solos (em especial xisto quer em solos amarelos, quer em solos pardos). Depois de monocastas de Alvarinho e de Viosinho, entre outras, em 2016 o Scala Coeli branco foi produzido a partir precisamente de uva dessa vinha de Encruzado, com o vinho daí resultante a ser um dos vencedores da prova![/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”34343″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Por sua vez, e proveniente de um solo xistoso, a casta Arinto colocou no pódio o produtor Herdade de São Miguel. A propósito do vinho, Alexandre Relvas confessou-nos que desde o início que a empresa separarou um pequeno lote de Arinto, e que o mesmo foi para barricas com a sua evolução monitorizada, mas sem utilização noutros lotes. Daí ter ficado ‘Esquecido’ (denominação comercial do vinho) e, depois de prova recente que confirmou a sua extraordinária qualidade, ter sido decidido o seu engarrafamento em separado.
Por fim, o outro vencedor – Procura Vinhas Velhas –, um branco da Serra de São Mamede, nada mais nada menos do que proveniente de parcelas de uma vinha velha com mais de 80 anos e mistura de castas com baixíssima produção. Susana Esteban, enóloga espanhola de formação, trabalha as várias parcelas desde 2011, sendo que a sua incessante procura da melhor expressão das uvas levou-a a fermentá-las apenas em inox e a estagiar o vinho em barricas da Borgonha verdadeiramente usadas, neste caso, todas com mais de 6 anos. Como se vê, (também) nos brancos, o Alentejo não é um só, é um conjunto que forma um todo. Apaixone-se por ele![/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Accent-Color” text=”Em prova”][vc_column_text]

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Edição Nº22, Fevereiro 2018

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Campanha para criar emoji do vinho branco

Os emoji são aquelas figurinhas que se usam nas redes sociais e mensagens móveis para exprimir sentimentos, resumir contextos ou representar objectos e conceitos. Há, ao todo, 2.666, todos aprovados e regulamentados pelo Unicode, o padrão que permite aos computadores trabalhar texto de qualquer sistema de escrita existente. Mas não há um emoji de vinho […]

Os emoji são aquelas figurinhas que se usam nas redes sociais e mensagens móveis para exprimir sentimentos, resumir contextos ou representar objectos e conceitos. Há, ao todo, 2.666, todos aprovados e regulamentados pelo Unicode, o padrão que permite aos computadores trabalhar texto de qualquer sistema de escrita existente. Mas não há um emoji de vinho branco. E isso poderá mudar já em 2019.

Todos os anos, são propostos ao Unicode alguns milhares de novos símbolos, e é da filtragem destas propostas que resulta a actualização da lista. Ciente disto, a companhia vitivinícola norte-americana Kendall-Jackson lançou uma campanha online para a criação de um emoji de vinho branco, para se juntar ao já existente em tons de tinto, “que não representa adequadamente uma das mais populares e consumidas bebidas para adultos – o vinho branco”.

A argumentação não se esgota por aqui. Na verdade, a Kendall-Jackson fez chegar à Unicode um documento com nada menos de 15 páginas (consultável em www.unicode.org/L2/L2018/18208-white-wine-rgi.pdf) e a proposta está a ser tida em consideração, fez saber a Unicode Consortium. Para não deixar cair a causa, a empresa norte-americana apela aos internautas fãs do vinho branco que façam pressão nas redes sociais, usando a hashtag #whitewineemoji.