Symington anuncia vinhos do Porto Vintage 2020 com duas especialidades

Symington Vintage 2020

A Symington Family Estates acaba de comunicar que engarrafou três vinhos do Porto Vintage de 2020, com destaque para duas edições especiais, que assinalam marcos históricos deste ano: o bicentenário da Graham’s e os 350 anos da Warre’s. O Vintage Dow’s Quinta do Bomfim completa o trio, que irá ser disponibilizado en primeur. Estes lotes […]

A Symington Family Estates acaba de comunicar que engarrafou três vinhos do Porto Vintage de 2020, com destaque para duas edições especiais, que assinalam marcos históricos deste ano: o bicentenário da Graham’s e os 350 anos da Warre’s. O Vintage Dow’s Quinta do Bomfim completa o trio, que irá ser disponibilizado en primeur. Estes lotes foram selecionados por Charles Symington, enólogo principal da empresa familiar, que concluiu que após uma avaliação dos vinhos mais promissores das melhores propriedades, a sub-região do Cima Corgo tinha dado origem aos vinhos mais notáveis.

O ano de 2020 teve a colheita mais pequena da Symington, do século XXI – “tendo a produção nas propriedades da Symington no Alto Douro estado 21 por cento abaixo da média da última década”, diz a empresa – mas, e apesar da quantidade reduzida, gerou vinhos “incrivelmente concentrados, estruturados e retintos”, desenvolve. Como tal, a família decidiu, excepcionalmente, proceder ao engarrafamento e lançamento limitado do Graham’s Porto Vintage 2020 Edição do Bicentenário (3 mil garrafas), e do Warre’s Vinhas Velhas Porto Vintage 2020 Edição dos 350 Anos (2400 garrafas), a partir de lotes provenientes exclusivamente de um número reduzido de parcelas das propriedades do Cima Corgo. “Tal foi a qualidade desta sub-região”, que a Symington decidiu, também, disponibilizar uma pequena quantidade de Porto Vintage Dow’s Quinta do Bomfim 2020 (1200 garrafas).

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“O ano 2020 foi particularmente desafiante no Douro. A região foi assolada por ondas de calor recorde que determinaram assinaláveis quebras nas produções e também no volume da colheita, na ordem dos 40 por cento face às previsões iniciais. Castas que normalmente avançam as maturações de modo sequencial, convergiram em uníssono pelo que tiveram de ser vindimadas ao mesmo tempo. Adaptámo-nos às condições e vindimámos as parcelas em função das cotas de altitude e vinificámos castas diferentes conjuntamente, o que originou vinhos muito complexos e concentrados”, explica Charles Symington.

“Orgulho-me muito das duas edições limitadas de Portos Vintage 2020 da Graham’s e da Warre’s. Estes demonstram os benefícios dos conhecimentos multigeracionais que a nossa família possui das suas propriedades e dos microclimas, o que nos permitiu produzir vinhos tão equilibrados e elegantes num ano como 2020. Acredito que representam dignos testemunhos dos 200 anos da Graham’s e dos 350 anos da Warre’s e que estão destinados a tomar o seu lugar no pódio dos grandes Portos Vintage destas duas casas históricas”, conclui.

Grupo Abegoaria contrata enólogo António Braga e aposta nos Fine Wines

Abegoaria António Braga

Com o objectivo de desenvolver a categoria de “Fine Wines” — expressão internacional para vinhos premium ou de “topo” — o Grupo Abegoaria conta agora com a colaboração de António Braga, enólogo português com um reconhecido percurso, mais recentemente na Sogrape, onde liderou, durante vários anos, a enologia de algumas das marcas mais prestigiadas deste […]

Com o objectivo de desenvolver a categoria de “Fine Wines” — expressão internacional para vinhos premium ou de “topo” — o Grupo Abegoaria conta agora com a colaboração de António Braga, enólogo português com um reconhecido percurso, mais recentemente na Sogrape, onde liderou, durante vários anos, a enologia de algumas das marcas mais prestigiadas deste grupo.

O projecto Abegoaria tem a sua génese na sub-região alentejana Granja-Amareleja, onde hoje é responsável por 90% da produção vinícola. Como afirma a empresa em comunicado “acreditando que quem melhor defende a identidade local dos vinhos portugueses, a economia local e as suas populações, é o associativismo e as parcerias”, a Abegoaria alargou a sua actividade também ao Douro, Lisboa, Tejo, Dão, Vinhos Verdes e, nos últimos tempos, ao Algarve, Beira Interior e Açores. Em 2021, adquiriu a Vidigal Wines, empresa detentora de marcas com sucesso internacional, como Porta 6, Reserva dos Amigos, Brutalis, entre outras. Com esta compra, reforçou a sua forte posição nacional e internacional, passando a exportar para mais de 40 mercados. Na distribuição moderna, o Grupo Abegoaria está presente com vinhos bem conhecidos dos portugueses, como Piteira, Portal de São Braz, Vinha Maria Ana, Granja Amareleja, Abelharuco, Fonte da Perdiz, entre outras.

Granja Amareleja
Herdade da Abegoaria dos Frades, em Mourão. ©Abegoaria

António Braga — que em tempos anteriores passou, profissionalmente, também pela Califórnia, Argentina, Chile e Nova Zelândia, e pelo produtor duriense CARM — confessa que “o projecto de criação de uma gama de Fine Wines no Grupo Abegoaria é não só desafiante, como extremamente motivante. O grupo demonstra um enorme compromisso no desenvolvimento desta categoria e estou muito satisfeito por fazer parte dele!”.

Já Manuel Bio, CEO da Abegoaria, explica: “É com muita satisfação que vejo António Braga juntar-se ao projecto e à estratégia de crescimento do grupo. Nestes últimos anos, temos trabalhado com muita humildade na recuperação de projectos nacionais e na preservação da identidade da produção nacional, consolidando a nossa posição no mercado nacional e trabalhando na expansão internacional. Queremos continuar este caminho, mas criando ainda mais valor para toda a cadeia; para a organização, para os nossos parceiros e para os nossos consumidores”.

Bacalhôa celebra 100 anos

Bacalhôa 100

Ao longo do ano de 2022, a Bacalhôa Vinhos de Portugal irá realizar um conjunto de iniciativas direccionadas a profissionais e consumidores, celebrando o 100 º aniversário daquela que é uma das maiores e mais dinâmicas empresas do sector do vinho em Portugal. A história da Bacalhôa Vinhos de Portugal iniciou-se em 1922, com a […]

Ao longo do ano de 2022, a Bacalhôa Vinhos de Portugal irá realizar um conjunto de iniciativas direccionadas a profissionais e consumidores, celebrando o 100 º aniversário daquela que é uma das maiores e mais dinâmicas empresas do sector do vinho em Portugal.

A história da Bacalhôa Vinhos de Portugal iniciou-se em 1922, com a fundação da firma João Pires & Filhos, empresa vocacionada para a comercialização a granel de vinhos por si produzidos a partir de uvas compradas na Península de Setúbal. 

No final dos anos 70, a empresa deu início a uma nova fase da sua história, marcada pela aposta na vinha e nas marcas próprias e, sobretudo, pelo extraordinário dinamismo e pioneirismo, com a produção de vinhos assentes em conceitos, perfis e técnicas nunca antes experimentados no nosso país. Assim nasceram marcas de grande singularidade e notoriedade, como Quinta da Bacalhôa, Catarina, Cova da Ursa Chardonnay ou JP, entre muitas outras. 

Um novo ciclo de crescimento e consolidação teve lugar a partir de 1998, com a compra da empresa por parte da família Berardo e, nos anos seguintes, a aquisição das emblemáticas Quinta da Bacalhôa, em Azeitão, Quinta do Carmo, em Estremoz, e Aliança, em Sangalhos, integradas depois no grupo Bacalhôa-Vinhos de Portugal, assim designado a partir de 2005. 

Bacalhôa 100
Palácio da Bacalhôa. ©Bacalhôa

Este ciclo ficou igualmente marcado por uma aposta no enoturismo. O Bacalhôa Buddha Eden, no Bombarral, o Aliança Underground Museum, em Sangalhos, o Palácio da Bacalhôa e a Adega Museu, em Azeitão, a Quinta do Carmo e o Museu Berardo Estremoz, nesta cidade alentejana, são referências nesta área.

Segundo comunicado da empresa, no ano em que celebra o seu centenário e inicia um novo ciclo, “o principal desafio é a implementação e consolidação do Projecto de Produção Sustentável iniciado em 2020. Acreditamos firmemente na enorme mais-valia da sustentabilidade, de forma transversal à nossa actividade.”

Não faltam, sem dúvida, motivos para comemorar 100 anos de uma vida empresarial associada a uma história feita de pioneirismo, criatividade e sucesso comercial. A Bacalhôa-Vinhos de Portugal anunciou que, ao longo de 2022, irá “celebrar o seu centenário com profissionais e apreciadores, através de diversos eventos e iniciativas, onde a cultura, a arte, a paixão e o vinho terão sempre lugar de destaque”.

Produtores do Alentejo fundam associação APROVESA

APROVESA

Com sede em Évora, a APROVESA – Associação de Vinhos e Espirituosas do Alentejo foi fundada no dia 5 de Abril de 2022, com tomada de posse dos respectivos Órgãos Sociais. Em defesa do sector e dos vinhos e bebidas espirituosas da região, a APROVESA visa sobretudo a representação dos interesses dos seus associados. “Um […]

Com sede em Évora, a APROVESA – Associação de Vinhos e Espirituosas do Alentejo foi fundada no dia 5 de Abril de 2022, com tomada de posse dos respectivos Órgãos Sociais. Em defesa do sector e dos vinhos e bebidas espirituosas da região, a APROVESA visa sobretudo a representação dos interesses dos seus associados.

“Um dos objectivos da associação é aumentar o número de associados, tendo em vista uma representatividade cada vez mais robusta deste importantíssimo sector da economia da região. O contexto em que vivemos actualmente, obriga-nos, cada vez mais, a um reforço do trabalho em rede”, explica José Miguel Almeida, Presidente da Direcção da APROVESA.

APROVESA
A tomada de posse dos Órgãos Sociais da APROVESA aconteceu no dia 5 de Abril de 2022.

Associação, recentemente criada, já integra produtores reconhecidos do Alentejo, como Adega de Borba, Adega de Redondo, Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito, CARMIM, Cooperativa Agrícola da Granja, Encostas do Alqueva, Fundação Eugénio de Almeida, Quinta do Quetzal e Herdade das Servas. 

“O Alentejo, líder na venda de vinhos engarrafados em Portugal, conta com mais de duas centenas de produtores de vinho, representando actualmente a APROVESA cerca de um terço de todo o vinho certificado na região”, afirma a associação, em comunicado.

Grande Prova – Brancos do Dão

Grande Prova Dão

No solar do Encruzado Imaculados a nível de qualidade e frescura, cada vez mais os brancos do Dão apresentam matizes diferenciadoras entre si. Fruto da neutralidade que a casta Encruzado apresenta nos primeiros anos em garrafa e da personalidade que ganha com o tempo, surgem estilos e perfis que vão desde a mineralidade pura até […]

No solar do Encruzado

Imaculados a nível de qualidade e frescura, cada vez mais os brancos do Dão apresentam matizes diferenciadoras entre si. Fruto da neutralidade que a casta Encruzado apresenta nos primeiros anos em garrafa e da personalidade que ganha com o tempo, surgem estilos e perfis que vão desde a mineralidade pura até fruta branca e mesmo algum exotismo. Em comum têm o elevado nível geral e preços tendencialmente cordatos.

 

Texto: Nuno de Oliveira Garcia

Notas de prova:  João Paulo Martins e Nuno de Oliveira Garcia

Nos últimos dez anos, os brancos portugueses desmistificaram quaisquer preconceitos sobre a sua enorme qualidade. Naturalmente, os vinhos à disposição dos consumidores hoje são fruto de um trabalho anterior, seja pela replantação de vinhas, ou recuperação de castas esquecidas, seja na afinação de estilos menos óbvios, como por exemplo com menos recurso a madeira nova durante o estágio. Ora, uma das regiões com melhores condições para brancos nacionais de excepção é, sem dúvida, o Dão.

Por um lado, existem razões relativamente óbvias para isso, sendo disso bom exemplo os invernos frios e uma significativa altitude das vinhas (frequentemente acima dos 350m ou mais do nível do mar), bem como solos genericamente compostos por areias graníticas, tudo condições que aportam frescura aos vinhos. Mas, por outro lado, e olhando mais em pormenor, no caso do Dão outra razão existe e chama-se… Encruzado. Com efeito, nos últimos 20 anos, a fama da uva Encruzado confunde-se com a notoriedade crescente do vinho branco do Dão. Não o dizemos pela presença da casta no encepamento que, sendo crescente, está muito longe de ser dominante, mas essencialmente pela qualidade e consistência dos vinhos finais que proporciona. Efectivamente, o Encruzado, em pouco mais de década e meia, passou de singelamente admirado pela crítica especializada para gozar de uma justa fama junto dos consumidores. Arriscamo-nos a dizer que essa associação de casta a um território aumentou o valor da região do Dão junto dos apreciadores de vinhos brancos. Prova disso é que nunca ouvimos um consumidor a dizer que não gosta de Encruzado; e convenhamos que é difícil não gostar…

A referida associação entre o Encruzado e a região do Dão não é, todavia, isenta de nuances. A primeira delas respeita, como referimos, à sua limitada presença no encepamento. Existe uma significativa mancha de vinha velha branca no Dão, mas curiosamente surge a casta Malvasia Fina como muitas vezes dominante, a par de muitas outras uvas, como seja o Cerceal-Branco, Fernão Pires, Bical, Verdelho, Barcelo, Terrantez e outras com os habituais nomes curiosos de Uva-Cão, Cachorrinho, ou Douradinha…. Com efeito, o Encruzado é minoritário nessas vinhas velhas, tendo sido trazido para o palco principal na sequência das provas organizadas por Alberto Vilhena nos anos 50 do século passado no seio do Centro de Estudos Vitivinícola do Dão, em Nelas. Para se ter uma noção, actualmente, na região, o Encruzado está longe de ultrapassar 300 hectares de mancha total, ou seja, praticamente 3 vezes menos do que a Malvasia Fina e 2 vezes menos do que a omnipresente Fernão Pires…

Ainda a respeito da casta Encruzado, mas o mesmo sucedendo com as variedades Barcelo e Uva-Cão (ambas com cada vez maior aceitação junto de produtores e enólogos), e por esta poder ser relativamente neutra (de aroma e sabor) nos primeiros meses após o engarrafamento, tem cabido às opções de vinificação e de enologia trabalhar e exaltar algumas matizes. Por isso, no painel de vinhos provados encontrámos desde registos mais minerais (pedra molhada, minerais quebrados e até notas de giz, por vezes sinal de alguns tipos de redução) que se aproximam melhor da pureza da casta, passando por frutados (um ou outro quase tropical até), e finalmente outros mais florais (quase sempre decorrente de estágio em barrica). Em todos os vinhos, contudo, encontrámos excelentes acidezes totais e uma positiva percepção de óptima longevidade. Aliás, mesmo nos vários casos em que a casta Encruzado não aparece a solo, o pendor mineral e fresco foi uma constante nos vinhos provados.

A dupla Encruzado-Malvasia Fina (esta última de carácter mais frutado e floral) continua a aparecer em vários lotes, mas cada vez mais encontramos, sobretudo nos topos de gama, a utilização apenas de Encruzado, quando muito com recurso à companhia de pequena percentagem de Bical. A ligação funciona muito bem, pois enquanto o Encruzado proporciona nervo e agradece a utilização de barrica, a casta Bical aporta maior riqueza aromática e finura em boca. No geral, os brancos do Dão melhoram muito com 5 ou mais anos em garrafa, essencialmente por desenvolverem maior complexidade aromática e comprimento de boca, sem oxidações precoces ou perda de frescura. Talvez por isso, poucos foram os vinhos de 2020 que entraram no painel em prova, sendo que um dos primeiros classificados é, inclusivamente, um blend formado com vinhos de vários anos.

Mas se o Encruzado não é uma das castas há mais tempo reconhecida, o mesmo não se pode dizer da região do Dão. Demarcada em 1908 tem o nome do rio que percorre parte da região, cruza alguns dos seus melhores terroirs (como seja Penalva do Castelo e Santa Comba Dão) e desagua no Mondego. Com solos generalizadamente graníticos, divide-se por 7 sub-regiões, desde a solarenga Silgueiros até à invernosa Serra da Estrela. Entre os dois rios encontramos Nelas e Mangualde com as respetivas manchas vínicas, a este Seia e Gouveia e na fronteira sul a região de Arganil. Trata-se de uma região na qual a vinha tem forte implementação no dia-a-dia (incluindo para produção e consumo próprio das populações), mas a mesma está, todavia, dispersa por floresta (tantas vezes de eucaliptos), por pequenas e grandes aldeias, e até por alguma indústria.

Prova branco DãoPor vezes conhecida como a ‘Borgonha de Portugal’, pela fineza de brancos e tintos, é curioso notar uma aproximação entre as castas Chardonnay e o Encruzado na medida em que ambas enriquecem com a fermentação e estágio em barrica… A região tem como inequívoco predicado a paternidade de duas das melhores variedades nacionais: o Encruzado nos brancos e a Touriga Nacional nos tintos. Aliás, a par de expressões muito residuais de Sémillon, Sauvignon Blanc, Pinot-Blanc e Pinot Noir, a região é plantada quase exclusivamente de castas nacionais, muitas delas locais. Na última década e meia tem beneficiado do surgimento de novos produtores, simultaneamente ambiciosos e conservadores das melhores práticas. Exemplos do que vimos escrevendo são os investimentos recentes na histórica Quinta da Passarella (destaque para a enorme recuperação das vinhas e do património edificado), mas também da Niepoort, e mais recentemente MOB e Taboadella (com a adega mais bonita da região, e não só…). Com esses investimentos vieram enólogos de outros pontos do país para a região, que se juntariam a uma nova fornada local. Tanto assim é que, hoje em dia no Dão, nomes como Paulo Nunes, Nuno Mira do Ó, Jorge Alves, Jorge Moreira, Jorge Serôdio Borges e Xito Olazabal, Luis Lopes, ou Mafalda Perdigão juntam-se a quem há mais tempo oficia por estas terras, caso de Nuno Cancella de Abreu, Carlos Lucas, João Paulo Gouveia, Osvaldo Amado, Paulo Narciso, Carlos Silva ou Anselmo Mendes, entre outros. Pois bem, pedimos a alguns destes profissionais que elencassem o que os surpreende positivamente nos brancos da região, e as respostas foram maioritariamente no sentido de enaltecer a gordura natural dos vinhos na prova de boca (sobretudo do Encruzado) que dispensa, por vezes, a operação de battonage. Outro feedback que obtivemos foi a capacidade de resistência à oxidação, mesmo em mostos e vinhos com menos utilização de sulfuroso. Alguns dos melhores vinhos em prova tiveram efetivamente longos estágios em barrica, sem ou com pouquíssimo sulfuroso, em borras finas, mas muitas vezes sem necessidade de battonage. Aliás, a este respeito, julgo não existir melhor forma de fechar este texto do que elogiar a capacidade única do Dão em proporcionar brancos naturalmente com perfis de vinhos de guarda, salinos e minerais, quase sempre centrados em aromas secundários e, se mantidos alguns anos em cave, deliciosas componentes terciárias. Há lá melhor coisa?

(Artigo publicado na edição de Fevereiro de 2022)

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Nova imagem do Casal Garcia reforça identidade da marca

Casal Garcia imagem

Com mais de 80 anos de história, a marca Casal Garcia acaba de revelar uma nova imagem, que passa sobretudo pelo reforço dos elementos gráficos que mais a caracterizam. Os vinhos Casal Garcia têm, agora, um rótulo renovado, com uma evolução visível sobretudo, segundo a Aveleda (empresa que detém a marca lançada em 1939), “na […]

Com mais de 80 anos de história, a marca Casal Garcia acaba de revelar uma nova imagem, que passa sobretudo pelo reforço dos elementos gráficos que mais a caracterizam.

Os vinhos Casal Garcia têm, agora, um rótulo renovado, com uma evolução visível sobretudo, segundo a Aveleda (empresa que detém a marca lançada em 1939), “na icónica renda que faz agora sobressair o fundo em cor viva, permitindo uma leitura mais clara. O logotipo, com um tipo de letra mais contemporâneo, eleva todo o visual. O brasão, representante máximo da heritage da marca, surge estampado a cor, o que potencia a perceção de valor e confiança. No topo, Partilha a Alegria reforça a sua força motriz e posicionamento intemporal”.

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As alterações de imagem e rótulos são transversais a toda a gama Casal Garcia, incluindo o original branco; também o Sparkling branco e rosé; e ainda as Sangrias tinta, branca e Frutos Vermelhos. Nestas últimas, o rótulo passa a dar um maior destaque às frutas, com o objectivo de conferir maior sensação de frescura e de tornar o produto mais apelativo.

“Casal Garcia é uma marca com mais de 80 anos e, naturalmente, a evolução da sua imagem acompanha esta passagem de gerações. A nova imagem valoriza os elementos icónicos que sempre fizeram parte da essência da marca e reforça os valores da partilha, energia e Alegria”, explica Isabel Barbosa, Senior Brand Manager da Casal Garcia.

O anúncio da nova imagem, por parte da marca, vem acompanhado da notícia de que está para breve a introdução de novos produtos no mercado, algo que será “comunicado brevemente”.

Cabrito é rei no evento Arcos à Mesa, em Arcos de Valdevez

Arcos à Mesa

No fim-de-semana de 9 e 10 de Abril, o Município de Arcos de Valdevez organiza mais uma edição da iniciativa “Arcos à Mesa”, com os restaurantes arcuenses, onde a estrela é o Cabritinho Mamão da Serra. Este prato tradicional da gastronomia arcuense será servido em 19 restaurantes aderentes, ao lado de outras iguarias da locais, […]

No fim-de-semana de 9 e 10 de Abril, o Município de Arcos de Valdevez organiza mais uma edição da iniciativa “Arcos à Mesa”, com os restaurantes arcuenses, onde a estrela é o Cabritinho Mamão da Serra.

Este prato tradicional da gastronomia arcuense será servido em 19 restaurantes aderentes, ao lado de outras iguarias da locais, como a laranja de Ermelo, charutos de ovos, bolo de discos, tudo harmonizado os vinhos da região (Vinho Verde).

O Município de Arcos de Valdevez sugere às famílias, neste fim-de-semana “uma visita ao concelho”, com destaque para “o Paço de Giela, Monumento Nacional, as Oficinas de Criatividade Himalaya, o Centro Interpretativo do Barroco, a Peneda, Sistelo, Monumento Nacional e uma das 7 Maravilhas de Portugal, e Soajo, conhecido pela sua Eira dos Espigueiros Comunitária”; aproveitando de uma forma mais completa o itinerário pelos restaurantes que serão palco do Arcos à Mesa.

Consulte o programa do Arcos à Mesa e a lista dos restaurantes AQUI.

Garage Wines abre wine bar em Matosinhos

Garage Wines bar

“Garage Wines” já era nome de uma das mais conhecidas garrafeiras do país, e do Porto, e agora é também o nome de um wine bar situado na mesma rua, em Matosinhos.  Localizado no edifício da Casa da Arquitectura e da Real Vinícola, na Avenida Menéres, o mais recente projecto de Ivone Ribeiro partilha o […]

“Garage Wines” já era nome de uma das mais conhecidas garrafeiras do país, e do Porto, e agora é também o nome de um wine bar situado na mesma rua, em Matosinhos. 

Localizado no edifício da Casa da Arquitectura e da Real Vinícola, na Avenida Menéres, o mais recente projecto de Ivone Ribeiro partilha o conceito com a loja de vinhos — fundada há mais de 8 anos — da dedicação aos “vinhos de garagem”, designação que a carismática empresária usa para descrever “os vinhos de pequenos produtores, nacionais e estrangeiros”.

“Nós trabalhamos com muita paixão pelo vinho! E a ideia de poder explorar esse conceito, para além de vender garrafas de vinho ao consumidor final, foi tentar proporcionar a esses mesmos consumidores, aos nossos actuais clientes e aos novos, a experimentação do vinho a copo, elevando ainda mais a imagem de qualidade e diferenciação dos vinhos portugueses, que provavelmente nunca experimentariam se não lhes fossem dados a provar desta forma”, explica Ivone Ribeiro.

A carta de vinhos apresenta uma selecção de cerca de 50 vinhos a copo — entre tintos, brancos, rosés, espumantes, Champagne, vinho do Porto e Madeira — que se conjugam com a sugestão de petiscos pensada de raíz pelo Chef Luís Américo. Não faltam também queijos e enchidos, entre outros apontamentos quentes e frios, nem doces para rematar o momento. “Nada neste bar é deixado ao acaso, portanto, os copos e as temperaturas correctos são condição obrigatória”, refere a proprietária do espaço com capacidade para 58 lugares, cuja arquitectura de interiores tem a assinatura da empresa nrenders Arquitectura.

O bar Garage Wines está aberto de terça a quinta-feira, das 16h às 23h; e das 12h às 23h à sexta-feira e ao sábado. A partir da Primavera terá, adicionalmente, uma esplanada com 40 lugares.