Trafaria (com) Prova está de volta de 27 a 29 de Setembro

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O Trafaria (com) Prova está de regresso para três dias de festa com degustação de vinhos e petiscos, provas de vinho comentadas, visitas guiadas ao centro histórico e animação de rua no passeio ribeirinho da Trafaria com entrada livre. De 27 a 29 de Setembro, conheça os vinte produtores presentes, os restaurantes e pastelarias que irão […]

Trafaria (com) Prova está de regresso para três dias de festa com degustação de vinhos e petiscos, provas de vinho comentadas, visitas guiadas ao centro histórico e animação de rua no passeio ribeirinho da Trafaria com entrada livre.

De 27 a 29 de Setembro, conheça os vinte produtores presentes, os restaurantes e pastelarias que irão propor iguarias de sabor local. Além dos vinhos e petiscos, há ainda visitas guiadas ao centro histórico da Trafaria, e animação para toda a família ao longo do fim de semana.

 

Harmonias: Delícias (muito) doces disponíveis para casar

Harmonias

Tarte de maçã Deve ser o bolo que faço há mais tempo, desde que me comecei a aventurar de forma sistemática na cozinha. Representa, além disso, o produto culinário mais “dás-me a receita” de todos. Não sei que magia vêem as pessoas nas receitas, quando o que mais conta é a volta que se dá, […]

Tarte de maçã
Deve ser o bolo que faço há mais tempo, desde que me comecei a aventurar de forma sistemática na cozinha. Representa, além disso, o produto culinário mais “dás-me a receita” de todos. Não sei que magia vêem as pessoas nas receitas, quando o que mais conta é a volta que se dá, e tem mil variáveis. Agora toda a gente faz a receita da Bimby – que é boa e funciona – como se fosse um salvo conduto para apresentar perante os pares, em jeito de competição. Eu nunca fui competitivo quanto a culinária. É um total desperdício de tempo. Exceptuando a maravilhosa tarte de maçã em massa folhada que se fazia na incrível Machado, em Caldas da Rainha, trata-se de uma tarte com maçã laminada no topo e base massuda de composição variável. Após algumas investidas no assunto harmonização, aponto com alguma segurança o branco de curtimenta – vulgo orange – como campeão. A maçã está muito exposta e a fruta secundária e oxidativa do vinho adora brincar com ela. A melhor experiência foi com Avesso de Baião, corpo e conteúdo a mostrar muito boa adequação.

Pastel de nata
Se a vida dá muitas voltas, a história não faz sequer intervalos. Em 1834, como é sabido, foi decretada a extinção das ordens religiosas, seguindo-se a expropriação e expulsão de religiosos e religiosas. Nos Jerónimos, a pequena ventura que ali grassava e que era a venda dos pequenos pastéis de nata inspirados nos pastéis de leite da Infanta Dona Maria, tornou-se rapidamente sustento da comunidade monástica. Em 1837 viria a nascer a Real Fábrica dos Pastéis de Belém, aproximadamente no mesmo local onde a encontramos hoje. Aspectos técnicos e um concurso de contornos difusos impedem-me de opinar sobre se serão ou não verazes e conforme a receita de então. Mas certo é que se trata de um bolo que perdurou até aos nossos dias. Representa hoje um ícone da diáspora portuguesa em todo o mundo. Sendo a massa folhada da taça que suporta a custarda feita com manteiga e levada a mais de 380ºC, o resultado tem destino marcado com um moscatel de Setúbal com mais de vinte anos. Copioso em açúcar e com uma acidez pronunciada, consegue a um tempo corte e harmonia. Madeira Malvasia poderá ser também hipótese a considerar.

Pão de ló
O pão de ló é um caso muito sério e, tal como o pastel de nata, o original, o primeiro de todos, perde-se nas brumas do tempo. As variantes hoje já incluem o de chocolate e quase todos levam doce ovos ou outra espécie de recheio. O meu padrão é aquele sobre o qual me debruço e é seco, fofo e foi feito em forno de lenha, exactamente como o de Margaride. De receita secular, configura standard forte do grande “sponge cake” português. Desde muito novo é o meu favorito, e com os anos fui fazendo experiências de harmonização com vinho e outras bebidas. Antes de avançar para a maridagem, há que identificar alguns aspectos determinantes para a bondade da ligação entre vinho e comida. O forno de lenha confere complexidade ao bolo pelas notas fumadas e de caruma seca que introduz, e os ovos fazem-se sentir. Além disso, existe um fundo de manteiga neste e na maioria das variantes da receita, o que lhe dá um gosto especial. Não hesito em recomendar a ligação com um estreme novo da casta Chardonnay, pelo património de pastelaria e notas amanteigadas que a casta oferece. Comece as suas experiências com vinhos pouco elaborados e depois vá “complicando”. Esperam-no anos de boas surpresas.

Duchesse
Também conhecido entre nós como duchese, é um bolo que está na linha do famoso Paris-Brest e consta de massa choux recheada com chantilly, decorado com maior ou menor intensidade com fios de ovos. Nas pastelarias tradicionais tem invejável procura e são raros os apreciadores que não os coloquem no topo das suas preferências. Tem tudo para ser comido à mão mas, na verdade, é mais indicado para comer com um garfo, pelos imprevistos que podem surgir. Confesso que é dos bolos que mais me intriga pela popularidade. Os portugueses não são muito dados a lanchar longamente numa pastelaria e vejo muitas vezes um duchese ao lado de um expresso, tanto na mesa como ao balcão. Curiosamente, o café é belíssima companhia, pelo óbvio contraste de texturas e pelo equilíbrio da doçura com os amargos do café. Excelente fica também com um rosé estruturado da região dos vinhos verdes ou de outra região que lhe garanta mineralidade e frescura. A minha melhor experiência aconteceu há pouco tempo, com o transmontano Valle Pradinhos, um rosé pronto para muitos desafios e o duchese é um deles.

Macarron
Estamos na zona da alta pastelaria quando falamos destas delícias de duas metades e recheios diversos. Tudo o que pensava saber sobre o assunto, com experiências diversas em pastelarias famosas pela Europa fora, fui forçado a rever com severidade quando conheci a Marbela, em Esposende. O grande chef pasteleiro Rui Costa tem ali o seu quartel e é de uma criatividade a toda a prova. Passar uma manhã com ele é uma grande instrução, pois trabalha com a maior naturalidade as soluções mais complexas que se possa imaginar e os macarrons são de antologia. Conheci-o há cerca de 15 anos e nunca mais perdi o contacto. Inesquecível a vez em que o assunto foi macarrons. Comparei com muitos outros e os dele tinham duas particularidades: duração e sabor. A massa de amêndoa de que as metades são feitas bate, em resultados, todas as outras e no seu caso coloca o recheio e aromáticos em primeiro plano sempre com crocância irrepreensível. Um Colheita Tardia do Tejo – do Casal Branco – faz uma ligação maravilhosa.

Pudim do Abade de Priscos
Começo pelo detalhe do presunto que, segundo a receita original, tem de ser “gordo, do de Chaves”. O dito presunto difere de todos os outros pelo facto de ser curado enguitado e não pendurado, ficando por isso com gordura entremeada mais rica e forte. Cinquenta gramas dessa gordura é tudo o que o pudim exige, além de 15 gemas de ovo, 500 gramas de açúcar amarelo, vidrado de um limão, pau de canela, um cálice de vinho do Porto e a arte culinária para o fazer na forma perfeita. A proteína animal é determinante e tem o incrível efeito temperador e integrador dos restantes ingredientes. É surpreendente a força e, ao mesmo tempo, a sublimidade do pudim. Quem o provou bem feito nunca mais esquece a experiência feliz. Experimentei com vários tipos de vinho do Porto e a minha preferência vai para o branco velho, o mesmo que gosto de utilizar para fazer o pudim. A ligação é sublime e a recombinação de sabores e aromas é surpreendente à medida que vamos explorando a sobremesa. Apesar de ser tido como altamente calórico, quando é bem feito fica equilibrado e aprecia-se-lhe o recorte elegante, sem excessos.

Harmonias

Pavlova de morango
A pavlova nasceu na Nova Zelândia há cerca de cem anos, criação do chef pasteleiro do hotel onde ficou hospedada a bailarina russa Ana Pavlova. Em jeito de homenagem à sua leveza, como se perfumasse o ar que graciosamente agitava ao dançar, assim nasceu esta sobremesa, hoje replicada no mundo inteiro e declinada das mais diversas formas. A estrutura merengada de suspiro, associada a frutos frescos, foi a imagem que surgiu na mente do chef de que nunca saberemos o nome. Sobretudo quando a canícula se faz sentir, a dicotomia doce-fruta tem um efeito particularmente refrescante. O suspiro e o morango reagem bem um com o outro e quase se podia dizer que uma outra sobremesa se cria no palato. O resultado é surpreendente pela forte textura sentida. Por outro lado, a acidez dos morangos pronuncia-se e pede complemento copioso. A harmonização correcta passa por um rosé igualmente copioso. Das diversas experiências feitas, a mais clara e acertada foi com o rosé da Quinta do Monte d’Oiro, produzido a partir de uvas da casta Syrah. Equilíbrio perfeito, aniquilação recíproca.

Crista de galo
Os livros de receitas dos conventos estão repletos de notas e mão de obra de pessoas que estavam em funções durante o dia e de tarde e de noite estavam em suas casas. São por isso repositórios de conhecimentos, detalhes e saberes que viviam tanto fora como dentro do complexo monacal. O corolário bom desta itinerância foi a secularização crescente do receituário, o que é em si mesmo já uma explicação para a disseminação rápida das delícias fora de portas. A Casa Lapão em Vila Real tem uma longa história e tem origem no convento de Santa Clara de Vila Real. No início do séc. XX, Miquelina Cramez, amassadeira, casa com Francisco Delfim, de alcunha Lapão por ser atarracado e bochechudo como os naturais da Lapónia. Criaram juntos a padaria Lapão. A costureira que os visitava tinha uma irmã no convento e, extinto este, conservou os segredos da doçaria que ali se praticava. Miquelina dedica-se desde logo à produção das verdadeiras Cristas de Galo e outras delícias que ainda hoje se fazem. A ferramenta com que se cortam tem mais de duzentos anos, e o melhor vinho para as comer é um bom moscatel de Favaios. Excelente acidez e perfil único, especialmente os que a Adega de Favaios está a fazer.

Marron glacé
Pode parecer capricho, mas não é. Somos terra de soutos, o mesmo é dizer de castanheiros e até tonéis e pipas para fazer e armazenar vinho outrora se faziam em castanho. A castanha é, além disso, primordial na nossa alimentação. Há que não esquecer que a batata é assunto recente no Velho Mundo. Tanto assim é que muitos pratos da grande tradição são ainda acompanhados por castanha e batata no mesmo tacho. O marron glacé – castanha glaceada – é a maior homenagem que se pode fazer a essa pérola antiga e ainda continua a ser francamente popular em França e até se vende em caixas como se de bombons se tratasse. Por cá a história é mais tímida, mas não é por isso que deixo de lhe fazer as loas. Há que escolher a variedade certa. É importante que tenham dureza e corpo para aguentar a cozedura ligeira e o tratamento posterior. Nunca consegui fazer de forma satisfatória, mas conheço mãos que as fazem com a maior naturalidade. Podem levar vários banhos em calda de açúcar, em dias sucessivos e o resultado é sublime. Maridagem competente oferece o abafado Five Years da Quinta da Alorna. Impossível comer apenas um.

Torrão real de Portalegre
O convento de São Bernardo em Portalegre foi fundado no início do séc. XVI, pelo Bispo da Guarda, para albergar “jovens sem dote” mas de muita virtude. Desenvolveu-se ali muito receituário, algum ainda por desbravar mesmo após a conversão em monumento nacional, em 1910, e com os livros de receitas devidamente salvaguardados. Conheci Ana Tomás numa hora feliz em pleno estúdio da RTP. Ela havia sido contemplada com um prémio pelo desempenho com os rebuçados de ovo de Portalegre, autêntico trabalho de chinês que aparentemente conseguia fazer na perfeição às centenas. Conheci melhor o seu trabalho em encontros diversos e dei com o seu torrão real, autêntica obra de arte, resultado do talento e de muito estudo e experimentação. Gemas, natas, amêndoa e açúcar estão no coração do torrão real de Portalegre e são vários os que tentam a sorte na produção do dito, mas o melhor para mim permanece o que sai das mãos de Ana Tomás. Pede harmonização valente e viril, e confirma toda a sua glória com um vinho Madeira Bual de 40 Anos.

Manjar branco
Termino o elenco doceiro à procura de casamento feliz com a delícia mais delicada: manjar branco. Juntamente com outra doçaria típica de Portalegre, não leva ovos e a história funde-se com a prática secular da mantença sustentável. O nome não podia estar mais correcto, pois é feito a partir de galinha e respectivo caldo, portanto sobras de cozinhados que em vez de ir para o lixo ganham glória e atingem pináculos de sabor. Entre os ingredientes estão ainda arroz ou farinha de arroz, leite e açúcar. As aparas de galinha são brevemente cozidas para depois se passar por água fria e desfiar fininho. Em lume muito brando, leva-se tudo a cozer mexendo sempre e quando começa a engrossar apaga-se o lume e continua a mexer-se até arrefecer. Coloca-se e serve-se em tacinhas esta maravilha e na hora de servir polvilha-se com açúcar. A versão mais feliz desta receita foi-me proporcionada pela mãe do chef José Júlio Vintém, de enorme talento culinário. Um doce feito a partir de proteína animal que nos leva ao céu. Como ligação vínica, proponho um Arinto de Portalegre com mais de três anos.

(Artigo publicado na edição de Julho de 2024)

Abegoaria World Wine reúne vinhos de sete regiões nacionais

Abegoaria World Wine

O Grupo Abegoaria produz essencialmente vinho, mas também azeite, enchidos de porco preto e queijo atabafado de cabra. Durante o mês passado reuniu algumas centenas de pessoas no Abegoaria World Wine, o primeiro evento em que incluiu vinhos de todas as origens onde produz actualmente. Decorreu na Herdade da Abegoaria dos Frades, no Alentejo e […]

O Grupo Abegoaria produz essencialmente vinho, mas também azeite, enchidos de porco preto e queijo atabafado de cabra. Durante o mês passado reuniu algumas centenas de pessoas no Abegoaria World Wine, o primeiro evento em que incluiu vinhos de todas as origens onde produz actualmente. Decorreu na Herdade da Abegoaria dos Frades, no Alentejo e foi “uma forma de mostrar aquilo que é hoje o Grupo Abegoaria em Portugal e no mundo”, explica Manuel Bio, 56 anos, administrador do Grupo Abegoaria.

Hoje o Grupo Abegoaria produz na Região dos Vinhos Verdes, apenas para exportação, e no Alentejo, Tejo, Beiras, Douro, Lisboa, Algarve e Açores.  “Em muitas delas temos parcerias com Adegas Cooperativas”, conta Manuel Bio. E salienta que o modelo de negócio do Grupo é simples e passa por criar boas marcas, com escala, volume, e uma boa relação qualidade/preço. Como o grupo que gere é, também, um grupo com carácter social, “é isso que tentamos fazer também para o pequeno viticultor, cooperante das adegas cooperativas com as quais trabalhamos. Se não tiver quem lhe faça a gestão de vendas e marketing não consegue ir lá”, salienta o gestor, acrescentando que este é, para o Grupo Abegoaria um bom negócio. “Como não conseguimos ter vinhas próprias em todas as regiões onde estamos activos, decidimos apoiar os seus pequenos e médios viticultores, que conhecem bem as suas vinhas e tratá-las de forma a darem as melhores uvas”, explica Manuel Bio, acrescentando que o seu grupo, em troca, tem de fazer o seu trabalho, vendendo os seus vinhos e ganhando dimensão para pagar, a todos os viticultores que lhes vendem uva, “o preço justo pelo trabalho deles”.

O Grupo Abegoaria produz e comercializa actualmente 18 milhões de garrafas de vinho e dois milhões de bag in box, que perfazem 30 milhões de litros de vinho. Em 2024 deverá exportar, segundo Manuel Bio, 50% da sua produção para 50 mercados internacionais. J.M.D.

Provocação de sabores no Barreiro

Provocação de sabores

Provocação de Sabores é um evento que vai juntar, no Mercado Municipal 1.º de Maio, no Barreiro, mais de 60 produtores nacionais de vinhos. Em paralelo, irá decorrer uma mostra gastronómica e provas comentadas sobre vários temas, que irão levar vários especialistas nacionais, ao Barreiro, nos dias 4 e 5 de Maio, entre as 15h00 […]

Provocação de Sabores é um evento que vai juntar, no Mercado Municipal 1.º de Maio, no Barreiro, mais de 60 produtores nacionais de vinhos.

Em paralelo, irá decorrer uma mostra gastronómica e provas comentadas sobre vários temas, que irão levar vários especialistas nacionais, ao Barreiro, nos dias 4 e 5 de Maio, entre as 15h00 e as 20h00. A primeira tem o tema “Cozinha no Mundo” e será conduzida pelo sommelier Augusto Brumatti. Um pouco mais tarde falar-se-á de doçaria, numa sessão que terá, como anfitrião, o sommelier Tiago Simões. Haverá ainda um Tema Livre, apresentado pelo sommelier Pedro Durand, e uma sessão dedicada aos queijos, com Ivo Custódio e a enóloga Mafalda Perdigão.

Os ingressos já se encontram à venda e podem ser adquiridos na Ticketline, Posto de Turismo do Barreiro e no local, no dia do evento.

Valores: 8€ para um dia e 12€ para dois dias (o bilhete inclui copo e porta copos).

Provocação de Sabores

Tejo a Copo é no dia 23 de março

A edição de 2024 do Tejo a Copo vai realizar-se no dia 23 de março, no Convento de São Francisco, em Santarém. A mostra, que reúne 26 produtores com Vinhos do Tejo certificados com selos de garantia de qualidade DOC do Tejo e IG Tejo, é promovida pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) […]

A edição de 2024 do Tejo a Copo vai realizar-se no dia 23 de março, no Convento de São Francisco, em Santarém. A mostra, que reúne 26 produtores com Vinhos do Tejo certificados com selos de garantia de qualidade DOC do Tejo e IG Tejo, é promovida pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) desde 2019.
A edição deste ano estreia-se com horário alargado, embora a manhã seja de acesso exclusivo a profissionais do setor. As portas abrem-se ao público entre as 15h00 e as 20h30, num evento em que a entrada é livre, mas o acesso à degustação dos vinhos implica a compra do copo. A edição deste ano volta a ter uma loja de vinhos dedicada aos 26 produtores presentes no Tejo a Copo.
Como é habitual, do programa do Tejo a Copo 2024 fazem parte três provas de vinhos, comentadas por Rodolfo Tristão, sommelier, consultor e embaixador dos Vinhos do Tejo. A inscrição é gratuita e feita no local.
Nem só de vinho se faz o Tejo a Copo e nesta edição de 2024 os restaurantes convidados são o Pátio da Graça e o Tascá, ambos escalabitanos. Com presença dentro dos claustros, junto à mostra dos vinhos, a oferta gastronómica vai ser composta por seis petiscos, à venda no local. A animação musical continua garantida, com banda ao vivo e DJ.
“É com enorme agrado que nos deparamos com a crescente notoriedade da iniciativa Tejo a Copo, não só a nível regional, mas também nacional, sendo a afluência cada vez maior e mais variada. Trabalhamos, a cada ano, para que quem nos visita sinta que teve uma boa experiência vínica, gastronómica e cultural, com a capital do Ribatejo a contribuir a diversos níveis”, diz Luís de Castro, presidente da CVR Tejo, acrescentando que foi a pensar nisso que foi alargado o horário, “dedicando parte do dia a profissionais, cada vez mais atentos ao evento e aos Vinhos do Tejo.”

Preço dos vinhos portugueses para exportação sobe em 2023

Em 2023, o valor das exportações de vinhos portugueses foi de 928 milhões de euros, o que corresponde à venda de 319 milhões em litros de vinho para os mercados externos, de acordo com dados divulgados pela ViniPortugal. No mesmo período, verificou-se um aumento do preço médio por litro para 2,90 euros, o que representa […]

Em 2023, o valor das exportações de vinhos portugueses foi de 928 milhões de euros, o que corresponde à venda de 319 milhões em litros de vinho para os mercados externos, de acordo com dados divulgados pela ViniPortugal. No mesmo período, verificou-se um aumento do preço médio por litro para 2,90 euros, o que representa um crescimento de 0,66% em relação a 2022.
No ano passado as vendas de vinhos portuguesas para a União Europeia foram de quase 407 milhões de euros, um decréscimo de 2,40% em valor e 3,35% em volume em relação a 2022 e, para o resto do mundo, mais de 521 milhões de euros (uma descida de 0,17%% em valor e 0,54% em volume).
França foi o país que mais importou vinhos portugueses, no valor de 103 milhões de euros, seguida dos Estados Unidos, com um valor de 100 milhões de euros. Em terceiro lugar encontra-se o Reino Unido, com 88 milhões de euros.
Em 2023, o mercado brasileiro de vinhos portugueses teve um crescimento exponencial, para 80 milhões de euros, mais nove milhões de euros do que em 2022. No mesmo período, Portugal ultrapassou a Argentina, passando a ocupar o segundo lugar nas importações de vinhos para o Brasil em volume.
“Como já tínhamos previsto e em grande parte devido ao contexto mundial que estamos a viver, as exportações de vinhos portugueses tiveram uma ligeira quebra em 2023, mas menor do que a esperada”, diz Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal, a propósito dos dados divulgados. Segundo este responsável, o comércio mundial de vinhos caiu muito em 2023, devido à conjuntura internacional, o que levou ao decréscimo das exportações. Mas como os dados dos concorrentes do sector nacional de vinhos a nível mundial apontam para quedas muito superiores, Portugal aumentou a sua quota no mercado mundial de vinhos no ano passado.

Bomfim 1896 with Pedro Lemos com novidades de Inverno

O restaurante reabre no carnaval após um breve período de férias. Localizado na Quinta do Bomfim, na vila do Pinhão, com uma das mais distintas vistas sobre o rio Douro, o espaço, que é uma parceria entre a família Symington e o chef Pedro Lemos, apresenta novidades para este Inverno, que incluem novas opções na […]

O restaurante reabre no carnaval após um breve período de férias. Localizado na Quinta do Bomfim, na vila do Pinhão, com uma das mais distintas vistas sobre o rio Douro, o espaço, que é uma parceria entre a família Symington e o chef Pedro Lemos, apresenta novidades para este Inverno, que incluem novas opções na carta e um menu de degustação.
Com inspiração nos sabores e ingredientes típicos da região, e aproveitando todo o potencial de uma cozinha a forno e fogão a lenha, a nova carta inclui pratos de conforto concebidos para acolher os visitantes na temporada de inverno. Javali no pote, raízes, cogumelos ou Cabrito de leite assado em forno de lenha são algumas das novidades da oferta do restaurante. Entre outras, o Crème brûlée de fava tonka, cenoura e gengibre é a mais recente proposta de sobremesa. O menu degustação é outra das novidades. Dá a possibilidade de experimentar algumas das opções mais emblemáticas da carta, e pode ser harmonizado com uma selecção de alguns dos melhores vinhos do portefólio da família Symington.
A par dos novos pratos, a carta continuará a incluir alguns dos ex-líbris do Bomfim 1896 with Pedro Lemos, como a Caldeirada com peixe do dia, bivalves e lula, a Vaca com cebolas, rábano picante e alfaces grelhadas, ou o Mil-folhas com creme fumado e caramelo salgado. O restaurante passa a estar aberto sete dias por semana.

Enólogo Osvaldo Amado sai da Global Wines

Osvaldo Amado anunciou a saída do Grupo Global Wines, para dedicar mais tempo ao seu projeto pessoal, os vinhos By Osvaldo Amado Raríssimo, marca própria apresentada ao mercado em 2019. O enólogo era diretor de Enologia do Grupo Global Wines, produtor das marcas Cabriz, Casa de Santar e Quinta do Cerrado (Dão), Quinta do Encontro […]

Osvaldo Amado anunciou a saída do Grupo Global Wines, para dedicar mais tempo ao seu projeto pessoal, os vinhos By Osvaldo Amado Raríssimo, marca própria apresentada ao mercado em 2019.

O enólogo era diretor de Enologia do Grupo Global Wines, produtor das marcas Cabriz, Casa de Santar e Quinta do Cerrado (Dão), Quinta do Encontro (Bairrada), Herdade Monte da Cal (Alentejo) e Vinibrasil – Rio Sol (Brasil), desde 2011.

A saída, uma decisão tomada em comunhão com a administração da Global Wines, “não podia ser adiada mais tempo”, segundo Osvaldo Amado, que vai agora entregar-se, “de corpo e alma” ao seu projecto pessoal. Para além de produzir os seus vinhos, o enólogo mantém-se como responsável pela produção dos vinhos da marca Maria João, da Quinta do Solar do Arcediago.