Adega H.O. tem novo wine bar no Douro

Num ponto privilegiado da propriedade de 55 hectares, em Santa Marta de Penaguião, no Douro, a H.O. (Horta Osório) abriu, recentemente, um novo wine bar. A H.O. foi adquirida recentemente pela Menin Wine Company, e tem João Rosa Alves, como enólogo residente, e Tiago Alves de Sousa. O espaço — que é também sala de […]
Num ponto privilegiado da propriedade de 55 hectares, em Santa Marta de Penaguião, no Douro, a H.O. (Horta Osório) abriu, recentemente, um novo wine bar. A H.O. foi adquirida recentemente pela Menin Wine Company, e tem João Rosa Alves, como enólogo residente, e Tiago Alves de Sousa.
O espaço — que é também sala de provas, miradouro, ponto de encontro e de admiração dos patamares de vinhas históricas — serve vários vinhos H.O. a copo, como o Moscatel Galego, o rosé de Touriga Nacional, os Colheita branco e tinto ou os Reserva, acompanhados de petiscos regionais, como salpicão de cachaço fumado, linguiça de Alvão, chouriço tradicional fumado, ou queijos como o de cabra regional e de mistura amanteigado. Há ainda a possibilidade de optar por salmão fumado servido em tostas com queijo fresco.
Six Senses Douro Valley organiza Sunset Market

O hotel Six Senses Douro Valley vai organizar, no próximo domingo, dia 16 de Outubro, um “Sunset Market” num dos seus jardins. Com início às 18h00, e até às 22h00, este é um evento gastronómico e cultural, com música ao vivo, cocktails de assinatura, vinhos da região e estações de cozinha ao vivo com os […]
O hotel Six Senses Douro Valley vai organizar, no próximo domingo, dia 16 de Outubro, um “Sunset Market” num dos seus jardins. Com início às 18h00, e até às 22h00, este é um evento gastronómico e cultural, com música ao vivo, cocktails de assinatura, vinhos da região e estações de cozinha ao vivo com os chefs que assinam a carta dos restaurantes do hotel.

“O Outono está em pleno e a natureza começa a ganhar os tons âmbar e dourados característicos desta época do ano. No Six Senses, queremos assinalar e interpretar esta passagem de estações com um ‘Sunset Market’, no jardim orgânico do hotel”, refere Joana van Zeller, responsável de Marketing e Comunicação do Six Senses Douro Valley.
O evento é aberto hóspedes e a público externo, e o acesso tem um custo de €160 por pessoa.
School of Port da Symington lança bootcamp para sommeliers

É já em Setembro, entre os dias 11 e 14, que se realiza a primeira edição do Douro Somm Camp, um bootcamp imersivo que receberá 13 sommeliers europeus de 13 países diferentes, vencedores de várias competições. Esta iniciativa da School of Port — academia de vinho do Porto criada pela Symington Family States — tem […]
É já em Setembro, entre os dias 11 e 14, que se realiza a primeira edição do Douro Somm Camp, um bootcamp imersivo que receberá 13 sommeliers europeus de 13 países diferentes, vencedores de várias competições. Esta iniciativa da School of Port — academia de vinho do Porto criada pela Symington Family States — tem como objectivo proporcionar, aos sommeliers participantes, uma experiência de aprendizagem enriquecedora no Douro, durante a época da vindima. Estes terão a oportunidade única de contactar directamente com aqueles que trabalham nas várias áreas do sector do vinho do Porto — dos viticultores aos comerciais — e acesso privilegiado aos “bastidores” da produção.
No programa do Douro Somm Camp está prevista uma ida às caves Graham’s, em Vila Nova de Gaia, uma visita à moderna adega da Dow’s, na Quinta do Bomfim, no Pinhão; bem como a pisa tradicional na Quinta do Vesúvio, no Douro Superior. Pelo meio, haverá provas, masterclasses e almoços diante das paisagens durienses, assim como jantares vínicos onde edições especiais de vinho do Porto e Douro estarão à prova. Há ainda alguns elementos surpresa preparados.
Segundo a School of Port, a ideia é “fazer do Douro Somm Camp um grande evento anual no calendário da sommelerie, convidando a cada ano as novas caras vencedoras das competições nacionais para uma experiência única e inesquecível sobre o vinho do Porto e o Douro”.
Tomate Coração de Boi volta a ser estrela no Douro

A Quinta de Nápoles, da Niepoort, será palco da 5ª edição do Concurso Tomate Coração de Boi do Douro, evento que coloca este rubi vermelho suculento — cultivado nas quintas e quintais do Douro e de Trás-os-Montes — em competição, no dia 26 de Agosto, e nas mesas dos restaurantes da região, durante todo o […]
A Quinta de Nápoles, da Niepoort, será palco da 5ª edição do Concurso Tomate Coração de Boi do Douro, evento que coloca este rubi vermelho suculento — cultivado nas quintas e quintais do Douro e de Trás-os-Montes — em competição, no dia 26 de Agosto, e nas mesas dos restaurantes da região, durante todo o mês.
Celeste Pereira, uma das mentoras do projecto, comenta: “Em apenas 6 anos, transformámos a época de produção de tomate Coração de Boi numa festa no Douro, atraindo à região um número cada vez maior de pessoas. A iniciativa centra-se no Tomate Coração de Boi do Douro, mas vai muito além disso. É também um momento de exaltação da região vinhateira nas suas múltiplas vertentes, promovendo o vinho, o território, o turismo, as gentes do Douro que aqui trabalham todos os dias e aqueles que, com visão, nele investem”.
Para a prova do tomate em concurso, a organização — que, além de Celeste, integra o jornalista Edgardo Pacheco e o produtor de vinhos Abílio Tavares da Silva, da Quinta de Foz Torto — volta a reunir um júri de especialistas: chefs de cozinha de referência, enólogos, jornalistas e outros actores na área da gastronomia. Terminado o apuramento do vencedor, pelas 18h30, haverá um jantar volante, animado por uma mesa de sabores locais e vinhos das quintas concorrentes. A inscrição neste jantar, com lotação limitada, custa €50 e a reserva e o pagamento prévio devem ser feitos através do e-mail greengrape@greengrape.pt.
A par do concurso, e durante todo o mês de Agosto, os restaurantes de referência da região do Douro aderem à Festa do Tomate Coração de Boi, incluindo nas suas ementas pratos inspirados no tomate. Entre os restaurantes aderentes está o DOC (Folgosa), Bonfim 1896 (Quinta do Bomfim, Pinhão), Pickles do hotel Six Senses Douro Valley (Lamego), O Lagar (Torre de Moncorvo), Taberna do Carró (Torre de Moncorvo), Bistrô and Terrace (Quinta do Tedo), Cais da Villa (Vila Real), Casa de Pasto Chaxoila (Vila Real), Cozinha da Clara (Quinta de La Rosa, Pinhão), Toca da Raposa (Ervedosa do Douro), Cais da Ferradosa (São João da Pesqueira), Cêpa Torta (Alijó), o Aneto & Table (Peso da Régua), Quinta do Portal (Sabrosa), Quinta da Pacheca (Lamego), Cantina de Ventozelo (Quinta de Ventozelo, S. João da Pesqueira), Castas e Pratos (Régua) e Flor de Sal (Mirandela).
Edgardo Pacheco, jornalista especializado em gastronomia, explica sobre o tomate Coração de Boi: “Não há volta a dar. Todas as regiões produzem bom tomate, mas nenhum chega aos calcanhares do tomate Coração de Boi do Douro. Por quatro razões: primeiro, a conservação das sementes dos melhores frutos, que é uma prática com décadas no Douro; segundo, o solo xistoso é o terroir perfeito para a vida equilibrada da planta; terceiro, as temperaturas altas injectam doçura nos frutos; e quarto, as amplitudes térmicas são responsáveis pela textura firme dos frutos”.
Vinhos Borges lança Porto Vintage 2020

Com origem na Quinta da Soalheira, Borges Porto Vintage 2020 é a mais recente declaração da Sociedade dos Vinhos Borges. Segundo o produtor, apesar das adversidades meteorológicas extremadas do ano vitícola 2019-2020, que levaram a uma vindima precoce, “as maturações repentinas e as uvas de elevada qualidade e concentração, resultaram num néctar de excelência, declarado […]
Com origem na Quinta da Soalheira, Borges Porto Vintage 2020 é a mais recente declaração da Sociedade dos Vinhos Borges.
Segundo o produtor, apesar das adversidades meteorológicas extremadas do ano vitícola 2019-2020, que levaram a uma vindima precoce, “as maturações repentinas e as uvas de elevada qualidade e concentração, resultaram num néctar de excelência, declarado pela Sociedade dos Vinhos Borges, como um Vintage Clássico”.
De Touriga Nacional, Touriga Francesa e Sousão, de solos maioritariamente xistosos, este Porto Vintage foi vinificado em lagar, com pisa a pé.
“O Borges Porto Vintage 2020 é um vinho único e distinto, criado num ano histórico para a humanidade e inesquecível por todas as razões. É o fruto de um ano de grande desafio, determinação, superação e retribuição. É uma criação resultante da paixão pela vinha, dedicação, entrega e crença no terroir! Acreditamos que será um néctar memorável, carregado de história e estórias, para momentos únicos e inspiradores entre amigos, família ou simplesmente a sós”, afirma a Vinhos Borges.
Symington entra no espumante Vértice

Através de um curto comunicado, a família Symington anunciou hoje a entrada no capital da empresa Caves Transmontanas, produtora do Vértice, marca de referência entre os espumantes portugueses. Segundo a informação veiculada, a operação foi feita através de um aumento de capital (que, segundo apurámos, inclui também suprimentos), ficando assim a Symington com 50% da […]
Através de um curto comunicado, a família Symington anunciou hoje a entrada no capital da empresa Caves Transmontanas, produtora do Vértice, marca de referência entre os espumantes portugueses. Segundo a informação veiculada, a operação foi feita através de um aumento de capital (que, segundo apurámos, inclui também suprimentos), ficando assim a Symington com 50% da sociedade. Não existiu, portanto, venda das participações dos sócios de referência da empresa, nomeadamente o Grupo TMG e Michael de Mello.
No referido comunicado, a Symington Family Estates refere que desde há muito “vinha considerando a possibilidade de investir no negócio dos vinhos espumantes onde reconhece existir um elevado potencial de valorização e de ganho reputacional.”
Esta operação vai dar às Caves Transmontanas um importante alento financeiro, que lhe permitirá, segundo os novos sócios, “promover a expansão do seu negócio e o investimento em ativos para continuar a trilhar um caminho de excelência.”
A informação adianta ainda que será nomeado um novo Conselho de Gerência que incluirá Celso Pereira. Este experiente e conceituado enólogo está nas Caves Transmontanas desde o início do projecto e é a face mais visível do espumante Vértice, muito tendo contribuído para o sucesso e notoriedade da marca. Segundo a Symington Family Estates, a presença de Celso Pereira na gerência irá “assegurar a continuidade da gestão independente deste negócio.”
Axa Millésimes investe na Califórnia e adquire Platt Vineyard

A Axa Millésimes — que em Portugal detém, no Douro, a Quinta do Noval e a Quinta do Passadouro, para além de outras propriedades vinícolas em França (Bordéus, Sauternes e Borgonha), Hungria (Tokaj) e EUA (Howell Mountain, Califórnia) — anunciou recentemente uma nova aquisição, igualmente na Califórnia, mas desta vez na zona oeste da região de […]
A Axa Millésimes — que em Portugal detém, no Douro, a Quinta do Noval e a Quinta do Passadouro, para além de outras propriedades vinícolas em França (Bordéus, Sauternes e Borgonha), Hungria (Tokaj) e EUA (Howell Mountain, Califórnia) — anunciou recentemente uma nova aquisição, igualmente na Califórnia, mas desta vez na zona oeste da região de Sonoma, a poucos quilómetros do oceano Pacífico. Trata-se da Platt Vineyard, uma propriedade de 110 hectares, dos quais 15 plantados com Pinot Noir e Chardonnay, a sua grande especialidade.
Para Christian Seely, Director da AXA Millésimes, a lógica da aquisição da Platt Vineyard tem muito que ver com a experiência de Pinot e Chardonnay que a empresa ganhou no Domaine d’Arlot, em Borgonha. Após diversos estudos no local, Christian está convencido de que, neste terroir particular, com solos arenosos formados pelo antigo leito marítimo, vai conseguir Pinots e Chardonnays de qualidade similar aos de Borgonha.
A Platt Vineyard dedicou-se até agora, a produzir uvas para vender a produtores locais, pelo que caberá à Axa Millésimes fazer os primeiros vinhos e colocá-los no mercado.
Séries RCV- A engarrafar o futuro

Tudo começou com um Rufete de 2010, e hoje são já 13 varietais. O projecto Séries, da Real Companhia Velha, tem sido um autêntico esboço do presente e do futuro dos vinhos não fortificados da empresa. Um estudo aprofundado do potencial vitícola e enológico de cada casta antiga do Douro. Texto: Mariana Lopes Fotos: Real […]
Tudo começou com um Rufete de 2010, e hoje são já 13 varietais. O projecto Séries, da Real Companhia Velha, tem sido um autêntico esboço do presente e do futuro dos vinhos não fortificados da empresa. Um estudo aprofundado do potencial vitícola e enológico de cada casta antiga do Douro.
Texto: Mariana Lopes
Fotos: Real Companhia Velha
No Douro, estão reconhecidas cerca de 150 castas autóctones autorizadas para produção de vinho. Só nas vinhas velhas, encontram-se várias dezenas de variedades diferentes, umas mais populares e amplamente utilizadas nos vinhos de hoje, e outras já consideradas raras, existentes em pouca quantidade, algumas com excelentes aptidões na adega. Isto é mais do que razão para se tirar partido prático desta riqueza varietal, e é mesmo isso que a Real Companhia Velha está a fazer com o projecto Séries. “A grande vantagem das vinhas velhas do Douro não é apenas a idade, é, precisamente, a diversidade de castas que lá encontramos, como as familiares Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Amarela, naturalmente a Touriga Nacional, mas também outras muito interessantes como Tinta da Barca, Cornifesto, Malvasia Preta, Donzelinho Branco, Donzelinho Tinto… castas estas que produzem, e que se mostram adaptáveis às condições austeras do Douro”, sublinhou Pedro O. Silva Reis, Fine Wine Manager da empresa com sede em Vila Nova de Gaia, na apresentação dos novos Séries. Na verdade, foi esta diversidade que inspirou o nascimento desta gama de ensaios, onde se exploram diferentes técnicas na adega, castas e abordagens: em 2002, depois de várias visitas a campos ampelográficos do Douro, a equipa técnica da Real Companhia Velha inspirou-se e iniciou a aposta na recuperação de mais de 30 variedades autóctones.
Na Quinta do Casal da Granja, em Alijó, estão as brancas Alvarelhão Branco, Alvaraça, Branco Gouvães (ou Touriga Branca), Esgana Cão, Donzelinho Branco, Moscatel Ottonel, e Samarrinho. Já as tintas Bastardo, Donzelinho Tinto, Malvasia Preta, Preto Martinho, Cornifesto, Rufete, Tinta da Barca, Tinta Francisca e Tinto Cão, são da Quinta das Carvalhas, junto ao Pinhão. Quase todas foram plantadas pela empresa em parcelas estremes com área mínima de um hectare, para serem estudadas quanto ao comportamento agronómico e avaliado o seu potencial em vinhos varietais. Como explicou Jorge Moreira, responsável de enologia da Real Companhia Velha, foram “também às vinhas velhas à procura das castas mais antigas, para as vinificar separadamente”.
Famosa pelos seus vinhos do Porto, a Real Companhia Velha arrancou com o seu projecto de vinhos não fortificados — chamado Fine Wine Division — em 1996, ano em que resolveu “apostar na produção de grandes vinhos do Douro”, referiu o enólogo. “Começámos a melhorar a forma como tratávamos da vinha para termos uvas de qualidade, e a apostar em novas técnicas de vinificação, mais cuidadas e precisas. Sentimos necessidade de perceber, entre a enorme panóplia de castas que tínhamos, o que é que cada uma representava”, desenvolveu. Assim, ainda no final dos anos 90 e já com o “bichinho” dos estudos varietais, a empresa começou a engarrafar vinhos monocasta com as marcas Porca de Murça e Quinta de Cidrô, como Tinta Roriz, Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca, Chardonnay, ou Cabernet Sauvignon. “Poucos se mantiveram, mas foram importantíssimos para percebermos as nuances de cada uma das castas na vinha e na adega, e permitiu-nos das um grande salto qualitativo”, explicou Jorge Moreira.
Com primeiro lançamento em 2012, de um Rufete 2010, as Séries contam já com 13 referências, algumas com mais de uma edição, o que totaliza mais de 30 vinhos, incluindo brancos, tintos e espumante. No recentemente inaugurado The Editory Riverside Hotel, em Santa Apolónia, foram lançadas as mais recentes colheitas dos Donzelinho Branco, Bastardo, Rufete, Malvasia Preta e Cornifesto; e também a novidade absoluta, um Tinta Amarela, cujas uvas têm origem na Quinta dos Aciprestes. Como “teaser” do que sairá em breve, provou-se um Samarrinho de 2019 e um Branco Gouvães de 2018.
“Isto é algo que teve um grande impacto na Real Companhia Velha. Os Séries marcaram muito a nossa forma de produzir vinho, criaram-se técnicas na adega muito a pensar nas uvas que estamos a vinificar, como uso ou não de engaço, maior ou menor extracção, remontagens… no fundo, aprendemos muito com este projecto”, afirmou Pedro Silva Reis, e Jorge Moreira rematou: “O que se passa aqui são as bases do futuro da Real Companhia Velha. Estamos entusiasmados, nunca fizemos vinhos tão bons, e falo de nós e do Douro em geral. Os Séries são, hoje, as sementes para fazer mais tarde vinhos ainda melhores. São lições que aprendemos, de conhecimento e de prazer”. Para “adoçar a boca”, a dupla revelou ainda que, na calha, está um Tinta da Barca e um Moreto…
(Artigo publicado na edição de Maio 2022)
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