Lisboa adere à Associação de Municípios Portugueses do Vinho
O executivo da Câmara Municipal de Lisboa aprovou, por unanimidade, a proposta de adesão à Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV). Segundo José Arruda, secretário geral desta organização, “fazia todo o sentido ter, entre os nossos associados, o município de Lisboa, até porque é uma das poucas capitais do mundo com uma grande região […]
O executivo da Câmara Municipal de Lisboa aprovou, por unanimidade, a proposta de adesão à Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV). Segundo José Arruda, secretário geral desta organização, “fazia todo o sentido ter, entre os nossos associados, o município de Lisboa, até porque é uma das poucas capitais do mundo com uma grande região vitivinícola com o seu nome, que é uma das maiores do país em termos de área de vinha e de produção de vinho”. Para além disso, a cidade é cada vez mais ponto de partida para conhecer a diversidade dos vinhos da região e de um país que é um dos melhores destinos de enoturismo do mundo.
A cidade mantém, ainda hoje, alguma tradição de produção vinícola, centrada na Tapada da Ajuda, do Instituto Superior de Agronomia e, mais recentemente numa vinha situada junto ao aeroporto Humberto Delgado. Atualmente são exportadas, por ano, 50 milhões de garrafas para o mundo inteiro com a marca Vinhos de Lisboa.
Castelão: O príncipe de Palmela
Castelão, o resultado do cruzamento natural do Alfrocheiro e Cayetana Blanca (conhecida também como Sarigo e Mourisco Branco), é uma das variedades mais antigas em Portugal, mencionada desde 1531 na zona de Lamego. Foi também conhecida como Castelão Francês (e não tem nada a ver com Castelão Nacional, que é Camarate), entre outras sinonímias menos […]
Castelão, o resultado do cruzamento natural do Alfrocheiro e Cayetana Blanca (conhecida também como Sarigo e Mourisco Branco), é uma das variedades mais antigas em Portugal, mencionada desde 1531 na zona de Lamego. Foi também conhecida como Castelão Francês (e não tem nada a ver com Castelão Nacional, que é Camarate), entre outras sinonímias menos populares.
Actualmente, o IVV reconhece dois sinónimos com restrições regionais – João de Santarém na DO DoTejo e Periquita, que está intrinsecamente ligado à sua história na Península de Setúbal. Tem a ver com a propriedade Cova da Periquita, em Azeitão, onde foram plantadas as primeiras varas por José Maria da Fonseca nos meados do século XIX. A casta adaptou-se lindamente à região e afirmou-se como parte da sua identidade no que toca aos vinhos tranquilos. Na segunda parte do século passado, o encepamento tinto representava 90% da área total da vinha da Península de Setúbal, dos quais 95% era Castelão. Ainda hoje, a DO Palmela exige 66,7% de Castelão no lote. Tirando a DO Colares com Ramisco, é a maior expressão identitária oficialmente estipulada de uma casta tinta no seu terroir de excelência.
Entretanto, o reinado na vinha não se reflectiu no sucesso comercial, por variadíssimas razões, algumas mais objectivas e óbvias do que outras. Como sempre, nestas situações as castas estrangeiras e nacionais de outras regiões parecem uma salvação. Hoje é preciso ser um entusiasta para preferir uma casta rústica e tradicional às alternativas modernas. E felizmente há produtores que reconhecem as qualidades do Castelão e apostam na casta – Casa Horácio Simões, Quinta do Piloto, Sociedade Vinícola de Palmela (SVP) e um projecto conjunto com marca Trois. A SVP, directa ou indirectamente ligada aos outros projectos citados, organizou a masterclasse dedicada à casta.
Mesmo com significativo declínio em plantação, os dados mais recentes do IVV indicam que Castelão, com cerca de 3600 ha, é responsável por 44% das vinhas na Península de Setúbal. É a região com mais Castelão em Portugal.
Luís Mendes da Associação de Viticultores do Concelho de Palmela (AVIPE) contou que, de acordo com o registo da região, existem vinhas de todas as idades, incluindo 26 ha de vinhas velhas, com cerca de 90 anos, plantadas na década de 30 do século passado e 35 ha com idade média de 80 anos. A maior parte (quase 35%) das vinhas presentes hoje na região, foi plantada na última década do século passado, um pouco menos a partir de 2000 e daí para frente a casta perde terreno. Entretanto, se há 10 anos era típico plantar Syrah em vez de Castelão, agora esta tendência travou. Curiosamente (e é bom sinal), há mais gente na região a plantar Castelão; e alguns substituem as cepas velhas por novas, utilizando o material policlonal, exemplifica Luís Mendes.
O senhor das areias
A serra da Arrábida cria a barreira física para os ventos do Norte e canaliza-os em direcção a Palmela. Os rios Tejo e Sado contribuem com humidade nocturna. A proximidade do mar reflecte-se em nevoeiros que trazem frescura e também humidade. Luís Mendes exemplifica que no verão, por vezes, as temperaturas podem chegar aos 40°C de dia e cair até aos 18°C à noite. Juntamente com humidade isto permite a planta a equilibrar-se em termos hídricos.
Da Palmela a Pegões, a maior parte do Castelão, incluindo as vinhas velhas, encontra-se plantada nas planícies com solo de origem arenosa, onde as uvas amadurecem bem. São poucas as plantações que ocupam os terrenos de argilo-calcário nas encostas da Serra da Arrábida. A vindima normalmente ocorre na segunda-terceira semana de Setembro e dura até a primeira semana de Outubro. Na Serra da Arrábida a maturação é mais tardia 1 semana. A janela de oportunidade de vindima no caso de Castelão é relativamente confortável.
O Castelão resiste bem às amplitudes térmicas e à falta de água o que faz uma óptima correspondência com as condições da região. Muitas das vinhas velhas não são regadas, nas vinhas mais recentes a rega é comum. O solo arenoso é pobre e esvazia-se de água muito rapidamente, mas em algumas zonas as toalhas freáticas ajudam a salvar a situação, desde que a planta consiga fazer crescer as raízes (o que se verifica nas vinhas mais velhas, bem enraizadas).
Castelão é uma casta muito produtiva, sem controlo facilmente ultrapassa os 15 tn/ha. Como é natural, esta característica fica condicionada com idade da planta. As vinhas velhas produzem cerca de 3-4-5 tn/ha, dependendo dos clones envolvidos e das características do terreno. Os solos arenosos geralmente têm menos capacidade de retenção de água e nutrientes em comparação com solos argilosos, limitando naturalmente a produtividade e promovendo maior concentração nos bagos.
Em termos agronómicos, o calcanhar de Aquiles do Castelão é a sua grande sensibilidade ao desavinho. Também é sensível à Cigarrinha Verde, uma praga móvel, difícil de controlar que ultimamente tem dificultado muito a viticultura na região. Foi referido que, apesar de ter a película rija, os cachos sofrem bastante com escaldões. No entanto, aguenta melhor a conservação do cacho do que a Trincadeira.
Visitámos uma vinha antiga plantada entre 1954 e 1956 que pertence à Casa Agrícola Monte dos Pardais, uma das sócias da SVP. No solo tipicamente arenoso, erguem-se os troncos não aramados de vigor evidente, que mesmo na altura pós-vindima com a vinha despida se apresentavam bastante imponentes. O compasso de 2,70-2,80 m permite a passagem de um trator para fazer os tratamentos fitossanitários, enquanto outras operações não podem ser mecanizadas, devido à condução da vinha. Ao contrário das vinhas novas, onde a zona de frutificação fica a 70-80 cm do solo, nesta vinha velha, os cachos não se afastam do solo mais de 40 cm o que, obviamente, dá mais trabalho, mas afecta beneficamente a maturação. Esta vinha dá 6-8 tn/ha – nada mal para uma vinha com mais de 60 anos.
Versatilidade comprovada
A prova, comentada por Filipe Cardoso (sócio/enólogo da SVP e da Quinta do Piloto), José Nuno Caninhas (enólogo da SVP) e Luís Simões (sócio/enólogo da Casa Horácio Simões e director geral da SVP), foi bem didáctica, permitindo sentir a versatilidade de Castelão em função das proveniências e abordagens enológicas.
Começámos por provar as amostras desta vindima de 2023. As duas primeiras foram da Casa Horácio Simões, provenientes das vinhas com 60-70 anos de sítios diferentes. Uma da vinha Cachamurrão numa zona mais fresca localizada na Serra do Louro, que leva com ventos do Norte. Outra da vinha das Oliveiras junto a Palmela, de uma zona mais abrigada e mais quente. A vinificação foi igual – em lagar com pisa a pé e com 30% de engaço. O primeiro vinho é mais imediato, de grande limpeza aromática já nesta fase (ainda não finalizou a maloláctica), taninos mais verdes, mais perfumado, com menos concentração e acidez um pouco dura no final de boca. O segundo com mais tanino maduro e mais estrutura. O vinho final é sempre o lote dos dois, proporcionando o equilíbrio.
O terceiro vinho era da vinha mais nova, com 25 anos, da Quinta do Piloto, vinificado em cubas argelinas, onde durante a fermentação as remontagens são feitas aproveitando a pressão criada pela libertação do dióxido de carbono, sem o recurso a bombas. Estava um pouco reduzido, mas com óptima estrutura de tanino, equilíbrio e textura. “Temos que arriscar até ao final da fermentação maloláctica para não tirar o vinho a limpo, tem que ficar com a borra toda” – explicou Filipe Cardoso. Seguiu o Castelão das areias da vinha que vimos hoje. Tanino mais proeminente, ligeiro CO2 ainda, mais corpo, notas de fruta preta com destaque para amora.
O quinto vinho foi do projecto Trois, com um conceito próprio. É um pas de trois dos produtores, enólogos e amigos de longa data: Filipe Cardoso, Luís Simões e José Caninhas. Para além da amizade, une-os a predileção por Castelão. Tudo a multiplicar por três – três terroirs (das areias e da serra), três barricas diferentes, três vinificações, que no final resultam num vinho especial. O 2021 ainda não está no mercado e encontra-se numa fase intermédia a precisar de garrafa, consideram os produtores. Só é lançado quando estiver pronto. Bela fruta e elegância no nariz, barrica já está bem integrada, um apontamento vegetal q.b. para acrescentar a complexidade, não há muita secura de tanino. Suculento, elegante, fresco, delicioso. Percebe-se que o estágio em garrafa lhe vai dar mais integração geral.
Península de Setúbal é a região com mais Castelão em Portugal.
Os próximos dois vinhos da Sociedade Vinícola de Palmela já se encontram no mercado. No Serra Mãe 2020 o objectivo é enfatizar os aromas da casta. A influência da madeira é muito reduzida neste caso: apenas para melhorar a percepção geral do vinho, o pH é mais alto para não dificultar a prova. O produtor vê o vinho como “mais democrático, mas belo exemplo de casta”, como refere Luís Simões. Arbusto, groselha, framboesa e novamente arbusto com flores. Bem feito, não perde identidade, nem rusticidade, mas apresenta também algumas características facilitadoras. Funciona como uma porta de entrada para o consumidor menos experiente.
O Serra Mãe Reserva 2020 tem origem na vinha mais antiga, com 12-14 meses em barrica, sendo 10-20% barrica nova que o vinho aguenta bem graças à maior extracção. Aqui já exploraram a rusticidade, algumas rugas de tanino ficam-lhe bem. Notas carnudas, especiaria, estrutura, mas não há muita untuosidade, é enxuto, atlético, com óptima acidez. É claramente para outro tipo de consumidor.
Esta vinha dá origem ao Botelharia 2017, com o estágio mais prolongado em garrafa. Foi engarrafado em 2019. Mentol, eucalipto, esteva bem presentes no aroma para além da fruta. O volume de boca corresponde à textura, não peca por falta de frescura, musculado, mas não é difícil, até é bem sedutor e envolvente.
O Trois 2015 está no momento óptimo para beber, um Castelão feito propositadamente para ser consumido mais tarde. Tanino domesticado; complexo, mentol, cânfora, ainda fruta fresca (ameixa e cereja), cominhos, terra. De grande polimento e ainda com muita pujança. Secura elegante do tanino a pedir proteína, mas não a encortiçar a boca.
O Horácio Simões Reserva 2014, de um ano difícil com chuva na vindima, mostrou-se distinto e cheio de carácter com mentol, fruta negra, ameixa, ervas aromáticas, manjericão, tabaco e chá na vertente aromática; tanino com certa dureza, mas com os ângulos já arredondados, o que sabe bem com a frescura que o vinho apresenta. Não é pujante, sabe a vinho com certa rusticidade, bonita e bem-vinda. Óptima acidez. Clássico.
O Quinta do Piloto Reserva 2014, também feito em cubas argelinas, com 40% de engaço para fixar as antocianas, por isso a cor ainda está muito viva. Castanhas, notas mentoladas e terrosas. Contido no sabor, sendo bem vocacionado para comida.
O Quinta do Piloto Reserva 2012, foi o primeiro vinho com a marca desta propriedade. As temperaturas no verão foram sem excessos, vindima normal a partir da segunda semana de Setembro. Vinhas velhas. Barrica nova 100%. Este vinho resultou também num late release como Garrafeira 2012. Nos bons anos guardam-no para mostrar a capacidade de envelhecimento do Castelão. Muito especiado, com cravinho, tabaco, couro, eucalipto e alecrim. Tanino a agarrar as gengivas, bem seco, menos fruta, mais vegetal, couro e especiaria no final.
O Serra Mãe 2012, feito em balseiro e barricas usadas. Não foi dos mais harmoniosos no nariz, apresentando algumas notas de ferrugem; acidez bem marcante coloca o vinho fora do consenso. O Serra Mãe 2005 era o quarto vinho desde o início do projecto em 1999. Antigamente só o faziam em anos de topo. Tem bela complexidade aromática, mirtilo, mentol, eucalipto, tabaco. Vivo, denso, impetuoso, com tanino potente, rústico e robusto, com uma elegância própria que ganhou com idade.
Dentro da versatilidade da casta, deve existir uma segmentação clara e uma mensagem correcta ao consumidor.
O que fica do Castelão?
A masterclasse proporcionada pela SVP-Sociedade Vinícola de Palmela a um grupo de jornalistas e profissionais HoReCa cumpriu por inteiro, oferecendo uma visão abrangente sobre o passado, presente e futuro da casta, na vinha, na adega, no mercado.
Historicamente, enquanto o Castelão mais polido e com menos cor levava ao desinteresse do consumidor e do produtor, o Castelão mais rústico e com carácter chegava ao mercado cedo demais. No entanto, a casta é tremendamente versátil e, quando plantada nos locais certos, muito consistente na sua qualidade. Mas dentro da sua versatilidade, deverá existir uma segmentação clara desde a vinha à abordagem enológica, pois para conquistar novamente o consumidor é necessário ter foco na mensagem. Quem procura vinhos mais fáceis, prontos e confortáveis tem de os ter, até porque a casta presta-se muito bem para isto. E quem busca os tintos sérios, personalizados, estruturados e longevos, mas sem nunca perder elegância, frescura e sofisticação, tem no Castelão de Palmela uma variedade com imenso potencial. Os vinhos estão aí a demonstrá-lo.
(Artigo publicado na edição de Janeiro de 2024)
Graham’s desafia bartenders de 17 países a criar um cocktail único
Pelo terceiro ano consecutivo, a Graham’s vai por à prova a criatividade de bartenders e mixologistas. Após o sucesso das edições anteriores, a conceituada casa de vinho do Porto – propriedade da Symington Family Estates – volta a promover a Graham’s Blend Series Cocktail Competition, desafiando os participantes a criar um cocktail único, que destaque […]
Pelo terceiro ano consecutivo, a Graham’s vai por à prova a criatividade de bartenders e mixologistas. Após o sucesso das edições anteriores, a conceituada casa de vinho do Porto – propriedade da Symington Family Estates – volta a promover a Graham’s Blend Series Cocktail Competition, desafiando os participantes a criar um cocktail único, que destaque o perfil de um dos vinhos que compõe a Blend Series da Graham’s – Blend Nº5 ou Blend Nº12. Os interessados deverão submeter o nome e o conceito do cocktail, bem como uma fotografia, até ao dia 23 de Fevereiro. Posteriormente, os candidatos seleccionados deverão preparar as suas criações em frente a um painel de jurados na eliminatória nacional, no dia 26 de Março. A prova terá lugar em Lisboa, no Red Frog, estabelecimento que integra a lista The World’s 50 Best Bars.
Além de receber uma garrafa de 4,5 litros de Graham’s Porto Tawny 10 Anos, o vencedor da competição nacional ficará apurado para representar Portugal na final global, entre 19 e 22 de Maio, no Porto. A prova, que premeia o talento e originalidade de mixologistas de todo o mundo, tem vindo a crescer, permitindo levar uma nova abordagem ao vinho do Porto cada vez mais longe. A terceira edição fica marcada pela participação de um número recorde de países, com 17 bartenders de diferentes nacionalidades a lutar pelo primeiro prémio: mil euros e o fornecimento dos vinhos da Blend Series durante seis meses (máximo de três caixas por mês).
Mais informações sobre as inscrições e a competição disponíveis em https://blendseriescomp2024.grahams-port.com/.
Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo destacada
O Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA) foi distinguido nos prémios V d’Or 2024, na categoria “Best Joint Initiative”, que o destaca como melhor iniciativa conjunta do setor vitivinícola mundial. A cerimónia de entrega de prémios decorreu em Paris, na “La Nuit des V’Or”, evento que marcou o arranque da Wine Paris & […]
O Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA) foi distinguido nos prémios V d’Or 2024, na categoria “Best Joint Initiative”, que o destaca como melhor iniciativa conjunta do setor vitivinícola mundial. A cerimónia de entrega de prémios decorreu em Paris, na “La Nuit des V’Or”, evento que marcou o arranque da Wine Paris & Vinexpo Paris, uma das principais feiras internacionais de vinhos.
Esta iniciativa celebra a excelência dos agentes do setor em termos de desempenho e desenvolvimento sustentável, destacados em cinco categorias: iniciativa coletiva, iniciativa de transmissão, novas soluções para negócios, experiência de marca e marketing ecologicamente responsável. A organização distinguiu o PSVA “pela atenção aos pormenores, equilíbrio e rigor, bem como pela capacidade de promover a biodiversidade e, ainda, fortalecer a reputação dos Vinhos do Alentejo em todo o globo”.
José Maria da Fonseca renova equipa de enologia e viticultura
A empresa de Azeitão acaba de anunciar a nova equipa que vai dirigir os destinos da enologia e viticultura da casa. Com a anunciada retirada de Domingos Soares Franco da liderança da enologia após 40 vindimas, houve necessidade de refrescar as equipas com novos elementos. Assim, embora se mantenha ligado sobretudo às edições especiais de […]
A empresa de Azeitão acaba de anunciar a nova equipa que vai dirigir os destinos da enologia e viticultura da casa. Com a anunciada retirada de Domingos Soares Franco da liderança da enologia após 40 vindimas, houve necessidade de refrescar as equipas com novos elementos. Assim, embora se mantenha ligado sobretudo às edições especiais de moscatéis de Setúbal e aos vinhos da Colecção Privada, Domingos disse à Grandes Escolhas que entendeu que estava na hora de deixar os trabalhos quotidianos ligados à produção dos vinhos. Desta forma entrou uma nova geração de enólogos e viticultores que vão dar continuidade ao trabalho das gerações anteriores. São eles: José Maria Bettencourt (Enólogo Principal), Francisca Figueira (Enóloga Coordenadora), Paulo Amaral (Enólogo Residente Adega José de Sousa), Tiago Mau (Enólogo Assistente e o mais recente membro da equipa) e Edgar Gomes (Viticultor Principal).
A direcção da Enologia e Viticultura ficará entregue a Paulo Hortas, que transita da anterior equipa e com muitos anos de trabalho junto de Domingos Sores Franco. Entretanto a 7ª geração da família já está há algum tempo a trabalhar na gestão e comunicação da José Maria da Fonseca (JMF), empresa familiar que completará, em 2034, 200 anos de existência. Com uma forte presença nos mercados interno e externo, nomeadamente em cerca de 70 países, a JMF tem o seu foco principal nas regiões de Setúbal e Alentejo.
No âmbito do fecho da sua carreira como enólogo da casa, Domingos Soares Franco concedeu à Grandes Escolhas uma entrevista que será publicada na edição de Março. (JPM)
Preço dos vinhos portugueses para exportação sobe em 2023
Em 2023, o valor das exportações de vinhos portugueses foi de 928 milhões de euros, o que corresponde à venda de 319 milhões em litros de vinho para os mercados externos, de acordo com dados divulgados pela ViniPortugal. No mesmo período, verificou-se um aumento do preço médio por litro para 2,90 euros, o que representa […]
Em 2023, o valor das exportações de vinhos portugueses foi de 928 milhões de euros, o que corresponde à venda de 319 milhões em litros de vinho para os mercados externos, de acordo com dados divulgados pela ViniPortugal. No mesmo período, verificou-se um aumento do preço médio por litro para 2,90 euros, o que representa um crescimento de 0,66% em relação a 2022.
No ano passado as vendas de vinhos portuguesas para a União Europeia foram de quase 407 milhões de euros, um decréscimo de 2,40% em valor e 3,35% em volume em relação a 2022 e, para o resto do mundo, mais de 521 milhões de euros (uma descida de 0,17%% em valor e 0,54% em volume).
França foi o país que mais importou vinhos portugueses, no valor de 103 milhões de euros, seguida dos Estados Unidos, com um valor de 100 milhões de euros. Em terceiro lugar encontra-se o Reino Unido, com 88 milhões de euros.
Em 2023, o mercado brasileiro de vinhos portugueses teve um crescimento exponencial, para 80 milhões de euros, mais nove milhões de euros do que em 2022. No mesmo período, Portugal ultrapassou a Argentina, passando a ocupar o segundo lugar nas importações de vinhos para o Brasil em volume.
“Como já tínhamos previsto e em grande parte devido ao contexto mundial que estamos a viver, as exportações de vinhos portugueses tiveram uma ligeira quebra em 2023, mas menor do que a esperada”, diz Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal, a propósito dos dados divulgados. Segundo este responsável, o comércio mundial de vinhos caiu muito em 2023, devido à conjuntura internacional, o que levou ao decréscimo das exportações. Mas como os dados dos concorrentes do sector nacional de vinhos a nível mundial apontam para quedas muito superiores, Portugal aumentou a sua quota no mercado mundial de vinhos no ano passado.
Costinha: Nem só de bola viverá o homem
“Como bom português, a gastronomia é algo de que não fico à margem”. Após uma vida profissional de conquistas futebolísticas, é esta frase que nos faz respeitar Costinha, nascido em 1974, em Lisboa. “Gosto muito de comer e tenho a felicidade não só de ser português, mas de haver em Portugal uma gastronomia bastante variada […]
“Como bom português, a gastronomia é algo de que não fico à margem”. Após uma vida profissional de conquistas futebolísticas, é esta frase que nos faz respeitar Costinha, nascido em 1974, em Lisboa. “Gosto muito de comer e tenho a felicidade não só de ser português, mas de haver em Portugal uma gastronomia bastante variada e muito boa”, diz-nos, assumindo que também isso facilitou a inclinação para o vinho.
Antes de ir para França — para jogar no AS Monaco, em 1997, com 22 anos — não consumia vinho regularmente, mas quando lá chegou, beber vinho às refeições e provar coisas diferentes passaram a ser hábitos frequentes. Foi aí que bebeu o primeiro vinho francês, que ainda hoje é um dos seus favoritos, Le Petit Cheval, um Saint-Émilion Grand Cru. Até aí, o percurso tinha sido feito pelo lisboeta Oriental e pelos madeirenses Machico e Nacional. Mais tarde, já no FC Porto, onde jogou de 2001 a 2005, Costinha teve também um momento de viragem em relação ao vinho. “Quando a minha esposa, a Carla, conheceu a esposa do Domingos Paciência, fomos jantar a casa deles. Nessa altura, eu ainda não o conhecia muito bem, mas queria levar um vinho e resolvi ir a uma loja comprá-lo. Cheguei à loja e fiz o que muita gente que não tem conhecimentos sobre vinho faz, olhar para a marca e preço. Acabei por pegar num Esporão, e o dono da garrafeira perguntou-me porque é que tinha escolhido aquele vinho. Eu disse-lhe, sem vergonha, que não percebia nada do tema e queria levar uma coisa boa para um jantar de amigos, mas que achava que um Esporão ficava sempre bem”, conta. Pelos vistos, o proprietário do espaço não ficou satisfeito e incentivou o ex-jogador a levar uma garrafa do vinho australiano Rosemount Estate, bem mais barata do que a de Esporão. “Se não gostares, vens cá e eu ofereço-te uma caixa de vinho”, foi a promessa. Costinha regressou, efectivamente, à loja, mas para comprar três caixas do dito Rosemount Estate. “Em vez de me identificar como ‘fulano x’ e tentar vender-me as coisas mais caras, como acontece na maior parte das vezes, o dono desta loja sugeria-me sempre o que era mais adequado para a situação e dava-me a provar muitos vinhos diferentes, independentemente do preço. Começou também a convidar-me para provas ou jantares vínicos de vários países, e foi aí que eu ganhei um grande gosto por vinho e entrei nesse meio”, revela. E fê-lo assim, com pensamento crítico, que mantém até hoje.
Em jeito de desabafo, Francisco Costa confessa-nos: “Bebo vinhos nacionais muito bons, há bastante tempo, com um preço ridículo de baixo. É sempre uma coisa em que penso. Faz-me imensa confusão, sobretudo comparando com os preços e qualidade dos vinhos estrangeiros. E também me incomoda outra coisa. Vivi muitas vezes no estrangeiro; por exemplo, quatro anos no Mónaco, quatro em Itália, dois em Espanha, um na Rússia, e um ano na Suíça [quando foi director desportivo do Servette]; e viajo muito, e chateia-me abrir a carta de vinhos num restaurante e não haver uma referência portuguesa. Em Portugal, nos restaurantes, há, quase sempre, pelo menos três ou quatro referências de vinhos estrangeiros. Quer-me parecer que, enquanto produtores de vinho, não somos tão unidos na defesa dos nossos interesses e produtos, como eles são lá fora. Se calhar, devia haver também mais ajuda do Estado nesta área, sobretudo para os que criam valor. Mesmo ao nível da produção, é muito difícil arranjar mão-de-obra”, sublinha, antes de lembrar uma história mais positiva: “No ano passado fui a Roma e, num restaurante que me foi recomendado, havia uma garrafa de Soalheiro. Fiquei espantado. Chamei um funcionário e questionei-o sobre isso. Ele disse-me que um engenheiro romano, frequentador assíduo daquele espaço, tinha pedido o especial favor de haver sempre Soalheiro na carta…”.
Vinhos na garagem
Quando começou a acumular muitas garrafas de vinho, compradas e oferecidas, Costinha decidiu que tinha de lhes proporcionar um bom “alojamento”. Assim, em 2015, a empresa portuguesa Cave do Vinho construiu-lhe uma garrafeira de luxo, na garagem do seu prédio em Lisboa. A obra durou uma semana. “Vi a garrafeira da Niepoort na Quinta de Nápoles, em caracol, e gostei muito. Fui logo procurar a autoria”, descortina. Com um lado envidraçado e devidamente climatizado, o espaço ronda os 15m2 e apresenta as paredes em preto, que conferem elegância, estantes com as garrafas expostas na horizontal e em profundidade, e iluminação led integrada. Pelo chão, em pilhas, espalham-se as caixas cujos vinhos já não cabem nas prateleiras. Afinal, já passaram oito anos desde a construção da garrafeira, e os vinhos não param de chegar. Um olhar rápido basta-nos para perceber que há ali referências de praticamente todas as regiões vitivinícolas portuguesas, e de várias estrangeiras, rótulos de vários segmentos de preço, tudo coisas boas. Segundo Costinha, são mais de mil as garrafas que tem na sua cave, tintos em maioria. “Talvez por, à mesa, gostar de comidas pesadas, como feijoadas e assados, me incline mais para os tintos. Mas quando o branco é muito bom, adoro”, declara.
No que toca a perfis de tinto, prefere também os encorpados, e ao dizer isto, lembra-se de mais um episódio, no qual entra António Boal, produtor e amigo com quem partilha o projecto de vinhos 2 CC: “O António tem um vinho da casta Bastardo, e eu, pelo nome da casta, que me soava agressivo, pensei que fosse uma casta robusta. Fiz um assado. Pus o vinho no copo e parecia-me que estava diluído, tipo um Pinot. Achei que podia estar estragado e abri outra garrafa, que estava igual. Liguei ao António e ele explicou-me que o Bastardo ficaria melhor com uma pasta ou um risotto, e que não deveria beber aquele vinho com comidas muito fortes. Realmente, uma pessoa vai atrás de um estereotipo de palavras, e depois não tem nada que ver”, recorda. “Gosto muito dos tintos do Douro mas os de que eu gosto mais, talvez sejam os do Dão. Sempre achei que eram os mais parecidos com os vinhos franceses. Mas depois também bebo vinhos espectaculares do Alentejo, sobretudo Alicante Bouschet. A nível nacional temos, de facto, coisas divinais. Já lá de fora, gosto de um bocadinho de tudo”, afirma Costinha. Na sua garrafeira, tem marcas da Austrália, Nova Zelândia, Espanha, França, Itália, Argentina (a sua última descoberta, quando esteve em Buenos Aires), Estados Unidos (sobretudo Napa Valley), Chile e Uruguai. Curiosamente, a sua companheira não bebia vinho, mas hoje gosta bastante e tem, inclusive, uma garrafeira própria, com predominância de brancos, que são os de que mais gosta.
O motivo desta “separação de bens” é, no mínimo, cómico: “Certo dia, quando vivíamos em Madrid [Costinha jogou no Atlético entre 2006 e 2007], a Carla abriu um Le Petit Cheval. Cheguei às duas da manhã de um jogo, cansado, vi a garrafa ao pé do lava-louça com a rolha de fora, e pensei, chocado, que ela o tinha usado para cozinhar. Bebi o resto da garrafa nessa noite, para não dar mais hipótese, e depois ela explicou-me que recebeu umas amigas lá em casa, que eram namoradas ou mulheres de alguns colegas meus. Disse-me, ‘elas queriam vinho, então eu fui buscar uma garrafa e escolhi a que tinha o rótulo mais bonito’. A partir daí, comecei a comprar garrafas para ela, que são guardadas na sua garrafeira”, assume Francisco Costa.
De enófilo a produtor
Costinha conheceu António Boal, da Costa Boal Family Estates, num almoço de amigos regular, para o qual os participantes levam vinho. António tinha sido convidado nesse dia, e levou um vinho seu. “Achei que era um vinho baratíssimo, mas a verdade é que ‘deu um bigode’ aos outros todos, mais caros. Ficámos amigos a partir daí”, revela o futebolista. Entretanto, em 2018, António Boal convenceu-o a ir ver uma propriedade em Mirandela (na região de Trás-os-Montes, onde a Costa Boal nasceu) e convidou-o a entrar em negócio com ele. “Comprámos a vinha a meias e, a partir daí, fomos tratando do vinho em segredo, daí o nome do vinho Segredo 6 [o número da camisola que ostentou no FCP e na Selecção Nacional]. Ninguém soube de nada até sair, em 2022”. A vinha é velha, tem cerca de 83 anos e 3,5 hectares. “Fico sempre impressionado com a profundidade que a vinha tem, como guarda a água, o facto de ter xisto e quartzo no solo e as diferenças que isso confere aos vinhos… Estes pormenores fascinam-me, são tudo coisas novas que vou aprendendo. A minha cabeça está formatada para o futebol, mas a partir do momento em que entras neste mundo, tens sempre um espacinho no teu cérebro para ires colocando algumas informações, para que, quando vais falar sobre o tema, não sejas um total estranho na conversa. Gosto muito de saber. Sobretudo porque é uma coisa minha. E por ter este interesse é que não optei por ter simplesmente um rótulo com a minha assinatura numa prateleira de supermercado. Não digo que isso seja errado, mas eu estou investido nisto enquanto pessoa”, realça Costinha, que participa activamente no processo de produção dos seus vinhos. “Não há nada que não seja falado entre mim, o António e o Paulo Nunes [enólogo], e sou mesmo consultado, o que até acho piada. Eu pergunto-lhes ‘o que é que eu posso dizer que vocês já não saibam?’, e eles dizem-me que a minha opinião é importante e pode acrescentar ao que eles estão a pensar. Há uma relação de confiança entre os três. Uma das perguntas que fiz ao António e cuja resposta me agradou muito, foi ‘e se isto não der em nada?’, ele retorquiu ‘se não der, bebemo-lo nós’. Ou seja, não há neste projecto pressa de fazer as coisas para ontem”, adianta.
Não obstante o convite de António Boal, a ideia de produzir vinho já estava implantada na sua cabeça de Francisco Costa há muito tempo, embora a região fosse diferente. “Sou filho de um taxista, e a minha mãe, que era cozinheira, sempre trabalhou na casa de famílias que tinham propriedades com vinha no Alentejo, e eu tive a felicidade de os patrões convidarem sempre o filho dos seus funcionários para passar férias com eles e com os filhos, a caçar, andar a cavalo, etc… Por isso, sempre tive o desejo de, quando acabasse a minha carreira desportiva, ter um monte no Alentejo, com um ou dois cavalos e uma vinha pequena para me entreter, cuidar, fazer o meu vinho. O Alentejo é perto de Lisboa, e eu imaginava-me a escapar para um sítio desses ao fim-de-semana. A vontade ainda não me passou… Talvez quando os meus filhos ‘baterem as asas’. Não ponho metas nisso, mas não está esquecido. Por enquanto, vou muitas vezes a Estremoz ou Montemor-o-Novo, por exemplo. Sempre fui muito espontâneo, muitas vezes acordava e, se estava um bom dia, ia ao ginásio, como vou sempre, e depois pegava no meu pai, no meu sogro e noutro amigo que eles quisessem levar, e íamos a Portalegre comer um pitéu. Quem diz Portalegre, diz Redondo, Viseu e muitos outros sítios”, desabafa.
Quando lhe perguntamos quais os planos que a 2 CC tem a curto prazo, a resposta está na ponta da língua: “Queremos fazer um branco que marque a diferença, se aparecer uma vinha que achemos ter potencial… E também temos ideia de abrir uma loja, para ter os nossos produtos expostos ‘em casa’”.
O influenciador original
Entre as várias histórias e momentos insólitos que Costinha nos contou, há uma particularmente engraçada, depois da sua chegada ao FC Porto. “Como é hábito em qualquer clube, fazíamos almoços de equipa. Num desse almoços, no restaurante Romando, em Vila do Conde, o prato principal ia ser arroz de cabidela, e apetecia-me beber um Batuta. Eis que o Jorge Costa diz, indignado, ‘vais beber Batuta?! Com pica no chão?!’, e eu respondi “eu bebo aquilo que me apetecer. Pago a garrafa e bebo-a sozinho se for preciso, não se preocupem’. Aí, o Vítor Baía perguntou se podia beber também e pagar o vinho a meias comigo. Lá veio a garrafa de Batuta para a mesa, que eu e o Vítor bebemos, sem deixar que mais alguém bebesse dela, apesar das queixas dos outros jogadores. Uns tempos depois, alguns deles — como o Jorge Costa, o Hélder Postiga, o Pedro Emanuel ou o Hugo Leal — acabaram por começar a vir comigo para os almoços e jantares vínicos, e por apreciar bons vinhos”, retratou, entre risos. “O Jorge Costa, inclusive, passou a ir muitas vezes comigo ao Douro, numa carrinha Chrysler vazia, que trazíamos de lá repleta de vinho: Gaivosa, Pacheca, Quinta do Côtto, sei lá… muita coisa, mesmo”.
Para terminar, questionámos sobre o vinho que bebeu para celebrar o mítico golo que marcou na baliza do Manchester United e que gelou Old Trafford, no minuto 90 de um dos jogos mais importantes do FC Porto na Liga dos Campeões, competição que o clube venceu, pela segunda vez, nessa época de 2003/2004. “Não me recordo exactamente de qual, mas ou foi um Almaviva, um L’Aventure Estate Cuvée ou um Opus One”. Costinha pode não se lembrar do vinho, mas os adeptos portistas nunca esquecerão aquele golo.
(Artigo publicado na edição de Janeiro de 2024)
Bomfim 1896 with Pedro Lemos com novidades de Inverno
O restaurante reabre no carnaval após um breve período de férias. Localizado na Quinta do Bomfim, na vila do Pinhão, com uma das mais distintas vistas sobre o rio Douro, o espaço, que é uma parceria entre a família Symington e o chef Pedro Lemos, apresenta novidades para este Inverno, que incluem novas opções na […]
O restaurante reabre no carnaval após um breve período de férias. Localizado na Quinta do Bomfim, na vila do Pinhão, com uma das mais distintas vistas sobre o rio Douro, o espaço, que é uma parceria entre a família Symington e o chef Pedro Lemos, apresenta novidades para este Inverno, que incluem novas opções na carta e um menu de degustação.
Com inspiração nos sabores e ingredientes típicos da região, e aproveitando todo o potencial de uma cozinha a forno e fogão a lenha, a nova carta inclui pratos de conforto concebidos para acolher os visitantes na temporada de inverno. Javali no pote, raízes, cogumelos ou Cabrito de leite assado em forno de lenha são algumas das novidades da oferta do restaurante. Entre outras, o Crème brûlée de fava tonka, cenoura e gengibre é a mais recente proposta de sobremesa. O menu degustação é outra das novidades. Dá a possibilidade de experimentar algumas das opções mais emblemáticas da carta, e pode ser harmonizado com uma selecção de alguns dos melhores vinhos do portefólio da família Symington.
A par dos novos pratos, a carta continuará a incluir alguns dos ex-líbris do Bomfim 1896 with Pedro Lemos, como a Caldeirada com peixe do dia, bivalves e lula, a Vaca com cebolas, rábano picante e alfaces grelhadas, ou o Mil-folhas com creme fumado e caramelo salgado. O restaurante passa a estar aberto sete dias por semana.