1836: foto de família num regresso às origens

A família do topo de gama da Companhia das Lezírias ganhou mais um membro: ao tinto e ao branco junta-se agora um espumante. Ocasião para celebrar e homenagear os homens e mulheres que desde 1836 deram corpo a este colosso da nossa agricultura.

 

TEXTO Luís Francisco FOTOS Ricardo Palma Veiga

A Companhia das Lezírias é enorme. Na área (ocupa cerca de 18.000 hectares na margem sul do Tejo), na história (que remonta a 1836), no desempenho empresarial (mais de seis milhões de euros de receitas em 2016). Mas o vinho é um caso muito especial. “O vinho é o nosso grande embaixador e da nossa história”, resumiu António Saraiva, presidente do Conselho de Administração, no jantar de apresentação dos novos vinhos da gama 1836.

Depois do primeiro passo dado em 2012, com o lançamento do primeiro 1836 tinto, seguiu-se o alargamento da gama ao branco, em 2015, e a terceira etapa concretiza-se agora com o espumante da colheita 2015. A família 1836 – cujo nome alude à data de fundação da Companhia das Lezírias – está assim mais completa, sob a batuta do enólogo da casa, Bernardo Cabral. Este é já o seu sexto ano à frente do projecto, com um objectivo assumido desde a primeira hora: “Aproveitar o tesourinho que estava ali e lançar coisas novas.”

O “tesourinho” são 130 hectares de vinha, rodeados de floresta num isolamento que os põe ao abrigo das pragas e fomenta a biodiversidade. Apesar de ficar em linha de vista com Lisboa (e a poucos minutos por estrada), esta zona de fronteira entre as regiões do Tejo (onde se integra) e da Península de Setúbal exibe maiores amplitudes térmicas do que a capital. Esse factor e a envolvência natural ajudam a explicar a frescura e carácter vincado dos vinhos da Companhia das Lezírias.

Os vinhos Tyto Alba foram a primeira face desta nova era e seguiu-se a aposta no topo de gama 1836. O jantar nas instalações do Grémio Literário, em Lisboa e paredes-meias com o edifício que serviu de sede à Companhia das Lezírias durante cerca de 150 anos, serviu para apresentar o tinto 2015, o branco 2016 e o espumante 2015. De caminho, provaram-se as edições anteriores de branco e tinto, como que a certificar que os anos em garrafa só farão bem aos néctares agora libertados.

Todos são monovarietais. O tinto provém de uma vinha velha (mais de 60 anos) de Alicante Bouschet, o branco usa exclusivamente uvas de Fernão Pires e o espumante é feito de Arinto. No caso deste último, 20 por cento do vinho-base fermentou em barrica, onde permaneceu 9 meses. São produções relativamente pequenas. A primeira edição do branco proveio de uma única barrica; a segunda duplicou a quantidade, mas não chega às 700 garrafas. Do tinto, que estagiou 13 meses em barricas novas (80%) e de um ano (20%), fizeram-se 5.500 garrafas. Quando à edição de estreia do espumante, são 4.000 garrafas.

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