Provas Especiais: Doze momentos inesquecíveis

O luxo de Napa Valley
Representados em Portugal pela Garcias, os vinhos Opus One têm, na origem, uma bonita história de amizade entre o barão de Rothschild e Robert Mondavi. O primeiro era proprietário do Château Mouton Rothschild, em Pauillac (Bordéus), e o segundo um apaixonado por vinhos que criou um império na Califórnia, sempre com o intuito de conseguir por lá fazer vinhos com a qualidade dos que conhecia em Bordéus. Do cruzamento da amizade com o sentido do negócio nasceu a ideia (em 1978) de se fazer um tinto que fosse uma referência em termos de qualidade e que continuasse o prestígio que cada um já tinha nas suas regiões. Nasceu assim em 1979 o primeiro Opus One, um tinto que chega actualmente às 250.000 garrafas e que por cá se vende a €395, preço Garcias. Um colosso. A prova contemplou quatro vinhos: começou-se pela segunda marca, Overture, que se lançou pela primeira vez em 1993 (€200) – é um tinto sem data, lote de duas a três colheitas (de que se faz um imenso segredo, não sendo comunicado quais são as escolhidas) –, e mais três tintos Opus One. A função foi orientada por Charlie Matthews, responsável pelo mercado europeu, e provaram-se os tintos de 2005, 2010 e 2015. Os vinhos são lançados três anos após a data da colheita e sempre no dia 1 de Setembro. De perfil concentrado, muito rico, escuro e marcado pela madeira, dominado pelo Cabernet Sauvignon em quase 90%, é claramente um tinto do Novo Mundo. E é isso mesmo que deve ser. À Califórnia o que é da Califórnia e a Bordéus o que é de Bordéus!
J.P.M.

A joia dos Vinhos do Douro pelo prisma do tempo
Foi uma prova inédita numa perspectiva vertical que atravessa três decadas. O responsável de enologia da Casa Ferreirinha, Luís Sottomaior, não considera o Reserva Especial uma desclassificação do Barca Velha. A linha que separa um do outro é finíssima. Aliás, alguns Reservas Especiais, se fossem avaliados mais tarde do que o habitual, podiam ter sido Barca Velha, como acontece nos casos do 1986, 1989 ou 2007. A prova evidenciou a evolução de vários aspectos que marcaram a produção do vinho, como a viticultura, o equipamento enológico e a substituição de carvalho português pelo carvalho francês. O perfil do vinho também foi evoluindo, mas preservando sempre os valores fundamentais de um clássico desta grandeza. Comparar estes vinhos é, de facto, como comparar jóias ou obras de arte – todos apresentam um nível estratosférico, a diferença está apenas nos pormenores. O 1986 mostrou uma fantástica evolução; o 1989 – mais potência; o 1990 – está mais reservado; o 1992, feito 100% de Touriga Nacional, evidencia o seu lado mais feminino; o 1994 é mais carnudo; o 1996 apresenta fruta mais fresca; o 1997 alia potência a elegância; o 2001 mostra muita finesse; o 2003 é cheio e redondo; o 2007 está impecável, seguido do mais robusto 2009.
V.Z.

Os vinhos que reflectem de onde vêm
Segundo o enólogo da Casa de Saima, Paulo Nunes, “os vinhos não têm que ser perfeitos, têm que refletir de onde vêm”. E os brancos e tintos desta casa barradina, provenientes dos 20 hectares da vinha maioritariamente velha, cumprem esta missão. Antigamente em Portugal a maior parte dos vinhos eram tintos. Os brancos muitas vezes foram deixados à mercê do destino, sem muito cuidado e sem proteção do oxigénio. Mas não há dúvidas de que a Bairrada possui um terroir perfeito para vinhos brancos e Paulo Nunes não hesitou em afirmar que “de uma forma consistente, a Bairrada ganha a todos em Portugal em termos de longevidade” e que “só uma região com boa matéria-prima pode funcionar desta forma”. Duas belíssimas colheitas brancas – de 1993 e 1997 – foram testemunhas destas afirmações. Eles de certa forma inspiraram a produção de Garrafeira branco, que até agora não era tradição nesta casa. Nos tintos, para além dos fantásticos Garrafeiras da década dos 90 e do início deste século, foram apresentados os vinhos de uma abordagem “menos clássica”. São mais leves e abertos; e não precisam de esperar 20 anos para serem bebidos com prazer. É o caso dos Casa de Saima Baga 2013 e 2017.
V.Z.

Verdes com alma
João Pedro Araújo e a mulher, Teresa, estão à frente dos destinos da Casa de Cello, onde se produz o vinho Quinta de Sanjoanne, em pleno Minho, na zona de Amarante. Ali, em finais dos anos 80, encetaram uma reorganização dos vinhedos, implantados em terrenos graníticos e que beneficiam de micro-clima especial pela disposição orográfica da zona. Esqueceram as recomendações oficiais de plantio de Azal e Pedernã e optaram por Arinto e Avesso e pela menos usada na região Malvasia Fina, além da Alvarinho. Em 2018 completaram a 29ª vindima e a esta prova trouxeram vinhos de três famílias: Terroir Mineral, Escolha e Superior. O primeiro resulta da combinação de Avesso e Loureiro, o segundo de Avesso e Arinto e o terceiro de Alvarinho e Malvasia Fina. Da marca Terroir Mineral provámos o 2016 e o 2006 (este em forma excelente); do Escolha – que é um vinho especialmente gastronómico – provámos quatro colheitas, com o 1998 a mostrar-se muito terpénico e bem interessante, ainda que carecendo de mais corpo. Do Superior, que é o topo de gama da casa e cujo PVP ronda os €25, provámos cinco colheitas, com o 2005 (o mais antigo) a mostrar uma finesse e vivacidade que faziam rapidamente esquecer a idade. Ainda por memória provou-se o primeiro vinho ali feito, o Leiras Mancas 1996, este sim, ainda feito com as castas recomendadas para a região, Azal e Pedernã. Se agora ainda mostrava uma enorme acidez, dá para imaginar o que seria na altura…! Uma bela prova, a mostrar aos incrédulos a valia dos vinhos desta região e a resistência que têm em cave.
J.P.M.

Blandy’s interpretada pelas castas e pelo tempo
Foi uma autêntica viagem virtual até à Ilha da Madeira, conduzida por Francisco Albuquerque, responsável de produção da Madeira Wine Company e uma figura incontornável no que toca a Vinho da Madeira. Atravessámos estilos diferentes, como o seco de Sercial, o meio seco de Verdelho, o meio doce de Bual/Boal e o doce de Malvasia/Malmsey, e ainda o estilo próprio da casta rara Terrantez. Primeiro foram os Colheitas Sercial 2002, Verdelho 2000, Bual 2003 e Malmsey 1999, que, de acordo com o regulamento, envelhecem em madeira pelo menos 5 anos – no caso da Blandy’s este envelhecimento ultrapassa o tempo estabelecido pelo IVBAM (Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira, a entidade reguladora), enriquecendo mais os vinhos e transmitindo-lhes mais complexidade. A seguir recuámos mais no tempo para conhecer as mesmas castas na versão Frasqueira, cujo envelhecimento contínuo deve decorrer no mínimo 20 anos em madeira. E novamente na Blandy’s os Frasqueiras estão sujeitos a um envelhecimento mais longo. Terrantez 1980, Verdelho 1979, Malmsey 1977, Sercial 1968 e Bual 1957 impressionam pela sua expressão, intensidade gustativa e facilidade com que vencem o tempo.
V.Z.

Um mundo mágico de diferença e complexidade
A sala estava a abarrotar e a plateia sabia para o que ia. Ou pensava que sabia. O que Luís Lopes trazia na manga era magia, a Magia das Vinhas Velhas em forma de vinho. “O conceito ‘vinhas velhas’ foi trazido para Portugal por Luís Pato, em 1988”, introduziu, como quem iria começar a contar uma estória. No entanto, a prova não teve nada de contos e fantasias. Mas então, o que é isto de uma vinha velha? O orador expôs a sua visão: “Não há uma lei que defina a idade mínima para a vinha ser velha, mas, na minha opinião, 35 ou 40 anos será a idade aceitável para lhe podermos chamar isso. Além disso, depende de região para região.” Na verdade, quando falamos de um vinho de vinhas velhas não nos estamos a referir apenas à antiguidade das mesmas e, por isso, Luís Lopes explicou outros factores de diferenciação. “Não deve ser uma vinha regada, por exemplo. Uma vinha que está ali há muitos anos já se adaptou à terra, as suas raízes já chegaram a uma grande profundidade.” No Douro e no Dão, e pontualmente noutras regiões, as vinhas velhas têm também a característica de ter várias (por vezes muitas) castas plantadas em field blend, e isso não é por acaso: “Os antigos plantavam as vinhas com castas misturadas para que as uvas estivessem sempre em diferentes estados do ciclo e não serem todas afectadas por adversidades.” E nos vinhos, qual é o efeito das vinhas velhas? “A vinha velha introduz diferença e complexidade, e isso é muito importante”, afirmou Luís Lopes e, perante um público bastante interventivo, mostrou 16 vinhos capazes de enfeitiçar qualquer um, como os brancos Falcoaria Fernão Pires 2016, Procura 2016 ou Quinta da Pellada Primus 2015, e os tintos Quinta dos Termos 2015, Luís Pato Vinha Barrosa 2015, Abandonado 2013 ou Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa 2015, entre outros.
M.L.

380 anos, uma história maior
Uma história maior, pois a Kopke, parte do universo Sogevinus, orgulha-se de ser a primeira casa de Vinho do Porto, fundada em 1638. Depois de uma apresentação completa da Quinta de São Luiz, o berço onde nascem as uvas que irão produzir os vinhos Kopke, foi tempo de uma didática prova centrada nas diferenças de Portos Brancos e Tawny, 10, 20, 30 e 40 Anos, acompanhados ainda por chocolates. Liderou a prova Carlos Alves, enólogo principal da Sogevinus para os Vinhos do Porto e que já conta com significativa experiência no ramo e na empresa. Destaque para o facto de o estilo Kokpe estar presente de forma transversal nos vários estilos e idades, sempre num perfil fresco e por vezes até austero. Em vários momentos, os Brancos tinham mais perceção de acidez do que os Tawny (apesar de a análise laboratorial por vezes indicar o contrário), aspeto que se tornou, todavia, menos evidente ao provarmos os vinhos de lotes mais envelhecidos. Todos os vinhos estiveram ao mais alto nível, como seria de esperar desta casa, sendo de salientar que os 30 Anos se revelaram, uma vez mais, a nossa predileção, pelo equilíbrio entre evolução e vivacidade, se bem que o Branco 40 Anos quase ‘roubou a prova’, pela excelência que mostrou no copo. Grande prova!
N.O.G.

O Dão “entre amigos”
Foi num ambiente de grande descontracção que Carlos Lucas deu início à prova. Através dos seus vinhos, o enólogo do Dão expôs aquilo que é a sua interpretação da região. “Estamos aqui entre amigos, num domingo à tarde”, começou por dizer, antes de avançar com o espumante Ribeiro Santo. Depois foi a vez de provar o Automático branco, que Carlos Lucas indicou como sendo “o nosso vinho mais natural, no sentido em que se faz quase todo sozinho” – “Um Encruzado sem madeira, simples, com leveduras naturais, feito como antigamente.” De seguida, o branco Pedro e Inês, um vinho que a Magnum Vinhos produz para a Quinta das Lágrimas. O Envelope branco, de Encruzado de vinhas velhas, estagia em barricas durante 6 meses e em cave por mais 6 e, assim, “contraria-se a ideia da rapidez cosmopolita e aplica-se uma outra filosofia, lembrando que a carta demora a chegar ao destino”. Seguiram-se o Ribeiro Santo Vinha da Neve branco e o primeiro tinto, o Quinta da Alameda Jaen. Esta quinta é propriedade de um grande amigo seu, para quem Carlos “constrói” os vinhos. Ainda da Quinta da Alameda, surgiu a primeira edição do Pinot Noir. Já o Quinta da Alameda Reserva Especial chamou a atenção por mais do que a qualidade do vinho: “É de vinhas velhas com field blend, onde há uma casta chamada Benfica; para mim representa a classe do Dão, é delicioso!” Os Envelope e Vinha da Neve tintos não ficaram atrás, antes do ícone da casa E.T., de Encruzado e Touriga Nacional. A prova terminou com o vinho Carlos Lucas Família. “A Cristina, a Carolina e o Diogo são muito entusiásticos na hora de abrir garrafas, então convidei-os a fazer um lote comigo.” É uma edição super-limitada, em magnum e dupla magnum.
M.L.

A nova vida de uma marca clássica
O enófilo mais exigente conhece bem o nome Tapada do Chaves. Um grande clássico do Alentejo assente numa propriedade de 60 hectares junto a Portalegre, com 32ha de vinha, alguma dela muito velha (centenária mesmo). Ultimamente, a Tapada do Chaves fazia parte do grupo Murganheira, tendo sido, recentemente, adquirida pela Fundação Eugénio de Almeida (FEA). A prova foi, por isso, conduzida por Pedro Batista, enólogo e administrador da FEA, que não hesitou, para felicidade dos presentes que enchiam a sala, em trazer a Lisboa uma prova vertical de brancos e tintos. O tema foi a transição dos anos 80 até ao novo milénio, pelo que marcaram presença vinhos desde 1978, 1982 e 1985 até aos mais atuais. Todos os vinhos revelaram-se em ótimo momento, o que atesta a longevidade destes néctares do norte do Alentejo. Destaque para o branco Frangoneiro Reserva branco de 1985 e para o tinto Frangoneiro de 1978 (ano que não primou pela qualidade geral dos vinhos), ambos absolutamente gloriosos, vivos e cheios de frescura. Muito bem também estiveram os vinhos mais recentes – de 2002 e 2010, ambos vinhas velhas –, injustiçados pela crítica e pelos consumidores aquando do seu lançamento, mas que, nesta fase, dão uma excelente prova, numa vertente essencialmente gastronómica. Memorável.
N.O.G.

Tradição e classe com muito sabor
“Murganheira” e “espumante” são duas palavras indissociáveis. A primeira não faz sentido sem a segunda e, quando falamos de Portugal, vice-versa. “A Murganheira é uma empresa que começou a ‘champanhizar’ nos anos 40”, começou por dizer o enólogo e administrador Orlando Lourenço, que orientou a prova com Marta Lourenço, também enóloga da casa. Juntos apresentaram 12 espumantes, uns já conhecidos e outros nem por isso. Os dois primeiros foram um Cerceal de 2008 e um rosé Touriga Nacional de 2013, ambos curiosos por uma razão: foram feitos pelo chamado “método ancestral”, o mais antigo, em que ocorre apenas uma fermentação, interrompida pelo frio, e que acaba dentro da garrafa sob acção das leveduras ainda activas do vinho base. Antigamente, isto acontecia até por acaso, durante a produção de um vinho tranquilo. Hoje, com a devida supervisão, estes dois espumantes da Murganheira mostraram-se muito bem, finos e com um final de boca impressionante. Depois veio um Malvasia de 2007, brut nature por “engano” e devido a um erro da máquina. O público agradeceu este engano, porque estava sublime e firme. Logo a seguir a um Touriga Nacional de 2009 e a um Chardonnay de 2008, surgiu uma mini-vertical de Murganheira Vintage (2000, 2004, 2006 e 2007), mas o grand finale ainda estava para vir. Dois Grande Reserva, 1990 e 1999, feitos com Touriga Nacional, Malvasia-Fina e Cerceal, e um rosé Pinot Noir de 1995, para mostrar que a classe e a sofisticação dos espumantes Murganheira não têm só história, mas também longevidade. “Queremos dar uma volta à maneira como se fazem espumantes em Portugal, e até no mundo”, afirmou Orlando Lourenço.
M.L.

Desfile de topos de gama que resistem ao tempo
Como é habitual nos nossos encontros, replicámos a prova dos tintos com 10 anos que a revista publicou no início de 2018. João Paulo Martins (JPM), com nossa colaboração, organizou e deu à prova alguns dos melhores vinhos tintos de 2008. Um ano de excelência, topos de gama de várias regiões, os comentários e lições de JPM… enfim, um festim para todos os presentes (e foram muitos). Numa prova que ultrapassou as duas horas de duração, descreveu-se o ano agrícola, contaram-se estórias menos conhecidas, tudo num clima de cumplicidade e boa disposição, como é habitual em JPM. Do Douro desfilaram os vinhos em maior número, com Quinta do Vale Meão (um dos melhores da prova), Batuta, Poeira, Quinta do Noval. Do Dão chegaram-nos o Quinta da Pellada e o Quinta dos Roques Garrafeira e da vizinha Bairrada provou-se o Quinta das Bageiras Garrafeira (último vinho em prova pela sua jovialidade). O Palácio da Bacalhôa e o Hexagon vieram da Península de Setúbal para provar que também esta região sabe envelhecer, e o Tributo do Tejo não quis ficar atrás (a dar uma prova muito fina e elegante). Do Alentejo chegaram-nos três embaixadores clássicos, o Cortes de Cima Reserva (no seu habitual estilo generoso), o Mouchão Tonel 3/4 e o Marquês de Borba Reserva (ambos a poderem ainda evoluir em garrafa). Um verdadeiro desfile de topos de gama a encerrar da melhor maneira o terceiro dia de evento. De notar que todos os vinhos revelaram ótima evolução, com a sua maioria a poder ainda melhorar em garrafa.
N.O.G.

Bacalhôa em grande forma
Uma prova de moscatéis é sempre um grande momento vínico. Os vinhos generosos têm esse condão de nos motivar pela doçura, pela complexidade, pela riqueza e pela incrível longevidade. Difícil mesmo é não nos deixarmos envolver naquele perfil macio e glicerinado, sustentado depois por boa e cativante acidez. Os moscatéis da Bacalhôa, sobretudo os de referência, têm alguns traços distintivos: têm todos origem nos terrenos argilo-calcários da serra da Arrábida, o que os distingue dos outros das terras arenosas de Palmela, e estagiam em pipas anteriormente usadas para whisky. As pipas (de cerca de 200 litros de capacidade) estão numa estufa sujeita a grandes variações térmicas ao longo do ano. O resultado é brilhante e os vinhos agora apresentados – por Filipa Tomaz da Costa e Vasco Penha Garcia –, quer de Moscatel de Setúbal, nas variantes normal e Superior, quer de Moscatel Roxo de Setúbal, mostraram-se com enorme qualidade e sobretudo os que têm indicação de idade, quer no modelo 10, 20 e 30 Anos, quer com indicação de data de colheita. Vinhos de luxo a preços muito cordatos e facilmente acessíveis em termos de disponibilidade no mercado. Só factores a nosso favor. Há agora que não os esquecer.
J.P.M.

 

Edição Nº20, Dezembro 2018

 

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