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Rui Lopes e Jorge Rosa Santos (na foto) constituem a dupla por detrás de um dos mais dinâmicos projetos vitivinícolas no nosso país. Um projeto itinerante centrado nos vinhos brancos (mas não só) de forte carácter.
TEXTO Nuno de Oliveira Garcia
FOTOS Ricardo Gomez
A ideia de Jorge Rosa Santos, enólogo jovem, mas com várias vindimas em Portugal e no estrangeiro, começou por ser uma ‘carolice’, como o próprio descreve. Começou com a colheita de 2016, mas o primeiro vinho seria apenas lançado em novembro de 2018 quando, verdadeiramente, se iniciou a vertente comercial. Jorge percorria, e ainda percorre, grande parte do país enquanto enólogo e sempre pensou em fazer um vinho seu sem compromisso, um vinho de intervenção minimalista e que, se fosse possível, espelhasse um lugar menos evidente para o consumidor geral. Dito isto, em vez de um vinho, Jorge produziu 5 brancos e um tinto, espalhados pelo território nacional. A escolha para os rótulos teve por base o desenho de um bilhete de autocarro, precisamente uma homenagem às suas deslocações constantes. A seu lado, conta com Rui Lopes, também ele enólogo, que assume um papel estratégico de pêndulo equilibrador entre a vontade de Jorge produzir mais vinhos e o necessário sucesso comercial.
O estilo dos vinhos é predominantemente austero, sendo que para tal contribui também a escolha das regiões – falamos de Bucelas e de Encostas de Aire em Lisboa, e da Beira Interior – e das castas – Arinto e Síria, essencialmente (e também Sauvignon Blanc numa incrível versão pouco exuberante, proveniente de uma vinha de uma aldeia ao lado da Merceana). O maior desafio, todavia, foi a reprodução do vinho clássico da DOC de Encostas de Aire – o Medieval de Ourém. Vinho natural, que terá chegado a Portugal por via da Ordem de Cister, é produzido a partir de uma fórmula depositada no Mosteiro de Alcobaça, funciona como um palhete na mistura de casta branca – Fernão Pires – e tinta – Trincadeira. Um vinho a não perder; obviamente telúrico e pedagógico, mas de grande prazer, sobretudo na edição de 2016, mais fresca que a de 2017. Em suma, Lés a Lés oferece-nos uma pequena coleção de vinhos minimalistas feitos com todo o cuidado e em regiões menos baladas. É, pois, um projeto a não perder de vista, se o conseguir…
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Edição nº 33, Janeiro 2020
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