Desde Setembro passado que o Governo português alargou, a todo o país, a proibição de venda de bebidas alcoólicas após as 20h, nos estabelecimentos de comércio a retalho, incluindo supermercados e hipermercados. Embora esta medida tenha o objectivo de impedir os ajuntamentos e o consumo de álcool na via pública (devido à pandemia da Covid-19), a ANCEVE — Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas — refere que “está a causar um enorme prejuízo ao sector vitivinícola, uma fileira que impulsiona a economia nacional e contribui para a manutenção das comunidades rurais e ordenamento do território (…)”. Apesar de continuarem a apostar na exportação, as empresas “dependem muito do mercado nacional e as quebras causadas pela proibição de venda de bebidas alcoólicas após as 20h vieram afectar dramaticamente as suas tesourarias e a capacidade de honrarem os seus compromissos com os trabalhadores, o Estado e os fornecedores”, é explicado em comunicado.
Também os consumidores que desejam, ou apenas podem, efectuar as suas compras no horário pós-laboral, são altamente afectados, segundo a ANCEVE. “É uma medida que afecta muito negativamente um produto nacional como o vinho, que é parte integrante da vida e cultura portuguesas”, afirma a associação.