Quando se fala de vinhos, a certificação não é dos temas mais abordados. Mas é um facto que a certificação é uma espécie de garantia de qualidade do vinho, não só em termos do valor organoléptico do vinho mas também da sua autenticidade e das suas qualidades sanitárias e físico-químicas. E ainda da conformidade dos rótulos aos ditames da lei.
A região do Alentejo será certamente das que maior percentagem de vinho certifica, rondando os 90% de todo o vinho produzido na região. A certificação é assegurada pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), com sede em Évora. Esta instituição faz agora questão em promover este serviço prestado aos consumidores, especialmente através do seu site, localizado em http://certificacao.vinhosdoalentejo.pt/pt
Tiago Caravana, director de marketing da CVRA, disse-nos que “os consumidores valorizam a região [Alentejo] mas desconhecem o que está por trás do vinho”. E acrescenta: “muitos compradores nacionais e sobretudo internacionais valorizam muito a certificação do vinho”.
Tiago explicou-nos que, antes de colocar um vinho no mercado, um produtor chama os técnicos da CVRA, que recolhem seis amostras. Uma fica no próprio produtor (para contra-prova) e as restantes cinco vão para a CVRA. Destas cinco, uma fica em arquivo, outra vai para o laboratório (grau alcoólico, acidez, etc) e as restantes vão para análise organoléptica. Todas as provas e análises são cegas. O último passo é a certificação do rótulo. Refira-se que a CVRA certifica anualmente mais de 3.000 vinhos mas note que alguns lotes são certificados mais do que uma vez, à medida que vão sendo engarrafados (falamos geralmente de grandes quantidades).
Estes passos são detalhados numa animação presente no site, que contém ainda alguns vídeos de testemunhos de clientes sobre o tema.