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Quais são as probabilidades de um grande investidor estrangeiro – francês, ainda por cima – entrar para o negócio do vinho através da região do Tejo? Se pensarmos na desconfiança que alguns consumidores ainda mantêm sobre esta zona do país, muito poucas. Mas aconteceu na Falua. E são vários os argumentos que sustentam esta declaração anti-preconceito.
TEXTO Luís Francisco
FOTOS Ricardo Palma Veiga
O Grupo Roullier nasceu na Bretanha em 1959 e transformou-se num gigante: em 2007, estava presente em 122 países, tinha 8000 funcionários e o seu volume de negócios atingiu os 2,5 mil milhões de euros, em áreas como a agropecuária, a agroalimentar ou produtos para a indústria. Mas só no ano passado se aventurou no mundo dos vinhos, com a aquisição da Falua, empresa portuguesa com 25 anos de história sob a batuta de João Portugal Ramos, agora acionista minoritário. Como se explica que uma grande corporação mundial escolha a região do Tejo para se estrear na produção vitivinícola? “Estamos onde queremos estar.”
Estão na região do Tejo, que não será das mais prestigiadas do país entre os apreciadores nacionais. Mas numa empresa que sempre se colocou na linha da frente ao combate a esse estigma. A Falua faz cerca de 5,5 milhões de garrafas por ano, facturou no ano passado 6,7 milhões de euros, exporta 54 por cento da sua produção e mantém um foco constante na investigação e parcerias com instituições universitárias. E aí reside também o seu poder de atracção para o Grupo Roullier, que aqui encontra um excelente campo de ensaios para os seus produtos.
Com 68 hectares de vinhas próprias e outros 250 sob gestão, em colaboração com os proprietários, a Falua tem um portefólio já respeitável, mas concentrado em apenas três marcas: Falua, Conde de Vimioso e a “moderna” Nazaré North Canyon. Esta, por enquanto apenas em versão tinto, visa um público mais jovem; a primeira jogava na conjugação de duas castas em vinhos acessíveis mas alarga-se agora ao nível Reserva; sob a chancela Conde Vimioso albergam-se os vinhos com maiores ambições.
E estes vinhos têm um terroir: a vinha do Convento da Serra, uma improvável extensão de calhau rolado no alto de uma suave colina, muito longe do Tejo (e agora com uma auto-estrada a cortá-la em duas parcelas). A verdade é que, em termos geológicos, esta elevação fez até recentemente parte do leito do rio Tejo – há pelo menos 300.000 anos que as pedras estão aqui e formam uma camada com vários metros de espessura, entrecortada por alguma areia.
Foi por aqui que começou a visita, antes de rumarmos à adega e nos sentarmos à mesa para conhecer melhor este produtor português, o grupo francês que assumiu a sua gestão e, principalmente, os vinhos que por ali se fazem, com enologia a cargo de Antonina Barbosa. O Tejo está de parabéns.
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Edição Nº20, Dezembro 2018
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