[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O acordo que terminou com uma fase de grande agitação na região dos Vinhos Verdes, designada pela imprensa como “guerra do Alvarinho”, foi assinado há três anos. Tempo e distância emocional suficientes para olhar os números e avaliar os resultados alcançados.
TEXTO: Luís Lopes
Não foi um acordo fácil. Mesmo quem não acompanha de perto o sector do vinho deu-se conta, através dos jornais e da televisão, da perturbação que, em 2014, revolvia os concelhos de Monção e de Melgaço. Levantamentos populares, ameaças de corte de estradas, Assembleia da República, partidos, Governo e Comissão Europeia metidas ao barulho, a coisa esteve muito feia. Valeu na altura o paciente e talentoso trabalho diplomático de Manuel Pinheiro, presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), conseguindo trazer à mesa das negociações os “inimigos”, fazendo imperar o bom senso e alcançando internamente aquilo que as pressões e interferências externas não conseguiram: um acordo entre as partes.
O que estava em causa era a impossibilidade de manter para a sub-região de Monção e Melgaço um estatuto de excepção, que lhe conferia, dentro da denominação de origem Vinho Verde, o uso exclusivo da designação Alvarinho na rotulagem. Um direito histórico, construído pelo trabalho e pelo mérito dos produtores da sub-região, mas que deixava em condições desvantajosas os restantes produtores da região dos Vinhos Verdes, obrigados a usar a designação Regional Minho ou a omitir o nome da casta na rotulagem.
Isto enquanto produtores de todo o país, do Douro ao Algarve, plantavam Alvarinho (as castas não têm dono nem fronteiras…) e vendiam os seus vinhos com o nome da uva em destaque. Uma situação insustentável, que feria as leis europeias, mas que exigia cedências de ambas as partes para que nenhuma delas ficasse prejudicada, nem os produtores de Monção e Melgaço, nem os restantes produtores de Vinho Verde.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Moratória até 2021
Em traços muito gerais, o acordo alcançado em Janeiro de 2015 traduziu-se em nova legislação que deu a todos os produtores da região o direito a utilizar a designação Alvarinho em conjunto com a denominação Vinho Verde, mas estabeleceu uma moratória até 2021 para esse alargamento. Ao longo desses seis anos, seria feito um forte investimento (3 milhões de euros) na promoção da “marca” Monção e Melgaço, de forma potenciar a sua imagem, valorizar os seus vinhos e tornar o nome da sub-região tão ou mais forte do que o nome da casta.
Três anos passados, a CVRVV disponibilizou à imprensa um documento onde se avalia o desenvolvimento da sub-região ao longo deste lapso temporal. Como principais dados objectivos, destaca-se o facto de as vendas de Vinho Verde Monção e Melgaço Alvarinho terem crescido 32% desde o fecho do acordo. As vendas de Alvarinho-Trajadura (o lote tradicional da sub-região) subiram 17% e as de Alvarinho-Loureiro (lote “proibido” pela lei anterior) representam já 3,3 milhões de litros/ano. No mesmo período, as vendas globais de Vinho Verde aumentaram 5%, o que diz muito do impulso alcançado pelos vinhos de Monção e Melgaço.
Ao mesmo tempo, assiste-se ao crescente interesse de produtores de fora de Monção e Melgaço em investir na sub-região, ao contínuo processo de reconversão de vinha e de novas plantações e à manutenção do preço da uva acima do €1/quilo, o que a torna na uva mais cara de Portugal, com benefícios evidentes para toda a economia local.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”60″][image_with_animation image_url=”27376″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A revolução deu, portanto, lugar à evolução. Para já, são muito boas notícias para Monção e Melgaço, espelhando um sucesso mais do que merecido, pela qualidade e singularidade dos seus vinhos. Depois de 2021, os benefícios totais do “acordo do Alvarinho” serão finalmente extensíveis ao resto da região dos Vinhos Verdes.
Edição Nº13, Maio 2018
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]