Os proprietários da secular Quinta de Paços, localizada em Rio Côvo (Santa Eulália), no concelho de Barcelos, descobriram recentemente documentos a comprovar que, dentro da propriedade, existiram vinhas no ano 906.
De acordo com os documentos escritos, no auto de partilhas de Santa Eulália de Rio Côvo, entre Dom Nausto, Bispo da Sé de Coimbra, e Dom Sesnando, Bispo da Sé de Iria, coube à parte do Bispo Dom Sesnando, que refere o seguinte, na versão original: “todo o campo do ribeiro; o pomar de Teoderizo, na totalidade; metade do campo de Gonçalo; o pomar de Gonçalo e de Leovigildo e toda a vinha (hoje as propriedades em redor do lugar do Agro)”. Este lugar e campo do Agro fazem parte da Quinta de Paços desde o século XVI e tem como nome de família mais comum Gonçalo, e de apelido Gonçalves (filho de Gonçalo) e Silva. No mesmo período temporal, esta propriedade minhota, já tinha a designação actual, tendo como proprietário Thomé Gonçalves da Silva, “falecido em 1585, e 3ª vida do Prazo (contrato) feito à Comenda de Chavão, onde uma parte da renda era já paga em vinho”.
Em suma, a Quinta de Paços, inserida na Região Demarcada dos Vinhos Verdes, está na mesma família há cerca de 16 gerações, “criando, assim, um elevando sentido de legado e de continuidade geracional”.