Referencial Nacional de Sustentabilidade apresentado no Fórum Anual Vinhos de Portugal

A ViniPortugal — entidade responsável pelo desenvolvimento e execução de estratégias e planos de promoção dos Vinhos de Portugal em mercados internacionais — realizou no dia 23 de Novembro, em Fátima, o Fórum Anual Vinhos de Portugal 2022. O evento, que reuniu várias entidades do sector, apresentou o balanço de performance do vinho português no mercado nacional e internacional, divulgou, como já é habitual, os Planos de Marketing e Promoção para 2023 e revelou a grande novidade deste ano, o Referencial Nacional de Sustentabilidade. Houve ainda tempo atribuir os prémios “Distinção CNOIV” e “Inovação CNOIV” de 2022.

Nesta edição do Fórum Anual Vinhos de Portugal, o destaque foi para a apresentação do Referencial Nacional de Sustentabilidade, uma resposta às crescentes exigências dos mercados internacionais, com metas abrangentes ao nível nacional, credíveis, simples, mas simultaneamente acessíveis a todas as organizações do sector vitivinícola nacional responsáveis e orientadas para a sustentabilidade, ou seja, aquelas que estão focadas na criação de valor económico, cultural, social e ambiental. Esta certificação será composta por 86 indicadores no total, que podem variar entre aplicáveis, não aplicáveis, indicadores KO e não KO. Segundo Frederico Falcão, Presidente da ViniPortugal, “este Referencial é extremamente importante para o sector, pois a certificação em sustentabilidade está a deixar de ser uma questão de posicionamento distintivo, passando a ser uma questão de acesso aos mercados. Acredito que muito em breve alguns mercados, principalmente os nórdicos, mas não só, passarão a exigir Certificação em Sustentabilidade. É por isso essencial que Portugal tenha um Referencial único, nacional, promovido pela ViniPortugal pelos vários mercados mundiais, de forma a permitir que os nossos vinhos não fiquem de fora dos vários mercados onde querem competir”.

No Fórum, foi também apresentado o desempenho do vinho português no mercado nacional de Portugal Continental. Segundo os dados apresentados pelo IVV (Instituto da Vinha e do Vinho), de Janeiro a Setembro de 2022, a venda de vinhos tranquilos no mercado português cresceu 12% em volume (204 milhões de litros) e cresceu 41,5% em valor (817 milhões de euros), com o preço médio a subir 26,4%, quando comparado com o mesmo período em 2021. Estes são excelentes resultados se tivermos em conta a conjuntura económica mundial e o aumento dos custos de matéria prima e distribuição. 

Quanto às exportações, Portugal bateu o recorde de 677 milhões de euros em Valor das Exportações Mundiais, quando comparado com o período homólogo de 2021 e encontra-se entre os 10 principais exportadores de vinho a nível mundial. De Janeiro a Setembro de 2022, comparando com o mesmo período de 2021, Portugal caiu 0,6% em volume de exportações (242 milhões de litros), mas cresceu 0,97% em valor, para os 677 milhões de euros, tendo o preço médio igualmente aumentado 1,57%, atingindo os 2,80€/l. 

“É de salientar, que nos últimos três anos, os vinhos portugueses têm apresentado sempre um crescimento em valor nas exportações, mesmo quando vemos alguns dos principais mercados a diminuir a sua capacidade de resposta face às adversidades a que o sector tem estado sujeito nos últimos anos. No entanto, ainda temos muito trabalho pela frente. Apesar de os resultados alcançados este ano, até Setembro, serem positivos, o impacto da guerra na Ucrânia e o consequente aumento dos custos de contexto, está a refletir-se nos nossos objectivos. Para atingir a meta de 1.000 milhões que definimos, teríamos de crescer 6,24% em 2023. No entanto, estamos confiantes na performance dos nossos vinhos e temos um orçamento de 8,3 milhões de euros para investir na promoção dos nossos vinhos em 2023”, afirma Frederico Falcão. Quanto aos 5 maiores mercados de destino do vinho português até Setembro, temos os EUA (83 milhões de euros), França (81 milhões), Reino Unido (55 milhões), Brasil (50 milhões) e Canadá (43 milhões), sendo que as cinco geografias somadas representam 38,5% do volume total exportado e 46% do valor total exportado.

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