A 19 de Abril de 1817, o economista britânico David Ricardo publicou um ensaio intitulado “On the principals of political economy and taxation”, um documento que, 200 anos depois, continua a ser apontado como uma das pedras basilares do comércio livre. Nele, Ricardo exemplificava a sua teoria com dois produtos: o vinho português e os tecidos ingleses.
Em Portugal, dizia ele, eram precisos menos trabalhadores para fazer vinho do que tecidos; em Inglaterra, acontecia exactamente o oposto. Em consequência disto, os portugueses deviam exportar vinho para Inglaterra e deste país saírem tecidos rumo a Portugal – ou seja, cada país devia focar-se nos seus produtos fortes e vendê-los a outros países. É o conceito da “vantagem comparativa”.