No princípio do Verão, as estimativas do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) apontavam para um aumento de 25% de vinho para este ano, mas o crescimento, afinal, foi apenas de 5%. A culpa foi do clima extremamente seco na Região Demarcada do Douro (como no resto país, aliás), que acabou por provocar um desvio dos resultados da colheita em relação às previsões.
O valor total de produção em 2017 foi de 139, 64 milhões de litros (ou 253,9 mil pipas, a 550 litros cada), um valor que, apesar do crescimento face a 2016, foi o terceiro ano mais baixo da última década. Esta produção leva em conta todo o vinho produzido no Douro em 2017, incluindo o chamado vinho de mesa (sem DO/IG). O IVDP informou ainda que, em termos de distribuição da produção, o Vinho do Porto representou 80,85 milhões de litros, a maior fatia. Os vinhos com denominação Douro (brancos, tintos, rosés…) ficaram a seguir, com 48 milhões de litros. As fracções seguintes couberam ao Vinho sem DO/IG (6,1 milhões de litros), ao Moscatel (3,5 milhões de litros) e ao vinho regional Terras Durienses (0,99 milhões de litros).
Na última década, a maior produção de vinho registada na RDD, foi em 2010, com 164 milhões de litros.