A produção de vinhos da Madeira não licorosos da Justino’s teve início em 2003 com o primeiro IGP Terras Madeirenses tinto, tendo sido lançado, no ano seguinte, o vinho branco da mesma linha. Em 2008, a Justino’s apresentou o seu primeiro rosé, apenas dois anos antes de surgir com o primeiro vinho DOP Madeirense. Em 2021, foi a vez do primeiro DOP Porto Santo da empresa.
“Um trabalho de 20 anos, que foi base de conhecimento para prosseguir o caminho da exigência e diferenciação numa nova abordagem, mais selectiva e respeitadora de cada local, trabalho e viticultor”, refere a empresa.
A acompanhar este marco importante para a Justino’s, o enólogo Nuno Duarte vem agora reforçar o Departamento de Viticultura e Enologia. Juntamente com Juan Teixeira, irá assinar a produção de vinhos não licorosos (brancos, tintos e rosés) e vinhos Madeira de lotes especiais, produzidos a partir de vinhas específicas e de castas e/ou processos de vinificação distintos.
“Este reforço visa a continuação dos trabalhos já desenvolvidos em 2022 na área da viticultura, nos quais Nuno Duarte foi responsável pelo acompanhamento dos viticultores de Porto Santo e, consequentemente, pela produção do nosso primeiro vinho branco com esta denominação de origem: Colombo Caracol e Listrão. Isto estende-se agora também à ilha da Madeira. O objectivo será fazer um trabalho de proximidade no terreno junto dos viticultores, identificação de terroirs e potencializar práticas mais amigas do ambiente”, desenvolve a Justino’s.
A par desta aposta, também está para breve uma nova área de vinificação na adega, com novos equipamentos e tecnologia para vinhos não licorosos, a ser utilizada já na próxima vindima.
Mas as novidades não ficam por aqui, com uma mudança de imagem a acompanhar o novo portfólio, que passa a integrar 3 linhas e perfis de vinhos distintos, “de modo que o consumidor possa usufruir das diferenças dentro do próprio arquipélago”, explica a Justino’s. Uma é composta pelo Colombo IGP Terras Madeirenses, em branco, rosé e tinto, todos feitos com lotes de castas mais representativas da Madeira.
Outra por sua vez, passa pelo Colombo DOP Madeirense, brancos e tintos Reserva nos quais se destaca o blend de duas castas, tendo por base, nos brancos, o Verdelho da Madeira e o Caracol de Porto Santo e, nos tintos, a casta Tinta Negra. A ideia é mostrar o potencial destas castas autóctones com outras em plantio no arquipélago da Madeira”, avança a Justino’s, que desenvolve: “Este ano temos previsto lançar três Reserva brancos e um Reserva tinto, e também um Sauvignon Blanc com Verdelho, ambos do norte da ilha da Madeira”.
Por último, está na calha a criação do projecto de gama alta, com a designação Justino’s Projects, onde entra a antiga marca Fanal, e que terá foco em vinhos monovarietais de parcela. “Neste projecto, temos agora a possibilidade de reflectir as parcelas num produto ímpar. Por exemplo, este ano, temos previsto sair com o primeiro vinho Biológico da Madeira, um Verdelho da Quinta das Vinhas no Estreito da Calheta, e o lançamento de um Listrão Portosantense — oriundo de vinhas de chão, do sítio das Cancelas em Porto Santo, e um Sercial de espaldeira da Fajã de Barro”, remata o produtor.