30 espumantes de prazer, por menos de €12

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O Verão está a acabar, mas todo o ano apetece beber um espumante fresco e vibrante, seja antes, durante ou depois da refeição, e, já agora, que não ponha em causa o orçamento familiar. Provámos três dezenas de espumantes vendidos até €12 e ficámos muito agradavelmente surpreendidos pela sua elevada qualidade.

TEXTO Nuno de Oliveira Garcia
FOTOS Ricardo Palma Veiga e outros

Um dos produtos vínicos nacionais no qual a evolução qualitativa mais se fez sentir nos últimos anos foi os espumantes. Efetivamente, há pouco mais de uma década contavam-se pelos dedos as marcas de espumantes consistentes na qualidade e na regularidade de lançamentos de novas colheitas. Por isso não espanta que desde 2013 o volume comercializado de espumante certificado tenha dobrado (valores do IVV), assistindo-se também a um aumento na exportação (apesar de a balança comercial de espumantes ser ainda negativa, o que se compreende neste tipo de vinho dada a fortíssima concorrência internacional).
No mesmo sentido, era um sector relativamente acomodado quanto à troika de estilos, bruto, meio seco e doce, e confrontado com consumidores que viam o espumante quase exclusivamente como um vinho de comemoração. Hoje em dia, como de resto se pode avaliar pelos vinhos provados, o leque de estilos é bem mais largo, com brancos de uvas tintas e brancos de brancas, com velhas reservas de longo estágio, e vários brutos naturais, e com espumantes brutos com diferentes dosagens de açúcar. Temos, assim, mais por onde escolher, mais versatilidade e aumento generalizado de qualidade, tudo muito boas notícias. Não há qualquer motivo para não nos orgulharmos dos espumantes do nosso país, mesmo quando provêm, como veremos adiante, de regiões com menor tradição ou de clima mais quente.
Falámos com produtores, e confrontamos garrafeiras, e todos nos confirmaram que não é fácil vender espumante nacional acima de 10€. Na prova realizada, encontravam-se vinhos com ambição, posto que 12€ é um valor bem acima, mesmo quando falamos de espumantes, da média que o consumidor português paga habitualmente por um vinho.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” equal_height=”yes” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_custom_heading text=”Do “método clássico” ao “cuba fechada”
” font_container=”tag:h6|text_align:left” google_fonts=”font_family:ABeeZee%3Aregular%2Citalic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal”][vc_column_text]Também por isso, praticamente todos os espumantes provados foram produzidos pelo método que garante o melhor resultado na elaboração de um vinho espumante superior em qualquer lugar do mundo. Falamos do denominado método clássico/tradicional, a fórmula champanhesa, ou seja, o método (inventado naquela região francesa) cuja operação decisiva é a segunda fermentação em garrafa conduzindo à libertação de CO2 produzido durante esta fermentação, originando a efervescência ou borbulhas que tanto desejamos.
Existem outros métodos, vocacionados para vinhos de venda mais precoce, como seja o Charmat (segunda fermentação em cuba fechada) ou o método Dioise. Estes dois últimos métodos privilegiam um estilo mais jovem, e têm como principal vantagem conseguirem criar um espumante correcto e apetecível em três meses, ao invés do método clássico (bem mais oneroso em termos de custos de produção) que demora no mínimo seis a nove meses para originar espumantes equilibrados, e vários anos para produzir um espumante de grande nível.
O método Charmat (patenteado pelo francês Eugène Charmat) implica que a segunda fermentação do vinho base não ocorra em garrafa, mas em grandes tanques, geralmente de inox, pelo que quando o vinho é engarrafado já contém gás carbônico.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][image_with_animation image_url=”29383″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text] O conhecido Prosecco, da região italiana Veneto, é feito com recurso a esse método, geralmente a partir da casta Glera. Já no método Dioise (inventado pelo enólogo Federico Martinotti), ocorre a fermentação do mosto em cuba e estanca-se essa mesma fermentação – ou seja, não há uma segunda fermentação – num momento que deve ser o ideal, sendo para isso necessário um mosto muito rico em açúcares, razão pela qual o produto final é um espumante com algum açúcar residual não fermentado. É o processo usado na elaboração do Asti Spumante, por exemplo.[/vc_column_text][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][vc_gallery type=”nectarslider_style” images=”29393,29394″ bullet_navigation_style=”see_through” onclick=”link_no”][divider line_type=”No Line” custom_height=”30″][vc_custom_heading text=”O tempo é fundamental
” font_container=”tag:h6|text_align:left” google_fonts=”font_family:ABeeZee%3Aregular%2Citalic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal”][vc_column_text]Demonstrando a ambição dos produtores nacionais, vários dos vinhos provados beneficiaram de estágio durante longos meses em cave previamente ao dégorgement, operação na qual as leveduras mortas acumuladas na parte superior da garrafa são expelidas e é colocada a rolha final, não sem que haja antes um atesto com o chamado licor de expedição (que, no caso dos “bruto natural” não contém qualquer açúcar).
O estágio em garrafa é, de resto, um dos factores mais relevantes para a qualidade de um espumante. O perfil mais fino, delicado e sofisticado de um espumante é quase sempre o resultado de anos de estágio em garrafa, de preferência em caves frias e relativamente húmidas. Por isso encontramos, no lote dos vinhos que mais nos impressionaram, alguns espumantes de 2009 (Raposeira) e 2010 (Murganheira, Caves Montanha) além de vários de 2013 e 2014, o que representa para cada uma das casas um grande investimento, desde logo em armazenamento.
Isso mesmo nos confirmou Marta Lourenço, enóloga da Murganheira, para quem a região, e a experiência acumulada, mas sobretudo o estágio e posterior selecção são os fatores determinantes. Para Marta, tudo deve ser feito segundo o perfil clássico de Champagne, desde a prensagem das uvas à colocação do produto no mercado, que implica por exemplo a utilização apenas de leveduras livres, evitando-se as leveduras encapsuladas (com membrana). Estas leveduras, que são comumente utilizadas no sector, têm a vantagem de dispensar a operação de remuage, reduzindo custos, apesar de o resultado ser um espumante menos fino para vinhos de longo estágio. Por isso, a Murganheira aposta forte também nas gamas altas, e dirige a sua atenção cada vez mais para o segmento de luxo na restauração nacional, atualmente muito em voga.
Falamos ainda com Alberto Henriques, CEO das Caves da Montanha, empresa bairradina que produz cerca de 2 milhões de garrafas, que destacou igualmente o longo estágio em garrafa, e a correcta temperatura desse estágio, como os factores mais relevantes para a qualidade de um espumante, secundados pela escolha do vinho base (aspecto que Alberto entende ser por vezes negligenciado). Alberto Henriques destaca, ainda, como principal desafio de uma casa de espumantes a manutenção de um estilo ao longo dos anos. À semelhança da Murganheira, também as Caves da Montanha têm vindo a apostar na restauração de luxo, estando presente sobretudo com vinho a copo em alguns dos melhores restaurantes do país.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” bg_color=”#e0e0e0″ scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][vc_text_separator title=”Bairrada e de Távora-Varosa dominam” color=”black”][vc_column_text]As regiões da Bairrada e de Távora-Varosa dominam o mercado dos espumantes certificados, com um ligeiro avanço da primeira nos últimos anos; juntas produzem mais do dobro de todas as demais regiões juntas. A elas seguem-se a região do Tejo e a dos Vinhos Verdes.
Outro dado interessante: desde 2014 que a exportação de espumantes tem apresentado um leve decréscimo, mas tem sido compensado pelo consumo interno e pelo aumento do preço médio vendido em Portugal.
[/vc_column_text][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”extra-color-1″ custom_height=”20″][divider line_type=”No Line” custom_height=”10″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_custom_heading text=”Regiões de Espumante
” font_container=”tag:h6|text_align:left” google_fonts=”font_family:ABeeZee%3Aregular%2Citalic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal”][vc_column_text]Em Portugal faz-se espumante em todas as regiões. Mas apesar do carácter transversal da produção deste tipo de vinhos, a Bairrada domina, o que não é de estranhar, dada a propensão das suas vinhas para a produção de vinhos bases com boa acidez (a própria gastronomia local é propícia o consumo de espumante…), de tal forma que, segundo os registos, o primeiro vinho natural da região terá sido criado em 1890.
Para se ter uma ideia dos números, a Bairrada produz mais de 7 milhões de garrafas de espumante por ano, dos quais quase dois milhões e meio são certificados (valores da Comissão Vitivinícola da Bairrada), o que revela bem a força da região. De resto, a Bairrada é talvez a região que tem procurado um maior dinamismo no sector, sendo um bom exemplo disso o projeto Baga Bairrada, uma iniciativa da CV da Bairrada para o surgimento de um produto distinto, um espumante branco de uva tinta com regras de produção e identidade gráfica próprias a partir da casta Baga, a mais emblemática da região.
Destaque também para Távora-Varosa, região com muito antigas tradições na produção de espumante. A qualidade dos vinhos da Murganheira e da Raposeira, e bem assim da Cooperativa do Távora (com a marca Terras do Demo), demonstram o patamar de excelência desta região que praticamente se especializou neste tipo de vinho.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”10″][image_with_animation image_url=”29381″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” bg_color=”#e0e0e0″ scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”20″][vc_text_separator title=”Espumantes à volta do mundo” color=”black”][vc_column_text]Apesar do protagonismo da região de Champagne, produz-se espumante em quase todos os países vinícolas, desde o sul de Inglaterra (região emergente e cada vez mais conceituada) até ao Chile, passando pela Austrália. A par de Champagne – a região mais respeitada em todo o mundo – outras de excelência existem, como a Fraciacorta, no norte de Itália. Em ambas as regiões são as castas Pinot Noir, Chardonnay e Pinot Meunier que brilham. Do Luxemburgo, nas margens do Rio Mosela, vem o Crémant de Luxembourg com vários estilos e derivações. Em Espanha, a produção de Cavas (com base nas castas locais Xarel-lo, Macabeu e Parellada, e ainda Chardonnay e Pinot Noir) não tem parado de aumentar. Ainda em Itália podemos encontrar o Prosseco (método Charmat), o Frizzante e o Spumante (sendo que a distinção entre estes dois últimos é que o Frizzante tem menos gás), cuja qualidade varia de produtos muito bons a relativamente banais. Na África do Sul encontramos belos vinhos sob a denominação MCC (Method Cap Classique, ou seja, método clássico), sobretudo na área do Cabo, em Elim e em Stellenbosch. No Brasil e na Argentina a produção cresceu e afinou-se muito com a entrada dos franceses da Chandon, parte do grupo LVMH.[/vc_column_text][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”extra-color-1″ custom_height=”20″][divider line_type=”No Line” custom_height=”10″][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Nos últimos anos, também têm saído produtos de grande qualidade da região dos Vinhos Verdes, sobretudo a partir da casta Alvarinho, mas também Douro, Dão, Tejo ou Alentejo estão a produzir cada vem mais espumantes e com qualidade muito consistente. Agora é só erguer um flute ou copo ao alto (ou uma tacinha, como dantes de dizia) e… SAÚDE![/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”Em Prova” title_align=”separator_align_left” color=”custom” accent_color=”#888888″][vc_column_text]

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Edição Nº17,  Setembro 2018

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