Adega de Redondo – Esclarecimento

“Na edição de abril da revista Grandes Escolhas foi apresentada uma reportagem efetuada na Adega de Redondo, sob o título ‘Aqui nasce o Porta da Ravessa’ onde, além de provados vários vinhos, foram comentados diversos temas desta que é uma das mais antigas adegas cooperativas do Alentejo. Ao ler a reportagem publicada, deparei-me com um excerto de uma frase minha que, da forma como foi publicada ou lida fora de todo o contexto, pode levar a uma interpretação errada das palavras utilizadas, situação que me levou a pedir junto da revista uma retificação ao artigo. Nesse artigo, João Paulo Martins faz um enquadramento da Adega de Redondo que se rege pelo Código Cooperativo, que determina que, em Assembleia Geral, cada associado representa um voto, independentemente da área de vinha que tem na sua exploração. Refere ainda que, atendendo a que na Adega Cooperativa de Redondo cerca de 20 associados entregam 70% de toda a produção e que alguns têm perto de 100 ha de vinhas, poder-se-ia considerar que há alguma injustiça nesta regra, indicando que eu concordava afirmando ‘não está certo, mas é algo que não podemos mudar’.

De forma a que não haja nenhum mal entendido, é importante referir que o contexto apresentado, quando se falou na questão dos associados, foi especificamente no caso em que se estivéssemos a analisar ou a comparar com uma empresa comercial privada. Numa ótica empresarial não estaria certo, pois nestas empresas os poderes de decisão, ou de voto, são de acordo com as quotas de cada um, mas sendo uma adega cooperativa e que se rege pelo código cooperativo, nada podemos alterar. É assim que funciona e quem se propõe para associado de uma adega cooperativa já sabe que, independentemente da sua área de vinha, apenas tem direito a um voto.

Não nos podemos esquecer do importante papel que as adegas cooperativas tiveram, e ainda têm, no sector vitivinícola não só no Alentejo, onde conta com cinco adegas cooperativas em atividade, como em todo o país. Convém também recordar o não menos importante papel económico e social nas regiões onde as adegas cooperativas se encontram, com os diversos postos de trabalho gerados, quer de forma direta, quer indireta. O associativismo, que muito valorizo, através das adegas cooperativas, é a forma de muitos viticultores poderem estar presentes num sector cada vez mais competitivo, em que, por vezes, parece continuar a existir algum estigma das adegas cooperativas razão pela qual, da forma como o excerto da frase publicada, poderia levar a interpretações contrárias àquilo que defendo e que foi comentado.” Nuno Pinheiro de Almeida

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