Alentejo Tinto por menos de €5: muitos e bons

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

A excelente relação qualidade/preço dos vinhos do Alentejo é certamente um dos factores que conduzem a região ao top das preferências dos apreciadores nacionais. Um lugar de onde não deverá tão cedo ser destronada, a julgar pela quase meia centena de tintos que trouxemos à nossa mesa de provas.

 

TEXTO João Afonso FOTOS Ricardo Palma Veiga[/vc_column_text][vc_row_inner column_margin=”default” text_align=”left” el_class=”remove-space-vinhos”][vc_column_inner column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]PORTUGAL está na moda e o Alentejo também. Esta é uma terra de grandes oportunidades e de enormes e diversificados recursos. O Alentejo produz boa parte da matéria-prima para o sector corticeiro mais próspero do mundo; está num lugar de destaque nos “radares” turísticos internacionais; tem um sector oleícola pujante, culturas de regadio em força, produção intensiva de excelente carne que apoia uma não menos famosa gastronomia e um sector vitícola extremamente dinâmico e a preparar-se para mais um grande salto.

Qualidade, imagem e preço competitivo é isso que os consumidores buscam e encontram nos vinhos alentejanos. E por menos de €5 há muitos e bons por onde escolher.

Uma região sempre em alta
Muito mudou o Alentejo nas últimas décadas! Só para se ter uma ideia, em 1979 existiam no Alentejo 12.500 hectares de vinha e 14 empresas vinícolas. Hoje já ultrapassou os 22.000 hectares de vinha e existem cerca de 360 agentes produtores e engarrafadores.

Vários factores contribuíram para um continuado crescimento vitícola: uma região de latifúndio e a possibilidade de se criarem facilmente grandes extensões de vinha mecanizável e com baixos custos de produção; a orografia que, sendo geralmente mais plana, permite um muito maior rendimento de trabalho com a consequente redução de custos; a tecnologia de irrigação que hoje acompanha toda a nova plantação, assegurando não só o pleno vingamento das plantas mas também um controlo quase perfeito da sua produção; e, por último, um clima extraordinário para a produção de vinho, com um tempo normalmente quente e seco durante grande parte da vindima, que minimiza as doenças e assegura uma grande quantidade de excelente matéria-prima.

Há muitos anos que o Alentejo domina o mercado nacional de vinhos. Segundo uma análise feita pelo IVV, baseada nos últimos dados Nielsen, o Alentejo vendeu 44 milhões de litros em 2016 (44% do total de vinho certificado vendido em Portugal) e, ainda que tenha baixado 3% do volume de vendas em Portugal (de 46,1 para 44,6 milhões de litros), na facturação teve um aumento de valor de 7.112.000€ (de 179,1 para 186,2 milhões de euros). Aliás este é um quadro comum a todo o país, com um significativo aumento vendas e de valor no ano de 2016 relativamente a 2015.

O Alentejo mantém-se destacado no primeiro lugar de vendas, seguido pela região dos Vinhos Verdes, com 17, 6 milhões de litros e 71 milhões de euros de vendas, e pela Península de Setúbal, com 13,7 milhões de litros vendidos e 45,4 milhões facturados.

Ao que tudo indica, o Alentejo irá continuar líder no futuro próximo, não só pelas enormes vantagens geográficas e climáticas de que falámos mas também porque muitas das principais empresas portuguesas do sector não só reforçam continuamente a sua aposta na região, com aumento da área de vinha e maior produtividade vitícola, como chegam todos os anos novas empresas prontas a investir forte.

Sabia que…
Foi nas minas alentejanas de Aljustrel e S. Domingos que Júlio César, governador da Lusitania, conseguiu ouro suficiente para voltar a Roma e se tornar Imperador no ano 60 A.C.

As castas do Alentejo
As tendências vitícolas mudam com alguma regularidade e o Alentejo não é excepção. Ora se segue o mercado,nora se faz frente à concorrência através da inovação. Sennos anos 1980 o Aragonez, o Castelão e a Trincadeira eram as castas tintas mais plantadas, no início deste século foram substituídas na preferência pela Touriga Nacional, Syrah e Alicante Bouschet. Em anos recentes, outras variedades tomam lugar no topo da lista dos produtores. Desde há dois anos que as novas licenças de plantação de vinha nacional não podem ultrapassar, no total, 1% da área existente. Na quota nacional, cada denominação de origem tem a sua quota regional. Em 2016 houve um crescimento de apenas 100 hectares de vinha no Alentejo, mas em 2017 haverá um aumento de 800 hectares (aprovados, mas ainda não confirmados) para 1.600 hectares de candidaturas.

Como a vontade de plantar é muito superior ao permitido, os projectos são hierarquizados. E na candidatura de 2017, o programa VITIS já valoriza a plantação de castas portuguesas. Neste último quadro de apoio, os projectos que plantam castas nacionais são valorizados e assim a Syrah (entre outras castas francesas) foi despromovida dos encepamentos mais recentes. O Alicante Bouschet (casta de origem francesa e adopção portuguesa) domina agora as novas plantações, seguido pela Touriga Nacional, Touriga Franca e Aragonez. A grande novidade é a Touriga Franca, que, perfeitamente adaptada aos calores fortes de Verão, pode paulatinamente e a curto prazo passar a fazer parte substantiva deste Alentejo em constante renovação.

A vinha do Alentejo
• 21.250 hectares de vinha (77,24% tinto e 22,76% branco), da qual a esmagadora maioria é vinha nova regada (14.520 hectares)
• 8 variedades de uva
• Aragonez, Trincadeira, Alicante Bouschet, Syrah, Touriga Nacional, Castelão, Cabernet Sauvignon, Alfrocheiro, Moreto, Touriga Franca e Petit Verdot perfazem 96,02% do total de vinha tinta.
• Roupeiro, Antão Vaz, Arinto, Rabo-de-Ovelha, Fernão Pires, Manteúdo, Verdelho, Gouveio, Diagalves, Alvarinho e Viognier somam 89,42% do total de vinha branca.

Os vinhos Premium
Uma prova de tintos do Alentejo inclui assim uma grande heterogeneidade de vinhos, oriundos de diferentes castas e com diferentes perfis de aromas e sabores. Os vinhos em prova, com preço de retalho, globalmente, entre os €3,50 e os €5, integram uma oferta orientada para consumidores que buscam vinhos com qualidade muito evidente, que se destacam dos chamados “entrada de gama”.

Como nos disse o produtor Tiago Cabaço, “tentamos fazer um tinto para os clientes mais exigentes, com mais cor e mais estrutura, e que evoluiu bem em garrafa mas que custa pouco dinheiro”. Já Alexandre Relvas Júnior (Herdade de S. Miguel) adianta que, “como o ano de 2016 não foi fácil”, o vinho deste segmento recebeu inclusivamente várias barricas inicialmente destinadas ao tinto de patamar superior, o Reserva.

Mas, por norma, estes tintos não têm barrica. O vinho Sossego, por exemplo, tem apenas estágio em inox, como confirmou Luís Cabral de Almeida, o enólogo responsável pelos vinhos da Sogrape no Alentejo, e a vinificação foi propositadamente conduzida num registo “suave”, visando um tinto fácil de beber.

Este registo é sublinhado por Luís Duarte (um dos enólogos mais experientes do Alentejo): “Um tinto desta gama deve ter algum volume, não ter peso, ser pouco ácido ou amargo, pouco complexo e ter fundamentalmente fruta! Vinificações conduzidas com delicadeza, principalmente se as castas largam muito tanino, como a Aragonez.” No caso do Quintas de Borba, nova marca da Adega Cooperativa local, o enólogo Óscar Gato diz ter procurado “um tinto mais ambicioso, com estágio de 9 meses em barricas de 1ª e 2ª utilização”.

Neste quadro, Bernardo Cabral, enólogo do tinto Vicentino, usa uma técnica mais extractiva para algumas castas e mais amaciadora para outras. Depois, no final, o lote faz o resto. Outra ressalva de Luís Duarte, a este mesmo propósito, é que não há vinhas nem castas concretas para este tipo de vinho. “Há países em que tudo está perfeitamente formatado – para vinhos com terroir ou sem ele – aqui vamos tentando fazer o melhor possível e depois da vindima vamos  rovando, selecionando e arrumando os vinhos por categorias”.

As castas dominantes nestes tintos são Aragonez, Touriga Nacional e Alicante Bouschet, que depois podem ser acompanhadas pela Syrah, para dar mais complexidade, ou por Trincadeira, para dar mais frescura – e assim se vai construindo um vinho que nos oferece muito por um
preço moderado. Esta é uma categoria considerada “de volume”, mas onde a qualidade é perfeitamente percepcionada pelo consumidor.[/vc_column_text][/vc_column_inner][/vc_row_inner][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Accent-Color” text=”Em Prova”][vc_column_text]


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Edição Nº4, Agosto 2017

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