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Projecto da família Barros desde o início, esta quinta duriense apresentou quatro novos vinhos e um azeite. E, ao mesmo tempo, estuda as direcções para aliviar os desafios impostos pelas alterações climáticas.
TEXTO António Falcão
NOTAS DE PROVA João Paulo Martins
FOTOGRAFIAS Luísa Ferreira
A Quinta Dona Matilde situa-se na margem norte do rio Douro, na marginal entre a Régua e o Pinhão, na zona da barragem de Bagaúste. Está na posse da família Barros há 91 anos. Os 90 hectares de terra, dos quais 28 são de vinha, pertencem a Manuel Ângelo Barros, homem com grande experiência no Vinho do Porto. A propriedade chegou a pertencer à Sogevinus, mas retornou à família Barros. Há cerca de uma década, o filho Filipe juntou-se ao pai e os dois têm levado o projecto adiante, com o auxílio do viticólogo José Carlos Oliveira e do enólogo João Pissarra. Todos estiveram presentes no evento de lançamento das mais recentes edições da casa.
Filipe Barros explicou desde logo que todos os vinhos são resultantes do chamado ‘Field Blend’, ou seja, os lotes são feitos na vinha e as diferentes uvas são vinificadas em simultâneo. Esta não é uma tarefa nada fácil, porque a maior parte da vinha está virada a sul, a exposição mais inclemente no Douro, em especial nos anos quentes e secos. Mas João Pissarra é um adepto fervoroso da frescura dos vinhos e, juntamente com José Carlos, monitoriza a vinha com frequência para acertar as datas de vindima.
Só assim se conseguiu um belo branco do difícil ano de 2017. A prova continuou com dois tintos de 2015 – colheita e reserva – e Porto Colheita 2010. Todos estão em prova mais à frente, mas, podemos dizê-lo, apresentaram-se, sem excepção, a muito bom nível. A ocasião foi ainda aproveitada para se lançar um azeite da quinta, a segunda edição. “O azeite é a afirmação da qualidade dos produtos da quinta e acreditamos que no futuro vai ser um complemento interessante da nossa actividade”, disse a propósito Manuel Barros.
Deste lançamento destacamos ainda as preocupações da equipa com os indícios trazidos pelo ano de 2017. A Quinta de Dona Matilde, apesar de situada no Baixo Corgo, a sub-região do Douro mais temperada, e de estar junto ao rio, sofreu com uma seca extrema. A situação foi de tal maneira grave que, disse-nos José Carlos Oliveira, “tememos pela própria sobrevivência das plantas”. A produtividade acusou o golpe, o que pode não só afectar a qualidade/harmonia das uvas como vai influenciar o negócio do vinho. De facto, é muito diferente para o negócio se o produtor conseguir 7 ou 8 toneladas por hectare de uva ou metade disso (e sem garantias de melhorar a qualidade…). Soluções? José Carlos fala em duas: primeiro, ter instalado um sistema de rega, para estes anos extremos (e conseguir autorização para regar…). E, depois, procurar castas/porta-enxertos que tolerem melhor os anos secos. Mesmo que se tenham de ir buscar fora do Douro…
Em prova:[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
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Edição nº12, Abril 2018