Bio-Infantado: novos vinhos de uma quinta com história

A Quinta do Infantado conta já com um portefólio generoso de Vinho do Porto e Douro, parte dele com selo biológico. Foram seis as novidades lançadas no restaurante DOP, no Porto: três tintos, um Tawny e dois Vintage.

 

TEXTO Mariana Lopes FOTO Anabela Trindade NOTAS DE PROVA Luís Lopes

SITUADA no Vale de Gontelho, a 4 quilómetros do Pinhão, a Quinta do Infantado guarda um pedaço rico de História. Erguida em 1816, destinou-se ao Rei D. Pedro IV de Portugal e primeiro do Brasil, mas quem lá deu o “grito do Ipiranga” foram os irmãos Luís e António Roseira, que, em 1979, impulsionaram o engarrafamento do seu próprio Vinho do Porto, quebrando assim o monopólio das casas exportadoras de Vila Nova de Gaia.

A propriedade está nas mãos da família Roseira desde 1904, e o seu rosto mais visível (e audível…) é João Roseira, que conhece e sente a quinta como ninguém e muito tem feito, sobretudo ao longo dos últimos 15 anos, para levar pelo mundo a imagem da marca, desde há dois anos com o apoio na enologia do seu primo Álvaro Roseira, acompanhando a enóloga residente Fátima Ribas e o consultor Luís Soares Duarte.

A propriedade detém 46 hectares de vinha de solo xistoso, dos quais 12 em regime biológico e 34 em viticultura sustentável. As castas existentes são mais de 20 e, apesar da presença de uvas brancas e tintas, a Quinta do Infantado ainda só produz vinhos (DOC Douro) tintos. Com práticas de viticultura e enologia pouco ou nada interventivas, é filosofia de João Roseira e de toda a equipa Infantado “respeitar as uvas e o vinho”, sendo que “equilíbrio, elegância e frescura são mais importantes para a Quinta do Infantado do que álcool, poder, extracção ou taninos”. É este o perfil que Luís Soares Duarte, que acompanha o projecto desde 1996, tenta imprimir nos vinhos.

A três dias do Port Wine Day (evento anual de promoção internacional do Vinho do Porto), João Roseira organizou um jantar vínico no DOP com vinhos novos e outros nem tanto. Para iniciar, acompanhando a burrata com favo de mel e caviar, um Porto Old Dry White que veio dos confins da adega e não está à venda (infelizmente, a coisa era boa…); depois, para o polvo com puré de batata fumada e ravioli de legumes, as novidades Quinta do Infantado Biológico tinto 2012 e Quinta do Infantado tinto 2015. Quase a chamar o Outono, vieram Milhos à Transmontana com o vinho Roseira tinto 2011 e o novo Quinta do Infantado Reserva tinto 2012 e, para os queijos e a sobremesa, três Porto acabados de sair: Vintage 2015, Vintage 1997 em Magnum (re-lançamento neste tipo de garrafa) e Tawny Reserva Biológico. Terminou-se a refeição a revisitar o belo Quinta do Infantado Tawny 2007.

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