Château Margaux, um mito feito vinho

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Vinhos míticos há poucos, muito poucos mesmo, sobretudo se lhes quisermos traçar o perfil e os séculos de história que carregam. O Château Margaux é um desses, com um trajecto único que se perde no tempo e uma qualidade que o mantém entre os mais requisitados vinhos tintos do mundo.

TEXTO João Paulo Martins

Confesso que não fui muito original e também eu não deixei de pedir que me fotografassem com o Château Margaux – cuja construção data de 1815 – em fundo, assinalando a visita que, em petit comité, fiz àquela propriedade famosa do Médoc. Tudo antes de sermos recebidos por Paul Pontallier, então enólogo recém-chegado e que partiu prematuramente em 2016. Estávamos nos inícios dos anos 90 e a propriedade já era o que hoje ainda é: terra de tintos, uma área de 262 hectares onde se incluem 12ha de uvas brancas – exclusivamente de Sauvignon Blanc – e 87ha de tintos, com 75% de Cabernet Sauvignon, 20% Merlot, 4,5% de Petit Verdot e, tipo tempero, 0,5% de Cabernet Franc. As vinhas têm uma idade média actual de 36 anos. Dos grandes nomes de Bordéus é o único que mantém a mesma área desde sempre e o único também que não tem propriedades noutras regiões, conservando-se a posse em estruturas familiares.
A história de Margaux e dos seus variados proprietários é muito longa mas, para ficarmos apenas no período mais recente, há que salientar o enorme trabalho de renovação do château levado a cabo por André Mentzelopoulos, que adquiriu a famosa propriedade em 1977. Vinhedos e adega receberam significativas melhorias e, qual cereja no topo de bolo, tiveram a consultoria de Emile Peynaud, então o mais famoso enólogo de Bordéus e justamente considerado o pai da moderna enologia. André pouco tempo viveu e foi a filha Corinne quem ficou à frente dos destinos da propriedade a partir de 1981, agora também ajudada pela filha Alexandra, que entrou em 2012 para a equipa.
Margaux, cujo nome se confunde com o da própria Appéllation, pertence ao grupo de elite dos 1er Grands Crus Classés, assim classificados em 1855. A ele juntam-se, desde aquela data, o Ch. Latour, o Ch. Lafite, Ch. Haut-Brion e, desde 1973, Ch. Mouton Rothschild. Os franceses, muito pouco dados a mudanças, nunca quiseram alterar aquela classificação – de 1er a 5ème Cru – que, assim, está como que gravada na pedra. É injusto para alguns que estão na lista e que hoje são propriedades obscuras e desconhecidas, e injusto também para outros que são actualmente vinhos de topo mas que estão arredados do altar da glória. E não se vislumbra no horizonte qualquer perspectiva de mudança.
Margaux tem-se mantido muito estável e com poucas variações no portefólio. No início do séc. XX foi criada uma segunda marca – Pavillon Rouge, que veio substituir a antiga “Ch. Margaux 2 vin” que existia desde o séc. XVIII. Deixou de se produzir nos anos 30 (os anos que se seguiram, com a II Guerra Mundial pelo meio, foram dramáticos) e só foi retomada com os actuais proprietários. Já o branco, que desde os finais do séc. XVII é exclusivamente feito de Sauvignon Blanc, conserva o perfil de sempre: apenas um terço da colheita é aproveitado e o restante vendido a granel. Essa venda a granel, que também incluía muita uva tinta, foi recentemente minimizada com a criação de uma marca tinta, exclusiva da restauração, Margaux do Château Margaux.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”33263″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Preços elevados
Em recente apresentação em Lisboa, Thibault Pontallier, filho de Paul e embaixador da marca, salientou um ponto importante e curioso em relação a algumas zonas da propriedade que sempre produzem melhor (as parcelas são vinificadas separadamente) mas, apesar da tentação de fazer vinhos de parcela que, imagina-se, atingiriam preços estratosféricos, sempre se considerou que esses vinhos especiais ajudam à complexidade do todo e por isso (são cerca de 100 parcelas distintas) não há qualquer intenção de os isolar e produzir algo de diferente. Thibault referiu que em algumas dessas parcelas chove mais do que noutras e algumas são sistematicamente mais atreitas a doenças do que outras. Coisas da viticultura e do clima…
Os preços, como se compreende face à fama, são sempre muito elevados, sendo difícil de adquirir um Margaux (100.000 garrafas/ano) a menos de €350, isto nos anos considerados normais, já que nos excepcionais aquele valor aproxima-se perigosamente dos €1000 a garrafa. Já as segundas marcas têm tido uma enorme valorização. Por exemplo, adquiri en primeur o Pavillon Blanc de 2004 a cerca de €35 a garrafa e actualmente o 2015 não é possível ser adquirido a menos de €200. Não foi o vinho que melhorou, foi a pressão do mercado que a isto levou. Um branco fermentado e estagiado em barrica, 25% nova, de que se fazem apenas 10.000 garrafas.
Uma propriedade tão grande requer permanente renovação e por norma replanta-se um hectare por ano; quando a vinha é arrancada o terreno é deixado em pousio por 8 anos e só após 15 anos de produção é que as uvas são consideradas aptas a entrarem na primeira marca.
Já por diversas vezes tive a sorte de provar os vinhos deste château. Diz-se, o que subscrevo totalmente, que os Margaux têm a concentração bordalesa e a elegância da Borgonha, o que faz deles vinhos de rara finura e elegância. Para se manterem nesse registo os enólogos estão a diminuir gradualmente a percentagem de Merlot – que assim integra em maior percentagem a segunda marca – porque consideram que faz subir muito a graduação do lote final. O 1996 que agora provei – magnífico a todos os títulos – mostrou também que é preciso dar tempo a estes vinhos e por isso, para que se capte a elegância que apresentam, temos de os guardar em cave. Tem em casa? Então tome nota: por agora há que beber, por estarem muito perto do seu melhor, os das colheitas de 1996, 1999 e 2004. Quanto aos outros, há que não ter pressa. Margaux merece toda a nossa paciência.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”33267″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Edição Nº20, Dezembro 2018

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