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A menos de três quilómetros do mar, equidistante de Vila Nova de Milfontes, encontramos vinhas defronte do lindíssimo vale do Rio Mira e miramos um verdadeiro Alentejo atlântico, a última fronteira na produção de vinhos em frescura e sedução.
TEXTO Nuno de Oliveira Garcia
FOTOS Cortesia do Produtor
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Imagine-se passar a ponte do rio Mira em direção ao sul, deixando Vila Nova de Milfontes atrás, e, em pleno Parque Natural da Costa Vicentina, encontrar um vale com vinhas plantadas em solos de areia com o rio Mira ao fundo, serpenteando. Foi neste território praticamente inexplorado em termos de viticultura que, em 2008, Hans e Carrie Jorgensen decidiram comprar terrenos para complementar o seu projeto na Vidigueira (centrado quase exclusivamente em tintos, com a excepção de Viognier), ao mesmo tempo que buscavam condições de produção de vinho significativamente mais frescas que o restante Alentejo. A este respeito, note-se que a diferença média de temperatura entre Vila Nova de Milfontes e Vidigueira é de cerca de 10ºC, dado verdadeiramente revelador das diferentes condições climatéricas da região!
As primeiras vinhas foram plantadas em solos de areia amarela, com alguma pedra rolada e substrato de argila, com plantas de Chardonnay, Sauvignon Blanc e Pinot Noir, três castas típicas do Novo Mundo à beira mar plantado (do Chile à Nova Zelândia, passando pela África do Sul). Entretanto, mais terra foi adquirida, tarefa nem sempre fácil na área, dada a concorrência de produtores de fruta e hortícolas em estufas. As mais recentes plantações privilegiam já uvas tintas como Syrah, Aragonês e até Jaen, todas em solos de areia cinzenta. Das duas primeiras castas, espera-se um perfil diferente dos vinhos produzidos na Vidigueira, da última pretende exotismo e diferença. Nas novas plantações, o solo mantém-se de origem arenosa, com muita drenagem e pouco material orgânico. Actualmente, são já mais de 60 hectares de vinha plantada, espalhadas por três parcelas: Zambujeira Velha com 19ha, plantados em 2008, Zambujeira Nova com 16,5ha plantados em 2009 e Vinha das Furnas com 24ha, de castas tintas plantadas em 2016.
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No que respeita à vinificação, o maior problema é sanitário pois os nevoeiros matinais podem contribuir com algumas doenças para as castas menos resistentes, como tem sido o caso do Chardonnay, pelo que a palavra de ordem é prevenção e rápida intervenção. A enologia mantém-se a cargo do experiente Hamilton Reis, que trabalha para a empresa há mais uma década, sendo que Anna – filha de Hans e Carrie, e com várias vindimas já um pouco por todo o mundo – monitoriza a operação com mestria e confiança. Pelo que vimos, Hamilton e Anna são mesmo uma dupla a ter em conta em Cortes de Cima.
Tivemos a oportunidade recente de provar todos os vinhos produzidos neste terroir tão específico, quer em versão monocasta, quer em mistura com variedades e uvas plantadas na Vidigueira (caso dos Dois Terroirs recentemente lançados no mercado e abaixo provados). Verdadeiramente espantosa é a evolução dos Sauvignon Blanc provados, com os melhores exemplares a serem os das colheitas de 2013 (bela acidez, jovem ainda e com enorme final) e de 2014 (perfil menos fresco, mas com muito sabor no centro de boca e ainda alguma mineralidade). Igualmente em forma esteve a colheita de 2015 (com notas de lima e gengibre, compacto em boca e com agradável amargo final), sendo que os mais novos – 2016 e 2017, inclusive – revelaram um inevitável fruto jovem exótico e notas primárias muito sedutoras.
A mesma evolução positiva foi confirmada nos Alvarinhos – das colheitas de 2014 a 2017, inclusive –, com destaque para o vinho de 2015, muito tenso e jovem, tudo indicando um futuro radioso. Aliás, no que respeita à casta minhota, é interessante notar que mantém no Alentejo litoral o perfil aromático habitual (com notas de pera e citrino maduro), conjugado, todavia, com um corpo mais amplo e um final de boca muito preenchido. Provámos ainda as três edições do Pinot Noir – 2014 a 2016, inclusive –, todos num perfil de tinto carnudo e especiado, com boa evolução, sendo que a edição de 2016 está a revelar-se particularmente interessante no atual momento de prova.
Em suma, o projeto atlântico Cortes de Cima está ‘de pedra e cal’ e é uma aposta ganha da família Jorgensen, sendo que o joker é mesmo a evolução dos vinhos, em especial do Sauvignon Blanc. Tudo aponta, portanto, para que nos próximos anos tenhamos melhores surpresas ainda deste terroir e deste produtor!
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Edição Nº23, Março 2019
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