Embora haja alguma apreensão generalizada relativamente à existência do ChatGPT, e ao impacto que um ainda maior desenvolvimento da plataforma de inteligência artificial possa ter (sobretudo ao nível das empresas e de algumas profissões), este pode também ser uma forma rápida e divertida de obter informação. Isto sem prejuízo do uso do nosso juízo, passe-se a redundância, para avaliar a veracidade e pertinência das respostas que obtemos deste novo recurso digital.
Assim, e em jeito de brincadeira, perguntámos ao ChatGPT, “há mais vinhos tintos ou brancos no mundo?”. Este foi o resultado:
“Até à minha última actualização de conhecimento, em Setembro de 2021, o mundo vitivinícola produz e consome uma quantidade significativa tanto de vinhos tintos como de vinhos brancos. No entanto, a proporção entre estes dois tipos de vinho pode variar de acordo com diferentes regiões, preferências de consumidores e tendências de mercado.
Historicamente, os vinhos tintos têm sido mais populares em algumas regiões, como França, Itália e Espanha, enquanto que os vinhos brancos ganham destaque noutras áreas, como na Alemanha e em algumas partes dos Estados Unidos. Além disso, o tipo de uva cultivada e a tradição vitivinícola de cada região também influenciam a produção de vinho tinto ou branco.”
Faz sentido, apesar de vago, e por isso passámos à próxima pergunta: há mais vinha tinta ou branca no mundo?
“Até Setembro de 2021, havia mais uvas tintas cultivadas no mundo do que uvas brancas. Isto deve-se, em parte, à maior popularidade dos vinhos tintos em muitas regiões produtoras de vinho.”, responde-nos o chatbot de inteligência artificial.
Podemos concluir assim que, a nível mundial, existe mais vinho tinto do que branco, independentemente do tipo (tranquilo, espumante, fortificado, etc.). Isto, claro, sem considerar a produção de vinho rosé, que será, naturalmente, bastante inferior.
E em Portugal, será que se verifica o mesmo? Seguindo o critério da área de vinha tinta e branca plantada no nosso país, as estatísticas reunidas pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) dizem-nos que, em 2022, as 16 castas tintas mais plantadas em solo nacional — com liderança de Aragonez/Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional — ocupavam 108 566 hectares, enquanto que a amostra das 18 uvas brancas mais plantadas — encabeçada pela Fernão Pires/Maria Gomes — significava 55 067 hectares.
Como um dia disse António Guterres, “é fazer a conta”…