Herdade da Lisboa: Da Vidigueira, com ambição

Legenda da foto: João e Serafina Cardoso, proprietários da Herdade de Lisboa, têm atualmente propriedades nas regiões do Douro, Alentejo e Ribatejo, onde produzem vinhos e azeites e exploram floresta.

A Herdade da Lisboa pertence à família Cardoso desde 2011. Nesta propriedade produziam-se os vinhos Paço dos Infantes, uns dos clássicos alentejanos nas décadas 80 e 90, feitos, na altura, pela mão de João Portugal Ramos. Com o tempo a propriedade e a marca passaram por uma crise, revertida a partir do momento em que foi adquirida por João Cardoso, empresário com importante percurso em diferentes áreas de actividade, incluindo na vertente agrícola, com destaque para a olivicultura. Fez-se um trabalho extraordinário da recuperação da vinha (mais de 100 ha, com cerca de 15 castas) e do olival e construiu-se, de raiz, uma adega moderna, que se estreou na colheita 2018, com lagares e cubas de inox com controlo de temperatura, cubas de cimento de forma redonda e oval, uma cave climatizada para permitir o estágio de vinhos e espumantes em condições ideais de temperatura e humidade.

Herdade da Lisboa

Os vinhos com a marca Herdade de Lisboa são produzidos com base em uvas das castas que se comportam melhor na vinha em cada ano.

Aliando as características do terroir com o meio de produção, foi criada uma gama premium com três vinhos em 2021 que, para além de feitos com extremo cuidado, permanecem em cave o tempo necessário para mostrar o seu potencial na altura de lançamento. Ficou também definido conceptualmente que, em cada ano, se elege uma casta com o melhor desempenho que dá origem a um vinho varietal de excelência. Assim, em cada ano cria-se uma colecção única que expressa a casta, o ano, o terroir e a casa. O branco e o tinto são vendidos em pack de dois, com o PVP do conjunto de €67,50. Em 2019 as castas escolhidas foram Viognier e Trincadeira e, em 2020, Alvarinho e Cabernet Sauvignon. O rosé surgiu um pouco por feliz acaso, não sendo planeado de início, mas a Touriga Nacional mostrou-se tão bem em 2019, que em 2020 foi repetida a experiência com a Baga. As castas protagonistas da colheita 2021, lançada agora, são Arinto, Alicante Bouschet e Syrah na versão rosé.

O Arinto estagia parcialmente em barricas novas de carvalho francês de 500 litros, onde permanece oito meses. O Alicante Bouschet passa 18 meses em barricas de 500 litros. O rosé também estagia em barrica, mas de 300 litros, novas, durante oito meses. Para todos os vinhos, até para o rosé, não é dispensado o estágio em garrafa, o que confere integridade e a sensação de harmonia na altura do lançamento.

De colheita 2021 resultaram 1100 packs de dois, mais 120 garrafas de 1,5 litro de cada. O rosé é engarrafado apenas em magnum, o que faz todo o sentido, tendo em conta que é lançado com mais de dois anos de estágio.

(Artigo publicado na edição de Novembro de 2024)

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