MAINOVA: um novo projecto no Alentejo que tem tudo para dar certo

TEXTO Mariana Lopes
FOTOS Mainova Soc. Agr.

Identidade, qualidade, imagem. Estas são as três palavras que melhor definem o projecto MAINOVA, nascido no Vimieiro, em Arraiolos. Foi aqui que, em 2010, José Luís Monteiro – empresário da área da cerâmica – adquiriu a Herdade Fonte Santa, com o objectivo de produzir vinho e azeite de qualidade. Com a ajuda de David Booth, plantou os vinte hectares de vinha (treze de uvas tintas e sete de brancas), escolhendo as castas ideais para aquele terroir com solos de xisto e granito: algumas tradicionais no Alentejo, mas também as (not so) “outsiders” Encruzado e Baga. Para oliveiras foram dedicados 90 hectares. Nos anos que se seguiram, dessa Herdade foi vendido vinho a granel até que, em 2019, o rumo mudou.

Bárbara Monteiro, a “mainova” das três filhas de José Luís, resolveu abandonar o seu emprego na área da Comunicação e assumir um novo projecto com a sua família, com base em tudo o pai já tinha criado. Uma das coisas que veio com ela, foi a decisão de erguer uma adega. A outra, foi o traço criativo presente na imagem da marca e dos produtos, ilustrações muito bonitas e com cores que representam as tendências estéticas mais recentes. “Queríamos manter a ilustrações transversais à gama, para afirmar bem a nossa identidade”, esclareceu Bárbara. Para a consultadoria enológica e vitícola, juntou-se António Maçanita – “discípulo” de David Booth – e Sandra Sárria (dupla da Fita Preta). Maçanita, que já não aceitava novas consultadorias desde 2007, juntou-se com agrado ao projecto MAINOVA. “Vimieiro continua a ser uma zona quente, mas mais fresca do que muitas outras interiores, porque está já mais perto do mar, em linha recta”, explicou o enólogo. Ali, aplica a sua assinatura de trabalho, uma enologia “clean” e pouco interventiva, consonante com a identidade e perfil que Bárbara Monteiro deseja para os seus vinhos.

O portfólio actual inclui seis referências: os Mainova branco 2019 (€8,95) e tinto 2018 (€9,95); Moinante Curtimenta branco 2019 (€16,95) e Castelão Rosé 2019 (€13,95); Milmat Reserva branco 2018 (€20) e Reserva tinto 2017 (€25). Bárbara explicou que “Moinante, além de ser o nome do cão da família, é uma expressão popular que se dá a uma pessoa que não faz nada, que dorme de dia e vive de noite, um ‘moinas’. Milmat vem de ‘mil matérias’, representando os vários solos, a barrica e todas as outras coisas que fazem esse vinho”. A prova de algumas destas referências poderá ser encontrada na secção Vinhos do Mês, edição de Julho da Grandes Escolhas. As restantes sairão nas seguintes. Os azeites virgem-extra Mainova são dois, o Clássico (500ml, €5,90) e o Early Harvest (500ml, €15,95€). Todos estes produtos estão disponíveis para compra na loja online do site da marca, em mainova.pt.

José Luís Monteiro descortinou que pretende chegar aos 30 hectares de vinha e não passar daí porque, além da grande área de azinheiras que quer manter, a família acredita que é a dimensão ideal para um projecto deste género, com uma identidade bem definida. E, de facto, identidade e qualidade não falta a estes vinhos, muito puros e francos, fiéis ao terroir, o que lhes confere originalidade. Um projecto que urge conhecer e promete surpreender.

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